Duas vezes mais gradável ou mais desagradável escrita por EmilySofia


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Outra variação causada por um novo personagem :D



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Capítulo 1



“Então Charlotte,” Elizabeth pediu a amiga, “qual daqueles senhores é o nosso senhor Bingley?” A amiga atordoada respondeu um, quase inaudível, não sei.

Não pense caro leitor que isso é reflexo da falta de conhecimento ou inteligência da moça. Ela realmente havia sido apresentada ao famoso sr. Bingley, mas agora ela imaginava que devia ter prestado mais atenção a sua aparência física.

Quando o grupo de Netherfield entrou no salão de baile. Duas coisas surpreenderam os moradores de Meryton. Primeiro, não havia tantas pessoas como se contava; segundo, algo que a famosa rede de fofocas não havia descoberto era que, aparentemente, o sr. Bingley estava dobrado, claro o povo de Meryton sabia que não era dobrado e sim que ele tinha um irmão gêmeo.

Ambos eram altos e estavam sérios, mas um dos dois era ligeiramente mais magro e também mais alto.

O silêncio ficou no ar durante vários minutos, até que um confuso Sir William se aproximou do grupo. O gêmeo mais baixo e morador de Netherfield abriu um sorriso e apresentou seus amigos.

Várias mães ficaram felizes em saber que além do sr. Hurst, nenhum dos homens era casado.

Logo passou a circular que o sr. Charles Bingley era na verdade o irmão mais novo e que seu irmão tinha uma propriedade no norte do país. As mulheres passaram a questionar quanto o sr. Cariel Bingley ganhava - se o irmão tinha cinco mil por ano, ele devia ter pelo menos dois a mais, - no entanto isso permaneceu sendo um mistério. Porém não foi mistério por muito tempo o quanto o outro jovem que os acompanhava ganhava. O sr. Darcy possuía dez mil libras ao ano e era dono de uma enorme propriedade em Derbyshire.

O sr. Cariel Bingley andava como se em uma dança constante, mantinha um pequeno sorriso no rosto, como as irmãs vestia a última moda. O sr. Charles Bingley era simpático e educado (...) os seus gestos, sem afetação. O sr. Darcy atraiu a atenção dos convidados por sua estatura, elegância, traços harmoniosos e maneiras nobres.

Logo quaisquer bons pensamento que as pessoas podiam ter do sr. Bingley e o sr. Darcy foram anuladas. O sr. Bingley olhava para todos por cima de um belo nariz, e podia ser considerado arrogante, e o sr. Darcy era orgulhoso e sem qualquer interesse em se socializar. Sr. Bingley dançou a primeira dança com a srta. Bingley e a segunda com a sra. Hurst, e depois não parecia interessado em dançar novamente, o sr. Darcy fez o mesmo, apenas mudando a ordem de parceiros. Enquanto sr. Charles, logo se tornou amigo de todos no salão, seus companheiros pareciam pensar que ninguém, além do próprio grupo, merecia sua atenção.

Depois de ficar ao lado do sr. Darcy durante algumas danças Cariel Bingley teve a bondade de ir em busca de um parceiro de dança. E para surpresa de todos a parceira foi Mary Bennet, que não tinha muita beleza ou o dom da conversa. Muito pelo contrário. Além de não ser feia não podia ter nada belo em toda sua pessoa. Comparada as irmãs, e era excessivamente tímida, antisocial e incapaz de falar sua verdadeira opinião.

Mas não se deve questionar os gostos de ninguém; as mães só achavam que o belo cavalheiro do norte podia escolher melhor.

O que ele não fez.

Nas próximas danças ele fez questão de dançar apenas com moças tímidas que de outra forma tinham pouca esperança de dançar.

Enquanto conversava com alguns membros da família das moças ele se mostrou capaz de agradar, mesmo que ele parecia um pouco excêntrico e arrogante quando falava.

Depois de ter dançado várias vezes Cariel e Charles foram em direção ao amigo, que estava parado em silêncio em um canto afastado do salão durante meia hora. Depois de ter ficado outra meia hora ao lado de uma senhora, e, logo que ela tentou conversar com ele, fugiu.

”Venha Darcy” disse Cariel “, você precisa dançar. Incomoda- me vê- lo aí sozinho, de um modo tão estupido.”

“Vamos Darcy, a noite está tão agradável, boa música, companhia. Junte- se a nós, ou melhor a uma dama.” Charles Bingley falou animado, simultaneamente a Cariel, como se completasse o pensamento do irmão. Seu tom mostrando toda energia do rapaz, que gostava de estar sempre em ação.

”Por nada neste mundo; vocês bem sabem como eu detesto dançar, a não ser intimamente conhecido de meu par. Numa festa como essa seria insuportável. Suas irmãs estão ocupadas, e não há outra mulher na sala com quem eu dançaria sem sacrifício.

“No seu lugar eu não seria desdenhoso.” Cariel se mudou para o lado oposto ao que estava antes na pequena roda de amigos. Tão enérgico como o irmão, mas sua energia era mostrada de forma mais elegante, através de seus movimentos dançados. Mesmo se estava parado ele iria movimentar os braços ou ficar mudando seu peso de uma perna para outra, como se em uma lenta dança. E também pela forma como falava, as vezes não dando tempo para o interlucutor responder. “Vá e sacrifiques-se!” Um sorriso presunçoso estava em seu rosto. “Na minha opinião eu não considero um sacrifício tão grande assim.”

“Você podia enganar os mais sábios com suas artimanhas Cariel. É natural que se sinta confortável aqui enquanto eu não encontro prazer algum.”

