Aguenta Coração! escrita por Gyane


Capítulo 47
Capítulo 47




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A noite chegou lentamente, o mundo parecia girar ao contrario. Uma parte de mim estava muito aliviada, porque eu não precisaria esconder de mim mesma o que sentia pelo Thiago, mas outra parte a mais agonizante estava desesperada por saber que ele nunca permitira que chegasse perto dele novamente.

Eu descia as escadas para o salão comunal tentando sufocar o meu desespero, não havia ninguém ali com quem eu pudesse desabafar, caminhar refletir. Era isso que eu precisava, e era exatamente o que eu pretendia fazer quando eu cheguei ao jardim.

—Sarah espera. —Uma voz bastante familiar me chamou. Eu me virei para dar de cara com o Beto se aproximando.

—O que faz aqui? —Eu perguntei surpresa.

—Apenas pensando um pouco na merda que fizemos. —O Beto disse e não havia nenhum tom de humor na sua voz.

Eu senti uma leve pontada de culpa enquanto me dava conta de como Beto sentiria em relação a isso, mas eu a ignorei. Eu simplesmente não conseguia dominar nem mesmo o meu desespero.

—Que eu fiz. —Eu auto corrigi.

—Não importa. —Ele disse dando de ombros quando voltamos a caminhar. —Eu também concordei.

—Eu sinto muito Beto. —Eu disse controlando as lágrimas, o Beto parecia arrasado.

—Não sinta. —O Beto estava realmente do garoto maroto que eu conhecia suas expressões era completamente seria. —Agora não é tempo para isso, precisamos explicar realmente para o Thiago o que aconteceu.

—eu não acho que ele vá nos escutar. —Eu já havia perdido todas as minhas esperanças era como se o maldito destino tivesse tentando nos separar novamente.

—Eu não sei quanto a você mais eu não vou desisti até que o Thiago me ousa. Ele é meu amigo... —Sua voz não passava de um sussurro. —Meu melhor amigo.

Respirar começou a ficar mais difícil eu estava tendo problemas com as estúpidas lembranças. Eu apertei meus braços com força ao redor do tórax e tentei banir a dor dos meus pensamentos.

—Beto, você... —Eu sei que estava agindo como uma garota infantil.

—Que ele gosta de você ainda? —Um pequeno sorriso nos cantos de seus lábios apareceu. — Claro que ele gosta. Os sentimentos de você vão muito além de um amor de colegial, eu diria que é aquele caso de encontrar a alma gêmea cedo demais. —Ele fez uma careta zombeteira.

—Como você pode ter tanta certeza. —eu disse na duvida na mínima o Beto estava apenas querendo me fazer um pouco mais feliz.

—Pode acreditar em mim, eu vi o Thiago agonizar todas as noites por ter você dentro da mente sem saber o por quê ...

De repente o Beto parou de andar e colocou a mão na minha frente me fazendo parar, eu olhei para ele sem entender nada, então ele fez um sinal de silencio para mim.

—Eu não vou te dar outra chance. —A voz do Thiago cortou o silencio da noite.

—Pare com isso Thiago. —A Amanda respondeu desesperada.

Eu olhei para o Beto surpresa, mas o Beto não percebeu, um sorriso vitorioso brilhava no seu rosto.

—Ele não ia me decepcionar. —O Beto disse como se contasse com uma vitoria. Então ele me puxou para trás de um arvore aonde podíamos ver o Thiago e a Amanda parados numa calçada conversando.

—Eu vou de dar duas opções. —o Thiago disse taxativo para uma Amanda desesperada. —Ou você me fala o que aconteceu aquele maldito dia, ou eu vou até eles e vou descobrir da pior maneira.

—Thiago você sabe que eles vão falar um monte de mentira. —eu me controlei para não ir até lá e quebrar a cara daquela vadia.

—Então conte você a historia. —Ele pediu impaciente.

—Eu... Eu não posso. —A Amanda disse com a voz chorosa.

—Por quê? —O Thiago perguntou irritado.

—A Sarah... —Eu gelei quando ela pronunciou meu nome. —A Sarah me ameaçou. —Ela disse com a voz mole.

