A Princesa e o Mendigo escrita por Soluço a lenda
NARRAÇÃO DA ASTRID
Nós estávamos voltando para o beco, o Soluço estava calado, deve ser difícil processar tudo que aconteceu ali, eu não gosto de ver ele desse jeito, desanimado, triste, mas eu resolvi deixa-lo pensar um pouco.
Quando chegamos no beco, ele só sentou no seu canto, eu pensei que estava sobrando ali e resolvi ir embora.
Astrid- Eu já vou indo Soluço.
Ele só balançou a cabeça e voltou a olhar para o nada, eu me virei e fui, achando que ele precisava ficar sozinho, mas eu parei de andar quando ele chamou minha atenção.
Soluço- Astrid.
Astrid- Sim?
Soluço- Obrigado, por tudo, eu sempre pensei que meus pais me abandonaram, que não gostavam de mim, esqueceram que eu nasci, mas você me ajudou a descobrir que eles sempre se importaram comigo.
Eu me aproximei dele e me sentei bem ao seu lado, ele estava meio corado, com um sorriso sincero no rosto, eu me aproximei e ele também se aproximou, nossos rostos estavam a poucos centímetros de distância, eu não sabia ao certo o que eu sentia por ele, mas só tinha uma forma de saber, nós nos aproximamos mais, mais e mais, quase tocando nossos lábios.
Jack- Soluço.
Quando ouvimos o Jack, em um simples reflexo, nos separamos, e ele apareceu no beco, com uma sacola de comida, e a Elsa vindo atrás.
Jack- Eu trouxe a comida.
O Soluço se levantou e olhou a sacola, que estava cheia.
Soluço- Pera ai, como aquelas moedinhas deram pra tudo isso?
Jack- Hum...é, bem...
Elsa- Eu emprestei dinheiro pra ele.
Soluço- E você aceitou?
Jack- É que ela insistiu tanto.
O Soluço se levanta e olha para a Elsa.
Soluço- Elsa, a gente agradece, mas, a gente se vira, fazemos isso por merecer.
Elsa- Eu sei e respeito isso, vocês querem fazer tudo com o próprio suor, mas considerem isso como um presente.
Jack- Por mim fechou.
O Soluço concordou e ambos se sentaram para comer, já estava ficando tarde, e nós resolvemos ir pra casa.
Astrid- Tchau meninos.
Soluço- Tchau.
Eu e a Elsa voltamos pra casa, no caminho a ficha caiu, eu quase beijei o Soluço, eu nunca havia beijado ninguém antes, por que ninguém me fez sentir o que eu senti pelo Soluço, mas ele não tem casa, não vai a escola, nunca vai conseguir um emprego descente, eu queria que tivesse um jeito de ajuda-lo.
NARRAÇÃO DO SOLUÇO
Eu e o Jack estávamos comendo, eu nunca tinha comido tanto na minha vida e pela primeira vez, pude dizer que estava satisfeito, depois, agente resolveu ir dormir, eu não parava de pensar no que quase aconteceu entre mim e a Astrid.
NA MANHÃ SEGUINTE...
Eu acordei com o Banguela lambendo minha cara, ele parecia animado, inquieto, como se quisesse me mostrar alguma coisa, eu levantei e o segui.
Soluço- Tá Banguela, o que você quer me mostrar?
Ele me levou até outro cachorro, esse cachorro estava com uma pata ferida, o que me deu pena, eu passei a mão na cabeça dele e vi que era fêmea, eu a peguei e a levei para o baco, lá eu imobilizei sua pata com 2 gravetos e um pano que tinha lá e a deixei descansando, mas, ai que eu me lembrei de uma coisa, aonde o é que tá o Jack?
Eu olhei em volta e vi um bilhete dele, que dizia: Fui dar uma volta pela cidade, volto logo.
Eu resolvi ficar ali no beco, cuidando da cadela, quando a Astrid apareceu.
Astrid- Oi Soluço.
Soluço- Oi.
Ela veio até mim e viu a cadela com a pata enfaixada.
Astrid- O que aconteceu com ela.
Soluço- Ela torceu a pata, nada de mais, eu a encontrei na rua, parecia estar com medo, então a trouxe pra cá.
Astrid- Entendi, sabe? Eu sempre quis ter um cachorro, mas é difícil encontrar um, por que tem sempre um que chega primeiro. Qual é o nome dela?
Soluço- Eu não sei, por que você não dá um nome pra ela?
Astrid- Certo, hum...que tal...Tempestade?
Soluço- Legal, você gostou dela não é?
Astrid- Sim.
Soluço- Então, ela é toda sua.
Astrid- Sério?
Soluço- É, só a leve no veterinário, para ver essa pata e cuide bem dela.
Astrid- Pode deixar, eu vou no veterinário agora! Me acompanha?
Soluço- Claro.
Nós fomos no veterinário e após alguns exames, a Tempestade veio forte e saldável, depois, paramos pra comprar umas raçoes, e alguns produtos pra ela e eu acompanhei a Astrid até a sua casa.
Astrid- Soluço, obrigada, eu sempre quis ter um cão.
Soluço- Não foi nada.
NARRAÇÃO DA ASTRID
Eu dei tchau para o Soluço e entrei em casa, quando eu entrei, minha mãe me viu com a Tempestade e óbvio que eu teria que explicar.
Mãe- Filha, que cachorro é esse?
Astrid- Essa é a Tempestade, ganhei ela do Soluço.
Mãe- De quem?
Astrid- Do Soluço, aquele garoto de cabelos castanho e olhos verdes.
Mãe- Ai filha, você ainda tá se encontrando com aquele garoto?
Astrid- Sim, o que tem de mais?
Mãe- Ele é um garoto de rua! E você é uma Hofferson!
Astrid- I dai?!
Mãe- I dai que vocês são muito diferentes minha filha, você é de uma classe alta, a melhor aluna da escola e aquele garoto nunca pisou em uma escola na vida!
Astrid- Não importa! Eu gosto dele, ele é legal, honesto, gentil e ele me ajudou a quebrar preconceitos que você colocou na minha cabeça, só por que somos ricos, você se acha superior a ele, mas todos nós somos iguais e eu vou continuar a me encontrar com ele e vou tentar ajuda-lo!
Eu encerrei aquela discussão naquele momento e fui para o meu quarto, no caminho, eu ouvi minha mãe, falando em um tom de voz elevado.
Mãe- Por que você se importa tanto com esse garoto?!
Eu respirei fundo, me virei pra minha mãe e disse o que eu sempre tive certeza, desde a primeira vez que o vi.
Astrid- Porque eu o amo!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Vocês que me acompanham desde o inicio, com certeza lembram da trilogia Soluço: Programado para Matar, então, eu a li e achei que ficou estranha, tipo, a origem do Soluço, como ele virou o Rambo, só por ter vivido numa ilha, eu era meio noob em histórias, não tinha ideia do que fazer, mas agora, eu tenho mais experiência e pensei em um novo começo, uma nova origem ao Soluço, eu tô pensando em reescrever e trazer de volta a história Soluço: Programado para Matar, maior e melhor do que a outra e não vou dividi-la em trilogia e sim em uma só e eu quero saber a opinião de vocês, o que acharam da ideia?