Faking It - Uma pequena mentirosa. escrita por Sweet Serial Killer


Capítulo 2
Começo da mentira


Notas iniciais do capítulo

PESSOINHAS LEIAM AQUI:

A consciência da Jullie passará a se chamar "Ju".

Italic e com aspas: Frases da Ju (a consciência).
Negrito: Frases da Jullie com a Ju.



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Coragem, algo tão fácil de escrever e pronunciar, mas tão difícil de encontrar nas horas que mais precisamos, eu acho que a minha foi embora no carro do meu pai assim que nos deixou no colégio, Liam já havia entrado e claro que eu fiquei parada que nem uma boboca vendo sua entrada triunfante seguido de vários olhares de garotas que cochichavam após ele passar, como podem ser tão patéticas?

“Elas podem ser patéticas, mas não tanto quanto você parada aqui com cara de assustada!”

Vai me perturbar até no colégio?

“Pessoas solitárias precisam de suas consciências!”

Isso não é legal! Já que ficará, então pelo menos me ajude.

“Certo, irei ajuda−la! Existe passos para se encontrar coragem, primeiro: respire fundo pelo menos duas vezes, segundo: focalize seu objetivo, terceiro e ultimo: não faça tantas caretas enquanto estiver conversando com sua consciência!”

Desmanchei a careta que fazia e segui os passos indicados por ela... por mim?! Eu vou ficar louca desse jeito! Respirei fundo uma, duas, três, quatro vezes e focalizei as portas do colégio. Certo pernas, agora andem sem tropeçar em nada!

O caminho até a entrada foi tranquilo, assim que cheguei à porta soltei o ar que nem ao menos percebi ter prendido, agora era só achar meu armário e não me perder enquanto estiver procurando a sala, assim que dei mais um passo varias pessoas correndo passaram por mim fazendo com que caísse de cara no chão, assim que todos passaram continuei no chão, que maravilha com que cara eu iria levantar?

−Quer ajuda? –levantei a cabeça para ver a dona da voz, estiquei minha mão e peguei a sua para que ele me ajudasse a levantar;

−Obrigada. –agradeci ajeitando meu vestido. –O que aconteceu? –perguntei sem entender o porquê de ter sido derrubada por aquela manada.

−Saiu a lista dos novos jogadores do time de futebol, basicamente todos estão ansiosos para isso. –deu de ombros.

−Meninas também jogam?

−Não, mas querem saber quem serão os caras mais concorridos para o baile de primavera. –falou sorrindo e esticando a mão em minha direção. –Sou Samantha! Mas me chame de Sam.

−Jullie. –falei aceitando seu cumprimento.

−Então Jullie, você é nova, certo? –perguntou enquanto me acompanhava.

−Sou, me mudei pra cá com meu pai e meu irmão. –ela me encarou erguendo uma sobrancelha e depois sorriu maliciosamente.

−Aquele gatinho novo é seu irmão? –perguntou animada.

−Se formos os únicos novatos, sim! –olhei para os armários avistando o meu e logo fiz careta. “Que maravilha nosso armário é 69, que irônico”. –Agora não, por favor.

−O que? –perguntou Samantha.

−Nada! –menti sorrindo, droga de consciência. “Pode me chamar da Ju!” revirei os olhos.

Abri meu armário e coloquei alguns livros que não seriam necessários e me virei para Samantha que falava algo sobre uma tal de Kate.

−Então ela é tipo... a rainha do colégio? –perguntei divertida.

−Não é “tipo”, ela é! –fez cara de nojo mas logo sorriu.

−Pode me mostrar onde fica essa sala? –lhe estendi o papel.

−É a minha! –sorriu mais. –Isso não é demais?

−Com certeza! –sorri. “O que? Com essa maluca no seu pé não vai conseguir mudar...” Fique quieta! "insensível"

–Porque se mudaram pra L.A Jullie? –Olhei para Samantha e respirei fundo, se fosse para começar a passar uma imagem diferente, agora era a hora exata para isso.

−Meu pai vai produzir o CD de uma boyband. –ela arregalou os olhos e se virou quase como se estivesse possuída para me olhar.

−Não me diga que é os “criminals”, porque eles são demais! –Com um nome desse, com certeza são...

“Diminua um pouco sua ironia, por favor!”

Se você não fosse eu mesma te socava!

“Claro...”

−Mas são... –disse com medo do que estava por vir.

−Ai meu Deus! Eles são tão lindos, talentosos são maravilhosos! –ela praticamente gritou no corredor chamando atenção de grande parte das pessoas.

−Sim, eles são! Vamos pra sala? –perguntou e ela assentiu saindo andando rápido até chegarmos à sala.

Parei na porta visualizei uma cadeira a frente perto da janela, lugar perfeito!

