A vingança do fantasma escrita por MarcosFLuder


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Mais uma fanfic minha sobre a série Arquivo-X, que eu estou resgatando do meu computador. Quem for ler, espero que goste.



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Houston, Texas 9: 40 Pm

Um homem assistia TV sem maiores preocupações quando um vento começou a soprar. Ele se levantou para fechar a janela. Ao voltar para ver televisão acaba levando o maior susto quando a janela abriu de maneira violenta. O vento soprou mais forte ainda e de uma maneira que o deixou arrepiado, parecendo um lamento. Ele tenta fechar a janela mas esta não sai do lugar. Enquanto isso, a TV passava uma reportagem que falava do brutal assassinato de uma adolescente, e sobre as poucas chances do assassino escapar da cadeira elétrica se não fosse declarado mentalmente incapaz. Uma pessoa passava pelo corredor do prédio e ficou assustado ao ouvir os gritos vindos do apartamento.

Delegacia de Houston 2:15 Am Dois dias depois

Os agentes Mulder e Scully chegaram à delegacia e se apresentaram, sendo conduzidos ao Tenente Farmer, que começou a explicar o caso.

— Tudo começou quando conseguimos indiciar Jack Kraemer como o responsável pela série de assassinatos que vinham ocorrendo nos últimos dois anos – disse – eu não tenho dúvida que esse cara matou pelo menos 6 pessoas, mas o fato é que só conseguimos provas para indiciá-lo pela morte de uma adolescente chamada Cláudia Milles.

— É pelo fantasma dela que Jack Kraemer alega estar sendo perseguido? – pergunta Mulder.

— Exatamente – disse o Tenente – e o pior de tudo é que o sujeito está sendo tão convincente na sua alegação que o seu advogado está quase conseguindo livrá-lo da cadeira elétrica com uma alegação de insanidade.

— Se você acha que é tudo um truque porque nos chamou?- pergunta Scully.

— Eu soube que vocês fazem parte de uma unidade do FBI especializada em casos como esse – disse o tenente– com certeza vocês também já devem ter topado com fraudes e truques como o que temos aqui e podem ajudar a desmascarar esse safado.

— E se não for um truque? – pergunta Mulder – e se houver mesmo um fantasma?

— Eu creio que devemos falar com o sujeito antes de aventar qualquer hipótese Mulder – Scully intervém – onde ele está?

— Lá embaixo numa cela – disse o Tenente – eu os levo até lá – eles estavam indo ver o preso quando um homem bem vestido parou diante deles.

— Pretende violar os regulamentos outra vez Tenente? – disse o homem.

— Eu não fui responsável pela morte de 6 pessoas cara – responde o Tenente Farmer.

— Tão pouco o meu cliente, embora ele esteja sendo injustamente acusado de cometer esses crimes.

— Você pode assistir ao interrogatório se quiser – disse o Tenente.

Eles entraram na sala de interrogatório, onde Mulder e Scully tem o primeiro contato com Jack Kraemer. Era um homem com menos de 30 anos, uma aparência suja e desleixada, mas que parecia realmente assustado ao relatar a sua história.

— As aparições começaram logo depois do indiciamento – disse – e agora quase toda a noite ela aparece e diz que não vai me deixar em paz enquanto eu viver.

— Você alegou inocência de todos os crimes de que foi acusado – Scully tratou de questioná-lo – e que atirou em Cláudia para se defender de um ataque, mas não disse porque ela o atacou.

— Isso não é um interrogatório oficial – disse o advogado – portanto você não precisa responder a pergunta.

— Para mim isso prova que é tudo mesmo uma farsa – disse o Tenente que agarra Jack pelo colarinho – você não me engana seu safado.

— Chega, esse interrogatório acaba aqui – grita o advogado, enquanto Mulder separa o tenente Farmer e o suspeito – eu farei uma representação à justiça sobre o seu comportamento – ele ajeita o terno após tudo estar acalmado – agora se não se importam eu gostaria de conversar a sós com o meu cliente – Mulder e Scully saem levando o Tenente Farmer com eles.

— Muito bem Jack – disse o advogado – está tudo correndo bem.

— Não sei Garry, aquilo que aconteceu ontem me deixou bastante assustado – disse Jack

— Do que está falando cara?

— Aquilo que aconteceu anteontem me deixou muito assustado – Jack quase gritou ao responder – parecia de verdade.

— Deixa de besteira, você está ficando impressionado com a nossa pequena farsa – disse Garry – tudo o que fizemos até agora foi para livrá-lo da cadeira elétrica, você só não deve estragar tudo levando as coisas a sério demais.

— Você não entende cara – Jack agarra o terno de seu advogado, uma expressão verdadeiramente assustada no rosto – ontem a noite a coisa pareceu muito verdadeira.

— Deixa de bobagem – o advogado se desvencilha de seu cliente – você está é confundindo as coisas, acalme-se que tudo vai se resolver logo.