O que? Meus olhos arregalaram incrédulo para o Beto. O Beto fez um sinal para eu ter calma.

—Ela disse que se eu contasse a verdade... —Ela fez uma pausa dramática. —Ela nunca deixaria você se aproximar do nosso filho... Porque você era louco por ela e com certeza iria fazer tudo que ela quisesse.

—COMO PODE DIZER ISSO. —Eu disse-me saindo de trás da arvore. E parando de frente para a Amada. —Sua vadia mentirosa.

O Thiago me segurou pelo pulso me puxando para longe da Amanda.

—Fica longe dela. —Ele ordenou com a voz fria como gelo.

—Será que você não percebe o que ela esta fazendo? —Eu perguntei quando minhas lágrimas escorriam por minha face. —ela esta tentando mudar o jogo, ela que sempre ameaçou tirar o seu filho... Tudo que eu fiz... —As palavras já saiam cortadas pelo meu soluço desesperado.

—Você não pode acreditar nela Thiago. —A Amanda disse fingindo inocência. —eu sou a mãe do seu filho.

O Thiago olhou de mim para Amanda. Seus olhos estavam confusos e seu rosto completamente pálido.

—Se você não pode acreditar nela então acredita em mim. —O Beto disse aparecendo por fim.

A Amanda olhou desesperada para o Beto. Ela sabia que por mais magoa que o Thiago guardasse do Beto, ele ia ouvi-lo.

—Eu não vou ficar aqui ouvindo dizer um monte de mentira e você acreditando. —A Amanda disse fingindo estar indignada. Então ela se virou para atravessar a rua e foi ai que tudo aconteceu.

Minha mente girou violentamente enquanto tudo acontecia em uma velocidade assustadora, nada em câmera lenta como nos filmes. O som de pneus se arrastando pelo o afasto, gritos de horror preenchendo o ar, o meu próprio grito, sangue e escuridão.

Eu abri os olhos lentamente, minha cabeça doía meu corpo inteiro doía. Havia uma movimentação exagerada em volta. Eu levantei minha cabeça alguns centímetros mais uma dor dilacerante fez com que eu não me movesse.

—Vamos com calma mocinha. —Um homem calvo disse colocando uma luz forte dentro de meus olhos.

—Eu estou bem. —eu garanti sem ter muita certeza.

—Isso é o que veremos. —Ele disse se levantando. —Podem levá-la.

Foi ai que eu percebi que eu estava presa em uma maca. Me colocaram dentro da enorme ambulância e o Beto entrou em seguida.

—O que aconteceu? —Eu perguntei assim que fecharam a porta.

—O Theo tentou desviar o carro da Amanda subiu na calçada e atingiu você e o Thiago.

—Ah Meu Deus. —Minha mente deu uma volta mais violenta ainda.

—Como eles.... —Eu não conseguia articular nenhuma sentença direito.

—esta tudo bem Sarah. —O Beto garantiu. —O Theo não atingiu vocês ele freio o carro bruscamente a menos de meio centímetro de você e do Thiago, mas você bateu a cabeça quando caiu no chão.

—o Thiago? —eu perguntei apavorada. —Como ele esta?

—melhor que você. —O Beto disse mais seu rosto não estava aliviado. —O Carro não atingiu vocês. —Ele disse como se quisesse reforçar. — com força, vocês só caíram ao chão e você bateu a cabeça perdendo a consciência. O Thiago deve alguns arranhões nada que ele não sobreviva...

—E cadê ele? —Eu perguntei desesperada.

—Na outra ambulância. —O Beto disse retorcendo os dedos.

—Por quê? —Eu disse desesperada.

—A Amanda. Ela caiu e parece que o bebe... — O Beto ficou momentaneamente em silencio como se quisesse escolher as palavras.

—Fala logo Beto. —Eu pedi apavorada.

—Parece que ela entrou em trabalho de parto prematuro. — Beto disse sem muita certeza

Eu fechei meus olhos e iniciei uma oração silenciosa.

Eu passei por uma bateria de exames até ser liberada. O que me pareceu uma eternidade. Quando finalmente eu retornei a sala de espera, a Bell veio correndo até mim.

—Como você esta? —Ela perguntou me abraçando.

