Open Wound escrita por littlelindy


Capítulo 21
Negócios


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente eu peço desculpas por não ter postado ontem como prometi para algumas pessoas, mas eu estava um pouco mal e resolvi ficar deitada. Mas deixo um capítulo novinho para vocês com algumas respostas que vocês queriam a muito tempo hahaha
Ah, queria agradecer às novas leitoras também. É um prazer ter vocês aqui e espero que continuem comigo até o final



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– Killian você não vai arrastar meu marido com você. - Regina repetia com o mesmo tom autoritário na voz.
– Isso tudo é ciúmes por eu não ter te chamado? - brinquei, tentando fazer com que ela mudasse a pergunta ou o assunto, em vão.
– Por que você não chama o David? - ela insistiu.
– Pela milésima vez: Mary está grávida! Não dá pra eu levar a Belle pra desmascarar o próprio marido e você tem Roland e a prefeitura pra tomar conta. Desculpa, mas só sobrou o seu marido.
– Ah, então agora meu marido é escolhido por ser “a sobra”? - ela questionou com as mãos na cintura. Eu, entretanto, não respondi, apenas revirei os olhos.
– Tudo bem, vocês podem ir. - ela disse rendendo-se.
– Ótimo, porque a mala dele já estava no carro. - disse sorrindo.
– Como é que é?
– Regina você manda na cidade, não no Robin. - sorri em brincadeira, ela apenas bufou e sentou-se no sofá.

Duas horas antes

Minutos depois de falar com Belle, liguei para Robin, chamando-o para beber algo no Granny’s. Robin e eu nos conhecíamos a algum tempo, éramos bons amigos e ele fazia muito bem a Regina, que é uma das minhas melhores amigas. Entretanto, não tínhamos uma amizade tão forte quanto eu e David. Ele era mais reservado e, além de tudo, tinha sua própria roda de amigos como, por exemplo, Will Scarlett que vivia cortejando minha irmã. Por esse motivo, me sentia invasivo quanto ao que desejava fazer, mas eu precisava de ajuda. Eu não poderia ir para a Carolina do Norte sozinho, mas também não poderia chamar nenhum de meus amigos. As opções finais eram: Ruby e Robin, mas acredito que se eu viajasse com Ruby ela, além de atrapalhar, iria provocar a ira de madame Swan e eu não gostaria de vê-la furiosa. Não mesmo. Portanto, lá estava eu cortando mais um nome da lista, contando, apenas, com a boa vontade de Robin.

– Killian! - ele disse, batendo em meu ombro e sentando-se ao meu lado no balcão do Granny’s.
– Robin. Quer beber?
– Só uma cara, tenho que buscar Roland na escola depois.
– Beleza. Ruby! - chamei minha amiga.
– Sim? - ela prontamente veio até nós dois.
– Traz dois copos pra mim, por favor?
– Rum essa hora da manhã, Jones? - ela me repreendeu.
– Certamente não atrapalha. - respondi sorrindo e a observando pegar nossas bebidas.
– Aconteceu alguma coisa? - Robin questionou enquanto pegávamos nossos copos e agradecíamos a morena.
– Ainda não.
– Como assim “ainda não”?
– Eu preciso da sua ajuda.
– Certo, mas pra que? - ele perguntou tomando um gole da bebida.
– Você sabe de toda história com a Emma, Gold e tudo mais, não é? - ele assentiu com a cabeça, fazendo-me prosseguir - Ele está indo para a Carolina do Norte e, provavelmente, irá se encontrar com outros envolvidos nessa história toda. E eu preciso ir atrás deles.
– E onde eu entro nisso?
– Eu queria saber se você me acompanhava nessa.
– Claro, sem problemas. Se quiser posso chamar mais pessoas também, Will deve ter folga e…
– Não, não. É algo bem discreto, não vou interferir, só quero observar. - disse o interrompendo. Sabia que ele iria falar de Scarlett, afinal, eles eram melhores amigos. Mas, na verdade, seria uma ótima desculpa para que Regina aceitasse essa viagem.
– E pra quando é?
– Pra hoje.
– Hoje? Desculpa, cara. Regina não deixaria nem em sonho!
– É por isso que eu tô perguntando pra você e não pra ela. - respondi tentando provocá-lo. Regina, com toda certeza, iria xingá-lo até a quinta geração, mas eu precisava de ajuda. Além do mais, ela sabia que era importante.
– Certo, mas você fala com ela. - ele alertou-me e riu um pouco, fazendo-me acompanhá-lo.
– Bom… eu já esperava por isso, cara. - dei de ombros, dando um gole em minha bebida.

