Vengeance escrita por Taynara Freitas


Capítulo 8
Voice of Heart


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, perdão, perdão e perdão. Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/610638/chapter/8

– Bom dia, dorminhoca! – Uma Breeze eufórica tinha os olhos bem abertos acima de Amberly, que mal compreendeu o sentido da frase notando-se que ainda eram 7 horas da manhã. Cobriu a cabeça com sua coberta ‘peludinha’ e fechou os olhos novamente. – Ah, vamos lá, não seja preguiçosa, deveria estar contente já que pelo menos eu venho te visitar para alegrar seu dia. – Breeze balançou o corpo de Amberly de um lado para o outro com muita facilidade e lhe tomou o cobertor.

Em resposta a loira grunhiu e se esticou como um gato ronronado e automaticamente abrindo os olhos. Sorriu. Havia se passado uma semana desde que Justice e Jessie vieram lhe visitar, ter a companhia de Breeze era realmente ótima, mesmo que a essa hora.

Sentou-se com um sorriso casto e abraçou a amiga, era bom tê-la por perto para lhe animar. Adaptando-se a luz pálida vinda da janela coberta por uma fina cortina de linho, procurou visualizar seu quarto, seus olhos apenas se esbugalharam ao parar na porta de tinha uma abertura razoável e entre ela um sombrio par de olhos azuis.

Para Vengeance ter a fêmea Breeze em sua casa poderia ser um verdadeiro pesadelo, sempre falando de mais e não dando espaço para mais nada. O fato que mais o aborrecia era porque hoje e logo hoje começara a fazer seus arranjos para uma noite agradável e gentil com Amberly, mas provavelmente a noite teria que ser adiada se a irritante fêmea Nova Espécie decidisse ficar por ali.

Ao ver sua fêmea se espreguiçar e ronronar como um gatinho na cama, a palavra agradável gritava plenamente em seus ouvidos enquanto o gentil se desintegrava e virava pó. Queria abraça-la, beija-la até perder o sentido, lhe arranhar o quadril com os dentes e lamber a substância cremosa de seu íntimo. O cabelo claro lhe contrastava os olhos suaves e a boca carnuda precisava de alguma umidade, pois se encontrava seca, provavelmente menos que a dele ao ver sua camiseta folgada se esfregar naqueles deliciosos seios médios e redondos.

Ao lhe ver observá-la ficou um pouco mais pálida que o habitual e desviou o olhar com o rosado bonito lhe tomando quase todo o rosto. Passou a língua entre os lábios e os mordeu com força suficiente para torna-los ligeiramente brancos por uma fração de segundos.

– Bom dia Amberly. – A simples menção de seu nome saindo da boca de Vengeance fez suas pernas bambearem e o jeito que ele falava soava tão possessivo e confiante como um “bom dia baby”. O constrangimento inegável se evaporou rapidamente quando Breeze se levantou e com gestos rápidos expulsou Vengeance do quarto e trancou a porta num movimento só.

– Não me olhe com essa cara, levante-se daí e se enfie em algumas roupas, as garotas estão ansiosas pra verem você e prometi que a levaria até elas. – Amberly sorriu instantaneamente e se levantou animada com a ideia de respirar outro ar e rever as meninas que lhe trataram tão agradavelmente bem. Uma toalha foi jogada em sua direção e ela rapidamente a pegou fazendo uma corrida lenta até o banheiro, havia muita coisa o que pensar e até mesmo fazer, mas por hora, apenas precisava de um banho quente e revigorante.

...

Queria poder dizer a Breeze que estava sendo sufocada pelo cheiro de pó compacto em seu nariz, mas se sentiu demasiada agradecida por “Bree” se oferecer para maquiá-la. Ainda não tivera oportunidade para usar algum dos produtos de cosmético e se sentia muito perturbada sobre a opinião de Vengeance. O blush levemente corado fez milagres em seu rosto e o rímel preto foi aplicado com perfeição em seus cílios alongando-os e lhe oferecendo um volume incrível. O batom por sua vez não foi aplicado, não gostaria de exagerar na dose, alias era apenas uma visita ao dormitório feminino e gostaria de parecer leve e descontraída. Rubor em sua bochecha se intensificou quando Bree se prontificou em ajuda-la a tirar o roupão e vestir o lindo vestido rosa claro. As contusões em seu corpo não eram tão mais visíveis e apenas a parte superior de sua coxa levava um leve azulado.