—Bem. —eu disse olhando sobre os ombros dela.

A Dora e o Pedro estavam de em pé logo atrás de nós ansiosos o Beto sentado em uma cadeira olhando ora para o relógio ora para a televisão na parede.

—Como estão as coisas? —Eu perguntei querendo saber já que eu estive isolada momentos atrás.

—Não sabemos direito. —A Dora disse parecendo nervosa.

Eu pude reconhecer num canto separado os pais do Thiago e mais um casal que provavelmente seria os pais da Amanda.

—Sarah. —Uma voz forte chamou o meu nome e todo o meu corpo estremeceu.

Eu me virei sem acreditar.

—Theo. —Eu senti um espasmo de saudade crescer dentro e me lembrei da ultima vez que eu vi com lagrimas nós olhos aquilo me machucou mais por dentro que eu esperava.

—Eu sinto muito por isso—, ele murmurou.

—Ah Theo... Você não teve culpa. —As palavras brotaram na minha garganta naturalmente. —Não tinha como você prever.

—Mesmo assim desculpa. — ele sussurrou tão baixo que eu tive que ler os lábios dele pra entender. Seu rosto estava abatido como se ele tivesse carregando o mundo na suas costas.

—Theo. — eu dei um passo na direção dele. Eu queria passar os meus braços na cintura dele e apagar a expressão de miséria do rosto dele. Mas me contive.

—O que eu fiz. O que eu fiz Sarah. —ele repetia cada palavras como se aquilo fosse aliviar sua dor.

—Vai ficar tudo bem. — eu prometi pra ele, olhando pra ver seu rosto com confiança em meus olhos. Ele entenderia.

—Sinto sua falta. — ele falou com os lábios. Uma das mãos dele avançou em minha direção, seus longos dedos esticados, como se ele desejasse que eles fossem longos o suficiente pra cruzar a distância entre nós.

—Eu também. —, eu botei pra fora. Minha mão se inclinou na direção dele no espaço largo.

Então ele se virou e sumiu no espaço, uma lagrima escapou de meus olhos inevitavelmente.

—O bebe nasceu. —A Bell falou me trazendo de volta a realidade. Meus olhos se arregalados supressos.

—Mas...

—Prematuro, esta na incubadora, lutando pela vida. —A Bell disse lentamente como se quisesse que eu assimilasse cuidadosamente todas as informações.

—A Amanda?—Eu perguntei debilmente.

—Ainda em cirurgia. —A Bell falou cuidadosamente. —O Thiago esta no berçário... Acho que ele precisa de você agora. Ela disse me empurrando lentamente para a direção do corredor.

Eu não precisei de mais nada para continuar.

O Thiago estava parado diante do enorme vidro que dava para o berçário. com as mãos sobre o bolso. Ele parecia que estava ali por horas. Seu rosto estava frio, totalmente sem emoção.

Eu parei do seu lado sem saber o que dizer. Eu apenas queria abraçá-lo confortá-lo, mas eu tinha medo que ele me repelisse, isso destruiria o resto de mim.

Ele não pareceu perceber minha presença seus olhos não desviavam da linda menina de corpo frágil que parecia que ia se envaidei a qualquer momento.

—É é linda. —Eu murmurei tentando conter as lágrimas mas parecia impossível. Era tão pequena, tão indefesa e já estava travando uma luta difícil pela vida.

—É mesmo. —Ele disse e pelos cantos dos olhos eu pude ver um pequeno sorriso brotar de seus lábios. Mas então o sorriso desapareceu e angustia voltou forte no seu rosto. —Eu estou com medo...—ele admitiu tão baixo que eu duvidei que pudesse ter realmente entendido aquilo.

—Eu não tenho como protegê-la. —Ele disse com a voz rouca seus olhos encontraram o meu. Como se estivéssemos conectados, o eco da dor dele se contorceu dentro de mim. A dor dele, a minha dor. —E eu a amo tanto...

—Tudo vai acabar bem. — Eu tentei passar uma confiança que eu não podia sentir. Mas eu sabia que era necessário. Eu encarei de volta e o silêncio se prolongou. A dor no rosto dele me deixou enervada. Eu sentí um caroço começando a aparecer na minha garganta.

