Dilemma escrita por Han Eun Seom


Capítulo 44
E a ansiedade do seu beijo


Notas iniciais do capítulo

GENTE TERMINEI O VIDEO.
E SIM
ESTE É O CAPÍTULO FINAL
MAS NÃO SE DESESPEREM QUE TEM O EPÍLOGO.
Que não demorará a sair :)



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Foi uma sensação estranha acordar no outro dia e a ver de bruços sobre a minha cama... percebendo que as coisas estavam certas. Quero dizer, elas estavam certas agora, não era? Eu olhei para baixo e tentei ignorar todos os membros do meu corpo que doíam.

Tudo o que eu conseguia ver era a massa de cabelos azuis e roxos, mas isso foi mais do que suficiente para me arrancar um sorriso leve. Olhei para a porta e vi o médico entrando com meus pais. Minha mãe já veio com um sorriso e assim que chegou perto da minha cama, passou a mão em meus cabelos.

– Você nos deu um baita susto, garota – disse meu pai sorrindo. – Fico feliz que não tenha sido nada sério.

Eu literalmente estava me sentindo como um pedaço de merda. Imagina se tivesse sido sério.

De qualquer forma, levantei minha mão e acariciei os cabelos de Sara que estava completamente apagada ali. Aos poucos ela foi se levantando e entendendo o que estava acontecendo a sua volta. Resmungou baixinho e piscou várias vezes. Ao levantar sua cabeça olhou para todos ali um pouco confusa e sonolenta.

Nicolas estava ao pé da cama e meu coração se apertou ao ver a bolsa debaixo de seus olhos levemente avermelhados. Eu não conseguia o imaginar chorando e eu queria fazer algo para melhorar o que quer que ele esteja sentindo.

Minha mãe falou mais algumas coisas sobre meu estado físico e parece que eu teria que ficar com a perna engessada por no mínimo duas semanas. Se minhas costelas não estivessem tão doloridas, eu teria soltado um suspiro pesado. Na verdade, meu corpo estava doendo mais agora do que no momento em que fui atingida. Talvez eu devesse pedir por algum tipo de analgésico ou algo assim.

Sara segurou minha mão levemente e o médico pediu para que saíssem. Érica que se manteve calada o tempo todo – o que eu estranhei um bocado –, mas beijou minha testa e sorriu. Ela parecia muito pior do que todo mundo. Eu conhecia aquele olhar dela, era óbvio que ela tinha ficado acordada a noite inteira e estava exausta. Senti-me ainda mais culpada por ter feito isso com ela.

Eles saíram e o médico checou meu soro e fez algumas perguntas rápidas sobre o que eu estava sentindo. Pediu para que uma enfermeira aplicasse uma dose leve de analgésicos para que eu me sentisse melhor e me informou que eu teria que tirar alguns Raios-X para ele ter certeza de que todos os meus outros ossos estavam no lugar. Deu-me também algumas recomendações e disse que se tudo estivesse bem, eu poderia ir para casa na tarde do dia seguinte, mas escola apenas dali a algumas semanas.

Claro que não questionei esta sábia decisão.

Uma enfermeira me trouxe um café da manhã e eu devo dizer que não estava tão ruim assim. Tinha chá de camomila, não é o meu preferido, mas ainda assim é chá. Quando eles saíram, passaram-se alguns minutos até que mais alguém entrasse ali.

Fiquei surpresa e um pouco receosa no momento em que vi o cabelo loiro curto de Nicolas aparecer na porta. Ele fechou a porta e olhou para a mulher que estava deitada adormecida na cama ao lado. Suspirou levemente e sentou-se ao pé da minha cama.

Não olhou nos meus olhos, apenas juntou suas mãos e fixou o olhar no chão por algum tempo.

Eu sabia o porquê ele estava ali e também sabia que precisávamos conversar já que tudo o que aconteceu foi uma pura confusão. É óbvio que eu estava com medo de tudo aquilo e também não queria expor tudo em palavras, mas era... Mas era o necessário.

– Seu nariz ainda me parece um pouco torto.

Ele riu e eu quis bater minha cabeça na parede por ter falado algo tão estúpido quanto isso. Com um sorriso pequeno, ele tirou o celular do bolso e desbloqueou e bloqueou a tela dele algumas vezes.

– Você tem um soco poderoso – brincou e eu sorri de lado.

Ficamos em um silêncio desconfortável por mais alguns segundos até que ele suspirou mais uma vez e abriu o aplicativo de música de seu celular e olhou algumas músicas.

