All Of The Ways escrita por Rosenrot


Capítulo 10
Beau


Notas iniciais do capítulo

Oi, como vão vocês?
Desculpem a demora, de verdade...É culpa da escola, mas minhas férias vem daqui a um mês mais ou menos -graças a Deus- dai vai ser bem rápido e as provas já tão acabando também então uhuu
É isso, agora sem enrolar mais, obrigada pelos reviews e acompanhamentos! ♥
Boa leitura!



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Acordei e estava tudo escuro. Me mexi um pouco, incomoda. Eu ia tatear para ver se o m.d.c estava na cama, mas foi só estender um pouco a mão e toquei em um peito quente. Surpresa, recolhi a mão e percebi que estávamos bem perto, mas eu não sentia a respiração dele, isso porque seu rosto estava quase inteiramente fora do travesseiro, sendo assim, sua face toda direcionada para baixo. Franzi a testa, devia estar meio incomodo.

Eu só tinha conseguido ver isso pois meus olhos tinham se acostumado a escuridão, e logo percebi que nem estava tão escuro assim.

Mordi o lábio, pensando, eu deveria ajeitar ele?

Ainda estava pensando, quando ele se remexeu e se reaconchegou no travesseiro (ajeitando a cabeça).

Dei uma risadinha, pelo menos ele me poupou do trabalho. Eu não sei por que fiquei olhando, mas era engraçado e sorri deitada, observando. Ele dormia com uma cara de bravo, e eu percebi que seu maxilar era bem - bem mesmo - marcado. Dava vontade de tocar.

Que? Eu devo estar ficando louca.

Mas eu queria tocar, não era nada demais, o maxilar era marcado e eu tinha certa atração por isso, o que eu podia fazer?

Fechei os olhos um pouco, que horas seriam? Cinco da manhã?

Eu podia sair pra correr.

Enquanto pensava nisso, repentinamente o m.d.c murmurou alguma coisa e seu braço tateou em minha direção, antes que eu pudesse fazer alguma coisa a respeito, ele me puxou para si e me abraçou. Na hora não fiz nada, meio surpresa. Tentei me soltar, mas não dava! Frustrada, bufei e então o que eu ouvi me fez ficar sorrindo. A cara de bravo dele de antes tinha se desfeito.

­- Babygirl, é que você é tão linda.. - ele falou meio arrastado, com a voz sonolenta, até porque ele estava dormindo.

Sorri. Que mané, será que o sonho era comigo? Esse era meu novo apelido mas...Balancei a cabeça. Tinha muita menina por ai para ser eu, e já era a segunda vez que ele pronunciava o apelido em sonho, devia ser uma paixão platônica dele. Ele ainda estava me abraçando então coloquei delicadamente minha mão sobre o braço dele que me prendia a seu corpo.

Fui levantando-o e quando consegui me livrar, mal acreditei, e então dois olhos me encaravam, sonolentos. Sua mão buscou meu braço e quando o achou, o segurou delicadamente.

–Babygirl?

–Sim?

–Onde você está indo? O que você está fazendo acordada?

Cruzei as pernas, já sentada, nervosa.

–Uhm...Eu ia no banheiro.- falei baixinho, já que ele tinha acabado de acordar.

Ele riu.

–Ah, pensei que ia embora.- arregalei um pouquinho os olhos e acho que ele percebeu, porque começou a rir.

–Ashton, você é tão óbvia quando quer.

Dei um tapa nele.

–Cale a boca. Como eu iria embora?!- perguntei, mas eu já sabia a resposta.

–Correndo.

Cruzei os braços.

–Eu nem tenho um tênis decente aqui.

–Do jeito que você é, capaz de correr descalça.

–Se você não sabe, correr sem nada na verdade, seria o certo.

Ele me olhou sorrindo.

–Eu sei disso, babygirl.

Revirei os olhos.

–E então?

–O que?

–Será que você pode me liberar?

–Ashton, você está falando sério?- ele riu- São quatro e meia da manhã.

Procurei um relógio pelo quarto e o achei, no criado mudo do lado da cama dele. Quatro e trinta e um. Mordi o lábio. É, seria meio estranho eu sair correndo as quatro da madrugada, até porque eu não era atleta e tinha ido dormir as duas da manhã.

–Que diabos?! Eu dormi por duas horas e meia, só?

–Ninguém disse que você não pode voltar a dormir...

Deitei de novo na cama e olhei pra ele, que ainda tinha uma cara de sono, e bocejou.

–Não estou com sono.- murmurei.

Ele sorriu para mim, maliciosamente. Olhou pra cama e depois para mim de novo.

–Eu sei de uma coisa que podemos fazer, aqui mesmo, sem ser dormir.

Peguei meu travesseiro e enfiei na cara dele.

