The Simple Things escrita por Vingadora


Capítulo 2
Rain


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeey! Vocês estão animados?
Porque eu estou MUUUITO animada!
Tão animada a ponto de postar o 1º capítulo exatamente às 1 hora da madrugada! Yeah!
Bom, talvez seja o efeito da cafeína, mas eu estou muito animada (risos).

Sem mais demoras, porque eu sei o que vocês querem! Vocês querem Rain!



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Como eu amo a chuva! Constatei naquele instante.

O Central Park era o melhor lugar para se correr em um dia chuvoso como aquele. Nenhum civil a vista para atrapalhar sua corrida, nenhum pombo irritante nomeio do caminho. Era quase que o paraíso. O único problema era quando um guarda embestava de me forçar parar por estar correndo o risco de escorregar em uma poça d'água e cair.

Eu comecei com a rotina de correr todos os dias logo após Sophie ser liberada do hospital e precisar praticar algum esporte. Ela sugeriu na hora caminhar no parque. A ideia funcionou nos primeiros quinze minutos em que começamos a pô-la em prática. Mas desandou completamente a partir do momento em que eu percebi que caminhar não era o mesmo que correr.

Sophie continuo a caminhar pelo parque, mas eu não. Eu corria. Dava voltas e mais voltas por ele enquanto ela parava a cada cinco minutos para alimentar um pombo, cumprimentar algum conhecido, amarrar novamente os cadarços, comprar um cachorro-quente, respirar ar puro, abraçar uma árvore... Era realmente o oposto do que eu tinha em mente quando concordei com a ideia.

E nos últimos dias era a única coisa que mantinha minha mente funcionando, com o auxílio da música alta que tocava no meu iPod, impedindo que eu voltasse a pensar nele.

Já havia passado quase uma semana desde a missão, mas eu não recebi se quer uma noticia sobre o encaminhamento do cara.

Até que ele tinha uma boca legal. Ousei pensar enquanto resolvi fazer uma pausa ao constatar que era a quinta vez que completava a corrida pelo parque.

A chuva caía impiedosa agora. O que era bom. Eu precisava pensar em alguma coisa que não fosse nele. Ir para casa e ouvir Sophie reclamar de dor não era lá divertido, assim como checar as notícias da central da S.H.I.E.L.D. ─ coisa que eu teria de fazer daqui a algumas horas.

─ Ei, moça! ─ E lá está o guarda chato ─ Por favor, saia da chuva. Não está um bom tempo para correr.

─ Vá se ferrar! ─ eu falei baixo e acebei para ele sorridente.

─ Boa tarde para a senhorita também! ─ ele acenou de volta.

❇❇❇

─ O picles acabou.

─ Boa tarde pra você também, Sophie. ─ resmunguei e entrei na cozinha do Bien.

─ Ah, um cara muito legal apareceu aqui agora a pouco perguntando por você. ─ ela apontou para uma mesa qualquer e continuou ─ Pediu um especial e disse que queria esperar por você.

─ Terno ou roupa comum? ─ tirei meu tênis de corrida e joguei no quartinho dos fundos da cozinha, fiz o mesmo com meu casaco e meias.

─ Acho que ele é um dos caras. ─ Sophie, por já saber sobre tudo da minha vida, certamente conhecia meu outro trabalho, e por este motivo, sabia dos riscos de pronunciar a palavra SH.I.E.L.D. por aí.

Bufei, olhei o relógio na cozinha e revirei os olhos, contrariada.

─ Eu ainda tenho duas horas. ─ resmunguei e saí da cozinha em direção ao caixa.

Não parei para olhar quem era o cara, simplesmente segui caminho em direção a escada que dava ao me apartamento de cabeça erguida e cumprimentando brevemente alguns fregueses ─ coisa que tive de aprender com a Sophie no último mês.

Banho tomado, roupa trocada, mala conferida, desci para o segundo pavimento e resolvi encarar meu visitante.

─ Você não deve ser o cara legal que a Sophie disse. ─ sentei-me ereta em frente a ele e sorri desdenhosa.