– Eu definitivamente não vim aqui te fazer desconfortável ou o que quer que seja. Não estou aqui para falar de toda esta situação. – Eu arqueei as sobrancelhas, mas ele não viu. – Eu só queria dizer que está tudo bem. Não precisa se preocupar com nada e que eu não vou ficar no caminho de vocês. – Virou seu rosto para mim e deu de ombros com um sorriso. – Vocês se amam há muito mais tempo do que eu mesmo possa imaginar. – Soltou uma risada sem graça e após alguns segundos de pausa, ele inspirou fundo antes de falar. – Eu, na verdade, vim aqui para te dizer primeiro que acho que vou voltar pra França.

– O que? – Franzi a testa e eu soube neste exato instante que eu o magoei muito mais do que imaginei.

– Por favor, não é sua culpa ou de Sara ou dos meus pais ou de qualquer pessoa. – Revirou os olhos. – Eu só percebi que desde quando pisei aqui é tudo está um caos. Eu estou cansado disso e talvez voltando para lá e morando não na casa daquele cara, mas numa casa minha, eu possa ter uma vida melhor. Pode parecer surpreendente, mas sou bom em economizar e eu já tenho amigos lá. Posso me virar.

Eu não estava gostando daquilo principalmente porque Sara ficaria no mínimo desesperada. Ela acabou de fazer as pazes com o irmão.... Mas eu via o motivo escondido por detrás de seus olhos. Mordi meu lábio inferior e se ele estivesse esperando algum tipo de comentário eu estava o decepcionando. Foi a minha vez de suspirar.

– Você não falou com Sara ainda.

– Não – disse e fechou os olhos passando a mão no rosto. – Eu não quero a deixar aqui, mas sei que ela estará em boas mãos de qualquer jeito.

– Ela precisa de você agora – falei franzindo a testa.

– Ela não precisa mais de mim, Roxy. – Sorriu de lado e balançou a cabeça. – Ela nunca precisou e acho que eu não tenho nem mais utilidade aqui.

– Não é questão de ser útil, Nicolas. – Suspirei. – A questão aqui é a sua relação com Sara. Você descobriu agora que passou anos com raiva dela por culpa dos seus pais e ela também está muito fragilizada com isso... Ainda mais venho eu com todo esse drama para colocar mais fogo no circo.

Ele me olhou por alguns segundos e soltou uma risada curta.

– O que foi?

– É engraçado ver que até nisso vocês são parecidas. – Ao ver meu olhar confuso ele revirou os olhos. – O jeito que vocês colocam a culpa em si mesma para isentar a outra. – Levantou-se da cama e foi até a minha direção. – Até mais, Roxy.

Beijou minha testa de leve e eu me senti mal com aquilo, eu sabia que ele estava destruído por dentro, mas mesmo assim me forcei a sorrir. Ele colocou o celular no bolso da calça enquanto saía e olhei para as minhas mãos inúteis em cima das minhas pernas.

Eu não queria que as coisas acontecessem assim. Tudo isso aconteceu por minha hesitação idiota.

Não era justo ele querer ir para outro país agora. Claro que eu sei que ele não vai embarcar no próximo avião e ir para aquele lugar, porém o fato dele ir embora ainda me deixa inquieta e culpada. Quero bater minha cabeça na parede. Apesar de tudo ainda o quero como amigo.

Mas sei que a vida não é a porra de um conto de fadas e nem um harém. Não posso ficar nesse “jogo de gato e rato” e tenho que parar de imaginar como seria se eu o tivesse escolhido.

Não. Eu não me arrependo da minha escolha até porque todos aqui sabemos que eu amo Sara e, apesar da minha lerdeza, eu consigo perceber que para me fazer feliz de um jeito incondicional somente essa garota de cabelos azuis e olhos mel. Só tenho que fazer minha mente conciliar A com B.

Mordi levemente meu lábio inferior e nem acreditei em tudo o que estava acontecendo. Como tudo havia sido tão confuso, intenso e rápido?

Senti-me cansada e um pouco enjoada, então escorreguei na cama levemente para encostar minha cabeça no travesseiro e fechei meus olhos.

Sonhei com a mesma praia e a mesma cena. Nós duas éramos pequenas e nossas mãos encostavam-se à areia úmida e clara. Não virei meu rosto para olhá-la, mas eu sabia que ela havia feito isso. Sua voz estava diluída como a água que vinha e ia da maré, então não entendi o que ela falou. De repente a lua aparece, o céu escurece e estrelas surgem. Minhas mãozinhas apertam as de Sara, pois vejo Nicolas à beira do mar. A água batia em seus tornozelos e só consegui ver suas costas. Tentei o chamar, mas um aceno foi tudo o que consegui dele.

Finalmente olhei para Sara e seu rosto estava banhado pela luz alva refletida pela lua. Não sabia se já tinha sentido aquilo antes, mas acho que ela estava quase divina daquela maneira. Seus lábios se curvaram e seus olhos pareciam focados em seu irmão. Com a voz de uma nascente ela falou.

