Um lugar qualquer escrita por Nael
Notas iniciais do capítulo
Houve uma aula na minha escola em que a professora pediu para que fechássemos os olhos e visualizarmos as seguintes coisas respectivamente.
Primeiro você está em uma floresta. Com ela é? Como você se sente em relação a ela?
Você está andando, depois de certo tempo você encontra um vaso. Com ele é? Como você se sente em relação a ele?
Em seguida você se depara com um tigre. Como ele é? Como você se sente em relação a ele?
Mais adiante você encontra um lago. Com ele é? Como você se sente em relação ele?
Continue andando e você chega a um muro. Com ele é? Como você se sente em relação a ele?
Após fazer isso foi pedido para que escrevêssemos então eu compartilho aqui com vocês o que veio a minha mente. E a resposta de tudo isso fica nas notas finais. Boa leitura!
A floresta é de um verde mar com uma mistura de verde esmeralda. As árvores são altas de troncos largos e suas copas cobrem boa parte da luminosidade, mas não o suficiente para ficar escuro. O ar é úmido, há barulhos ecoando por toda parte, provavelmente há muitos insetos. O som de uma cigarra ao longe me faz virar a cabeça.
Eu começo a andar, estou descalço, mas não sinto dor ou qualquer problema em caminha, talvez pela roupa leve que eu use, um vestido do qual não visualizo a cor eu sinta frio. Ainda sim continuo andando sem pressa, ora pulando poças, saltitando raízes de arvores e girando para rodar a saia do vestido.
Eis que encontro então algo que brilha, parece reluzir aos feixes de luz. Ao me aproximar vejo um vaso de cerâmica longo e branco com alguns ramos de flores roxas. Pego então o vaso e volto a caminhar.
Não demora muito e me deparo com um tigre. Ele está parado em posição de ataque e eu congelo ainda segurando o vaso. Não me mexo ou não pretendo fazer isso, encaro o animal de volta, me perco nos seus olhos amarelados. Ele ergue um pouco a cabeça parecendo não se sentir ameaçado ou com a intenção de atacar. Eu dou um pequeno passo para trás. O tigre arruma sua postura e eu faço o mesmo, depois de dar mais alguns passos para trás estamos a uma certa distância trocamos mais um olhar e eu me viro e volto a andar
Acabo por encontrar um lago de águas límpidas e azuladas. Coloco o vaso de lado, sento numa borda e bato com as pontas dos pés na água rindo para o meu reflexo. Corro na parte rasa chutando água para cima e faço questão de encher o vaso com a água e o colocar de pé na margem. E assim continuo pela floresta.
Quando finalmente me dou conta não estou mais com o vaso, me deparo agora com um muro de tijolos escuros e cheios de musgo. Me assusto por um momento e não entendo. Olho para os lados e ele não tem fim, olho para cima e é alto a ponto de querer ofuscar a luz do sol. Eu arranho, pulo, soco e chuto o muro. Porém é inútil, ele se mantém impotente e então eu paro cansada e só me resta encarar os tijolos do muro.
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Vocês podem tentar isso também, apenas não demorem mais do que dois minutos em cada situação. Pois bem, uma vez feito eis aqui a resposta.
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A floresta significa a infância, o vaso a sexualidade, o tigre os problemas, o lago o amor e o muro a morte.
Contem nos comentários então o que pensaram e puderam concluir dessa autoanálise.
Bjs!!!