Juliet and Juliet escrita por Joko


Capítulo 5
O nosso primeiro quase pegas...


Notas iniciais do capítulo

Oioi.
Olha só, vocês estão aparecendo. Que orgulho...
Bem, espero que gostem do capítulo e que gostem de tudo mais.
Bye.



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Como alguém consegue não gostar de animes?”

Revirei os olhos deitando no sofá enquanto passava Sword Art Online na televisão. Já devia passar da meia noite, eu ainda estava na sala “assistindo” televisão enquanto falava com Rachel. O assunto, no momento, é sobre o suposto vicio dela quanto animes.

“Já parou para pensar quantas infâncias seriam destruídas se não existisse Digimon?”

“Na verdade, nunca. Mas acho que a minha seria uma das, já que cresci vendo Digimon e Dragon Ball.”

Ri quando vi Rachel colocar vários animes que fizeram parte da infância dela, estou em duvida se ela estava falando da infância ou da atualidade.

Olhei a hora no relógio da parede esperando Rachel me responder. Sentei ereta na cama assustada.

– Merda- sussurrei ficando em pé e calçando minhas pantufas de Pikachu.

Ouvi meu celular apitar quando fiquei em pé, guardei-o no bolso da calça e sai desligando tudo: tv, luzes, fechando cortinas. Subi correndo para o meu quarto, liguei o aquecedor e me joguei na cama, já tirando as pantufas e pegando o celular.

Rachel tinha mandado uma carinha rindo.

“Amanhã será como? Mudando de assunto aqui”

Suspirei. Ainda não tinha pensado quanto a isso, porque para mim isso não era normal. Quero dizer, eu estou tendo o que com Rachel, exatamente? Sou professora dela, era para eu ser apenas isso, mas não posso resistir a isso. Sendo assim, tenho de assumir, mas antes de para os outros, para mim.

“Agiremos como se nada tivesse acontecido e, no fim da aula, no encontramos na cafeteria. Pode ser?”

“É claro. Agora vou dormir”

Senti uma pontada no meu peito quando ela disse isso, mas então chegou um áudio. Peguei meu fone, que estava em um móvel ao lado da minha cama, e os pus para ouvir a voz de Rachel dizendo:

Boa noite, Romeu. Até amanhã... mande áudio igual a esse, hein?

Não iria deixa-la sem essa. Então, apertei no botão do áudio e sorri.

– Boa noite, Julieta. Até amanhã...

Então Rachel mandou um emoticon mandando um beijo e depois ficou ofiline. Pus o celular e os fones no móvel, deitei-me logo depois dormindo.

Não tenho certeza se aquela foi a primeira vez, mas aquela noite, eu sonhei com Rachel Elizabeth. Um sonho um pouco maluco, mas sonho. Não que isso tenha feito muita diferença, já que logo que o sonho ia ficar melhor, acordei com o despertador.

Minhas aulas naquele dia estavam tranquilas, dei aula para a turma de Frank e Drew, passei um trabalhinho para eles básico; depois fui para as aulas com Piper, Jason e Leo, também passei um trabalho para eles, mas mais simples que do que eu passaria para o ultimo ano.

Quando bateu para a penúltima aula, suspirei e encarei a porta, por onde o terceiro ano entrava. Todos entram perfeitamente comportados, sentaram-se em suas cadeiras, já com os livros e cadernos na mão. E então, eles me olharam esperando que eu inciasse.

Sorri.

Meus olhos caíram na ruiva perto da janela sorrindo animada com o inicio da ultima aula. Os olhos verdes me encaravam com malicia, tentei ao máximo não corar, quando não deu mais, dei as costas e procurei pelos papeis que precisaria entrega-los.

Entreguei os papeis em uma fila e eles foram passando para trás.

– Ok, vejamos...- peguei o piloto e comecei a escrever no quadro- O nome do trabalho é Fantasia na Grécia. Nós não focaremos no Latim, ainda, e sim na história. Vejam bem, basicamente, a Grécia é o berço da humanidade e, suponho, todos sabem que a Grécia Antiga é conhecida por possuir seus mitos mirabolantes. Alguém pode citar um?

Annabeth ergueu a mão, sozinha.

Que tipo de classe é essa que eu tenho?

– Sim, Annabeth.

– Prometeu.

Sorri.

– Isso, Prometeu foi um dos caras que, de acordo com os gregos, deu fogo aos humanos. Ele roubou o fogo de Zeus e levou para suas pequenas criaturas que ele chamava de anthró̱pinos, que significa Humanos. Mas humanos não vem do grego, vem do latim, Homo Sapiens. Na Grécia Antiga, por não terem a ciência, não terem a tecnologia de hoje, eles usavam esses mitos para justificarem o que acontecia e acontece, efeitos naturais como chuva- comecei a andar entre eles-, morte, vida, humanidade, sabedoria, a música, as paisagens, os relevos- parei perto de Rachel, com todos me olhando, incluindo a ruiva. Sorri de canto- Amor. Eles usavam os mitos como uma forma de base, os quais eram muito mais que apenas histórias contadas por músicas. Sim, os mitos eram contados por músicas, com melodia e tudo mais.

– Professora, então os gregos eram músicos?

Eu ri voltando a andar.

– Em tese, sim. Mas para eles, aquele dom de poder tocar algo, cantar, fazer uma melodia, era tudo graças ao deus do sol, Apolo, o qual também era deus da música. Existia um deus com um ou mais dons, mas existiam 12 em especiais, sendo dois deles integrantes do chamado “Três Grandes”. Alguém sabe do que estou falando?

