The Simple Things escrita por Vingadora


Capítulo 7
The Power of Vodka


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Bom, como prometido... aqui está o segundo capítulo do dia. Ia postar mais tarde, mas como sou muito ansiosa resolvi postar agora (risos).

Antes de mais nada, gostaria de agradecer a Bella pela linda e maravilhosa recomendação. Cara, não sabe como meu dia melhorou depois que eu a li.Eu fiquei sem palavras, sério! (e olha que isso é quase impossível) Obrigada por todo o carinho e desejo tudo em dobro pra você



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/611094/chapter/7

Eu acabei pegando uma carona com Fury em direção a Washington.

Na verdade não era bem uma carona. De repente surgiu uma missão que eu deveria participar em Washington e eu precisava voar para a capital no mesmo segundo.

Eu não sabia realmente o que estava fazendo, mas eu decidi ir logo após o longo e interminável momento de silencio que tivemos quando Nick me fez a pergunta no Central Park. Porque, no fim das contas, eu não sabia o que realmente estava acontecendo entre Steve e eu.

─ Lilly! ─ Maria me saldou assim que eu e Nick pousamos de helicóptero na central de Washngton.

Há uns dois meses, mais ou menos, Hill e eu tivemos uma discussão estranha, mas foi superada no momento em que eu realmente decidi voltar para a S.H.I.EL.D.. Apesar de todas as coisas que jogamos uma na cara da outra, nossa amizade prevaleceu firme e forte.

─ E aí Maria. ─ pisquei para ela enquanto pegava minha mala com Fury.

─ Senhor ─ um agente brotou ao lado de Nick ─ o conselho está aguardando na sala de reuniões.

─ Deve ser uma daquelas reuniões sobre a Iniciativa Vingadores. ─ falei baixo, mas não o suficiente para os ouvidos do velho e sábio Fury captar.

─ O que você disse? ─ ele aproximou-se de mim com aquele olhar.

─ O que? ─ fingi desentendimento ─ Eu não disse nada! ─ soltei a mala e ergui as mãos como que em redenção ─ Foi a Maria que disse!

─ O que? ─ Hill perguntou séria e arregalou os olhos, perdendo toda a compostura de agente que ela tinha.

Fury, já sacando minha jogada, simplesmente revirou os olhos e se afastou de nós.

─ Hill! Leve Ellizabeth para um hotel. ─ Nick ordenou enquanto se afastava.

─ Achei que fosse ficar na sua casa. ─ gritei para o homem que já se afastava.

─ Não. Não confio em você desde que ameaçou atirar em meu olho bom. ─ ele gritou de volta em tom zombeteiro.

─ Você ameaçou atirar no olho dele? ─ Maria perguntou perplexa enquanto eu pegava minha mala e a seguia em direção ao elevador.

❇❇❇

─ E aí Hill! ─ Salt saldou minha amiga bastante animado.

Eu preferi me unir a equipe S.T.R.I.K.E. antes de partir para o hotel. Era, na verdade, uma desculpa que arrumei de última hora enquanto tentava assimilar o que raios eu estava fazendo ali.

─ Salt. Gate. Sentiram saudades? ─ joguei minha mala em cima da mesa de reunião e sorri para ambos.

─ Olha só. Quem é vivo sempre aparece! E não é que a Fury voltou? ─ Gate abriu os braços me convidando para um abraço.

─ E não é que ela veio mesmo? ─ uma voz conhecia soou no fundo da sala de operações. Clint!

─ O que você tá fazendo aqui? ─ soltei-me do abraço de Gate para caminhar em direção a Barton que descansava tranquilamente em uma das cadeiras de cabeceira da mesa.

─ Senti sua falta também, loirinha. ─ ele estava com seu melhor e mais convidativo sorriso enquanto equilibrava uma de suas flechas no dedo indicador.

─ Vai participar de mais uma missão da S.H.I.E.L.D.? ─ sentei-me em cima da mesa, de frente para ele.

─ É. Pode-se dizer que sim.

A porta do fundo se abriu e Coulson entrou seguido pelo resto da equipe.

─ Lilly... ─ Phil me encarou surpreso.

─ E aí tio Coulson. ─ pisquei para ele.

─ Então você veio. ─ ele aproximou-se da mesa e continuou com o ar de surpresa.

Não, meu querido! Eu ainda estou em marte! ─ Clint sussurrou com uma voz fininha, tentando me imitar.

O que rendeu boas gargalhadas de quem estava perto para ouvir.

─ O que você disse, Barton? ─ Coulson franziu o cenho e olhou confuso para nós tentando entender a piada.

