All Of The Ways escrita por Rosenrot


Capítulo 9
Sleeping


Notas iniciais do capítulo

Olar, mais um...
Muito obrigada a Mylla Thompson que está acompanhando a hist, e a(o) thaknowles por favoritar! ♥
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/611424/chapter/9

Enquanto eu bebia meu milkshake de morango, sentada em uma mesa na chapa (um “restaurante” de fast-food), Mandy contava ao m.d.c as burradas que eu já tinha feito, e eu me revezava entre fuzilá-la, olhar para o m.d.c e ver sua reação, ou fazer o que estava fazendo agora. Queimar de vergonha.

Ótimo.

Trent, vendo como eu estava, depois de gargalhar das minhas bochechas vermelhas, tentou me ajudar.

–Mas então, o que achou do passeio de moto?-ele interrompeu Mandy, que ia começar a contar outra história minha. Ela o fuzilou e ele sorriu para ela, pegando em sua mão.

Eu só olhei pro m.d.c, que sorriu. Murmurei, vendo aquele sorriso de convencido dele, só para contrariar:

–Uma bosta.

E ao invés de ficar puto, ele riu.

–Que mentira! Você adorou! E não faria sentido você não ter gostado, você tem uma moto e gosta de andar nela que eu sei.

–Sim, eu amo andar de moto, a parte ruim do passeio foi o motorista...

–Ouch.- disse Amanda, depois olhando para o m.d.c- Não chore, m.d.c.

O m.d.c, pra minha surpresa se levantou da mesa.

Entrei em desespero, oh droga, não era pra magoar ele! Eu estava brincando! Ele saiu e apenas olhei para Mandy e para Trent, dessa vez realmente envergonhada.

Os dois só fingiram não ver meu olhar, e se concentraram na comida. Enfiei a cabeça nas mãos, frustrada. Por que eu tenho de ser tão boba? Mas foi só uma brincadeira! Ele é sensível a esse ponto? Mas foi de mal gosto tenho de admitir...

Eu estava debatendo internamente, quando senti um pingo gelado nas costas. Dei um suspiro meio abafado, surpresa, e assim que me virei o m.d.c jogou um balde de água gelada em mim. Quase dei um berro, meu grito não foi tão exagerado, mas me levantei na hora, virando toda molhada furiosamente para ele. E então eu vi ali, aquele sorriso de lado. O fuzilei mais ainda. Espera, onde diabos ele conseguiu um balde? E água gelada? Por que dariam isso pra ele ou deixariam ele molhar os assentos?

Eu só continuei o encarando brava enquanto essas perguntas passavam pela minha mente. Então ele colocou o balde no chão e olhou pra mim rindo.

–Você mereceu.

Empurrei ele. Quantos anos ele tinha? Ugh. Olhei ao redor e várias pessoas olhavam divertidas para nós. E eu ouvia risadas atrás de mim, claramente meus dois fieis escudeiros, Mandy e Trenton. Ok, muito engraçado ver a menina ser molhada.

–Eu podia morrer de hipotermia!- reclamei extasiada.

Ele deu uma gargalhada do meu exagero e acabei dando um sorrisinho. Mas não por isso. Eu tive uma ideia.

–Menino do cangote...

Ele riu.

–O que foi Ash?

–Eu mereci mesmo, desculpa , eu não queria ser grossa...

Dessa vez sorriu de lado.

–Na verdade, eu não fiquei magoado. Mas foi uma ótima desculpa pra aprontar com você.

Dei risada e quando ele se virou para pegar o balde no chão subi no assento e dali pulei para as costas dele. E eu estava totalmente encharcada.

–Ashton!- ele arfou.

***

Eu não estava brincando quando disse que estava totalmente encharcada. Eu molhei o tronco dele inteirinho.

Graças a mim resolvemos ir no carro do Trent. Já que estava frio e se fossemos na moto, com vento, provavelmente acabaríamos gripados (não que isso fosse grande coisa, mas ele insistiu dizendo que não queria que eu ficasse gripada e culpasse ele depois). Assim que sai pela porta fui puxada para trás e o m.d.c colocou sua jaqueta –a única peça de roupa totalmente salva, já que ele não estava vestindo ela quando eu pulei nele- sobre meus ombros, e então me empurrou porta a fora de novo, vindo logo atrás de mim.

