Só Para Manter O Jeito escrita por iRibeiro


Capítulo 8
8º Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Um deus resolve dar uma dica, mas parece que fez foi atrapalhar...
Aproveitem!
obs.: percebi que estou mal agradecida. Então gostaria de agradecer as pessoas estão acompanhado, a quem favoritou e aos fantasmas que também lêem. Obrigada pessoal!



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Eu não era do tipo ciumento, sempre deixava passar. Até porque a Annie não via como os outros olhavam para ela. Ela é realmente linda tanto fisicamente como a personalidade, eu amo ela completamente. Só que às vezes alguns caras perdem a noção quando se trata dela.

Eu acordei quando percebi que tínhamos parado. Ela deve ter ido ao banheiro, resolvi então esperar do lado de fora do carro mesmo estando frio. Foi ai que vi um cara segurando uma pessoa mesmo ela tentando recuar. Demorei alguns segundos, mas quando reparei que era a Sabidinha fiquei tenso no mesmo instante. O pior é como ele falava tentando parecer sedutor. Segurei-me para não uns bons murros nele. Ainda no carro eu continuava tenso, ele quase se aproveitou da minha namorada.

Passamos em um drive-thru para pedir uns lanches. Parar só ia atrasar já que resolvemos chegar lá direto. Pelo menos amanhã teremos uma folga para descansar, é puxado dirigir assim.

— Vamos chegar lá, descansar e temos que sair para comprar nossas roupas para luta.

— Eu preferia ir bermuda para essa luta. Usar terno para assistir algo que nem vai durar muito. Poderia muito bem ir de bermuda e chinelo.

— Você ia ficar parecido com o Sr. D, só falta a camisa com tigre estampado.

— Ei, agora pegou pesado.

Eu falei em meio aos risos. Adorava quando ela se divertia as minhas custas, eu só me fingia de bravo para dar um drama.

Consegui tomar um copo de 500 ml de Coca, quero só ver eu sentir sono. Annie já tinha cochilado, íamos trocar quando ela acordasse.

Dirigi ao som do rádio que tocava músicas conhecidas nas versões acústicas, ficaram muito boas. Um pouco depois da meia-noite eu precisava muito ir ao banheiro, a próxima cidade estava chegando ainda bem.

— Ei.

Uma Annie sonolenta me chamava.

— Oi, estamos perto de uma cidade. Preciso muito ir ao banheiro, lá nós trocamos.

— Ok, tá cansado?

— Mais ou menos, tô é apertado mesmo.

Ela riu.

— Seria ruim se começasse chover agora não é?

— Hãn?

— Aquele barulho de chuva caindo.

— Caramba, você é má.

— Sou não, só tô me divertindo.

— Que abuso, eu aqui apertado e você se divertindo. Espera só, vou ter minha vez.

Tentei direcionar um olhado malvado. E ela só riu, vindo em minha direção dando um beijo estalado na bochecha.

Graças aos deuses chegamos à cidade e em pouco tempo vi uma lanchonete 24h. Parei lá mesmo saindo quase correndo do carro.

— Boa noite moça, eu posso usar seu banheiro? Assim que eu terminar eu consumo algo.

— Claro, sem problemas.

Ela falou segurando o riso. Eu realmente deveria estar parecendo desesperado.

Assim que entrei no banheiro que não tinha ninguém fui me livrando do cinto. Caramba, me senti aliviado. Comecei a reparar no ambiente, era limpo e bonito para um lugar na beira da estrada. Só tem uma torneira que pingava irritantemente. Fiz questão de ir nessa torneira, aquele barulho me irritava muito.

Foi quando eu senti uma presença que me deixava irritado, nervoso, querendo arrancar aquela torneira com a pressão d’água.

— Olá Percy Jackson, como vai?

— Ares.

Dessa vez ele parecia em paz, calçava botas pretas de couro, vestia uma calça caqui e uma blusa preta de gola polo, com uma jaqueta que parecia bem quente. E claro com os óculos escuros.

— Não está feliz em me ver? Eu também não, te entendo.

— O que você quer?

— Direto ao ponto. Como vai a missão? Afrodite insistiu tanto para que eu a deixasse cuidar desse resgate.

— Sua amante por mais doce que seja, está querendo brincar com meus sentimentos e de Annabeth. Mas até agora ela não teve sucesso. Isso é muito bom para vocês deuses, perder sabe.

— Cuidado com o que diz.

— O que você quer Ares? Contracorrente tá pesando no bolso.

— Sempre valente Jackson. Mas hoje eu não quero te quebrar. Vim de dar uma dica para encontrar meu filho.

— Que doce você, está aprendendo com Afrodite?

Suas sobrancelhas se encontraram e ele apertou o lábio.

— Olha garoto não me irrita. Agora faz um favor e me ouve. O garoto tem um poder muito, digamos manipulador. Você já deve saber que ele é um lutador não é?

Ele falou todo orgulhoso.

— Sim, sabemos. Mas o que quer dizer com manipulador?

— Quando chegarem lá ele vai explicar. Vocês vão conseguir falar com facilidade com ele. Agora saibam conversar, e o levem para o Acampamento.

— Você não o abandonou né? Aquela promessa de tentar aproximar-se mais dos filhos tá sendo cumprida?

— Os deuses fazem o possível, mas o tempo anda realmente corrido. O mundo parece cada vez pedir mais intervenção nossa. Comigo mesmo, conflitos acontecem o tempo todo. Mas eu tento aparecer nos sonhos deles. Morfeu tem me ajudado ainda mais tratando-se desse garoto.