–Seu idiota! Eu sabia que você ia falar alguma coisa do tipo!

Ele ficou rindo histericamente da minha reação, o som era abafado pelo travesseiro, e ainda assim, continuava meio alto, levando em conta o horário.

Teria sido mais legal se ele não tivesse pego meu pulso e me puxado com tudo para baixo, me desequilibrando, fazendo cair em cima dele.

Ele tirou o travesseiro da cara dele e sorriu para mim. Eu estava deitada em cima dele, de barriga para baixo, e ele segurava meu pulso ao lado do seu corpo.

–Me. Solta.

Ele riu e rolou, ficando por cima de mim.

Dei risada enquanto era esmagada.

–Sai!

Ele riu, me soltou, voltou a se deitar, ficou olhando pro teto, se virou para mim e sorriu.

–Agora eu estou sem sono também.

***

Acordei e olhei no relógio: oito horas e trinta minutos. Olhei pro m.d.c, que ainda dormia. Chutei sua canela.

Ele acordou e fez uma cara de puto, até me ver rindo.

–Bom dia, queridíssima. - falei pra ele, que riu e bateu com um travesseiro na minha cara.

–Que ótimo jeito de acordar alguém, Ashton.

–Eu estou com fome.- ele abriu a boca para retrucar e me apressei – E antes que você diga alguma coisa como “pegue algo na cozinha ué”, eu não sei onde ficam as coisas, estou com sono e nada a fim de ficar fuxicando seu apartamento na primeira vez que venho aqui.

–Você não parece com sono.- ele respondeu, tranquilo, cruzando os braços atrás da cabeça.

–Argh! Esse não é o ponto!

–Ok, quer dizer que você não quer fuxicar o meu apartamento por educação, mas me acorda com um chute na canela? Foi por educação também?- ele perguntou, rindo.

Deitei na cama e fuzilei ele.

–A gente vai comer ou não?

***

Me sentei em um balcão branco na cozinha, comendo cereal com leite e balançando as pernas. O m.d.c me olhou e riu.

–Você parece uma criança.

Peguei um pano de prato ao meu lado e joguei nele.

–Shhh, só me deixe comer.

Ele caminhou até mim e se apoiou na bancada, ficando bem próximo. Olhei pra ele e continuei comendo meu cereal.

–Você não vai comer nada?

Ele deu de ombros.

–Não estou com fome.

Eu ia responder mas um barulho vindo do corredor me impediu. Olhei interrogativamente para ele e segundos depois Amanda e Trenton apareceram na porta, os dois com cara de bravos.

Sorri pra eles.

–Oi! Meus filhos...- brinquei e eles não riram. Franzi a testa. – Credo, o que deu em vocês?

Eles se entreolharam e miraram a mim e ao m.d.c.

–Certas pessoas estavam rindo e falando consideravelmente alto hoje, as quatro da manhã. – Falou Trent, com cara de sono. Olhei para o m.d.c e ele para mim, segundos depois começamos a rir.

–Desculpa, é que a Ashton acordou e bem...

–E daí que eu acordei?!- perguntei empurrando ele.

Ele riu e me olhou.

–Você me faz rir muito, eu fico barulhento perto de você.

Não deu nem tempo de eu reagir, porque em seguida, a mãozona dele pegou na minha tigela de cereal que foi apoiada sobre o balcão assim que Mandy e Trenton apareceram, e – com a mesma colher que a minha! – ele comeu uma colherada.

Reagi imediatamente.

–Ei! Da onde você tirou intimidade pra fazer isso?

Ele deu de ombros e depois riu.

–Me desculpe, vossa majestade, mas acho que a senhora esqueceu que você está na minha casa, no meu balcão, comendo meu cereal, bebendo meu leite.

–Vá se ferrar! – eu ri e empurrei o peito dele, já que naquele momento ele estava de frente para mim. – Seu abusado!

Ele me olhou sério e inclinou a cabeça, olhando pro meu pescoço.

–Abusado?

Franzi a testa e na fração de um segundo ele me pegou no colo e me segurou como um bebê.

–Aqui dentro eu posso fazer o que eu quiser, babygirl.

Primeiro, surpresa, exclamei o apelido dele e ele me olhou erguendo uma sobrancelha.

Fiz uma careta e ri, pedindo pra ele me soltar.

–Para de ser bobo!

Ele riu e começou a andar comigo no colo e passamos por Mandy e Trenton, que nos olhavam estranho, mas riam ao mesmo tempo.

***

Eu estava descendo as escadas – apressadamente – do apartamento do m.d.c, com minhas roupas já secas. Mas meu casaco eu não sabia onde estava, parabéns Ashton! Graças a isso quase congelei quando sai porta a fora.

Pulei os último três degraus e topei de cara com o m.d.c.

– Onde eles estão?! – perguntei.