O advogado de Jack mostra a ordem de soltura. Ele vai embora com seu cliente, deixando Mulder, Scully e o Tenente Farmer examinando os documentos do caso.

— Aqui diz que o assassino estuprou e matou a 5 primeiras vítimas – Scully olha atentamente os relatórios – mas que Cláudia Milles foi morta a tiros e não foi estuprada

— A arma do crime pertencia a Jack Kraemer – disse o Tenente – sabemos também que ele mantinha um caso com a vítima. Além de tudo era também um corruptor de menores.

— O que acha que pode Ter acontecido Tenente?- pergunta Mulder.

— Provavelmente ela descobriu que o namorado era um serial killer ele a matou para não ser denunciado.

— Tão simples assim? – insiste Mulder.

— Os crimes geralmente são simples agente Mulder – afirma o Tenente Farmer – motivos simples, banais mesmo. Uma noite os vizinhos de Jack ouviram uma discussão terrível vinda do apartamento dele, um deles chamou a polícia e quando os policiais chegaram lá Jack tinha acabado de atirar na namorada e fugido pelos fundos. Ele se entregou dias depois alegando legítima defesa, mas quando viu que dificilmente escaparia da cadeira elétrica começou a inventar essa história de fantasma.

— A vida não é um romance de Agatha Christie , Mulder – completa Scully.

— Elementar minha cara Scully – disse Mulder enquanto folheia o processo – aqui diz que Cláudia Milles vivia com o padrasto.

— A mãe morreu a quase três anos e o padrasto ficou com a guarda da menina – disse Farmer.

— Acho que devemos falar com ele – Mulder fecha o relatório e se levanta. Scully se dá conta que ele não quer esperar até o dia seguinte para fazer isso e já se prepara para ir com o parceiro falar com o padrasto da vítima.

A casa onde morava John Milles era grande e com um aspecto antigo, mas Mulder e Scully não tiveram muito tempo para apreciá-la. O padrasto de Cláudia logo veio recebê-los. A expressão dele não era muito amigável, mas os mandou entrar mesmo assim.

— O Tenente Farmer insistiu para que recebesse vocês – a má vontade dele ficando muito evidente para os dois agentes no tom de voz – mas vou logo avisando que só respondo o que eu quiser.

— O senhor sabia do namoro entre sua enteada e Jack Kraemer ? – pergunta Scully.

— Se eu soubesse teria impedido aquela tragédia – disse John Miles, mas tanto Mulder como Scully não sentiram qualquer sinal de lamento na afirmação dele.

— Como era o seu relacionamento com a sua enteada? – pergunta Mulder.

— Não tenho que responder isso.

— O senhor conhecia Jack Kraemer? – e a vez de Scully perguntar.

— Vagamente e não vejo razão para esse tipo de pergunta – disse John Milles – acho que estamos perdendo tempo – levanta-se e vai até a porta abri-la – tenham um bom dia –Mulder e Scully saem com uma expressão de desagrado no rosto.

— O que achou dele, Scully? – eles já estão no carro quando Mulder faz a pergunta.

— Um homem antipático – responde Scully.

— Eu diria que ele é mais do que isso – Mulder parecia refletir bem sobre o que diz – ele pareceu pouco interessado em ajudar a punir o assassino da enteada.

— Não era filha dele Mulder – Scully tinha um ar triste ao falar – coisas assim são mais comuns do que se pensa. Vamos falar com o vizinho que chamou a polícia.

Edifício Hanglund 5: 45 Pm

— Foi uma briga bem violenta – disse o vizinho de Jack – a garota estava furiosa , ela dizia coisas terríveis.

— Que tipo de coisas senhor Baker? – perguntou Mulder.

— Tipo “você acabou com a minha vida”, “ tirou minha grande chance”.

— Do que acha que ela estava falando? – é a vez de Scully indagar.

— Não faço a menor idéia porque ele também começou a gritar – o homem disse – um começou a ameaçar o outro de morte e aí eu achei melhor chamar a polícia. Depois eu até cheguei a me arrepender, pois houve um silêncio que durou vários minutos; comecei a achar que tinha sido tudo uma daquelas brigas de namorados que no final acabam na cama, mas foi aí que ouvi o tiro – ele faz uma pausa antes de voltar a falar – felizmente os policiais chegaram logo depois e...

É exatamente nesse instante que eles ouvem um barulho muito alto vindo do apartamento de Jack Kraemer. Os gritos dele são ouvidos pelos dois agentes. Estes mandam o senhor Baker ficar onde está e vão até o apartamento do suspeito. A porta está trancada, mas não impede Mulder e Scully de ouvir os gritos desesperados que vem lá de dentro. Mulder arromba a porta e eles encontram Jack encolhido num canto com uma expressão de pavor no rosto.


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Notas finais do capítulo

Sexta-feira eu posto o segundo e último capítulo, até lá.