– Amor, cheguei! - Robin disse enquanto entrava em casa com Roland e indo em direção a Regina, beijando-lhe rapidamente. - Oh, Killian. Como vai?
– Então quer dizer que você mandou Killian vir falar comigo? - Regina disse com os braços cruzados.
– É… - ele coçava o cabelo demonstrando nervosismo - Quanto a isso, temos um probleminha.
– Probleminha? - ela questionou de maneira irônica.
– Não com você, amor. É com Killian… eu não vou poder ir mais, cara.
– Por que não?
– Roland tem uma apresentação na escola amanhã, não dá pra faltar.
– É, e vai ser muito legal, tio Killian! - o pequeno dizia ao meu lado com um sorriso enorme no rosto. Aquela cena me fez desistir de toda e qualquer tentativa de convencer Robin a ir comigo. Como eu iria pedir para que ele não fosse na apresentação do filho na escola? Ainda mais com Roland demonstrando-se tão animado quanto agora...
– É mesmo, campeão? E como vai ser? - disse sorrindo para o garoto, enquanto o pegava no colo.
– A gente ensaiou a peça do Robin Hood.
– Robin Hood? Uau, e quem você vai ser?
– O Robin Hood é claro, igual meu papai! - ele sorria e apontava para o pai.
– E eu tenho certeza que seu papai vai adorar. - falei enquanto o colocava no chão novamente - Sendo assim, é melhor eu ir se ainda quiser ir no mesmo voo que Robert.
– Mas a mala do Robin já não estava no seu carro? - Regina perguntou.
– Era mentira. Você achou mesmo que ele ia fazer alguma coisa sem te perguntar antes? - respondi rindo.
– Desculpa mesmo, cara. Eu tinha esquecido completamente da apresentação do Roland.
– Fica tranquilo, mas bom… é melhor eu ir mesmo. Obrigado por tentar, cara. - bati em seu ombro antes de me despedir de Regina e Roland.

Bom, voltei à estaca zero. Eu deveria ir sozinho para a Carolina do Norte e ver o que eu conseguiria fazer lá. Ao menos eu teria a ajuda de Belle, mesmo que por celular, já que ela me passaria todas as informações que conseguisse com Robert. Eu queria ir no mesmo voo que ele, apenas para me certificar do destino final, não pretendia iniciar nenhum diálogo. Aliás, esse era meu objetivo: não falar absolutamente nada. Essa viagem deveria ser o mais discreta possível, inclusive, estava certo de que nem mesmo Emma deveria saber disso.

Com a ajuda de minha irmã eu consegui embarcar no mesmo avião que Gold, entretanto, sentei-me algumas fileiras à sua frente, o que ajudou a não termos nenhum contato. Além disso, no desembarque, me certifiquei de que ele já havia saído antes de descer, já que eu não precisaria segui-lo, pois Belle me daria as coordenadas exatas de sua localização. Minha única preocupação era conseguir um carro de aluguel para que eu pudesse ir atrás dele sem maiores problemas. Nesse caso, o bom de estar sozinho é não me preocupar com hospedagem, afinal, eu conseguiria dormir em um carro, não é mesmo?

– Killian?
– Oi, Belle! Conseguiu alguma coisa? - disse assim que ouvi a voz de minha irmã do outro lado da linha.
– Ele está indo para o litoral ainda hoje, Wrightsville. É muito longe dai da capital?
– Um pouco, umas três horas de viagem… eu acho. Mas vai valer a pena.
– Toma cuidado, tá bom? - ela disse preocupada.
– Ei, eu vou voltar. Vai ficar tudo bem e eu prometo não fazer nada de errado.
– Tudo bem. Se cuida, te amo.
– Também te amo, irmãzinha. Até mais. - disse por fim e desliguei o telefone.