Ficamos alguns instantes nos olhando em silencio, como se palavras não pudesse preencher o vazio ali.

—Eu sinto muito mesmo, por tudo. —As palavras saíram esmagadas de minha garganta. Eu queria poder dizer muito mais, de dizer como eu me sentia e era culpada, eu sabia que tudo aquilo naquele momento não fazia sentido algum. Era completamente desnecessário.

—Eu também queria que tudo tivesse sido diferente Sarah. —Ele disse me encarando novamente com os seus lindos olhos verdes, sua voz estava marejados. —Principalmente entre nós. —Suas palavras não passaram de sussurros mais mesmo assim me atingiram com uma intensidade assustadora.

Eu queria dizer o quanto o amava, e quanto eu tinha sofrido por ficar longe dele e que minha vida só era completa com ele por perto.

—Thiago. —Eu o chamei incapaz de conter o sentimento dentro de mim, ele estava me sufocando transportando dentro de mim e eu sabia que se não dissesse nada agora ele iria me esmagar.

Mas minhas palavras se perderam no ar no momento seguinte, porque o bip da incubadora disparou. O Thiago virou violentamente para o vidro que nos separava do berçário, algumas enfermeira já cercava a pequena menina.

Eu abracei o Thiago fortemente enquanto meus pensamentos faziam uma oração silenciosa.

—Eu não quero perde-la. —O Thiago disse quando alguém fechou a cortina do berçário. —Eu não posso perde-la...

—E não vai. —Eu disse tentando conter as minhas lágrimas aquilo parecia fazer parte terrível de um pesadelo interminável.

De repente um homem todo de branco parou na nossa frente. Meu corpo estremeceu esperando pelo pior..

—O Senhor é o pai...

—Sim sou eu. —O Thiago interrompeu antes que o homem concluísse a frase, eu podia sentir seu corpo estremecer. Suas mãos apertaram a minha firmemente como se buscasse força. Eu não podia agüentar vê-lo sofrer, nós parecíamos estar conectados de uma forma estranha, e a dor dele dava pontadas na minha própria.

—Sua filha precisa de uma transfusão de sangue. —Ele disse sem dar muitos detalhes.

Eu senti meu corpo sair do estupor. O pior não havia acontecido.

—O estado dela não é nada otimista e precisamos de sangue com urgência. —O Homem de branco disparava a falar enquanto eu tentava ligar cada palavra sua para que algo pudesse fazer sentido. —Qual o seu tipo sanguíneo? —ele perguntou para o Thiago.

—A+. —O Thiago disse sem hesitar. A dor na voz dele era quase tocável.

—Não serve. —o Homem disse balançando a cabeça.

—O meu é O-. —Eu disparei, o homem levantou a cabeça esperançosa.

—A Senhorita aceitaria...

O Thiago olhou para mim como se suplicasse.

—Claro. —Eu disse sentindo um enorme alivio por pelo menos uma vez não estragar tudo na vida do Thiago. As lágrimas estúpidas haviam escapado pelos cantos dos meus olhos. Eu as afastei com as costas da minha mão, e cruzei meus braços no peito.

—A Senhoria poderia me acompanhar. —O Homem de branco pediu saindo pelo corredor.

—Obrigado Sarah. —o Thiago disse puxando meu corpo e me abraçando fortemente.

—Não precisa agradecer. —eu estava meio tonta.

Então o Thiago me soltou e eu comecei a andar atrás do homem de branco.

Eu já havia realizado bastantes exames antes, o que ajudou bastante na bateria seguinte de exames que eu passei.

O procedimento foi rápido e pouco doloroso, mas causou uma enorme sensação de alivio e satisfação saber que eu poderia estar ajudando, mesmo que involuntariamente a salvar vidas. Era a melhor sensação do mundo.

—Você esta bem? —A enfermeira perguntou assim que ela retirou a bolsa de sangue. 

—Um pouco tonta. —Eu confirmei fechando meus olhos.

—Isso é normal. —ela disse se movimentando perto de mim. —Você ira sentir um pouco de fraqueza e pode ficar deitado ai até sentir que esta melhor, na outra sala a alguns lanches então quando se sentir melhor pode ir lá, qualquer coisa é só chamar. —ela disse passando as instruções para mim antes de sair da sala.

