Ceasar Flickerman se sentou nas cadeiras aveludadas do palco.

Seu cabelo estava com uma coloração esverdeada e chamativa. Suas sobrancelhas seguiam a cor do cabelo. Para alguém que não conhecesse as pessoas da Capital, era difícil parar de rir. Seu terno escarlate cintilava à luz do estúdio.

Maya ajeitou o corpete do vestido. Faith havia feito um trabalho exepcional ao vesti-la com um vestido verde esmeralda. O vestido reluzia, deixando-a elegante.

– E agora, senhoras e senhores. Ela é muito conhecida em seu Distrito. - Maya revirou os olhos. Sempre aquele blá-blá-blá. - Recebam, Maya Lia Swan! A Menina Dos Olhos Frios!

De novo aquilo. Maya começava a odiar aquilo.

Subiu lenta e graciosamente os degraus, entrando no foco das luzes e câmeras. Todos os telespectadores aplaudiram.

– Bem-vinda, senhorita Swan!

– Obrigada, Ceasar! - a menina colocou uma falsa animação na voz. Precisava ganhar a confiança do público. E de ser atriz ela entendia um pouquinho. - É um prazer estar aqui esta noite.

O público gritou de animação.

Que ótimo. pensou. Assino meu atestado de óbito, e eles se animam como se estivesse chovendo ouro.

– Senhorita Swan, pode me responder algumas perguntas?

– Claro, é para isso que me colocaram em um vestido apertado e me fizeram subir aqui, não é mesmo?

O público riu, acompanhado de Ceasar. Mas não foi um riso convicto de que aquilo fora uma piada.

Ceasar fez algumas perguntas para Maya, que respondia com um sim ou não.

Por fim, ele perguntou:

– Como se sente em relação ao seu companheiro de Distrito?

Maya engoliu em seco.

– Bom, eu... - ela encarou o público. - Bem... - ela fechou os olhos,e por fim, falou:

– Pelo menos um de nós têm chances.

Todos ficaram quietos. Se ouvia apenas a respiração do público.

– Bom... Muito obrigado, senhorita Swan!

Todos bateram palmas e gritaram. Tinham aparentemente esquecido o recente acontecido.

Maya se levantou e caminhou com a mesma elegância para o lado contrário do palco. o descer, Gia agarrou seu braço e a empurrou contra a parede.

– O que foi aquilo?

– Uma resposta, Gia.

Gia bateu a palma da mão na testa.

– Porquê Maya? Porquê?

– Achei que algumas coisas não deviam ter um porquê.

Maya se desvencilhou de Gia, indo se sentar em ma cadeira perto dali.

(:::)

Gia não esperou o término da entrevista de John. Entrou no elevador, enquanto Maya prestava atenção na entrevista.

Quando John saiu, ajeitou o terno, sorrindo.

– Gostei da sua entrevista Lia.

– N~]ao me chame de Lia. - ela sussurrou, enquanto as portas do elevador se fechavam.

John hesitou, qualquer que fosse seu próximo movimento. Ele procurou a mão da garota, que se desvencilhou. Então, John e colocou na frente da garota e a beijou. Maya foi totalmente pega de surpresa.

As portas do elevador se abriram. Maya empurrou John e saiu correndo, se trancando no quarto.

Ela não sabia como agir à isso. E ela precisava de uma resposta.