Não era difícil encontrar um carro para alugar como tinha imaginado, por isso, tratei logo de ir para Wrightsville, afinal, Gold também deveria estar rumo ao seu destino. É horrível viajar sozinho, sua cabeça automaticamente começa a pensar em tudo o que você deseja esquecer ou ignorar por um tempo. Tudo o que eu menos precisava agora era pensar em Swan, não fazia uma semana que estávamos separados e eu já sentia uma saudade insuportável. Pensar nisso me aterrorizava, porque eu sabia que pela frente estavam longos seis meses. Talvez para ela as coisas fossem mais fáceis de suportar, afinal, um trabalho de conclusão de curso tomaria boa parte de sua atenção e ela estaria cem por cento comprometida com isso nesse semestre. Bom, ela pelo menos tinha uma distração, enquanto a mim restavam-me as loucuras. Acredito que se a história de Graham não tivesse se tornado tão misteriosa, eu estaria enlouquecendo naquela delegacia agora. Nada acontecia ali e eu teria tempo suficiente para pensar esse tipo de coisa. Vim para essa viagem dizendo que protegeria Emma e livraria minha irmã de Gold, entretanto, essa aventura ia muito além disso. Eu precisava disso. As chances de Robert estar aqui apenas para negócios da sua loja eram grandes e eu poderia não encontrar nada, mas eu precisava me ocupar em alguma coisa.

Em minha última conversa com David, no aeroporto, ele disse que eu não poderia viver por Emma e ele estava absolutamente certo, mas é tudo muito novo para mim. Eu estava acostumado a ter minha vida, e então Milah chegou e mudou tudo; vivíamos praticamente como marido e mulher antes do acidente. Depois disso eu perdi o rumo de tudo, me guardei em uma bolha e vivia do trabalho para casa. Eu havia perdido quem era Killian Jones e não conseguia me recuperar da queda. Foi então que Emma chegou. Ela trouxe brilho para a delegacia e para a vida de todos ali, me envolver com ela foi completamente inesperado e, ao mesmo tempo, intenso. Foi uma mudança radical em minha vida, logo, estava sendo extremamente difícil assimilar tudo. Emma fez com que eu me visse como Killian novamente, sentia-me eu mesmo ao lado dela, mas fora tudo tão rápido que eu não consegui transferir esse sentimento para os momentos em que estávamos separados. Essa viagem era, além dos objetivos principais, o momento perfeito para eu me encontrasse através de meus próprios esforços. David estava certo quanto à dependência, mas se não fosse por Swan eu não estaria me sentindo tão completo e realizado como agora e, talvez, jamais voltasse a ser o real Killian Jones.

Eu estava tão perdido em meus pensamentos que havia esquecido da hora. Era quase o horário marcado de ligar para Swan, mas estava em um trecho sem cobertura de sinal. Resolvi, então, parar o carro no acostamento e adentrar um pasto que havia ali, afinal, a presença de um pasto significava a existência de uma fazenda e, consequentemente, pessoas. E pessoas precisam se comunicar, certo?

Quanto mais eu ia adentrando o pasto, mais perto do gado eu ficava e sem qualquer sinal telefônico. Uns quinze metros de distância da cerca e em certa posição de malabarismo, finalmente, consegui ao menos um pontinho - o que era suficiente para uma ligação.

– Bem no horário, Jones! - Swan atendeu o telefone animada.
– Ei, eu combinei não é mesmo? - disse sorrindo, embora ela não pudesse ver minha alegria, eu queria ao menos tentar transmiti-la.
– Sim. E como você está?
– Estou… - olhei ao redor e percebi o quão ridículo eu estava naquela posição meio inclinada para que o sinal não acabasse - … ótimo. E você?
– Estou bem. Por que fez essa pausa?
– Não foi nada, era só um mosquito passando aqui e eu distrai.
– Mosquito? Sei… Alguma coisa sobre Gold?
– Não vamos falar disso agora, tá bom? - disse tentando desviar o assunto e, ao ouvir o suspiro dela, prossegui - Foi na faculdade?
– Sim, conheci minha supervisora, vou começar o quanto antes.
– Isso é ótimo! Mantenha sua cabeça nisso, concentre-se que eu tenho certeza que você vai conseguir uma excelente nota na apresentação.
– Eu espero. Estou um pouco nervosa, mas também animada.
– Eu imag… - parei de falar após ouvir um alto som atrás de mim, ou melhor, uma vaca se aproximava e mugia extremamente alto. Como eu ia explicar essa agora?
– O que é isso, Jones?
– Isso o que? - tentei disfarçar.
– Um mugido.
– Talvez seja uma… vaca?
– Sério? Uau, Jones. - ela disse irônica - Onde você está?
– Em casa. - fechei os dois olhos, apertando-os, como se sentisse a mentira. Eu nunca tinha mentido para Emma e essa era a pior sensação de todas.
– E desde quando tem vacas em Storybrooke?
– Pois é, amor, eu já falei para a Belle parar com isso. Coisa feia!
– Belle? - ela questionou - Killian Jones fala agora onde você está.
– Eu… eu tenho que desligar, amor. Fica com Deus, beijo. Tchau.
– KILLIAN!
– Também te amo.

