All Of The Ways escrita por Rosenrot


Capítulo 13
Random


Notas iniciais do capítulo

Oi! Tudo bom?
Ok, eu sei, eu sei. Se eu falar que demorei séculos, é pouco. Talvez vocês até tenham pensado que eu abandonei a fic, mas, hum, eu não fiz isso. Eu simplesmente fui muito folgada mesmo e deixei de lado por um tempinho (ão). Me desculpem, eu nem sei se ainda vai ter gente lendo isso. Espero que sim. Enfim, eu estou trabalhando pra aumentar minha narrativa, o que é bem difícil pra mim já que eu tenho uma mania horrível de por dois quilos de diálogo e duas frases de narrativa, então tenham paciência por favorzinho em questão a quando/com que frequência postarei. Mas com certeza não demorarei mais de um mês, prometo. Eu vou tentar postar toda semana, dependendo do feedback, ou seja, do retorno de vocês. Enfim, vamos ao que interessa:
O capítulo!
Ah, mais uma coisinha, esse daqui vai pra uma das minhas melhores leitoras, que me incentivou muito, no caso, a Zabelita ^-^
Boa leitura!



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Sábado de manhã. Chuva. Vento gelado. Quarto quentinho. Faculdade era a última coisa em que eu queria pensar. Rolei na cama me enrolando mais ainda no edredom branco e fofo. Soltei um muxoxo. Levantar ou não levantar?

Não levantei.

Eu estava novamente dormindo tranquila, quando, cerca de uns 20 minutos depois de ter voltado a dormir, senti uma mão quente sobre meu ombro descoberto, que logo foi chacoalhado de leve.

— Ashy.

Abri os olhos com dificuldade, e depois de esfregá-los de leve com uma mão, encarei o m.d.c. Ele não falou nada, só ficou me olhando. Por alguns minutos, talvez. Franzi a testa.

— E ai, você vai falar o que quer ou posso voltar a dormir?

Ele sorriu e se jogou em cima de mim. Literalmente. Eu nem tive tempo de ficar indignada e senti o peso do corpo dele sobre o meu.

Um gritinho meio agudo saiu da minha boca.

— O que você tá fazendo? Sai!

Ele riu, se levantou e pegou na minha mão, que retirei da dele e levantei. Empurrei-o de leve.

— Você é muito bobo.

Me virei e fui em direção ao banheiro, o m.d.c. me seguiu, sorrindo, e quando chegamos no banheiro ele se apoiou no batente e fechei a porta.

Ele riu e abriu a porta. Eu estava com a escova de dentes na boca, dei um olhar significativo para ele e tentei fechar a porta novamente, mas ele impediu. Bufei e ele riu.

— Qual o problema de eu ver você escovando os dentes?

— Esse não é o ponto, o ponto é que eu que não quero ver você. — eu disse e continuei escovando os dentes.

Ele colocou a mão sobre o peito e deu um passo para trás, exageradamente.

— Essa doeu.

Eu ri e num ato envergonhado coloquei minha mão na frente de minha boca, tapando meus lábios cheios de espuma de creme dental.

— Mas agora que tal a verdade? — ele sorriu ao dizer.

Eu revirei os olhos.

— Essa é a verdade.

— Não acredito em você.

— Problema seu. — coloquei água na boca e gargarejei, depois cuspi.

Ele sorriu vendo a cena e então me virei para ele com a boca molhada e sorri também.

— Certo, é brincadeira, eu só não gosto que me vejam escovando os dentes, agora, a toalha.

— Hum? — ele se fez de desentendido, quando me viu revirar os olhos, completou — Não sei do que você está falando.

Dei de ombros.

— Tudo bem então.

Eu estava prestes a secar a boca com o braço mesmo, até que…

— Espera!

Parei o braço e o olhei, esperando.

— Deixa que eu faço isso.

Franzi as sobrancelhas e ele se aproximou, tirou a toalha de rosto (que tinha pego de brincadeira para me irritar) de trás das costas e secou minha boca com delicadeza.

Primeiro fiquei imóvel e sem reação, depois fiz uma careta para ele e sai andando.

Ele deu risada e pensou no quanto ela era linda.

***

Estavamos comendo misto quente de almoço, juntos, vendo TV na sala.

— E então, por que você resolveu faltar?

— Não tava afim de ir a pé até sei lá onde e depois a pé de novo até a faculdade. Resumindo, eu não queria caminhar, mas acho que vou agora de tarde, afinal, parou de chover até.

