A Lista escrita por Sawa


Capítulo 3
Imortalidade verdadeira


Notas iniciais do capítulo

Mesmo em choque Elena toma uma iniciativa, uma em que ela tem dois futuros presentes, sua morte ou sua liberdade... Com todos seus meios ela vai atras da maior lenda dos vampiros e lhe dá um presente é um trabalho...



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Frio era a única constante em minha vida, mas agora o calor queimava minhas veias, sangue novo fluía desenfreadamente enquanto o meu coração batia cada vez mais forte, um sentimento me açoitava sem piedade agora que meu coração voltara a bater, RAIVA.

Ando apressadamente até a sala, Erick e Albert continuam sentados, tomo meu tempo observando meu irmão, seus cabelos são do mesmo ruivo que o meu, mas seus olhos são de um azul angelical, seu nariz e pequeno e orgulhoso como o meu, caio de joelhos na mesma hora em que ele olha para mim, seu sangue tinha o cheiro parecido com o meu, cheiro de menta.

— Erick, só há um lugar que eu fui banida, um lugar sagrado, vá para Valáquia, leve-o para lá, encontre a Kate, ela vai achar o lugar mais seguro naquele ninho de vampiros pra vocês.

— E você? - Erick pergunta nervosamente.

— Eu vou quebra minha maldição, ou morrer tentando, se eu morrer, vocês estão livres, se não, esperem minha ligação.

— Que maldição, do que esta falando Blood?

— Inicialmente é uma herança - Diz Albert - Criada pelos primeiros bruxos, uma forma de conter o enorme poder que a família real do clã Blood carrega, quando um membro da família nasce com um poder ancestral, "A Lista" vem junto, serve para conter o poder ou controla-lo, como toda criança sabe, o poder é maior que a carne, por esse motivo a herança virou maldição, pois em mãos erradas, a lista pode ser usada para matar sem sujar as próprias mãos, nosso pai a usa para fazer Elena matar as pessoas que ele quer.

Meu rosto mostrava o horror e descrença que passavam por minha cabeça, Albert não só sabia de tudo isso como também sabia que seu nome estava na lista, olhando dentro de seus olhos eu também sabia que não era só isso que ele conhecia sobre meu passado.

— Então ela é obrigada a matar? - pergunta Erick

— Sim, sou obrigada a matar, mesmo que eu não queira, mas não se preocupe, vocês estarão seguros na Romênia, agora vão, antes que eu mude de ideia.

Ainda ajoelhada não ousei olhar para cima enquanto eles arrumavam as coisas e partiam, não olhei meu irmão partir, eu tinha uma missão, voltar pro meu clã e fazer o ritual dos espíritos, contratar um assassino é matar meu pai.

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Há dois anos atrás eu matei o rei dos vampiros, Dominique era um vampiro sanguinário que gostava de tomar sangue de bruxa para aumentar seu poder milenar, como o resto dos vampiros ele achava que tomar sangue de bruxa lhe traria a verdadeira imortalidade, ele achava que voltaria a ter sentimentos e que poderia andar a luz do dia sem nenhum feitiço, ele estava errado, então eu o matei, antes de morrer me rogou a única maldição que ele poderia, enfim, ele me baniu da sua terra, do seu território, até hoje eu não posso traspassar uma linha invisível em volta do seu reino...

Mas por incrível que pareça eu ainda posso tomar gim em um pub na Suceava, musica pop tocava no ambiente escuro e vazio, um ambiente perfeito para um encontro de negócios, de algum jeito meus contatos conseguiram me indicar a localização não exata de Vlad Tepes, e consequentemente seu numero de telefone, disco os números rapidamente e espero, na terceira chamada ele atende.

— Vlad Draculea?

— Faz tempo que não me chamam assim - diz a voz grossa e rouca do outro lado da linha, tomo um gole de gim.

— Tenho uma oferta irrecusável para o grande Vlad Tepes

— Quanto irrecusável?

— Digamos que eu tenho a formula para a verdadeira imortalidade, também estou em um pub quase vazio, e muito entediada, me encontre e falaremos de negocio - sem esperar uma resposta desligo e espero.

Se passam minutos intermináveis antes que eu sinta uma leve alteração no ar, o sangue dos mortos embora visualmente pareça muito com os humanos carrega muito mais poder, mas todos os mortos tem o mesmo cheiro de terra fresca, sem me virar para lhe ver, saúdo meu convidado.

— Draculea, que bom que me encontrou, já estava começando a duvidar de suas capacidades.

— Oque você é ruivinha? - a intensidade de sua voz rouca me fez virar para encara-lo, seus olhos negros assim como seus cabelos de tamanho mediano abaixo dos ombros deixavam sua face pálida, seu rosto másculo e lindo me hipnotizaram por segundos antes de ver seu porte grande de músculos apertados em uma camisa preta estilo bad boy.

— Sou uma bruxa, meu clã e um dos poucos que sabem o feitiço da imortalidade - digo com a voz mais firme que posso - Sente-se senhor Tepes - viro o copo de gim enquanto aceno com a mão para o barman me trazer outro.

— O que quer em troca?

— Seja minha sombra durante minha missão, se por qualquer motivo eu tentar entrar em sua antiga terra Valáquia, me mate.

— Acordo feito, agora eu quero meu pagamento adiantado, se você morrer não terá condições de me pagar.

— Qual a minha garantia que não ira receber e me deixar na mão?

— Eu juro que serei sua sombra e lhe matarei se tentar entrar em meu antigo reino, enquanto sua missão durar - mesmo sendo o que eu esperava que ele disse-se fiquei surpresa, juramentos de vampiros eram inquebráveis.

— Ok

Meu gim chegou ao mesmo tempo em que eu recitava mentalmente o feitiço de paralisia do tempo temporária " Tyronum auctore tempore tempestas statur " ( Pelo senhor do tempo que o tempo pare)

Pego meu gim e tomo cada gota apressadamente, olho minhas unhas longas e afiadas e corto meu pulso deixando cair sangue lentamente no copo que antes continha meu gim e digo o feitiço Romeno em voz alta.

— Prin sângele meu, de puterea mea, eu vă dau nemurirea, rog Hades Domnul submundo, întoarce sufletul acestei ființe care acum eliberat din ghearele lor (Pelo meu sangue, pelo meu poder, lhe dou a imortalidade, rogo a Hades senhor do submundo, devolva a alma deste ser que agora eu liberto de suas garras)

Dou o copo cheio de sangue para Vlad, poder me envolve em uma manta de eletricidade, fazia um bom tempo que eu não jogava um feitiço tão forte, mesmo não precisando dizer o feitiço em voz alta era divertido ver a cara do senhor empalador se contorcer de ansiedade.

— Tome do meu sangue agora Draculea

Ele não esperou eu terminar de falar antes de engolir meu sangue do copo como se fosse minha veia.

— Quando você voltar, será imortal de verdade.

Seu rosto já se contorcia de dor, bom, ninguém disse que iria ser fácil trazer uma alma de volta para seu corpo, ainda mais uma alma que estava a milênios descansando em paz, divaguei enquanto ele se contorcia e caia no chão sujo, minutos e horas se passaram ate Vlad parar de se contorcer e abrir os olhos para sua nova vida.

— Merda! Ruivinha, você conseguiu - ele disse se levantando.

— Me chame de Elena, a proposito, estamos indo para Avalon.

Era o inicio da minha jornada, meu assassino me seguia de perto, meu poder crepitava, meu medo me consumia, era hora de voltar para minha casa, era hora de enfrentar meus fantasmas.


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Notas finais do capítulo

Oiii



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