Após desligar o telefone, olhei para trás onde o animal estava e o encarei repetindo um “Qual é?”, mas então percebi que estava ainda mais patética a cena já que, além da posição ridícula, eu estava conversando com uma vaca. Voltei para o carro e tratei logo de terminar aquela viagem, afinal, chegando no litoral eu deveria arrumar uma forma de encontrar Gold. E isso, talvez, não fosse tão fácil quanto descobrir que o "real Killian Jones" brigava com bovinos.

Passei o restante da viagem pensando na forma descarada que havia mentido para Emma e em como eu não me perdoaria por isso. David, com toda certeza, me diria que às vezes devemos ocultar alguns fatos para que possamos proteger quem amamos, mas isso não garante a ninguém a isenção de culpa. E era isso que eu sentia: culpa. A única coisa que me alegrou foi olhar para a placa de boas vindas, com as informações do município, e saber que Wrightsville era uma cidadezinha pequena e, com certeza, seria fácil encontrar Robert Gold e seus aliados.

Passando pela avenida da orla notei, a alguns metros na frente, dois homens de terno conversando na praia já vazia. Reduzi, então, a velocidade para tentar enxergar o rosto de algum dos homens, mas tive certa dificuldade já que estava anoitecendo e não havia muita iluminação por ali.

– Ah, Gold, usando terno na areia? Bad form, mate. Não estou enxergando muito bem não, mas esse seu cabelinho ai não me engana, crocodilo. - disse sozinho no carro.

Desliguei os faróis para não chamar muita atenção e estacionei por ali, para que pudesse segui-los à pé, afinal, eles estavam andando em direção a casa de praia poucos metros de onde os encontrei conversando.

Tratava-se de uma casa um pouco velha, mas bem característica de regiões litorâneas. Ao lado dela ficavam outras duas, como um condomínio a beira mar, entretanto, sem qualquer luxo. A pintura era branca com alguns detalhes em azul claro, sendo todas elas iguais. Gold e o homem de preto - o qual identifiquei depois e era Dylan - sentaram nas cadeiras de bambu do lado de fora, numa pequena varanda, ao lado de um outro homem que já estava ali a algum tempo. Embora estivesse escuro, não iria arriscar me aproximar pela frente, então tratei de caminhar por trás da casa e ouvir toda a conversa escondido.

– Então você encontrou com a senhorita Swan? - Gold falava em tom divertido.
– Encontrei. - o outro homem respondeu.
– E ela disse alguma coisa? - Dylan perguntou.
– Que nada! Continua a mesma loira lerda de sempre. - ele disse e logo em seguida deu uma gargalhada. Automaticamente eu fechei o punho, queria socá-lo ali mesmo. Quem ele pensa que é para falar daquela forma da minha namorada?
– Tem certeza que ela não percebeu nada, Neal? - Dylan perguntou. Neal? Então esse era o Neal? Olha, sinceramente, eu dava de dez a zero nele de olhos fechados, mesmo se tivesse uma mão só.
– Tenho! Ela foi toda fria comigo, mas depois que soube que eu viria para cá ela se animou toda.
– Você contou que viria, seu imbecil? - Gold alterou a voz para o garoto.
– Ah, saiu, foi sem querer. Mas ela só quis saber de um tal de Nicholas Sparks. - a frase do garoto fez Dylan gargalhar, acompanhado de Gold.
– Vejo que Emma continua a mesma garota inocente de sempre. Que clichê! - revirei os olhos. Como poderiam ser tão idiotas assim? E sobre Emma ser inocente… eu não pretendo comentar nada sobre isso. - Devo admitir, Neal, você fez um bom trabalho esses anos. Não esperava tudo isso de você.
– E por qual motivo não esperava isso de mim?
– Seu preço é muito baixo, rapaz. - Gold comentou.
– Não acredito que seja baixo. A faculdade significa muito para mim.
– E pela faculdade você resolveu abandonar todo seu relacionamento com ela? Ou você valoriza demais essa faculdade ou seu amor por ela era pequeno demais.