—eu achei que isso não ia acabar nunca. —A Bell reclamou levantando da cadeira e vindo até mim. —Eu estou orgulhosa de você. —Ela disse feliz. Eu sorri de volta.

—Como estão as coisas.

—Amanda acabou de sair da cirurgia. Parece que ela teve um monte de complicações. —Bell disse cuidadosamente. —O bebê não teve melhorar.

Eu não queria ir embora. Eu estava ciente disso, só que minhas forças pareciam ter sumido junto com o meu sangue, então não me restou muitas opções ao não ser ceder o apelo da Bell para voltarmos ao colégio, então eu voltei sem falar com o Thiago.

A escola inteira já sabia do acontecido o que não facilitou muita as coisas para o meu descanso todo mundo queria fazer uma pergunta. Ate a Bell se cansar e dar um basta naquilo, o que eu obviamente agradeci.

Os dias foram se passando e como eu havia previsto a escola não cedeu autorização alguma para podermos ir até o hospital. Mas as noticias eram animadoras, o bebê estava completamente fora de risco, graças ao meu sangue. Amanda estava também se recuperando da cirurgia e receberia alta logo. O Thiago não voltou à escola, o que era completamente normal.

—Temos noticias. —O Pedro e o Beto pularam no sofá onde eu estava sentada, parecendo realmente feliz.

—Quais? —eu sabia que eles estavam falando do Thiago.

—A Amanda recebeu alta. —o Beto disse comemorando.

—E não é só isso. —o Pedro disse na mesma empolgação que o Beto. —O bebê também.

Eu sorri verdadeiramente feliz. Tudo ia acabar bem, e eu me sentia muito feliz com aquilo.

Dois dias depois eu encontrei com o Theo na biblioteca.

—Sarah. —Ele me chamou assim que eu coloquei um livro no seu lugar.

—Theo. —eu disse realmente feliz por vê-lo. Uma nostalgia bateu naquele momento e eu senti uma vontade desesperadora de abraçá-lo porem me controlei, eu não queria estragar nada.

—Como você esta? —ele não parecia tão abatido como da ultima vez que eu o vi. As coisas finalmente estavam começando a voltar ao seu lugar.

—Bem. —As palavras saíram naturalmente de minha boca e eu percebi que não era mentira. —E com você? —Eu perguntei realmente interessada.

—Eu comecei a enxergar o mundo sem você, ele me parece belo ainda. —Ele disse desviando o olhar como se estivesse pedindo desculpa.

Era para me sentir aliviada, mas estranhamente uma pontada de dor estalou dentro do meu peito, eu estava com medo de perdê-lo... Como se eu tivesse o direito de ter comigo.

—Eu não vou dizer que estou feliz. —Eu murmurei envergonhada com a minha atitude.

—Isso não quer dizer que eu vou esquecê-la. —Ele sorriu tristemente.

—Eu sei. Eu também não seria capaz de arrancá-lo de dentro do coração. —Eu confessei e novamente a vontade de senti-lo perto de mim veio à tona.

—Vamos para com isso. —O Theo disse sorrindo de repente. —Estamos parecendo duas velhas no leito de morte.

—É você tem razão. —Eu concordei sorrindo também.

—Sarah, a Amanda gostaria muito de falar com você, claro se você acha que é possível. —O Theo parecia totalmente constrangido com aquilo.

—Claro. —Eu concordei surpresa, realmente surpresa.

—Eu tenho que ir. —O Theo disse interrompendo meus pensamentos.

—Sim. —Eu acenei a cabeça concordando.

Então ele se virou mas antes que ele sumisse de vista eu o chamei de volta.

—Theo. —ele se virou para mim em resposta. —Se importa. —Eu disse abrindo os meus braços e me entregando a sensação de estar novamente na vida dele.

—Eu pensei que você nunca ia pedir. —Ele disse vencendo a distancia entre nós me abraçando apertadamente.

—Amigos? —Eu perguntei segurando as lágrimas, como era bom te-lo de volta.

—Amigos para sempre. —Ele murmurou de volta dando um leve beijo na minha testa.


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