–Sabe, calor humano, é o melhor dos calores.- ele comentou olhando sugestivamente para mim.

–E daí?- eu respondi.

Ele riu e me olhou.

–Você é impossível.

Ele havia me dado a jaqueta dele, e provavelmente estava com frio. Mas, machão do jeito que ele era, eu duvidava que ele quisesse me abraçar por frio, aquilo era simplesmente um pretexto pra ficar agarrado comigo.

Dei risada e peguei na mão dele.

–Se está com tanto frio assim, vem logo.- e arrastei ele rapidamente para o estacionamento, quando vimos estávamos correndo, eu morrendo de frio e ele rindo de mãos dadas comigo. Entramos no banco de trás do carro do Trent, arfando, e os dois –Mandy e Trent- que já estavam no carro, apenas riram e se entreolharam.

Já a caminho do campus me virei para o m.d.c.

–Como você vai fazer para voltar para casa?

Ele sorriu de lado.

–Preocupada comigo?

Revirei os olhos.

–Depois eu que sou impossível.

Ele deu uma risada. Fiquei em silêncio, olhando pela janela, e tudo que se ouvia era a respiração alta de Mandy quase dormindo, o barulho do carro e meus dentes batendo. Mesmo com o aquecedor ligado.

O m.d.c me puxou para ele e eu o fuzilei.

–O que? Você está com frio, não está?

–Cale a boca.- falei isso e encostei a cabeça no ombro dele.

***

O carro parou e abri os olhos. Mandy estava descendo do carro, em um lugar que eu não conhecia.

–Ok, por que a Mandy está descendo?- sussurrei para o m.d.c, que sorriu para mim antes de dar a incrível notícia.

–Nós vamos ficar os quatro no meu apartamento.

–O que?- perguntei indignada- Por que?

–Trent está cansado, minha casa é bem mais perto do que a faculdade, ele bebeu e não estava a fim de parar aqui, na sua casa, levar Mandy para o lado do campus dela e ir para o dele.

Ok. Eu não podia fazer merda nenhuma, afinal, já eram duas horas da manhã, cedo para universitários, mas Trenton tinha bebido e estava treinando diariamente para suas competições (ou seja, ele estava obviamente, cansado).

Bufei e assenti, depois cruzei as pernas, nervosa.

–Quantos quartos tem?

Um sorriso malicioso brotou no seu rosto.

–Dois.

***

Eu já tinha tudo ok na minha cabeça, Trenton dormiria com o m.d.c, e eu com a Mandy. Parabéns Ashton, excelente, como se eles fossem aceitar. Na verdade talvez aceitassem. É lógico que eu tinha pensado no sofá, mas cheguei na sala e boom: cadê o sofá?

–Cadê o sofá?

–Não tem.

–Por que não?!

–Joguei fora o velho ontem.- ele disse rindo da minha cara, a qual representava meu humor, que não era dos melhores naquele momento.

Deus! Sério isso? Tudo bem, problema deles, eu dormiria com a Mandy. Fui entrando no apartamento e quando cheguei na porta de um quarto, lá dentro, em uma cama de casal Trenton já estava dormindo com Mandy ao lado.

Soltei um muxoxo, mas vendo os meus dois melhores amigos ali daquele jeito não conseguia ficar com raiva. Um braço surgiu na minha frente e fechou a porta a minha frente. Virei para ele.

–Como eu vou dormir com essa roupa molhada?- cruzei os braços.

Ele abriu a boca para responder, mas então fechou, fez uma careta e por fim falou.

–Uh...Eu não tinha pensado nisso.

Coloquei as duas mãos no rosto, frustrada. Separei meus dedos somente para que meus olhos ficassem descobertos, olhei para ele.

–Onde eu vou dormir?