“Não mesmo, você tem que sentar em um lugar onde todos podem te ver!”

Porque eu faria isso?

“Tá afim e bexigas na cara?”

Merda! Então... A onde eu sento?

“Exatamente na cadeira do meio da fileira do meio!”

Respirei fundo e caminhei até a arteira que por sorte estava vaga, Samantha sentou−se logo ao meu lado sorrindo, aposto que estava doida para perguntar sobre os “criminals”, que nome ridículo!

Não demorou muito para que a sala começasse a se encher de alunos, poucos notaram minha presença ali, o que deixava claro que independentemente do lugar que sentasse iria chamar atenção, olhei para porta onde uma garota ruiva estava parada, ela me encarava fixamente, é... acho que estou no lugar de alguém. Ela respirou fundo e ergueu uma sobrancelha caminhando em minha direção.

“Não abaixe a cabeça Jullie!”

Não me encha agora! Ela parou em minha frente e me encarou por alguns segundos, mas logo se sentou a minha frente. Ótimo, ainda estou viva!

−Bom dia! –disse a professora ao entrar na sala.

−Bom dia! –respondeu todos, exceto eu.

−Hoje pelo que vejo temos uma aluna nova... –não, não, não. “Sim, sim, sim” –Venha aqui na frente querida.

Me levantei quase tremendo, droga eu sempre odiei falar na frente de muitas pessoas.

“Não se preocupe, é só não gaguejar!”

Isso não me ajudou!

“Estou tentando, mas não é fácil lidar com você, sabia?”

Tô sabendo!

−Apresente−se! –disse a professor assim que parei em frente a turma, olhei para todos os rostos ali naquela sala sem fixar exatamente em um.

−Ah, bom, me chamo Jullie, tenho 15 anos como a maioria e vocês e sou nova na cidade. –sorri ao perceber que não havia gaguejado.

−Ah, é caipira! –falou a ruiva fazendo a maioria os alunos rirem e eu fechar a cara. “A enfrente!”

O que eu vou dizer?

“Diga a verdade enfeitada.”

Você não quer dizer mentir?

“Da forma que preferir!”

−Que foi querida? O gato comeu sua língua? –perguntou ela e a encarei engolindo a vontade de enforca−la.

−Não “querida”, só estava pensando se ter morado em Londres, Tokyo e Nova York era ser caipira. –as pessoas começaram a cochichar e a ruiva se calou fiando séria.

−Okay, já percebi a tensão aqui. –disse a professora rindo. –Mas o que trás uma garota tão viajada a Los Angeles? –“Hora de tirar vantagem do trabalho do papai."

−Por causo do trabalho do meu pai, ele é produtor e irá produzir o novo CD dos criminals! –sorri inocentemente.

−Os criminals? –perguntou a ruiva novamente parecendo incrédula. “Sorria e assinta.” E assim fiz. –E você por acaso os conhece?

“Minta!”

−Claro! Os meninos são muito legais, somos muito amigos! –falei encarando-a.

−Quem garante que isso é verdade? –perguntou se levantando, juro que gelei naquele momento.

“Mande-a procurar o nome do novo produtor deles, será o nome o seu pai, de certa forma não estará mentindo.”

Isso não é certo!

“Ande, fale logo!”

−Procure na internet o nome do novo produtor deles, e verá escrito James Mills! Meu pai!

−Quem garante que é amiga deles? Tem foto?

−Ninguém precisa garantir nada! Não sou uma fã louca que ficaria publicando fotos com eles para provar algo! –rebati tão rápido que até fiquei surpresa.

“Isso garota, tá começando a aprender.”

−Tudo bem, acho que já está bom por hoje, sente−se Jullie. –sorri cinicamente para a ruiva e me sentei.

−Jullie que demais! Você enfrentou a Kate! –ela dizia baixo, mas animada.

−Kate tipo, a rainha? –perguntei.

−É! –olhou para a garota e voltou olhar para mim com um enorme sorriso. –Isso é incrível! –assenti e forcei um sorriso.

“Isso não é bom!”

Nada bom!

“Você agora é uma ameaça para a Kate! Ela vai fazer de tudo para nos atrapalhar!”

Eu vou ser ridicularizada novamente, por culpa sua! É melhor desistir disso!

“Nem pensar ou irei te atormentar com os piores pesadelos e farei você passar como louca na frente de todos!”

Tá, tá como se você fosse capaz di... antes que pudesse continuar sem que eu quisesse peguei a borracha e taquei na cabeça da professora.

“Não sou capas do que?”

−Quem foi? –gritou a professora enquanto too mundo ria.

Retiro o que eu disse!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!

Comentem e digam o que tão achando ^^ Por favor, isso me incentiva a continuar!



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