–Ei Amberly? Está me ouvindo? Não precisa se envergonhar, temos as mesmas coisas, bem, mais ou menos, aliás, você com toda certeza tem mais busto que eu. Não me envergonho disso, mas você sabe, eu não tenho esperança de que eles aumentem, então apenas me contento com eles. – Amberly soltou uma risadinha nervosa e assentiu empurrando o braço da amiga quando finalmente as duas explodiram em risos. – Se bem que nossos machos até gostam dessas vantagens enquanto nos pegam por trás. Você sabe, forte.

Por um momento Amberly se perguntou se Vengeance também gostaria de lhe pegar assim, forte, como Bree descrevera, mas afastou esses pensamentos e dissipou qualquer curiosidade, não iria ter relações com um homem, estava machucada de mais e o que menos precisava no momento era Vengeance sob seu traseiro. Nem pensar.

Após calçar sua sapatilha bege clara, se olhou no espelho e se surpreendeu, já não parecia a triste Amberly, ou a amuada Amberly, aparentava ser mais jovem e feliz, tão feliz que chegou a acreditar que aquela reação era pura e verdadeira. Sorriu para o espelho e se virou para abraçar a sexy Bree, vestida em uma calça apertada e blusa solta da cor preta, parecia ter saído dos próprios bastidores de Hollywood. A morena era perfeita e consequentemente implacável. Sua linha de pensamento foi cortada quando duas batidas firmes em sua porta chegou aos seus ouvidos.

–Espere um minuto. – A morena gritou sem necessidade e soltou a longa juba loira de Amberly, acomodando as ondas suaves ao lado do rosto da loira. O coração de Amberly batia freneticamente e parecia que iria sofrer um ataque cardíaco a qualquer momento. Tomou um longo trago de ar e mordeu os lábios insistentemente. Colocada atrás do corpo alto e curvilíneo de Bree, praticamente sumiu da vista da porta. – Pode entrar!

A porta foi aberta e o grande Nova Espécie tomou tanto espaço que fez as paredes se encolherem a volta de Amberly. O vislumbre dos braços de Amberly fez o corpo de Vengeance tremer e tentou inutilmente disfarçar a vontade degradante de empurrar Breeze para longe de sua fêmea.

–Três, dois... E... Um. Agora! – Breeze saiu da frente de Amberly e Vengeance gostaria de ter algo para se apoiar, sua mulher estava tão formosa quanto a visão de um orvalho em uma flor. Doce, atraente, sexy, pequena e incrível. Era a mulher mais bonita do mundo, simples e angelical, tal como um anjo de ternura. Afastou suavemente os pensamentos lascivos e se concentrou na pureza encantadora que lhe desesperava e causava faltava de ar. Aproximou-se timidamente e levou o nariz a orelha da pequena fêmea, seus braços envolveram a cintura fina com suavidade e logo Amberly tinha seus pés longe do chão, ela por sua vez nem ao menos protestou, apenas sorriu e envolveu os braços ao redor do pescoço de Vengeance procurando se estabilizar, sorriu com afeto e agradeceu a Deus por apenas tê-lo consigo.

...

O passeio foi revigorante e a animosidade das garotas do dormitório fez toda a preparação valer a pena, Vengeance apenas roçou-lhe a boca em seu cabelo e avisou que tinha negócios a tratar, Amberly não se preocupou muito e aproveitou o momento de distração com as meninas. Chegaram até a assistir Glee, e as Novas Espécies cantaram e dançaram tentando imitar os atores.

Foi tremendamente agradável e quando chegou a hora do almoço Bree lhe disse que iriam até o refeitório para pegar suas bandejas. Amberly teve vontade de perguntar se o lugar teria muita gente, mas deixou seu medo e lado e enganchou o braço no da amiga sorrindo.