Opa! Minha deixa para impedir uma guerra civil!

─ Minha equipe precisa de mim, então... É. Eu estou aqui!

─ Por favor, equipe S.T.R.I.K.E., gavião... Tomem seus lugares na mesa. ─ dito isso, tive de me levantar e procurar uma cadeira mais perto o possível de Clint. Ele era a melhor pessoa do mundo para ser companhia em uma reunião chata de Coulson.

Uma imagem com uma luz muito clara e ofuscante foi projetada na tela atrás de Coulson no mesmo instante em que as luzes diminuíram o suficiente para tornar a sala receptiva apenas para aquela luz da imagem.

─ Essa foto foi a primeira tirada do cubo azul que encontraram junto do escudo e do Capitão Steve Rogers. ─ Coulson começou a explicar e passar mais imagens ─ Aos poucos fomos adaptando o local e melhorando a forma de registro de imagem. Como vocês podem ver nessa foto, conseguimos captar perfeitamente o cubo.

─ Para onde levara o cubo, agente Coulson? ─ nosso comandante perguntou.

─ Para uma base secreta onde estamos realizando experimentos com ele. ─ Coulson explicou brevemente e passou mais algumas imagens ─ Durante a Segunda Guerra Mundial, a Hydra utilizou a força deste cubo para confeccionar armas altamente desenvolvidas e de grande porte.

─ E é o a que a S.H.I.E.L.D. pretende fazer também. ─ soltei as palavras logo em seguida.

Phil me encarou por um curto segundo, antes de prosseguir.

─ Em uma de minhas mais recentes missões, deparei-me com algo que a S.H.I.E.LD. parecia pensar impossível.

─ O que foi, o Papai Noel? ─ Clint aproximou a cadeira da minha o suficiente para poder sussurrar em meu ouvido.

Tive de me segurar para não rir.

─ Alguém aqui já ouviu falar no deus do trovão, Thor? ─ Phil perguntou e esperou uma resposta.

─ Pula para a parte em que você explica a semelhança entre essa lenda e o que aconteceu em sua missão, Coulson. ─ Gate cruzou as mãos em cima da mesa e esperou cético por uma resposta.

─ Não existe uma mera semelhança, agente Gate. Foi exatamente ele que encontrei no Novo México. ─ Coulson rebateu e olhou para todos nós com superioridade.

─ Ah, tá! ─ Salt revirou os olhos antes de completar: ─ E você quer que acreditemos nisso?

─ Veja com seus próprios olhos, agente. ─ um vídeo surgiu na tela e mostrou a imagem de um tipo de robô gigante no meio de uma cidade entorno de caus e gritaria lutando contra um... ─ Espera aí! ─ grupo de pessoas com roupas bem... medievais.

A imagem foi adiantada e um homem alto, de cabelos loiros que caiam até o ombro apareceu mudando simultaneamente ─ ou seja: do nada ─ de uma roupa comum para uma roupa que surgia do vento e colava em seu corpo mostrando-se igualmente medieval. Ele começou, então, a girar o martelo em sua mão e a imagem cessou, travou e o vídeo acabou.

─ Isso foi bem estranho. ─ Salt estava de boca aberta antes de dizer as palavras.

─ Vocês realmente acreditam nisso? ─ perguntei, cética e deixei escapar uma gargalhada ─ Sério, Coulson? Deus do trovão, gigante de aço... O que mais vocês querem que eu acredite?

─ Que é real, agente Fury. ─ Nick brotou, de repente, dentro da sala e caminhou até próximo a tela ─ Queremos que compreendam que isso é real.

Tá, se Nick acredita nisso, eu tenho a obrigação de acreditar também.

─ E o que isso significa? ─ Clint perguntou depois de um longo tempo em silêncio.

─ Em três dias iremos enviá-los para o complexo que mantemos o cubo protegido. Tememos que essa tecnologia esteja sendo vigiada e vamos precisar de segurança máxima. ─ Nick explicou usando o tom sério que sempre aparece quando se trata de uma coisa global.

─ Alguma pergunta, senhores? ─ Coulson estava com aquele sorrisinho exibido no rosto, porque sabia que a presença do diretor em uma sala de reuniões era intimidadora o suficiente para o silêncio prevalecer no lugar.

─ S.T.R.I.K.E., precisamos nos preparar para a missão. ─ o comandante falou e todos os agentes, incluindo Clint, se levantaram e seguiram-o para fora da sala.

❇❇❇

─ Vamos beber para comemorar! ─ Salt gritou no momento em que saímos da sala de armamento sem o comandante.