“Palavra de honra, Cariel está certo, você está sendo desdenhoso. Pois eu nunca encontrei tantas moças interessantes na minha vida. E Pode ver que algumas excepcionalmente belas!” Charles parecia desesperado para voltar a dança, quase quicando no chão.

“Você está dançando com a única realmente bonita que existe nesta sala.” Disse o sr. Darcy olhando para a mais velhas das irmãs Bennet. O gêmeos não deixaram escapar que o amigo não disse algo como: além de suas irmãs ela é única realmente bela. Mas eles ignoraram.

“Oh, é a mais bela moça que já vi na minha vida.” Ele olhou para Cariel numa conversa silenciosa que só os dois entendiam, Cariel olhou para trás de Darcy e depois para o irmão e ambos rostos idênticos sorriram. Logo Darcy sabia que estava encrencado. Enquanto os irmãos possuíam personalidades muito diferentes, quando uniam forças eram quase invencíveis. Ele cresceu com eles para ter certeza disso. “Mas bem atrás de você está uma de suas irmãs, que é muito bonita agradável. Deixe- me pedir ao me par para que o apresente a ela?”

“Qual?” Ele se virou olhando para ela um momento. Ela era… Não, ele não ia dançar com ninguém nessa noite, não importa o quando os Bingley queriam se fazer de cupidos. Disse o mais friamente que pode: “É tolerável, mas não tem beleza o bastante para me tentar- me. Não estou disposto agora a dar atenção a moças que são desprezadas por outros homens. É melhor voltarem a dançar pois estão desperdiçando seu tempo comigo.”

O sr. Charles pareceu seguir o conselho, porém antes de sair ele lançou um olhar para o irmão.

“Tolerável.” Cariel fingiu meditar com sua atitude superior de costume. Na idade de vinte cinco anos agia como se fosse mais velho e inteligente que o amigo da vinte e sete. “Deve ter gostado muito da moça para não ter rejeitado ela completamente.” Ele mudou o peso do corpo de um pé para o outro, mas era evidente para seu companheiro que ele queria estar em um movimento maior. “Quanto a ser desprezada, você sabe que é uma desculpa tola. Há menos homens aqui do que mulheres. E menos ainda que dancem bem o suficiente para acompanhar os passos de uma moça naturalmente graciosa” Ele teve o prazer de ver essa moça corar.

“Bingley, por que você não segue o exemplo do seus irmão e me deixa em paz, com meu silêncio?”

“O que você busca é impossível. Não há como ter paz ou silêncio em um salão de baile. Se isso é o que você quer, devia ter ficado em Netherfield sentado naquela empoeirada biblioteca que há lá, lendo um livro mofado.” O sorriso presunçoso se mantinha em seu rosto todo o tempo saindo apenas quando Cariel estava muito sério. “Vamos Darcy, diga o que realmente acha dela.”

“Desde quando me perguntaram a minutos atrás, nada mudou.”

Cariel então viu a senhorita que era para ser o par de Darcy andar longe deles, com um olhar magoado. Ele precisava dela aqui. Por que o irmão demorava tanto para trazer alguém que os apresente? Tinha que fazer algo.

“Cara senhorita, não se vá.” Mesmo que ela estava relativamente distante já, ele foi rápido em alcança- la e pode falar sem elevar a voz, evitando assim o constrangimento. “A senhorita é a srta. Elizabeth Bennet, não? Irmã da bela parceira do meu irmão? ”

“Sim…” Ela estava muito constrangida que aquele homem falava com ela sem uma introdução

“Perdão pela minha falta de modos.” O sorriso dele se abriu, galante. “Foi errado da minha parte não ter uma introdução adequada.” Então se curvou encantador. “Sou o sr. Cariel Bingley, de BonumVitae em Staffordshire”

“Muito prazer senhor.”

“O prazer certamente é meu.” Ele se curvou. “Posso te apresentar meu amigo aqui?” E antes que alguém fosse capaz de protestar as apresentações estavam feitas. “Sabe srta. Bennet, meu desespero em me apresentar foi que meu caro amigo gostaria de pedir uma dança mas, não tinha coragem.”

Ele falou dessa forma, sabendo que ambos, srta. Bennet e sr. Darcy, não podiam recursar. Se Darcy recusasse, além de insultar a dama, e iria o chamar de mentiroso, e a srta. Bennet além de o chamar de mentiroso iria ser obrigada a parar de dançar neste baile.

Relutante o casal aceitou o que sabia que era uma mentira. Antes de os deixar ir Cariel soltou uma de suas pérolas.

“Já peço logo desculpas, por tudo que meu amigo possa fazer para te ofender antes, durante e depois deste baile. Em situações sociais ele é um verdadeiro desastre.” O sorriso sempre presente no seu rosto. “Se for uma verdadeira provação, pode pedir a minha ajuda que eu garanto, não se lembrará mais de nada.” Cariel viu que Darcy ouviu o que ele havia dito, mas o homem manteve o rosto limpo de emoções. Idiota.

Cariel então se separou do casal, satisfeito, que tinha livrado o amigo de uma futura antipatia com uma das poucas moças que tinha chance de atrair a atenção do mestre de Pemberly. E foi em busca de um lugar para ficar, talvez ele fosse dançar, ou encontrar o irmão. Céus! Além da pista de dança, não havia espaço suficiente para ele se movimentar de forma adequada!

Então ele ouviu uma risadinha, não duas, e não eram baixas.


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Notas finais do capítulo

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