– Dos 12 olimpianos- falou Thalia rindo- Meu pai tem o nome do senhor dos céus, Zeus.

– O meu é o nome do senhor do mar, Poseidon- riu Percy- E o do Nico o senhor do submundo, Hades.

Todos riram quanto Nico mostrou o dedo do meio para Percy e Thalia. Passei por ele e baguncei seus cabelos murmurando algo como “Não faça isso, garoto”.

– Bem, vejo que andam prestando atenção direitinho nas minhas aulas. Então posso ir direto ao ponto...- virei-me para eles- Escrevam em seus papéis o grupo de, no máximo, 6 pessoas que vocês querem trabalhar.

Todos lamentaram. Obvio, em uma sala de quase 40 alunos, um grupo de 6 para eles é quase o cumulo do insulto.

– EPA- gritei quando começaram a reclamar- Seis pessoas e fim de papo. O grupo terá de escolher um nome, que não possa ser o nome original, baseado em um mito grego. Vocês irão interpretar, caracterizar-se e serão julgados por mim e os outros professores. Podem usar fantasias, armas de brinquedo, cenário. Tudo o que esteja de acordo com a lei e que possa lhes proporcionar o 10 absoluto.

– Quando é a entrega?- questionou Annabeth enquanto Percy tentava a todo custo ler o que ela anotara na mesa ao lado.

– Bem, marquei com os outros professores para ser uma semana depois dos jogos de vocês, meninos, para todos terem tempo. Sei que as meninas curtem ser as animadoras de torcida, então provavelmente irão estar ocupadas também- comecei me preparar para eles saírem- Isso significa que entrega é para daqui há duas semanas- sorri.

– Duas semanas?!- todos eles começaram a reclamar bem na hora em que bateu.

– Tchau, pessoal. Até amanhã- falei rindo enquanto eles saíam da minha sala.

Assim que a porta se fechou, olhei para os meus papéis na mesa, quando senti braços passarem em torno do meu corpo e abraçarem minha cintura. Assustei-me e me virei para ver quem era. A ruiva estava sorrindo de olhos fechados.

– Rachel!- chamei a fazendo abrir os olhos assustada- O que está fazendo? Alguém pode ver e logo os alunos entraram, assim como você tem ir para a sua aula.

Rachel fez careta.

– Você cheira melhor que as aulas de educação física com o professor Marte- falou a garota sorrindo- E eu sei que não tem aula agora- ela se jogou na minha cadeira- com ninguém.

– Como sabe?- perguntei juntando os papeis.

– Simples... pedi para tia Nemesis olhar. Ela nem questionou, apenas olhou- ela deu de ombros brincando com o meu piloto.

Revirei os olhos enquanto limpava as anotações no quadro e guardava os mapas da guerra mundial, tanto 1ª quanto 2ª.

– Hey, já que estamos aqui, por que não vamos para o cinema? Está passando o melhor filme de todos!- pediu Rachel.

Encostei-me ao quadro enquanto cruzava os braços e a encarava.

– Qual filme?- arqueei as sobrancelhas- Batman VS Superman?

Rachel riu.

– Ok, um dos melhores filmes de todos- ela deu de ombros- Está passando Naruto no cinema. Nós podemos ir... e depois ir para o central Park- ela sorriu animada.

– Rachel, tenho que ir na biblioteca hoje e ainda tenho uns trabalhos para corrigir- falei lamentando.

– Pode fazer isso depois. Por favor!- ela fez AQUELA cara de novo.

– Você, definitivamente, tem de parar com isso- bufei pegando minha bolsa e pasta cheia de papéis- Ok, te pego na cafeteria em uma hora.

– Eba!- Rachel me abraçou- Não tem ninguém aqui... posso?

Revirei os olhos rindo.

– Pode.

– Uhuul!

Rachel me puxou pela gola da camisa e então me beijou, um selinho. A empurrei até a mesa, pus minha bolsa e pasta lá e aprofundei um pouco mais o beijo, o tornando um beijo de língua.

Ouvi um barulho e me separei apressada de Rachel, tentando me arrumar. Batidas na porta.

– Senhorita Arellano?- era Quíron.

– S-sim?- disse fazendo gestos para fazer Rachel ficar completamente quieta.

– Os professores querem falar com a senhorita quanto a competição dos alunos. Poderia me acompanhar?

– Cla-claro. Só um minuto- peguei minhas coisas e sussurrei no ouvido de Rachel- Uma hora, na cafeteria. Agora... para a aula, mocinha.

– Pode deixar, Romeu- sussurrou ela de volta.

– Quando eu sair, espere um pouco e saia depois.

Caminhei na direção da porta, mandei um beijo para ela, que mandou outro, e então saí da sala, deparando-me com Quíron me esperando sorridente.

– Vamos?

– Vamos.

E eu acompanhei Quíron na direção de onde ficava a sala dos professores para debatermos quanto ao trabalho que englobava todas as turmas. Olhei por cima do ombro, Rachel estava saindo sorrateiramente e correndo silenciosamente na direção contraria. Suspirei imperceptivelmente.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, eu pus bastante eu na Rachel hoje... mas enfim, estou amando os comentários de vocês. Continuem assim, hein? eheheheh
Boa noite e até amanhã.
Bye.



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