Revirei os olhos, mas deixei escapar um gritinho animado assim como os meus parceiros.

─ Você acha que o comandante vai pedir seu afastamento depois do acidente? ─ Gate colocou o braço em torno de meu ombro, puxando-me para mais perto.

Minutos antes, dentro da sala, Gate e eu fizemos uma rápida aposta de pontaria. Quem conseguia acertar uma faca o mais perto o possível do comandante sem o machucar? Eu até teria sido a vencedora, mas a única regra na aposta era o nosso líder não ficar ciente do que estava acontecendo. A minha faca passou quase que de raspão no globo ocular do comandante. Isso gerou um sermão de nove minutos e meio sobre ordem, controle, aprendizado, blá-bla-blá... Como eu perdi a aposta, tive de colocar uma máscara de gás no rosto e desfilar pelo complexo com ela.

─ Vejo vocês depois. ─ Clint se despediu às pressas e caminhou em direção contrária a nossa.

─ Esse Barton é um pouco estranho. ─ Lin, um dos agentes da S.T.R.I.K.E. comentou enquanto seguíamos caminho em direção a garagem.

─ Ei! O Clint é legal. ─ defendi.

─ Ih, olha só a Fury! Defendendo o namoradinho. ─ Salt zombou e os outros riram.

─ Calem a boca! Vocês estão com ciumes só porque o Barton é meu favorito. ─ minha voz soava abafada por conta da máscara de gás.

─ Seu favorito? ─ Gate resmungou ─ Não acredito! Eu é que deveria ser seu favorito.

E assim começou uma discussão sobre quem deveria ser o favirito da Lilly.

Há dois meses atrás eu sentia repulsa só de pensar em trabalhar com a S.T.R.I.K.E., mas com o passar do tempo e conhecendo a nova equipe formada, acabei me apegando aos meus rapazes. E agora, eles eram essencial para manter meu lado ranzinza de Ellizabeth Fury controlado.

─ Dez pratas para quem beber tudo! ─ Salt berrou quando chegou com a bandeja completa de copos de Vodka russa.

─ A Lilly não está na aposta! ─ Gate gritou ─ Ela passou nove anos criando resistência a esse tipo de coisa na Russia.

─ Achei que ela tinha se escondido na Nigéria. ─ Jason ─ baixinho, cabelos loiros, olhos claros, pele bronzeada ─ gritou do outro lado da mesa.

─ Mas não era Brasil? ─ Salt colocou a bandeja em cima da mesa e esbravejou, caindo na brincadeira.

─ Na verdade eu passei um tempinho em cada um desses lugares ─ peguei um copo e ergui ao céu ─ Um brinde ao mundo e a todos os lugares estranhos, magníficos, curiosos e encantadores que ele nos reserva.

Todos ergueram o copo e, em seguida, entornaram tudo.

─ Ei! Alguém viu o Rogers depois que ele acordou? ─ Lin perguntou ao grupo depois e bebermos outro copo de vodka.

─ Bom... A última vez que eu acredito que ele tenha sido visto foi há um mês, mais ou menos... quando ele saiu correndo pela Times e ficou encarando tudo abobado. ─ Salt zombou e pegou mais uma das batatas fritas que compramos.

─ Eu vi ele uma vez. ─ Jason contou.

─ Sério? ─ Lin encarou ele cético.

─ É... Ele estava em frente a uma banca de flores e tudo mais, não foi muito tempo depois que ele pediu a transferência para cá.

─ Flores? ─ indaguei, depois de ouvir aquilo tudo em silêncio ─ Tipo... flores para comprar? É isso?

─ É.

─ E ele, por acaso, comprou alguma flor?

─ Que foi, Fury? Está com ciumes da garota misteriosa de Rogers? Achou que ele ia ficar curioso para saber quem o encontrou na caverna e te procurar ─ Salt pousou seu braço em torno do meu ombro e zombou.

─ Garota misteriosa? ─ eu ri ─ Quem é essa?

─ Bom... Depois do lance da Times, ele saiu perguntando por uma mulher loira bonitona que estava por lá.

─ Loira bonitona? ─ Não haviam muitas loiras naquele dia... Pensei.

─ É... Eu até pensei que fosse a tal da Peggy. ─ Salt prosseguiu.

─ Quem é Peggy? Espera! ─ Gate deu um salto na cadeira ─ Peggy. A Peggy?

─ Quem é essa Peggy? ─ revirei os olhos.

─ A Fundadora Peggy ─ todos me responderam em uníssono.

─ Que é? Rogers e ela... ─ olhei em volta esperando por uma resposta ─ Não brinca!Agora até que as coisas começavam a fazer sentido. Ele era apaixonado por uma velhinha de noventa e poucos anos.