Eu ficaria com a segunda opção. Que espécie de ser humano troca alguém que diz amar por uma faculdade? Quem se vende a essa maneira para conseguir pagar uma mensalidade? Esse cara, definitivamente, é mais doente do que eu imaginava. E ainda adiciono outro questionamento: quem, em sã consciência, abandona Emma Swan?

– Eu já estava de saco cheio de Emma. Ela não cedia nunca! E, bom, as meninas da faculdade são bem mais abertas a esse tipo de discussão… se é que me entendem. - ele respondeu com tom malicioso na voz.
– Não que você tivesse muitas opções também não é, rapaz? - Dylan começou - Meu filho foi muito burro em ter confiado em você sobre nosso negócio… Se você não tivesse o enganado e vindo para o nosso lado estaria com ele agora, sete palmos debaixo da terra. - Arrepiava-me a inacreditável e terrível frieza com que Dylan Humbert se referia ao filho, era algo surreal de se ouvir.
– Sempre pensei que ele confiaria esse tipo de assunto na Emma, mas fiquei surpreso dele ter me dito. Afinal, não foi de tudo ruim não é? Se não fosse por ele eu, provavelmente, estaria preparando meu casamento com Emma Swan. - ele riu em deboche.
– Graham jamais contaria para Emma, ela estragaria tudo. Provavelmente teríamos que encerrar com ela antes do garoto. - Gold comentou enquanto acendia um charuto.
– Como sabe disso? - Neal perguntou.
– Senhorita Swan é como Graham, eles defendem as mesmas causas e tem os mesmos princípios. Assim como ele era contra, ela também seria. - ele deu uma pausa para soltar um bocado de fumaça após fumar, e logo continuou - Por falar nisso, o cliente vem?
– Pela manhã. É melhor entrarmos para discutir o preço e o garoto receber o pagamento dele. - Dylan disse se levantando, enquanto os outros o acompanhavam para dentro da casa.

Quando eu ia arriscar aproximar-me e, talvez, subir na varanda para espiá-los da janela, meu celular tocou e “Emma Swan” apareceu no visor. Neal aproximou-se da grade da varanda olhando para frente, procurando de onde estava vindo o barulho e eu, rapidamente, desliguei o aparelho, saindo dali correndo pelos fundos. Eu esperava que a escuridão me ajudasse na camuflagem, já que estava correndo na direção oposta a que tinha deixado o carro e ficaria complicado qualquer tipo de fuga assim. Felizmente, nenhum deles saiu da casa ou apareceu procurando alguém nos fundos da casa.

Queria ter ficado um pouco mais, dali eu tiraria todas as minhas dúvidas quanto aos negócios de Gold e a história de Graham, mas era arriscado demais e eu havia prometido a Belle que retornaria. Sairia hoje da Carolina do Norte com algumas informações que, infelizmente, não eram nada agradáveis, porém essenciais: Robert Gold mantinha negócios certamente lucrativos com Dylan, Neal se vendeu para pagar uma maldita faculdade e Graham havia morrido por sua traição e na tentativa de salvar ou poupar Emma de alguma coisa. Dentre tudo que ouvi, apenas uma coisa era certa: Dylan Humbert havia matado o próprio filho.​


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Notas finais do capítulo

Desculpem-me os possíveis erros.
Enfim, o que acharam? Vamos fazer uma enquete "Quem devemos odiar mais: Dylan, Neal ou Robert?" hahaha
Até o próximo ♥