Infelizmente ao ouvir os muitos ruídos vindos do chamado refeitório começou a arrepender-se e amedrontar-se, não sabia se estava preparada para lidar com tantas pessoas a sua volta. Segurou mais firme o braço de Bree e deu o primeiro passo rumo ao turbilhão de vozes.

Impressionantemente o local pareceu se acalmar e as vozes baixaram até não sobrarem nenhuma ao alcance dos ouvidos da loira, bandejas com comida foram deixadas de lado e olhos curiosos abordavam Amberly, enquanto ela e Bree se serviam da comida cheirosa que exalava da cozinha. Encaminharam-se até uma mesa vazia no canto do local e sentaram-se com graciosidade. Bree tinha um sorriso nos lábios que logo se murchou quando um Nova Espécie grande e de olhos de um verde vibrante chegou a mesa delas.

–Não vai me apresentar sua amiga, querida? – O Nova Espécie entoou a fala com um leve rasgar em suas palavras.

–Está é Amberly. E ela está literalmente fora dos limites de qualquer um aqui. – Ela disse alto suficiente para todos calados escutarem. O homem grunhiu baixinho e retrucou astuto.

–Isso é ela quem tem que me dizer.

–Ela não pode falar. – Breeze e mostrou seus dentes de forma ameaçadora e fez um som baixo. Amberly podia sentir a tremedeira apossando todo seu corpo e se limitou a encarar sua comida.

– Como não pode falar, o gato comeu a língua dela? – O homem sorriu, e para o desgosto de Breeze alguns soltaram risadas baixas que denunciavam a falta de graça da piada enquanto outros apenas observavam a cena com tensão.

–Ela apenas não pode, sofreu um trauma e não está em condições de se comunicar, mas tenho certeza que se pudesse falar nesse instante mandaria você arrastar esse seu traseiro daqui e cair fora agora. – O tom firme de Breeze soou agressivo e o macho grunhiu alto.

–E se eu disse que não vou cair fora?

–Então eu digo que Vengeance vai sentir prazer em arrancar sua cabeça e pendurá-la como lustre nesse refeitório, já que se trata de sua companheira. – Breeze se levantou e sorriu com desdém. O macho soltou uma gargalhada alta e estridente.

–Foda-se!

–Boca suja essa que você tem gatinho. – Breeze recriminou o Nova Espécie com sarcasmo.

–Talvez sua amiga queira limpá-la pra mim, e quem sabe eu concedo até mesmo algo mais para ela? – Um rosnado furioso se apossou do lugar e Amberly teve certeza que aquele som não veio de nenhum dos dois Novas Espécies a sua frente e sim de Vengeance que nesse momento tinha os punhos sobre o indivíduo. Amberly se levantou assustada e logo Breeze ofereceu a mãos para amiga a puxando tentando protege-la.

Rosnados e socos foram trocados no chão, enquanto punhos voavam e a brutalidade pairava no ar. Por reflexo Amberly viu Flame se aproximar e Breeze gritou para ele os separá-los antes que se matassem.

–Não posso, ele desafiou Ven, se ele quer a fêmea de outro macho, vamos deixar tentar obtê-la, Vengeance vai lhe dar uma boa lição. – O felino sorriu e cruzou os braços com satisfação. Nesse momento chutes eram distribuídos e Amberly poderia dizer que nunca tinha presenciado tamanha ferocidade, comportavam-se com dois selvagens, e apesar de temer por Vengeance, tinha absoluta certeza que logo ele mataria o outro macho sem pestanejar. Foi quando Vengeance começou a bater a cabeça de seu oponente no chão que Amberly não conseguiu mais se segurar, lágrimas corriam por suas bochechas e seus lábios nunca estiveram tão trêmulos em sua vida, sua visão estava nublada e vidrada na cena a sua frente, foi reunindo todo o desespero em seu peito e coração que gritou inconscientemente pelo bem estar dos dois irmãos de Espécie.

–Vengeance!

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Deixem comentários por favor, obrigada pelo carinho! Beijos, até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Vengeance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.