Jessica's P.O.V.

–Você. Eu quero você, Jessica.

Eu não sabia o que dizer. Era tudo que eu queria ouvir, mas ainda sim eu não sabia o que dizer.

Acho que nem se eu soubesse eu diria, já que no segundo seguinte meus lábios já sentiam uma pressão quente sobre eles.

Aí, como eu amava aquilo. Poderia facilmente dizer que era uma das minhas coisas preferidas no mundo.

Espera aí, eu amava aquilo? Então, consequentemente, eu o amava? Eu não estava raciocinando direito.

Eu não iria me entregar completamente, esse era o plano. Porém, era exatamente isso que eu estava fazendo quando permitia que seus beijos fossem da minha boca para o meu pescoço e que suas mãos fosse do meu pescoço para debaixo da minha blusa. Eu estava me entregando.

Já tínhamos chegado nesse ponto várias vezes e eu, para tentar descobrir suas intenções, sempre o impedi de irmos adiante. Da primeira vez, eu achei que ele iria se cansar de mim logo, afinal deveria ser o seu objetivo desde o princípio. Mas não. Ele fez exatamente o contrário.

–Você quer que eu pare?- ele sussurrou no meu ouvido e eu fiz que não com a cabeça avidamente.

Não, querido, eu não vou te parar dessa vez.

Eu parecia uma virgem, ansiosa para ter sua primeira vez, mas eu sentia que seria diferente com o Jason. Eu sentia que seria uma experiência diferente.

Não que eu só tivesse dormido com o Ryan, mas também não era como se eu já tivesse pegado geral.

–Eu acho melhor irmos lá pra cima.- ele me carregou no colo e eu ri. -Não quero ser interrompido pelo Marc cantando Talk Dirty da próxima vez.

–Ele é fã de Jason Derulo, huh?- eu disse enquanto subíamos a escada e ...uau... era ainda maior do que lá embaixo.

–Já parou para ouvir as letras? É a cara do Marc. - uma mecha do seu cabelo, que estava mais bagunçado que o normal, caía quase em cima dos seus olhos, eu passei a mão para tirar e ele me lançou um de seus sorrisos abertos.

Ele abriu a porta do seu quarto, que era praticamente do tamanho do apartamento de Danny, com uma facilidade invejável.

–Espero que essa facilidade seja apenas uma habilidade e não um resultado de várias vezes praticando esse movimento.- eu disse fingindo uma cara séria e o sorriso não deixava o seu rosto.

–Para falar a verdade você é a primeira mulher, que não é a minha mãe, que eu carrego no colo.- ele me deitou delicadamente na cama e se apoiou nos braços sobre mim.

Ele me beijou calmamente enquanto uma de suas mãos descia até o meu quadril, ia para debaixo da minha blusa, que dentro de alguns segundos foram parar em algum lugar daquele gigantesco quarto.

Eu me apressei em tirar sua camiseta, passando as mãos por toda extensão da sua costas. E que costas, senhor.

Ele me deu um beijo na testa e procurou o fecho do meu sutiã. Ele também não demonstrou nenhuma dificuldade em retirá-lo. Apareceu aquela pontinha de ciúmes das garotas que dormiram com ele e que eu nem tinha conhecimento algum, mas eu ignorei. Naquele momento, tudo o que importava era que eu era dele e ele era meu.

Jason encostou a boca em minha barriga dando beijos, e de repente, começou a rir. Isso mesmo, ele estava rindo.

–Desculpa, eu dou risada quando estou nervoso. - ele afundou a cabeça na minha barriga e então foi minha vez de rir.

–E por que você está nervoso? - eu puxei levemente seus cabelos e ele olhou para mim.

–Eu estou em dúvida se você é real, se esse não é mais um dos meus sonhos com você, ou se eu não sou um garoto de 16 anos tendo minha primeira vez.

–Talvez seja tudo isso junto?- ele levantou uma sobrancelha e eu o puxei para mim - Porque eu acho que é tudo isso que eu estou sentindo.

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Tyler's P.O.V.

Jessica dormia profundamente no meu peito. Seu perfume estava em todo lugar, e eu agradecia por isso.

Não teria como eu dormi depois daquilo. Ela era perfeita, cada centímetro, cada fio do cabelo....tudo.

Ryan deveria ser mesmo um idiota para deixá-la ir tão facilmente. Porém, eu também era um idiota, por deixar as coisas chegarem no ponto que chegou. Talvez os caras não conseguissem agir de outro jeito sem ser idiotas por perto dela. Ela era demais para ser verdade.

Meri e Jessie. Duas pessoas diferentes, tanto na personalidade como fisicamente, mas igualmente perfeitas.

E eu não sabia o que fazer. Não tinha a menor ideia.

Faltavam 2 dias para o jantar.

Minha caixa de mensagens estava abarrotada de mensagens da Meri. E minha mente estava lotada de frases proferidas por Jessie entre nossos beijos.

Eu estava ferrado.

–Apesar de não parecer muito normal, eu adoraria passar o resto do dia aqui deitada dormindo com você me encarando. - ela levantou uma sobrancelha e eu ri -Mas eu realmente tenho que ir.

–Não tem não- eu segurei sua cintura e dei um beijo em sua nuca que se arrepiou imediatamente.

–É sério, Jason.-ela disse sem muita firmeza na voz. Se eu pressionasse mais um pouco ela cederia e...

Ouvimos um barulho no andar de baixo e Jessie aproveitou para escapar dos meus braços. Marc chegou

Eu coloquei o travesseiro sobre o meu rosto e dei um grito de raiva abafado, Jessica riu e eu olhei para ela que estava de costas para mim.

Desde quando ela usou minha blusa no dia do café, eu vinha imaginando ela usando apenas uma blusa minha. Eu só não imaginava que isso realmente aconteceria.

–Para de olhar! - ela jogou uma almofada certeira em mim.

–Ouch! Não espere que eu consiga tirar os olhos de você. - ela colocava sua calça e tirou minha blusa mostrando suas costas totalmente nuas e sua tatuagem quase imperceptível de pássaros voando juntos e apenas um sozinho. -Eu gosto dessa sua tatuagem.

Ela olhou em sua volta e pareceu lembrar-se dela.

–Ah sim, é a única. Eu fiz quando sai de casa.

–Deduzo que você seria o pássaro solitário, huh?- eu levantei pronto para pôr minha roupa. Eu a levaria em casa lógico.

–Ninguém estava realmente do meu lado depois que minha prima e minha irmã inventaram...hm..coisas sobre mim, então era assim que eu me sentia. Sozinha, solitária. Mas eu não culpo minha irmã. Minha prima pode ser muito persuasiva quando ela quer.- ela disse num suspiro arrumando seus cabelos.

Ficamos alguns minutos em silêncio enquanto ela se ajeitava diante do espelho.

Eu a abracei por trás e afundei meu nariz em sua clavícula.

–Tenho chances de conhecer sua família algum dia?- ela franziu a testa, mas logo lançou um sorriso para mim.

–Quem sabe, Stanley? Quem sabe?

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