– Já foram. Chegou um pouco atrasada. – ele sorriu.

– O que?! Por que eles saíram sem mim? Sem nem me avisar!

Ele deu de ombros e franziu a testa.

–Na verdade, eu não sei também.

Eu ia socar ele, mas ele segurou meu pulso no ar e entrelaçou a mão com a minha, sorrindo. Fiz uma careta e tentei soltar, ele só apertou mais.

Ugh.

Ignorei o fato de estarmos de mãos dadas, abaixei-as e voltei meu olhar ainda nervosa para ele.

– Se você não sabia por que estavam indo sem mim, por que diabos não perguntou?

Ele só me olhou, desviou o olhar para o céu, e deu um aperto de leve na minha mão, que ele ainda segurava.

Olhei para nossas mãos, erguendo-as no ar e olhei feio para ele, que sorriu encontrando meu olhar. Eu ia reclamar, mas um barulho de carro fez com que ele se virasse, e me puxasse junto.

Andamos de mãos dadas (eu já tinha desistido de tentar soltá-las) e esperamos enquanto uma van de petshop estacionava diante de nós.

Cutuquei ele com a mão livre.

–O que é isso?

–Uma van de petshop.- ele disse, como se fosse óbvio.

Pisei no pé dele.

–Me poupe! Eu sei. Mas o que está fazendo aqui?

Ele sorriu.

–Você vai ver.

***

Um pit bull branco veio correndo até nós e o m.d.c soltou minha mão para pegar na coleira dele.

– Oi garotão! – o m.d.c exclamou sorrindo, enquanto o cachorro pulava nele.

–Ai meu deus. – olhei para o cachorrinho com os olhos brilhando.

Nem pedi ao m.d.c e já fui passar a mão nele.

–Ashton, não!

Ele se alarmou, mas nem deu tempo de eu recolher a mão, porque o cachorro a lambeu. Dei risada e o m.d.c me olhou com uma careta.

O senhor que dirigia a van se aproximou e olhou sorrindo para mim.

–Parece que o Beau gostou de você.

Olhei sorrindo para o cachorrinho que abanava o rabo alegremente.

–Obrigado de novo, seu Leo¹. – o m.d.c. falou meio confuso.

–Que isso, rapaz. E quem seria você, mocinha?

–Ashton Rutherford.- estendi a mão sorrindo e apertei a dele, que sorriu para mim.

Depois de passar a mão no Beau, seu Leo saiu, acenando para a gente.

Me virei para o m.d.c., sorrindo.

–Posso segurar a guia dele?

Ele me olhou ainda confuso, depois sorriu e me passou a guia.

***

Estávamos sentados no sofá e eu brincava com o Beau, enquanto o m.d.c. apenas observava tomando um café.

–Você é tão maravilhoso. – eu disse e meio que abracei ele, que não parava de me lamber e abanar o rabo, dei risada, parando apenas para ver os olhos dele. – Quantos meses ele tem? – me dirigi ao m.d.c.

– Oito meses.

– Uau, ele é grande, hein?

Ele riu e passou a mão no Beau.

– Sim. Fiquei assustado quando você quis chegar perto porque ele já tem 8 meses, e eu não socializei ele direito ainda, ele está no processo, mas nunca se sabe. Não achei que ele fosse te atacar, até porque o Beau é bem manso, mas ele podia estranhar, assim como qualquer cachorro... E geralmente, como ainda esta no processo de socializar, ele estranha, não ataca claro, mas demora um pouco até ele deixar a pessoa passar a mão. Eu fiquei surpreso...

Concordei e sorri.

– Eu não sou do tipo que tem problemas com pit bulls, relaxa. E que bom que ele gostou de mim.

Chamei Beau para mim e ele veio, feliz.

– Acho que agora não quero ir embora. – olhei para o m.d.c. e ele estava sorrindo muito para mim. Que doido? Dei risada.

– O que foi?

– Nada, babygirl. – ele sorriu e se levantou. - Eu vou levar ele pra dar uma volta, você vem?

Eu peguei na mão dele, que estava entendida para mim. Achei que era só pra me ajudar a levantar, mas ele entrelaçou nossos dedos de novo e olhei com uma sobrancelha arqueada.

– De novo?

Ele riu e o empurrei de leve com o cotovelo. Beau entrou no meio da gente, enciumado.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?
Gente o ¹: "seu Leo", é bem utilizado o "seu" como "senhor", foi nesse sentido que coloquei ele aqui, enfim, uma linguagem informal etc, só isso.
E ah! Mais uma coisa. Eu percebi que falo bastante que a Ash está nervosa, e então ela cruza as pernas; quando digo isso, eu quero dizer nervosa de ansiosa.
É isso huhuhu
Obrigada por ler! Até o cap 11?



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