— Hum. — ele disse, simplesmente, e se levantou.

Eu já tinha terminado, então apenas me levantei e deixei a louça na pia. M.d.c. tinha aparentemente sumido, andei até minha mala que já estava aberta e fiquei encarando-a. Peguei uma calça jeans escura, uma blusa branca com “new americana” escrito em vinho, meias e um casaco leve meio marrom. Vesti os sapatos e me preparei mentalmente pra minha enorme caminhada. Eu nem sabia onde estava minha mochila. A única coisa que sabia era que eu estava morrendo de preguiça e também que minha primeira aula da tarde felizmente começava às três.

Sai pela porta e mandei uma mensagem para o m.d.c. “facul” era tudo que dizia na mensagem, ele iria entender. Desci as escadas do apartamento distraidamente e então vi m.d.c. parado na moto dele. Passei por ele sem dizer uma palavra, indiferente.

— Onde vai a senhorita?

Me virei e pisquei para ele. Ele começou a me seguir com a moto, lentamente. Revirei os olhos e parei.

— Onde você vai?

— Eu pretendia te dar carona, mas se você não quer…

Dei risada e subi na traseira da moto. Apoiei o queixo no ombro dele.

— Você vai ficar por lá ou só tá me levando?

— Eu ainda não decidi.

Um vento gelado batia sobre nós, o m.d.c. estava com a típica jaqueta preta dele e roupas escuras. A pele dele ganhava mais destaque ainda em um dia “escuro”, nublado, como aquele, já que era bem clara. Ele estava sem capacete, então eu podia dar umas olhadelas no rosto dele, e percebi pela primeira vez uma pinta na bochecha esquerda. Dei uma risada de leve, ficava bonitinha nele. Quando paramos em um farol vermelho ele me ouviu rindo e sorriu. Haviam outras motos perto da gente, todos os motoqueiros usando capacete.

— Viu? — falei baixinho.

— Vi o que, babygirl?

— Todo mundo usando capacete, menos a gente.

Ele arregalou os olhos.

— Merda, anjo! Esqueci do seu capacete! Desculpa!

Fiquei surpresa pela reação dele e dei um sorriso tranquilizante.

— Tudo bem, menino do cangote…

— Não está tudo bem.

— Está sim. Quer saber por que?

— Não está nada, merda anjo.

— Porque eu sei que não vai acontecer nada, já que eu to com você. — continuei, ignorando o que ele tinha dito.

O sinal abriu e o m.d.c. não andou nem um centímetro com a moto. Ao invés disso ele se virou para me olhar. Ficamos nos olhando por não sei quanto tempo, um sorriso diferente surgiu na face dele. O motorista do carro atrás da gente buzinava como louco, dei uma cutucada no m.d.c.

— Pare de me olhar como louco e dirija essa moto!

Ele riu e o deu partida.

— Como se você também não estivesse me olhando como louca. — falou baixinho.

***

Paramos em frente a faculdade e eu desci. Esperei que m.d.c desmontasse da moto mas ele não o fez. O olhei e mudei o peso do corpo da perna esquerda para a direita.

— Você não vem?

Ele coçou a cabeça e finalmente estava lá, na face dele. A evidência de que apesar de todas nossas brincadeiras, risadas e conversas, ele estava triste. É claro que eu esperava isso, mas ver aquilo me deixou triste, mais do que eu esperava. Eu queria subir na moto e pedir para que fossemos para casa, mas seria melhor se ele tentasse superar isso de uma vez, não? Eu não sabia, na verdade. Fiquei confusa também e tenho certeza de que corei um pouco. Eu não sabia o que fazer, então simplesmente andei até ele, abracei-o, ele se levantou e me abraçou mais forte. Olhei por cima do ombro dele, pensando. Peguei na mão dele e dei uma puxadinha.

— Quer tentar?

Ele deu uma apertada na minha mão e olhou para o campus. Me puxou e fomos andando, por conta do horário estava mais vazio do que o normal, já que a maioria ou não tinha aula de tarde ou estava na aula. Ele tinha aula de inglês, a mesma que a minha. Fomos até o meu armário e o dele. Quando estavamos chegando no dele, me afastei um pouco para beber água, quando voltei um grupo de garotas o cercava.

