A Filha de Afrodite escrita por SrtaTames


Capítulo 1
Alison. É ela.


Notas iniciais do capítulo

* O primeiro capítulo repete a sinopse, mas tem mais coisas. Boa leitura, espero que gostem :D. Alison tem 15 anos, tem cabelos castanhos escuro, ondulados que iam até os seios, era uma garota linda que encantaria qualquer um que não resistisse ao encanto. Sem saber, escolhia sempre as melhores peças de roupa para vestir e sua vida era ótima pois tudo que ela queria, ela tinha. Mas, como tudo na vida, há consequências.



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ALISON

Meu último sonho (muito esquisito como todos os outros) foi de uma garota de cabelos negros, longos e ondulados que estava um pouco ferida, presa por correntes em uma cela, a garota era bastante bonita, naturalmente. Ela me encarava com um ar de suspense e dizia algo como:

– O oeste. Annabeth Chase. Thalia Grace.

Assim, sem explicações. E às vezes cantarolava uma música familiar, mas eu não sabia de onde era. Eu tinha certeza que aquilo tinha algo a ver com... o acidente da mamãe talvez?

Tudo aconteceu tão rápido.

Alguns dias atrás, eu era uma simples adolescente de São Francisco, tinha minhas amigas (apesar de não serem confiáveis) e levava uma vida normal. Ou quase. Sempre acontecia coisas estranhas comigo, eu não sabia explicar. Tudo que eu queria, conseguia, isso era inacreditável, como se eu forçasse as pessoas a fazer aquilo, mas não diretamente.

Uma vez eu consegui impedir uma quadrilha de fazer o que seria um dos maiores assaltos da história. Eu achava que via coisas, como uma mulher metade humana metade galinha que sempre me esperava na saída junto com um cara meio bode, mas depois sumiam. Uma vez eu decidi falar com eles.

– Hey garota galinha e menino bode, quem são vocês? Tudo bem? - me aproximei correndo antes que eles pudessem... voar.

Os dois se entreolharam e o menino bode falou algo em latim, mas eu não entendi nada. A garota galinha respondeu na mesma língua, e a última coisa que eu lembro foi de amarrarem minhas mãos.

Eu acordei várias vezes, em todas elas eu estava em uma espécie de cavalo voador, não sabia o que era direito. Ouvia coisas diferentes, será que eu tava ficando louca? Ou seria mais um daqueles sonhos estranhos? Talvez a menina galinha pudesse me responder, mas eu não estava em condições para nem me mexer. Uma das vezes, ouvi o menino bode falar:

– É, mas talvez ela não seja a garota.

E eu ouvia outra voz de garoto, mas o sujeito não estava lá. Éramos apenas eu, o bode e a galinha.

E aquele cavalo voador? Era preto e muito lindo. Pareceram horas, mas quando pousamos, adormeci novamente.

Da última vez que acordei, estava assustada. Me levantei de vez, e na mesma hora me arrependi. Minha cabeça ia estourar, estava doendo demais.

– Tome um pouco disso, se sentirá melhor.

O mesmo menino bode estava me oferecendo uma bebida em um frasco onde se lia 'néctar'.

– O que é isso? Quem é você? E aquela galinha? Onde eu tô? - perguntei perdida.

Eu estava em um quarto grande com várias camas divididas por cortinas, e cada ala tinha o mesmo da minha: duas cômodas ao lado da cama com vários frascos idênticos aos meus.

– Fique calma. Você vai entendendo aos poucos. Aqui é o hospital do acampamento. Só... beba isso. - peguei o frasco relutante e engoli. Me senti um pouco melhor, mas a cabeça ainda doía um pouco.

Nessa hora, uma garota de cabelos castanhos bagunçados que usava uma trança e uma pena chegou na enfermaria meio apressada, tinha uma adaga presa à sua cintura e ela era até um pouco parecida comigo. Usava uma camisa laranja com um cavalo no meio e o nome escrito Acampamento Meio-Sangue (o que djabo era aquilo?) e uma calça jeans. Usava um colar com uma conta só, que tinha algum desenho, mas não identifiquei qual era.

– E a menina? - falou se aproximando aos poucos.

– Acordou, dei um pouco de nectar para ela, acho que já está melhor. Vou chamar Quíron, e pedir para ele entrar de cadeira de rodas. Para não assustá-la, até ela entender como tudo funciona aqui, como são as coisas de verdade, que todos os mitos gregos realmente aconteceram - disse o bode.

– Certo - ela disse e sentou-se na beirada da cama. - Quem é você? - estreitou os olhos, olhando para mim como se me conhecesse de algum lugar.

– Hã... Alison. Alison... que estranho. Esqueci meu sobrenome.

– Tudo bem, se você não morreu com o néctar... é realmente uma semideusa. Como você chegou aqui? - ela pareceu mais confortável.

– Semideusa? O que é isso? Alguém pode me explicar o que tá acontecendo nessa bagaça?!

– Bagaça? - ela riu um pouco. - Sou Piper McLean, filha de Afrodite, deusa do amor e da beleza. Isso não significa que eu goste disso. Semideuses, quando os deuses tem filho com os humanos. Aqui é onde se treina eles.

Demorei um pouco pra entender.

– O quê?! Ah, não - ri nervosa. - Houve algum engano. Eu sou filha de Leonard e... bem, eu...

Eu tinha me dado conta que meu pai nunca me disse o nome da minha mãe. E eu nunca tive interesse em saber.

– Hum... vejamos. A mãe morreu em um acidente? Ou, foi morta por um assassino? Fugiu de casa? Largou seu pai? Qual das histórias? - ela me perguntou como se fosse normal.

– Morreu em um acidente mas... como sabe? - perguntei.

– Alison... bem, isso é realmente normal - ela disse como se lesse meus pensamentos. - A maioria dos semideuses acham que isso aconteceu com seus pais mortais. Com todo mundo é assim.

– Como? Tanto minha mãe quanto meu pai são normais. O que há de errado com esse lugar? Eu não sou semideusa!

– Não tenho ideia de quem você poderia ser filha - disse ignorando totalmente o que eu falei. - Mas, como chegou aqui?

– E-eu não sei... eu fui falar com aquela galinha e com o bode...

– A galinha é a harpia Ella e o bode é um sátiro qualquer.

– Tá, tá, tanto faz. Eles todo dia estavam na minha escola, e eu fui falar com eles. Então, desmaiei. Acordei em um cavalo voador...

– O termo correto é pégaso.

– Viu! E depois aqui.

– Hum... interessante.

Então, um senhor de meia-idade com uma barba mal-feita e um cabelo ralo, com cara de que já tinha vivido milhares de anos, passou pensativo pela porta e na mesma hora se assustou.

– Você... filia Aphrodite maledictione reputabitur! - ele apontou para mim e depois cochichou algo com o sátiro. O mesmo assentiu e saiu novamente do quarto.

Então Piper ficou contando como tudo aconteceu até que o sátiro chegou com uma garota de cabelos ruivos cacheados que iam até um pouco abaixo dos ombros e sua reação foi a mesma de... Quíron, acho que é esse o nome dele.

– Não pode ser. Não é possível. Acabamos de sair da guerra de Gaia e... - ela se virou para Quíron. - Sinto muitíssimo. É ela.


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Notas finais do capítulo

O que Quíron fala em latim vocês não precisam saber, se não vai estragar a história, e na verdade ele falou em latim para ninguém entender, pq ninguém podia saber. Só quem sabia disso era ele e Rachel.



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