Ele riu e tirou minhas mãos do meu rosto, segurando elas me levou por um pequeno corredor e paramos na frente de uma porta, que ele abriu. Ok, tinha uma cama de casal ali, ele apenas acenou com a cabeça para a cama e eu caminhei para dentro do quarto, observando, quando me virei ele não estava mais na porta.

Sentei na cama e olhei ao redor, não era feio. Nada feio, aliás. Ele tinha bom gosto. Dei risada e então uma coisa me chamou a atenção. No criado mudo, ao lado da cama, havia um porta retrato com uma foto dele e de dois jovens, na foto ele era bem menor. E era tão bonitinho... Peguei o retrato e fiquei olhando, quando estava colocando de volta, uma respiração quente pairou sobre mim e alguém apenas proferiu:

–Bu.

Quase morri de susto e até derrubei o quadro no chão.

–Menino do cangote! Olha o que você fez!- como eu já tinha pulado da cama assim que me assustei, apenas tive de me agachar para pegar o quadro, e suspirei de alívio quando vi que não havia quebrado nada. Coloquei de volta no lugar e me voltei com os braços cruzados para ele, que ria.

Ele tentou segurar um pouco riso e então ficou com uma careta engraçada e acabei rindo também. O mané bateu na cama ao lado dele e descruzei meus braços me sentando ao seu lado.

Empurrei ele de leve.

–Eu podia o ter quebrado! Idiota!

Ele sorriu.

–Se você quebrasse, era só trocar a moldura, babygirl, eu não ia ficar bravo.

–Ok, mas eu não gosto de sair quebrando as coisas dos outros na primeira vez que vou na casa deles!

Ele riu e olhou pras minhas roupas ainda úmidas.

–Você não está com frio?- ele disse passando o dedo indicador nos meus lábios.

Fiz que não.

–Ashton, seu lábios estão roxos.

Tirei a mão dele da minha boca.

–Se é tão óbvio assim, por que perguntou?

Ele pegou um travesseiro e enfiou na cara, e fez um ruído engraçado, frustrado. Dei risada e me deitei olhando pro teto. Quando olhei pro lado ele tinha se deitado também e estava olhando pra mim. Desviei o olhar.

Ele sorriu e se levantou, começou a mexer no armário dele.

–O que você está fazendo?

–Pegando roupas secas pra você.

Me sentei e esperei que ele terminasse de pegar, ele se virou e jogou uma blusa na minha cara.

–Vista, rabugenta.

Dei risada e estendi a blusa olhando.

–Vai ficar enorme.

Ele me olhou divertido e dessa vez, ao invés de jogar a roupa na minha cara, colocou delicadamente sobre a cama uma calça moletom, um moletom e depois se virou para frente de novo, pegando um cobertor.

–Você não vai se trocar?

–Vou.

–Você não vai tomar banho?

Ele enfiou as mãos nos bolsos da calça e olhou pra cima como se pensasse.

–Não.

–Ew!-exclamei, fazendo ele rir.

–Você também não vai, Ash.

–Mas isso porque eu não posso.

–Eu também não posso. Está muito frio.

O encarei como quem diz “fala sério”, e ele riu.

–Pare de fazer escândalo, você me abraçou ensopada, mas era água limpa, e eu tomei banho antes de sair com vocês.

Na verdade, eu só estava enchendo ele. Porque mesmo sentada na cama, e ele em pé, mesmo tendo sido molhado, eu conseguia sentir o cheiro dele. E ruim que não era, por mais que eu não quisesse admitir.

Quando viu que eu não ia responder, ele saiu do quarto e voltou trocado, apagando a luz.

–Chega pra lá que estou com frio.- ele se aproximou me empurrando pra esquerda na cama.

–Menino do cangote.

–Sim?

–A gente vai...hum...dormir juntos?- eu estava sentada, inquieta, e ele deitado, me olhando.

–Hum...Sim? Eu não tenho sofá, lembra?

Bufei e chutei de leve a perna dele.

–Por que você não podia esperar um pouco para jogar o sofá fora?!

Ele riu. Ok, eu devia estar parecendo uma louca.

–Porque eu não sabia que se jogasse ele fora ia ter de dormir com um ser totalmente temperamental e resmungão.