— O que ele tem de tão especial?

— É o poder dele. Vocês vão descobrir. Só leve ele para o Acampamento.

— Ok, faremos isso. Agora não precisava mexer no meu namoro.

— Jackson, Afrodite tem carta branca comigo. Se ela quiser acabar com esse namoro seu eu pouco me importo.

Nesse momento minha raiva não segurou peguei Contracorrente do bolso pronto para destampa-la, mas aquele deus irritante sumiu em luz vermelho-fogo. Foi ai que percebi que eu tinha me molhado, estourei a torneira que pingava e de tanta irritação não controlei para que a água não me molhasse.

Fiz com que a pressão diminuísse, mas o barulho do estouro chamou a atenção da moça.

— Oi? Você gritou e então ouvi um estouro. Você tá bem?

— É tô sim, eu me assustei.

— Claro, e se molhou também. Quer ajuda?

Ela veio caminhando na minha direção, tinha um pano no seu avental de serviço. Ela tirou-o e começou a passar nos meus braços. Caramba, ela estava perto demais.

— Olha, seu casaco molhou bastante. Melhor tirar senão vai sentir mais frio.

E ela mesmo resolveu tirar ele e me entregou.

— Perseu. Você tava demorando achei que tinha acontecido alguma coisa. Mas tá tudo bem pelo jeito.

Annie estava parada de braços cruzados e eu estava com muito medo da sua expressão.

— Eu... Você pode me dá licença? Ela é a minha namorada e eu tenho que ir.

— Espera você tem que consumir algo.

— É Perseu, consume algo.

— Não Annie, espera aí.

E ela saiu com passos pesados e apressados.

Tratei de absorver a água das minhas roupas, ficando só meu cabelo molhado. Entrei no espaço da lanchonete de novo e vi Annie sentada com um copo de leite quente na mão.

— Annie, não foi nada. Ares apareceu e eu fiquei irritado. Arrebentei a torneira com a pressão e acabei me molhando e...

— Não quero saber. Paga o leite e vamos.

Quando eu ia me virando esbarro em alguém atrás de mim.

— Você tem que consumir algo.

Disse a moça segurando meu braço. Olhei de relance para trás e Annie a encarava parecendo que a matava a cada piscada.

Caramba, ela praticamente bufava de raiva. Sem condições de conversar. E agora?

Enquanto eu pagava ela foi para o carro já me esperando para sair.

— Annie...

— Não fala.

— Mas eu não fiz nada.

— Não fez mesmo.

— Ela só tava me secando Annie, eu acabei me molhando quando a torneira arrebentou.

— Te secando? Cada vez melhor em.

— Quer saber, pensa o que quiser. Eu não fiz nada. Ares apareceu e eu fiquei irritado. Ele disse que vamos encontrar o filho com facilidade e que ele é manipulador. Temos mesmo que leva-lo ao Acampamento. Parece muito importante.

— Que seja.

— Que seja.

Agora eu também estava irritado com ela. E eu não fiz nada. A garota que veio. Passei para o banco de trás e dormi lá mesmo.

— Perseu... Perseu...

— Hm, que?

— Pega sua mochila, chegamos.

—Onde?

— Pelos deuses, em Las Vegas! Levanta já tô na porta do hotel.

— Nossa. Ok, já tô levantando.

Pareceu tão rápido, mas já amanhecia. Não tinha a menor ideia de como a Annie escolheu esse hotel. É um prédio muito bonito e parece caro. Peguei vários dracmas, porque só um a névoa não encobriria.

— Ei, anda. Tô cansada. E ainda temos que comprar roupa.

— Pronto, terminei. Vamos.

Tentei pegar a mão dela, mas ela cruzou os braços e saiu andando.

— Ok então.

O saguão era muito bonito. Fomos direto para a recepção e a Annie começou.

— Queremos um quarto por favor.

— Olá jovem casal. Vocês são maiores de 18?

— Sim, somos.

Na verdade não. Ambos tínhamos 17. Mas Annie tinha preparado copias falsas para nós.

— Documentos então e vou pegar o formulário para vocês preencherem.

Passamos os documentos e preenchemos os formulários e fomos direto para o quarto. Era quase seis da manhã, daria para descansar um pouco. Na verdade, eu não sentia sono, dormi bastante no caminho. Só que eu tinha uma namorada raivosa do meu lado que eu precisava ficar junto.

No elevador eu comecei minha tática de conquista. Fui chegando perto até deixa-la bem próxima da parede.

— O que tá fazendo Jackson?

— Nada, esse elevador é pequeno.

— Não é não. Chega pra lá.

Parte dois. Empurrei ela para a parede e prendi seus braços.

— Ei!

— Psiu.

Então beijei seu pescoço dando mordidas de um lado ao outro. Terminando encostando nossos lábios e lhe dei mais uma mordida no lábio inferior.

“BIP!” as portas abriram e chegamos ao andar do nosso quarto. Sai na frente enquanto deixava uma Annie se recuperando e pegando sua mochila do chão. Abri a porta e fui direto para o banheiro para tomar um banho e descansar de verdade.

Sabia que tinha uma Annie lá no quarto sem fôlego e nervosa. Mas aquela é a minha namorada e eu sei exatamente como ter ela junto de mim. Podia ser o acaso colocando aquela atendente lá ou uma deusa louca. Mas ninguém iria atrapalhar meu namoro com a Sabidinha.


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Notas finais do capítulo

Annie controle-se kkkk
Próximo capítulo vamos descobrir o que esse semideus manipula...
E aí, tudo ok com a história?