DUAS HORAS! Duas horas de luta corpo a corpo é eu nem estava suando, na contagem eu havia derrubado trinta é dois soltados treinados, dez deles estavam armados com suas espadas de aço enfeitiçado.

Dois soldados corajosos vinham em minha direção, o moreno desarmado enquanto seu amigo tão ruivo quanto eu estava com uma espada pesada na mão direita, o primeiro golpe de sua espada foi desviado facilmente enquanto eu me abaixava e dava uma rasteira em seu amigo despreparado.

Levantando-me rapidamente coloco meu pê na traqueia do moreno caído enquanto esquivo de outro golpe com a espada, espero meu oponente chegar perto o bastante para fingir um golpe lateral é me aproveitar de sua distração para roubar sua espada e aponta-la para eu pescoço.

— Se isso fosse uma luta de verdade, vocês estariam mortos, nosso povo estaria vulnerável! - digo irritada com a incompetência aleia — Logo a família real assim como suas famílias também estariam mortas...

Ouço o som do portão abrir a minhas costas e me ajeito libertando os soldados da minha ameaça, mas não antes de olhar em volta e ver seus rostos envergonhados é de cabeças abaixadas.

Lorian chega ao meu lado com longas passadas, ele foi um dos soldados que preferiu não lutar.

— O regente acaba de chegar, os sentinelas disseram que ele parece irritado com os portões - diz Lorian com a voz contida

— Eu sei Lorian, Conan tem que me dar serias explicações sobre o estado critico do meu exercito.

Um exercito humano não teria chances contra meus sessenta e cinco soldados, alguns clãs também não, mas os lobisomens, vampiros, metamorfos e etc... estariam preparados adequadamente para invadir, a segurança do nosso clã ficaria nas mãos do exercito, não que alguma espécie seria louca o suficiente para invadir Avalon.

Não tenho que esperar muito até que Conan apareça, seu cabelo cor de cobre esta bagunçado, ele anda rapidamente com clara irritação, seu porte físico se assemelha com Vlad que agora também anda em minha direção, ao contrario de Conan, Vlad chega primeiro e para a minha direita, inteligente o bastante para não falar nada.

O olhar de Conan para em mim, sua irritação imediatamente vira nojo diante de meus olhos, bom, nenhuma família era perfeita.

— Escoria! Que belo dia para ver sua cara feia - digo com o mesmo "amor" que ele demonstra em seus olhos.

— Se eu soubesse que uma assassina iria vir visitar, eu teria adiado minha caçada - diz Conan parando a minha frente, seus vinte centímetros a mais me fazem ter que olhar para cima, desgraçado!

Ser chamada de assassina não era novidade, também não me afetava mais.

— Pra você eu sou "Vossa majestade, princesa Elena"

— Ah! Decidiu voltar de vez então? Assumir o titulo? - diz pingando ódio

— Hoje não - sorrio — Mas se eu fosse você eu tomaria cuidado REGENTE, se ouviu sobre minhas façanhas deve saber que eu não gosto do numero 15, 16 é meu numero da sorte! - digo com cara de inocência fingida, 15 mortes no meu histórico já era um numero assustador, mas eu não iria me opor a colocar ele como o próximo da fila — Acho que precisamos conversar escoria.

— Eu sou o Rei! Eu descido com quem eu falo é a hora que eu falo - seu tom de escarnio não me sai despercebido.

Me aproximo o máximo possível ficando na ponta dos pês para chegar perto o bastante do seu ouvido e sussurro.

— Seu quebra galho de merda, eu descido a sua vida, seu eu mandar você comer merda é isso que você vai faze, se não eu vou te torturar até que você implore por sua vida! Esse clã é meu, sua bunda é minha, a casa em que você mora é minha, o chão que você pisa é meu!

Abaixo-me e recuo dois passos para olhar seu rosto descrente enquanto dou um verdadeiro sorriso assustador.

— CONTINUEM TREINANDO - digo para todos ainda olhando Conan - SÓ PAREM QUANDO ESTIVEREM ESGOTADOS, AMANHA CHAMAREI O MESTRE DE ARMAS DE WINTER PARA TREINAREM FEITO HOMENS! - todos gritão sim é voltam a treinar uns com os outros, até mesmo Vlad se junta ao grito de obediência, abaixo meu tom e falo com Conan é Vlad - Me sigam cavalheiros!

Voltamos para o castelo, andamos pelos corredores escuros até chegarmos ao meu local favorito novamente, a biblioteca, pela segunda vez no mesmo dia! Sento-me no mesmo local em que sentei quando falei com a Anciã, Vlad como sempre fica ao meu lado, tensão sai dos seus poros quando Conan senta na poltrona a minha frente.

— Meus soldados mais parecem marionetes, qualquer ser com um mínimo de treinamento teriam eles no chão em dois minutos, mais o que me incomoda mesmo é saber que eles tem potencial, que eles são guerreiros, por que eles não sabem lutar então? - pergunto seriamente

— Meu soldados sabem o que eles precisam saber - Conan responde tranquilamente.

— Bom, agora eles vão saber, quando eu for para minha ultima missão, eles vão estar tão bem treinados que se os deuses decidirem atacar esse clã, nem mesmo Zeus sairá vivo daqui! - minha irá era tão aparente em minha voz que Vlad segurou minha mão, Conan não deixou passar esse aperto amigável.

— Blood, Blood, Blood, estou curioso! Oque um vampiro faz em meu reino?

— Já falei REGENTE, esse reino é meu, portanto eu trago quem eu bem entender, percebo agora o quão inútil é tentar falar com você, saia! Eu não quero mais ver sua cara feia hoje.

Levantando-se ele se curva minimante jogando um sarcástico "Vossa Majestade" para mim.

Mesmo sem estar lá fora sinto o sol cair, a noite logo chegaria, Vlad ainda segurava minha mão carinhosamente, roubo-lhe um olhar, nele eu vejo o quanto ele estava tenso por minha intriga com Conan, tinha outra coisa no entanto, um fogo ardente que me fez ficar quente instantaneamente.

— Ruivinha - sua voz sai rouca enquanto ele se aproxima mais é mais de mim — Você estava demais lá fora lutando - seus lábios estão tão perto dos meus, sinto seu hálito acariciando meu lábios, quando finalmente nossas bocas se juntam é como se fosse magica, seus lábios macios e exigentes pedem permissão para deixar sua língua entrar, eu deixo, seu gosto e inebriante, doce como eu nunca provei, sua boca fica exigente e suas mãos me puxam para mais perto e eu vou feliz.

Suas mãos agora estão por todo meu corpo quando passos soam fortes no corredor fora da biblioteca, pulo para o outro lado do sofá, não olho Vlad antes de correr para fora da biblioteca, minha cabeça doía com sinais vermelhos apitando para todos os lados.

Chego ao meu quarto com o coração pela primeira vez batendo desenfreadamente

Por algum motivo louco, acabei de beijar minha possível morte!