A Lista escrita por Sawa


Capítulo 4
Terra de Ninguém


Notas iniciais do capítulo

Voltar para casa talvez fosse mais difícil emocionalmente do que morrer, até mesmo mais difícil do que matar, mas Elena tem uma missão, matar ou morrer.



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Gemidos de prazer e muitos gritinhos exasperados vinham do quarto ao lado, algumas batidas na parede me indicavam que além de satisfatório o sexo entre Vlad e nossa camareira estava mais do que ótimo.

Finalmente estávamos em Cúmbria Inglaterra, enquanto eu lia um livro a espera do anoitecer para finalmente pegar o barco, Vlad tinha outros pensamentos sobre passar seu tempo livre, isso incluía comer qualquer rabo de saia que lhe piscasse os olhos.

— AH! MAIS FORTE - a pobre garota gritava.

Minha paciência veio ao limite no segundo em que Vlad empurrou a cama tão forte contra a parede que fui impulsionada para frente, era isso, ele finalmente conseguira me irritar.

Levanto e saio apressadamente do quarto de Hotel, só parando em frente a porta do lado, bato tão forte na porta que por alguns instantes acho que ela ira tombar para frente, Vlad abre a porta totalmente nu, seu pênis ainda ereto me faz pensar em coisas indecentes, seus olhos perfeitamente calmos me encaram, não demonstrando o meu constrangimento dou um passo a frente ficando a centímetros de seu corpo, seu instrumento cutuca minha barriga enquanto eu faço cara de seria.

— Se quer que todo o mundo saiba que esta transando beleza, mas não contra minha parede, estou tentando descansar lá ok ?

— Calma ruivinha, esse e meu pacote, se não quer experimentar, não atrapalha - ele da um sorrisinho convencido.

— Se eu ouvir mais uma pancada contra minha parede, eu juro que esse será seu ultimo dia nesta terra.

Não espero sua resposta, apenas me encaminho novamente para meu quarto e começo a me arrumar, visto um vestido preto, longo e colado até a cintura, meus cabelos escarlate vibram sobre o contraste, olho no espelho e tiro minhas lentes, deixando a vista meus olhos vermelhos sangue sobre o contraste negro de minha sombra, meu batom assim como meus cabelos são vermelhos.

Finalmente estou pronta para voltar para casa.

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Eram exatamente meia noite, estávamos a margem do lago windermere, não preciso convocar a nevoa, ela sente a minha presença, o portal também sentia minha presença.

— Avalon terram elatam Karilipisian

A névoa começou a ficar mais densa, ouvi o som da canoa se aproximando, cada vez mais perto até que finalmente consegui ver o rosto da mulher em pê, seus cabelos dourados e sua pele branca se destacavam em seu vestido vermelho de barqueira.

— Morgana, é um enorme prazer lhe ver novamente - saúdo a barqueira amaldiçoada.

— Nada de visitantes Elena, você conhece as regras - diz ela rudemente.

— Ele e meu protegido, pelas regras cada bruxo tem um protegido que pode lhe acompanhar até seu clã.

Mesmo com desgosto estampado Morgana não pode impedir Vlad de entrar na canoa.

A viagem durou uma eternidade, traspassar a barreira Inter planar era um trabalho de longa duração, para minha sorte quem conduzia a canoa era Morgana, uma bruxa famosa no mundo humano, mas em Avalon seus descuidos com a magia negra lhe proporcionou um castigo bem duradouro.

— Acho que sou o primeiro vampiro a entrar na terra de ninguém - cochicha Vlad perto de mim, perto de mais.

— Vampiros foram criados depois das bruxas, se vocês se acham territoriais, acredite, somos duas vezes mais, você é o primeiro protegido em séculos a entrar em Avalon, tudo por que não gostamos de dividir... - calo-me ao notar a margem do lago se aproximando - Chegamos.

Chegamos rapidamente e saímos da névoa instantaneamente, não me despedi de Morgana, até por que eu não gostava dela.

A névoa sumiu dando lugar a linda vista de um lago sem fim, o sol brilhava em cima de nos e os ventos traziam um cheiro gostoso de terra e pinho, flores e plantas, olho a meu redor absorvendo cada detalhe que eu havia me esquecido, as grandes arvores, as casas no meio da floresta, eu estava em meu lar.

Avalon era constituída de dois Clãs, Blood e Winter, sabia só de olhar que estávamos na parte da ilha pertencente ao meu clã pois o sol era mais quente aqui, não havia frio é nem gelo presente.

Andamos em meio a floresta até finalmente chegarmos a casa principal no meio de uma enorme campina, parecia mais um castelo medieval e gótico, os muros altos com sentinelas observando tudo e todos, o portão estava abaixado com guardas patrulhando que nos olhavam sem acreditar no que viam.

Reconheci de imediato meu amigo de infância, Lorian carregava uma espada em seu coldre na cintura, quando me viu correu imediatamente para mim, poderia confessar que seria estupidez não notar o quanto ele havia crescido, ele não era mais franzino, agora seu corpo era o de um soldado treinado, sua pele mais bronzeada, seu cabelo castanho estava quase platinado, e seus olhos continuavam os mesmos, vermelhos como sangue.

— Como senti sua falta - Lorian disse me abraçando fortemente - Da próxima eu vou junto - disse me pegando de surpresa ao me colocar no chão e me tascar um beijo que eu correspondi apaixonadamente.

— Senti sua falta também estranho - digo me afastando.

Seus olhos estão molhados como se fosse chorar, seu boca inchada me agracia com um enorme sorriso triunfante.

— Bem vinda ao lar princesa.


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Notas finais do capítulo

Beijinhos, Beijinhos, até a próxima!



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