– Obrigada por não deixar de me amar.

Levantou-se e seu vestido se alongou junto de sua silhueta. Seus cabelos tinham passado do loiro para o azul conforme tomou o corpo atual e assim que eu olhei para baixo vi que o mesmo havia acontecido.

Nicolas não estava mais lá e ao procurar por ele olhando para os lados, ela me estendeu a mão.

Olhei para a mão com dedos longos e textura macia pensando em como seria bom poder a tocá-la. E sem hesitar o fiz. Nossos dedos se tocaram e, assim que levantei, eles se entrelaçaram. Quase pude sentir a brisa ficcional e a intensidade de seu olhar em meu sonho.

Eu sabia que as coisas não iriam se resolver como um passe de mágica e eu teria que enfrentar tudo o que me viesse pela frente. Mas tudo bem.

Por ela vale a pena.

Semanas depois

Meus olhos abriram com dificuldade na semana em que eu iria finalmente tirar o gesso, mas assim que a senti ali, um sorriso surgiu em meus lábios sem a menor dificuldade. Seus braços enlaçados em minha cintura e a sensação de sua respiração perto do meu pescoço me faziam lembrar como eu deveria ter feito isso antes. Aceitado o que eu sentia antes.

Era a segunda noite seguida que ela dormia comigo.

Sei muito bem o que você deve estar pensando e minha resposta para isso é: deixe de ser um pervertido.

Estamos em um apartamento, estou com a perna completamente engessada além de que toda noite vou dormir meio grogue por causa dos remédios para a dor. Não havia nem chance de algo rolar enquanto isso. Não que eu já não tenha pensado nisso, porque, acredite em mim, eu pensei.

De qualquer forma, Sara se mexeu um pouco e resmungou. Era fofa a forma que ela sempre resmungava quando acordava e passava as mãos nos olhos antes de piscar e os abrir. Sim, pareço uma maníaca falando desse jeito, mas não posso fazer nada desde quando comecei a reparar em pequenos detalhes.

Antes mesmo de dizer “bom dia”, ela se apoiou em seu braço e se inclinou para me beijar.

Virei meu rosto e levantei minha cabeça para que nossos lábios se encontrassem mais facilmente. Sabe tudo o que senti quando ela me puxou e me beijou quando toda a confusão se deu? Era ainda melhor.

Sem a bagunça na minha cabeça e depois de refletir sobre tudo durante dias, tocar os lábios dela com os meus parecia ainda mais leve e certo. Um sentimento tão claro quanto o pingente que eu usava em meu pescoço mais a intensificação da vontade de “mais” era o que eu sentia quando nossas bocas encontravam uma à outra. Eu poderia gastar palavras e palavras descrevendo o quão meu coração se inflama toda vez que sua mão vai até a minha nuca para poder explorar melhor a minha boca, mas basta dizer que o que quer que eu tenha em mente naquele momento simplesmente se esvai.

Separamos-nos e ela caiu de costas na minha cama. Falou um “bom dia” sussurrante e eu me espreguicei ante de colocar minhas pernas para fora da cama. Soltei um pequeno gemido de dor por esquecer que a porra da minha perna ainda estava engessada e eu simplesmente a joguei para fora da cama.

A garota deitada ali ainda riu de mim. Revirei meus olhos.

– Continue rindo da minha desgraça.

– Sempre.

Sorri e lembrei-me de que como eu tiraria o gesso eu já poderia andar sem me apoiar em ninguém e parar de dar trabalho para todo mundo. Sara levantou logo depois e me ajudou a ir até a cozinha para tomarmos café.

– Bom dia. – Escutei a voz de Érica alta e animada. – Finalmente vai tirar esse negócio, eu já estava ficando cansada! Mas também nem adianta muito, vai tirar isso a apenas duas semanas antes das férias.

– Eu chamo isso de sorte, Érica – falei e me sentei ao seu lado na mesa. Minha mãe surgiu e colocou uma caneca com chá na minha frente. Sara puxou uma cadeira e sentou-se ao meu lado. – Você me parece bem animada.

– Descobri que Nuno também gosta das músicas do Rhodes! – Esse era o cantor preferido dela desde quando lançou. – Fiquei surpresa porque ele não parece ser o tipo de cara que escuta Rhodes.

Lancei um olhar para Sara e ela me devolveu com um sorrisinho.

Érica havia pegado o contado de Nuno do meu celular e começado a conversar com ele “absolutamente do nada” e porque “tinha dado vontade”. Falo isso entre aspas porque foram as exatas duvidosas palavras dela. Não ache que eu estou insinuando que esses dois estão ficando mais próximos do que eu imaginava.

Eu estou dizendo que isso é certeza.

Foi para a minha surpresa que quando perguntei o que ele achava dela, ele me respondeu que ela era bem legal e que falava umas coisas engraçadas.