─ Mas não é a Peggy fundadora a garota misteriosa afinal. ─ esclareceu Salt ─ A Peggy fundadora é ruiva e não loira.

─ Então quem é a mulher?

─ Ah, eu não sei... Pode ser qualquer uma...

─ Aposto que ela devia estar usando um vestido colado...

Os homens começaram a comentar sobre o tipo físico da mulher misteriosa enquanto eu viajava em pensamentos...

O que essa mulher misteriosa tem que eu não tenho? Será que ele ia comprar flores para ela? Será que ele comprou flores para ela? Mas que merda! E todo aquele lance que ele disse para Fury? E a Peggy? O que será que está rolando entre Steve e ela? Será que ele já encontrou ela? Peggy deve estar por aqui... Mas cara... Peggy é uma velha! Não é possível que ele ainda queira uma velha...

Saímos do bar não muito tarde, pois iriamos nos encontrar com o comandante no dia seguinte. A maioria dos homens estavam bêbados. Os que não estavam tiveram de ser carregados até um táxi. Um deles acabou roubando minha máscara e a carregando para casa como um prêmio. Eu era a única ali que não tinha sido atingida realmente pelo poder que a vodka russa fornecia. Afinal de contas, ao invés de me fazer pensar lentamente, como o álcool faz com um ser humano comum, a Vodka aprimorou meus sentidos, me deixando ainda mais alerta. Dias depois do ataque de Delon em Nova York, permiti que Fury realizasse exames de sangue em mim e encontraram um tipo de droga em meu organismo que já estava alocado por lá há dias. O desgraçado havia me drogado durante a viagem a Monte Carlo.

Enquanto caminhava pela rua, comecei a pensar que havia sido uma estupidez correr até Washington atrás de um homem. O que será que está acontecendo comigo, afinal? Qual é! Eu sou Ellizabeth Fury! A mulher de um milhão de faces... quer dizer, a ex-mulher de um milhão de faces. Quando é que eu permiti que um homem como Steve Rogers entrasse em minha vida e bagunçasse tudo em menos de um mês? Tudo bem que ele tem olhos bem legais, uma boca bem legal, um corpo bem legal, um sorriso bem legal, uma voz bem... Argh! Foco Ellizabeth! Você tem coisas mais importantes para pensar do que simplesmente se deixar levar por um lindo par de olhos azuis e um sorriso sensacional.

O que mais me magoava nisso tudo era que eu realmente sentia falta dele. As noites se tornaram sem graça desde que ele partira. Não existia mais aquele brilho travesso que sempre surgia quando eu planejava alguma aposta boba com Steve ─ e sempre ganhava, claro ─. Minhas risadas não tinham mais lá tanta vida e nem sempre eram verdadeiras. E, sinceramente? Os livros perderam o seu charme. Eu não via mais graça em ficar zanzando pelas prateleiras do Bien em busca de um livro bom para ler. Afinal, minha companhia silenciosa literária havia me abandonado sem nem mesmo me dizer o porquê. Ok. Ele conversou com o Fury sobre o que aconteceu, mas... Ele não sabe que eu sei. Não sabe quem eu sou para ficar sabendo sobre... Oh! Espera aí! É isso! Eu vou contar para ele quem eu sou! Vou explicar tudo e forcá-lo a conversar comigo! Ele não queria dividir a carga comigo pensando que eu fosse uma mulher comum, frágil demais para ficar com ele! Mas espera aí! Eu sou Ellizabeth Fury! Sou uma meta-humana ex-assassina não domesticada que agora faz parte de uma equipe de verdade, salva pessoas de verdade, tem uma vida de verdade! Eu vou contar e tudo irá se resolver! Aí como eu sou lenta... Eu deveria ter bebido vodka mais cedo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Preciso dizer que ri um pouquinho enquanto escrevia essa reflexão final da Lilly.
O que acharam? Ficou bom? Ruim? Legal? Mais ou menos?
Estão ansiosos para o encontro entre Lilly e Steve?
Prometo que será bem... surpreendente.
Quem sabe eu não dou a louca e posto ele hoje ainda? (estou me segurando para não fazer, mas...)

Bom. Quero contar que já estou separando músicas para a playlist de TST *-*
Estou muito indecisa entre algumas músicas, pois quero deixar um limite de, no máximo 12 músicas... Mas, prometo que será tão boa quanto a de AMF.

Não se esqueçam de comentar, porque eu já deixei bem claro que comentários são a menina dos meus olhos (risos).

Até o próximo capítulo! õ/