Jogos de Mutantes - Interativa escrita por Pudim de Menta


Capítulo 2
Tributos I


Notas iniciais do capítulo

esse é só um pedacinho



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“Não adianta se camuflar da realidade, ela sempre vai te achar”.

Kalli encarava o seu reflexo no espelho rachado e pintando por manchas feitas pelo tempo.

Seu vestido não era dos melhores, era de um tecido decadente e cinzento o vestido estava desgastados e com um quase imperceptível furo na manga, o cabelo liso e castanho estava preso num rabo de cavalo e seu rosto magro ainda mais encovado, eram tempos bem difíceis.

Ela se encostou à parede fria e amarela desbotada do banheiro, e se camuflou, sua pele e os cabelos ficaram no mesmo tom e as coisas que tocavam eram também afetadas pela sua habilidade, mas coisas mínimas, feito suas roupas.

Ela se desencostou da parede e voltou ao normal, não adiantava se camuflar da realidade ela sempre vai ter achar.

Ela saiu do banheiro e sua irmã Luna que era bem parecida com ela, Luna simplesmente a abraçou.

―você não vai ser chamada. ―ela sussurrou mais como um conforto para si mesmo do que a própria Kalli, talvez a morte não fosse tão horrível, comparado a viver em Panem. ―vamos.

Como ultimo consolo ela olhou para a foto dos pais no velho porta-retratos e partiu de casa.

A praça principal estava repleta de pessoas e Kalli encaminhou-se para a fila dos dezesseis anos, e focou dois enormes globos de vidro com milhares tiras de papel, esse ano ela colocara seu nome mais vezes por um pouco de grãos e óleos insuficiente.

Uma mulher de aparência peculiar, com uma peruca roxa brilhando sobre o clima nublado do distrito oito começou todo o blá-blá,na qual qualquer cidadão sabia de cor e salteado,então ela colocou a mão enluvada na esfera das meninas.

―Kalli Miweters. ―ela sentiu um gosto metálico na boca e sua irmã que ficava na área destinada aos pais correu os olhos sobre ela, e podia a ver murmurando um “não,Não”,Kalli dirigiu-se até o palco,estava tão perdida com aquilo tudo que nem prestou atenção no companheiro de distrito,logo uma dupla de pacificadores a encaminhou para uma sala no edifício da justiça.

A saleta era pequena e abafada, ela imaginou os tributos que sentaram ali, mesmo os que sobreviveram, não tiveram um destino feliz,logo Luna entrou e ela chorava descontroladamente.

―volte para casa. ―a irmã dela limpava as lagrimas, mas novas sempre brotavam dos olhos, logo a sala foi tomada por outro fantasma do passado.

Powski, seu irmão que largou ela e Luna em direção à fome e nunca mais voltou, Kalli não o abraçou e Powski mandou ela se cuidar.

••

Bianca Morlins ― distrito 3

Só porque você quer que não aconteça, não significa que não vai acontecer.

A mãe de Bianca passava os dedos agilmente sobre as madeixas ruivas da filha, fazendo um simples penteado, o vestido verde desbotado combinava com os olhos da garota.

A mãe dela a abraçou protetoramente e o pai logo se juntou a dupla.

―não vai acontecer. ―o pai acariciava o cabelo da filha, mas o que mais Bianca tinha medo era ser sorteada para os jogos.

―vamos logo se não vamos nos atrasar. ―a mãe avisou enquanto limpava uma lagrima discreta e se encaminharam de mãos dadas até a praça, Bianca foi à fila destinada para os jovens de dezesseis anos.

Deixou uma lagrima fraca descer pela bochecha e cair no chão de terra, todos os anos ela e amiga ficavam lado-a-lado, segurando a mão uma da outra, mas no ano passado sua amiga foi chamada.

Bianca contemplou o chão, seu poder era ver as coisas que aconteceriam claro que produzia uma tremenda dor de cabeça e no momento ela não estava disposta a ver quem seria sorteado.

Ela ficou encarando o plano, enquanto a mulher da capital com um sotaque de cobra, falava alguma baboseira sobre rebelião.

―Bianca Morlins. ―no momento em que seu nome foi pronunciado pela mulher cobra, o mundo se tornou uma grande hélice de ventilador, ela marchou até lá vacilante, e os gritos histéricos da mãe eram bem audíveis.

Logo estava na saleta reservada aos tributos,não trocaram palavras somente ficou abraçada a família.


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Notas finais do capítulo

vocês sabem a regra de todas as interativas?
se não comentar o personagem morre.