Falando sobre Nuno, ele realmente teria que voltar para Portugal com sua família, pois seu irmão estava ficando apenas pior. Quando estávamos conversando por chamada de vídeo no Skype, eu aproveitei para perguntar o significado dos ursinhos que ele desenhava e com um pouco de desconforto ele me contou a história.

– Eu nunca fui uma das crianças legais e nunca gostei de brinquedos como carros ou coisas assim. Quando eu tinha uns oito anos, meu irmão já era bem distante da gente e eu nunca conversava com ele ou coisas assim. Mas no dia do meu aniversário ele me deu um urso de pelúcia marrom de terno e cartola. Aquilo foi a maior interação que eu tive com ele e bem.... Eu era uma criança meio depressiva, então me agarrei aquele brinquedo como nada antes. – É claro que quando ele começou a falar eu não o interrompi para avisar que Érica estava ali sentada na cama escutando tudo. – Eu nunca mostrava este urso para ninguém, porque você sabe, crianças podem ser bem más quando querem. Comecei a desenhar como qualquer outra criança, mas eu era bem mais.... Obcecado com isso. Passei semanas treinando para desenhar um urso para ele como o meu e dar para ele de aniversário. Acho que aquela foi a única vez que ele me elogiou. – Soltou uma risada curta. – Então este urso foi meio o que me fez pegar gosto para desenhar e me fazer quem eu sou hoje.... Por isso naquele trabalho do grupo de artes eles estavam lá.

– Essa é a coisa mais linda que eu já ouvi. – Quase mandei Érica calar a boca, mas já era tarde demais. Ela se enfiou na frente da webcam e sorriu. – Tenho uma história parecida.

Ela praticamente me expulsou dali e começou a conversar com ele. Fui falar com Sara naquela hora e ela me mandou uma mensagem dizendo que as coisas não estavam exatamente resolvidas com Ravena, mas que ela sabia o que aquela garota fez.

Depois de jogá-la contra a parede falando os fatos reais do que aconteceu no ano anterior com Nuno, Ravena agiu como uma criancinha e mandou todo mundo se foder. Sara suspirou quando me contou isso e eu tive vontade de falar “que se foda ela”, mas me segurei. Eu sabia que apesar de tudo, Sara realmente achava que ela era sua amiga.

Enfim, falei para ela sobre Érica e Nuno conversando, o jeito que ela me tirou da cadeira do computador e ela riu. Insinuou algo sobre os dois e eu franzi a testa pensando na menor das possibilidades que poderia tornar isso realidade.

– Será? – Perguntei e ela riu.

Os dois eram diferentes demais para que isso acontecesse, mas com o passar das semanas e eles conversando todo dia.... Bom, eu literalmente não teria nenhuma objeção com isso. Realmente. De qualquer forma, Nicolas passou a falar comigo mais frequentemente também.

Nós nos evitamos no começo, mas aos poucos voltamos a trocar mensagens.

Eu estava bem preocupada com a possibilidade de ele ir embora, mas ele me acalmou dizendo que as coisas não seriam tão rápidas assim. Ele não tinha desistido da ideia, mas não iria logo agora. Deu para notar que seus planos incluíam uma faculdade, mas ele não quis falar sobre isso.

Não, nem tudo ficou um mar de rosas vermelhas e bonitas.

Apesar de Érica e Nuno estarem se dando bem, eu e Sara termos finalmente nos aceitado do jeito que somos e o clima entre nós e Nicolas ter melhorado.... As coisas ainda eram estranhas. Não irei mentir ao dizer que meu coração não oscilava às vezes, mas tenho certeza de que fiz a escolha certa toda vez que olho para os olhos dela.

– Você me encara demais – disse Sara para mim e eu dei de ombros. – Sei que sou linda, mas isso às vezes é assustador.

Ah, beijá-la também era estranho de começo. Mas um estranho bom.

Quando o assunto acabava e nós caíamos em um silêncio um pouco desconfortável, minha mão ia em direção sua nuca e a dela de posicionava na minha cintura. O movimento dos nossos corpos, o “puxão” para perto era praticamente simultâneo e toda vez antes de juntarmos nossas bocas, encostamos a testa uma na outra com os olhos fechados e sentimentos nossa respiração se cruzar.

Após isso era apenas o sentimento.

Os lábios dela sempre tinham um quê de rebeldia neles. Mesmo a situação sendo completamente diferente de quando ela me beijou pela primeira vez, o fervor que eu sinto quando sua língua invade minha boca é igual.

E acho que não importa quantos anos se passe, a mescla de calma e ansiedade que seu beijo me faz ter nunca irá passar.

Fim


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Notas finais do capítulo

Estou quase chorando ao postar isso.



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