Dia dos namorados escrita por Batatinha


Capítulo 3
Capítulo 3 - Final


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeenteeeee, mil desculpas, tava cheia de coisa pra fazer e ainda tinha o problema do notebook que eu uso não ser meu.
Outra tragédia foi que eu escrevi o capítulo semana passada, mas o Nyah excluiu, só Deus sabe porque. Mas eu conseguiiiiii. Aqui está, espero que gostem, e comentem!!



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Ao entrar no campo de morangos percebi o quanto ele parecia sombrio. Os morangos estavam mrchos e com manchas pretas, alguns ramos estavam amarelos e se entrelaçavam uns aos outros no chão, o que dificultava de andar.
Achar Katie não foi difícil, apenas segui o som do choro e dos soluços. Ela estava sentada junto a ferramentas de cavar e esses trecos que ela gosta.
— Idiota, imbecil, cafajeste, troux...
— Tudo bem, Gardner. Já cheguei.
Ela pulou de susto, depois encolheu os ombros e abraçou os joelhos. Sentei ao lado dela, percebi que seus olhos estavam inchados e ela olhava para o chão.
— O que veio fazer aqui, Travis? - Katie falava com a voz embargada.
— Soube que o babaca oxigenado quer tirar meu lugar como o mais odiado por Katie Gardner. - eu esperava algum sorriso, mas ela começou a fungar e inesperadamente se agarrou em mim. Depois que recuperei o choque a abracei de volta.
— Assim você me deixa preocupado, Katie.
— Pensei que ele gostasse de mim. Mas me trocou por Steffane Manson! Só porque ela é mais bonita e não tem terra debaixo das unhas. – disse ela com amargura e voltou encharcar a minha blusa.
Eu conhecia Steffane, havia ficado com ela alguns dias antes de Katie começar a namorar. E definitivamente, ela não era mais bonita que Katie.
Ok, me senti constrangido por pensar isso.
— Bem... – comecei a falar. Gardner levantou a cabeça para me olhar. Enxuguei uma lágrima que caía em sua bochecha. – Às vezes Afrodite pega pesado.
Katie me olhou intensamente, como nunca havia olhado antes, dentro de mim mil borboletas voavam quando ela começou a se aproximar. Meu coração de repente resolveu bater como se estivesse dançando frevo em cima de um pula-pula. Eu sabia que ela devia estar triste demais para pensar no que estava fazendo, em condições normais não teria aguentado nem mesmo ficar do meu lado.
Eu queria beijá-la, (por Hermes! Como eu queria!) mas não daquele jeito. Não com ela assim. Quando nossos narizes se encostaram me forcei a afastá-la, a sensação foi de estar afastando dois imãs de 200 kg. Ela me olhou surpresa e um pouco magoada, pensei que ela iria chorar de novo. Segurei em suas mãos e tentei achar as palavras certas, mas o fato era que eu não sabia explicar o que tinha me dado (medo, bom senso, insegurança), então apenas mandei um pedido de desculpas silencioso.
— Ei, tenho uma surpresa, acho que vai te animar. – falei. Já havia escurecido e o luar deveria ter começado. Puxei Katie pelos campos de morangos esperando que ainda desse tempo de vermos o show.
— Stoll! O que pensa que está fazendo? Me solta!
— Relaxa, Gardner. – disse animado. – Você vai presenciar mais um plano malignamente brilhante de Travis Stoll.
Chegamos bem a tempo. Vi os garotos do 11 atrás do anfiteatro lançando os foguetes como pequenos elfos sapecas fazendo travessuras.
Que orgulho dos meus irmãos.
Os foguetes subiram no céu e todos na clareira pararam para olhar. Então eles explodiram, lançando quilos de estrume em tudo que estivesse embaixo, transformando semideuses em bonecos de neve, só que, bem... não de neve. Foi uma confusão, as garotas gritavam e os namorados estavam atônitos demais para fazer alguma coisa, se é que tem alguma coisa a ser feita quando é atingido por uma bola de coco. Aos meus olhos, era uma cena linda.
— Você é completamente louco, Stoll. – falou Katie. Eu ri. Ela semicerrou os olhos e apontou para alguém à frente. – Olha, é o Dylan e a Manson.
Realmente, estavam sujos da cabeça aos pés, mas com certeza eram eles. Pareciam estar discutindo, Steffane corria atrás de Dylan gritando para que ele a esperasse. Quando o alcançou, puxou-o pelo ombro e os dois se desequilibraram, caindo de cara em mais estrume.
Katie gargalhou, o que me pegou de surpresa. A risada dela me refrescava por dentro de um jeito que eu nunca entendi, mas fazia valer a pena qualquer camisa molhada e todo fedor de fezes de cavalo do mundo. Ela virou pra mim sorrindo e foi quando percebi que não poderia deixá-la escapar novamente, não suportaria vê-la com outro de novo. Eu estava apaixonado, no final das contas. Sorri para ela de volta.
— Feliz Dia dos Namorados, Gardner. – disse.
— Feliz Dia dos Namorados, Stoll.


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