Revirei os olhos.

–Onde fica o banheiro?

–No final do corredor, á esquerda.

Assenti e me levantei, tateei na cama pelas roupas que ele tinha me emprestado, só a luz do luar que entrava pela janela iluminava, e eu conseguia ver, mas não estava vendo as roupas! O m.d.c já estava de olhos fechados e cutuquei ele.

–Onde estão as roupas?

–Uh...- ele se sentou e estavam debaixo das pernas dele.-Por isso tava estranho.- dei risada e peguei as roupas indo para o banheiro.

Vesti e parecia, Deus, eu não sei o que parecia mas estava grande. Ele era mais alto, e...sarado, então...

Mas na verdade, apesar de grande eu havia gostado sim do moletom dele em mim, era confortável.

Voltei para o quarto saltitando, já que eu tinha tirado minhas meias, e o chão estava gelado. No quarto tinha um tapete felpudo ao lado da cama, e foi onde fiquei.

–Menino do cangote...

–O que foi?

–Você tem uma sacola? Ou onde eu penduro minhas roupas?

Ele fez menção de se levantar e empurrei o peito dele.

–Ei! Fica ai, é só me dizer.

Ele se sentou e ia levantar, então rapidamente apoiei um dos joelhos sobre a cama para empurrá-lo de novo, mas quando tentei ele me segurou me puxando para cima junto com ele.

–Bonitas as roupas.- ele sorriu vendo meu “pijama”.

Dei risada e murmurei

–Isso é culpa sua.

–Claro que não!

Revirei os olhos.

–Só me dê a sacola, rapaz!- ele riu quando falei rapaz e me empurrou me conduzindo até a lavanderia minúscula dele. No corredor voltei a saltitar fazendo ele rir.

–Com frio?

Me virei para ele.

–O que você acha?

–Eu acho que você devia vir aqui.

Eu estava mais a frente no corredor e caminhei até ele.

–O que?

Ele pegou nos meus pulsos e me mandou colocar os pés em cima dos dele, obedeci, fiquei de frente para ele, ele ficou segurando meus pulsos e assim começou a andar, fiquei rindo e tentando evitar que nossos narizes se tocassem pela proximidade.

Ele pendurou minhas roupas e quando voltamos (dessa vez ele me deu as meias –enormes-dele, porque eu pedi, envergonhada do jeito que viemos) se deitou e se virou para olhar para mim, que estava em pé, tentando assimilar o fato de que dormiríamos juntos. Ah, qual é, cresça Ashton! Vocês só vão dormir!

No que você está pensando?- somente fiz que não com a cabeça, e ele sorriu- A gente só vai dormir.

–Eu sei.

–Posso dormir agora?

Me deitei de costas para ele, depois acabei me virando para olhá-lo e apenas murmurei.

–Não.

Ele riu.

–Por que não?

–A gente precisava ter uma conversa séria.

Ele franziu a testa e eu ri.

–É que, eu estava pensando, e apesar de eu amar seu apelido, está ficando cansativo repetir toda hora Menino do Cangote.

Então você quer saber meu nome?

–Não.-falei pra ele, fazendo ele rir e depois ficar sorrindo.

–Ok, Ash, assim você resolveu muito as coisas.

Dei risada e abracei meus braços.

–Onde está o diabo do cobertor?

Fui me levantar e ele repetiu meu ato anterior, me empurrando no colchão. Mas além disso ficou em cima de mim, se segurando pelos braços por alguns segundos, talvez um minuto, olhando nos meus olhos, antes de murmurar.

–Fique ai.

Meio constrangida me virei pro outro lado e então senti uma coberta quente ser colocada sobre mim e uma respiração quente perto do meu rosto.

–Boa noite, babygirl.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado huhuhu
***
Vocês gostaram da capa ou volto pra antiga? Eu fiz essa mas não sei não hein...Eu meio que baixei o ps dai tentei alguma coisa, mas se vocês não tiverem gostado falem MESMO, eu não vou ficar magoada, eu preciso saber!
***
Obrigada por ler!
Até o capítulo 10?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "All Of The Ways" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.