─ Lilly.

─ Tio Coulson. ─ meu sorriso transformou-se em irônico logo após eu proferir as palavras.

Coulson nunca mudava. Mesmo depois de um mês sem noticias dele, ainda era o mesmo baixinho de cabelos castanhos, olhos claros e sorriso legal de sempre.

─ Preciso admitir que senti saudades sua. ─ ele bebericava o café enquanto eu dizia.

─ Durante esse mês que estive fora, fiquei sabendo que você teve grandes aventuras pelo mundo afora. Aventuras bem congelantes. ─ assim que ele terminou de falar, eu já havia relaxado minha postura e encarado ele cética.

─ Fury te mandou aqui para falar sobre isso, não foi? ─ roubei sua xícara e bebi um pouco de café.

─ Ele precisa do seu relatório. E para isso, você precisa concluir a missão.

─ Eu já concluí a missão! ─ rebati e quase quebrei a xícara ao colocá-la de volta na mesa ─ Encontramos o metal.

─ Mas encontraram coisas além do previsto. ─ rebateu de volta ─ Lilly. Nick precisa de você. É a única capaz de completar a missão.

─ Você está jogando sujo, Phil. ─ suspirei ─ Não. Sério. ─ eu encarei-o séria o suficiente para que ele respondesse à altura ─ Eu não... não posso.

─ Por que não?

─ Porque... ─ suspirei ─ Você não estava lá quando... Ele... Sabe? Ele... quando ele...

Despertou? ─ Phil completou, tentando entender meus gaguejos.

─ É... ─ assenti ─ E ele... Era tudo tão... Era para ele estar morto, Phil! ─ comecei a gritar, mas logo me controlei quando percebi que os fregueses me encararam surpresos com minha euforia ─ Ele era um picolé quando o encontrei e estava respirando! Quem em sã consciência respira enquanto está congelado? É impossível!

─ Quando Nick encontrou você pensou a mesma coisa. ─ assim que Coulson disse isso, eu paralisei e o encarei surpresa ─ Aquele pequeno bebezinho, sozinho, em um frio terrível de fim de ano, nevava muito naquela noite. E você sobreviveu! Ellizabeth... Você foi uma das coisas mais assustadoras que a S.H.I.E.L.D. teve que enfrentar. Que eu tive que enfrentar ─ ele parecia viajar entre o tempo e as lembranças ─ Mas nós não desistimos de você, desistimos? Depois de tudo que descobrimos sobre você, sobre seus reflexos, forças, poderes. Não desistimos de torná-la uma de nós.

─ E o que querem agora? Que eu vá lá e abrace a causa? Que eu me apresente como a primeira aberração do mundo e ensine a ele como lidar com os tempos atuais? ─ ironizei.

─ Exatamente. ─ quando Phil disse aquilo, senti minha mandíbula travar ─ Você sabe o que ele deve estar sentindo agora...

─ Fala sério, Phil! ─ gritei ─ Eu não fiquei congelada durante sessenta anos e despertei do nada em uma época totalmente diferente!

Phil suspirou, encarou os fregueses que nos observavam tensos e voltou-se para mim.

─ Você poderia, ao menos, colocar-se no lugar dele? ─ insistiu.

─ Peça para outra pessoa se colocar. Porque eu estou fora. ─ levantei e me afastei da mesa.

Merda nenhuma que vou ser babá de soldado congelado! Pensei irritada enquanto caminhava para meu apartamento. Mesmo de um soldado que, na verdade era um capitão E super-gato da segunda-guerra mundial!


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Notas finais do capítulo

Nhaaaaa! Gostaram?
E achei um bom começo (risos).
Observem que Coulson sempre aparece nos primeiros capítulos! Esse cara arrasa geral!

Não irei criar uma playlist para a short fic, porque sei lá. Porque não tô muito afim.
No fim de TST eu posto uma playlist nas considerações finais com músicas que ouvi enquanto escrevia :3

....................

Até o próximo capítulo! õ/