“Coitadinho, não se preocupe, bebê, eu vou cuidar de você”, “Sinto muito, viu?” e mais outras frases podiam ser ouvidas daquelas vozes forçadas. Ele apenas mexia no armário dele, ignorando. Até que uma das garotas começou a passar a mão no cabelo dele. Acelerei o passo e quando me aproximei e estava próxima de expulsar a garota, ele mesmo o fez.

— Sai daqui, porra. — ele falou baixinho, numa voz cortante.

A menina não se afastou muito, então me aproximei dela. Sorri para ela, olhei para as outras, sorrindo também, peguei na mão dele e saímos. Eu podia sentir os olhares de ódio na minha nuca. Olhei para ele.

— Você está bem?

— Sim, babygirl.

Caminhamos até a sala de aula e entramos uns cinco minutos atrasados. A professora nem ligou muito, já que ela — provavelmente — sabia do pai do m.d.c. Sentamos juntos, a aula toda fiquei desenhando nada em particular, na verdade, vários desenhos aleatórios, e m.d.c. fingindo que estava prestando atenção. Percebi o olhar dele em cima de mim, quando eu finalizava uma borboleta detalhada.

— Quer dizer que você me fez vir pra faculdade para isso? — ele deu uma batidinha de leve no meu caderno com o lápis.

Dei risada e mordi o lábio.

— Uhum, e nem ficou bonito né? — olhei para ele, divertida.

Ele franziu a testa.

— Babygirl, ficou muito bom, não fale besteira.

Virei um pouco a cabeça.

— Ou você que é cego.

Ele riu e me pediu meu lápis, passei o lápis e ele puxou meu caderno também, em umas letras muito legais ele escreveu meu nome, melhor, meu apelido, “Ashy” maior e “babygirl” em um itálico diferente menor. Tinha até sombreado. Sorri.

— Vou até tatuar.

Ele me olhou com uma cara estranha e então começou a encarar fixamente o seu próprio desenho.

— O que foi?

— Nada, Ashy, ideias, só isso.

***

Eu fui para minha aula de biologia e ele para a de cálculo. Eu estava saindo da minha sala quando tomei um susto. Tyler tinha aparecido do nada e simplesmente pulado na minha frente. Dei risada.

— Ashyton!

Fiz uma careta.

— Que apelido, Tyler.

Ele me olhou e arqueou as sobrancelhas, duas vezes.

— Eu sei, eu sei.

Revirei os olhos, rindo.

— E ai senhora, tudo bom com você?

— Sim, e com você? Parou de ser perseguido por namorados furiosos?

Dei gargalhada e ele ficou meio vermelho. M.d.c. apareceu atrás dele. O menino do cangote era bem mais alto do que Ty, ele olhou para baixo, para Tyler e ergueu as sobrancelhas para mim. Tyler olhou para trás.

— E ai cara, tudo bom?

O m.d.c. assentiu e foi pro meu lado, pegando na minha cintura.

— Sim, e você também parece muito bem dando em cima da minha namorada, não é?

Tyler arregalou os olhos e dei risada.

— É brincadera, Ty. Calma, você não está ferrado pela segunda vez.

O m.d.c riu e deu um tapinha no ombro do Ty que respirou aliviado.

— Achei que ia ter que correr tudo aquilo de novo.

Rimos e então Ty teve que ir. Eu e o Banks resolvemos sair um pouco para descontrair e chamamos Trenton e Mandy também, além de uns caras gente fina do time de basquete. Passamos a tarde toda fora, fazendo besteira e comendo. Agora já estava escuro, e eu, cansada. Depois disso, estávamos supostamente indo para o apartamento dele, mas surpreendentemente ele pegou outro caminho, e comecei a ficar desconfiada.

— Onde estamos indo?

— Você vai ver, babygirl.

— Ah, pare, eu sou curiosa — soltei uma risadinha e em seguida bocejei. — Eu estou cansada também.

— Você quer deixar para outro dia?

— De jeito nenhum! — cutuquei ele — Você sabe que eu não faria isso.

Ele riu e depois de um tempo soltou;

— Principalmente se você soubesse para onde estamos indo.


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Notas finais do capítulo

É isso. Espero que tenham gostado!
Se você gostou, e puder/tiver vontade/quiser me incentivar? Deixe seu comentário :)
Tem muita gente que não sabe o que comentar, gente, vocês podem falar o que gostaram, o que não gostaram, apontar algum erro de grafia, ou simplesmente me xingar porque sumi. Fica a critério de vocês.
Obrigada por ler, até o capítulo 14?
:D



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