Vale à Pena Arriscar escrita por tainatwd


Capítulo 5
Um Ponto Verde No Mapa


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como vão?... Se lembra de mim?!
Ok, nem adianta eu pedir desculpas pela demora, pq fiquei sem postar mais de meses.
A única coisa que eu peço pedir é que não desistem dessa minha fic, sei que sou lerda, mais pretendo finalizá-la, estou falando sério.
Pois bem, esse capítulo saiu muito grande, tipo, grande mesmo, então decidi dividi-lo em duas partes.
Bem, a segunda parte ainda não está pronta, mais resolvi postar a primeira logo para pelo menos mostrar que ainda estou viva hehehehehe.

Não tem lá muita gente acompanhando ela, mais espero que não me matem por essa demora :)

Sem mais enrolação, só me resta desejar boa leitura.



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Thomas vira de um lado para o outro no seu colchão, tentando dormir de qualquer jeito, porém o sono insistia em fugir. Ele se posiciona de barriga para cima, com as mãos cruzadas sobre o peito e permanece assim, apenas encarando as grades do beliche de cima o qual Minho encontrava-se dormindo.
Ficou por um bom tempo naquela posição, tentando esvaziar sua mente de qualquer pensamento para vê se dormia um pouco, mais depois de um tempo, ele aceita que isso seria algo impossível.
Então finalmente se levanta, calçando os tênis e saindo do quarto, pegando uma lanterna sobre uma mesinha de ferro antes de fechar a porta atrás de si. Tudo estava em um completo silêncio na nave, com as luzes todas apagadas, na precaução de não chamar a atenção dos Cranks para eles.
Não demorou muito e o moreno se encontrava do lado de fora do Berg. Ele olha para o céu todo estrelado e desliga a lanterna ao ver que a luz da lua era o suficiente para iluminar a noite.
Thomas se aproxima da beirada do prédio, ajeitando a blusa de frio por causa do vento forte que passava por ali, ele apóia um dos pés na mureta de proteção e inclina o corpo para frente, observando as ruas lá embaixo, aparentemente desertas.
- Onde você está, Newt? – se pergunta agora olhando para a dimensão daquela cidade, havia tantos lugares possíveis que o loiro poderia estar que Thomas começará a duvidar se eles realmente conseguiriam encontrá-lo a tempo.
- Você deveria dormir um pouco, não quero saber de te ver fazendo corpo mole amanhã. – diz Minho terminando de colocar seu casaco enquanto se aproximava do amigo.
- Eu sei, mais não consigo. – responde voltando o olhar para o asiático que agora parará ao seu lado. – E pelo visto não sou o único.
- Pois é... O tempo simplesmente parece não passar. – responde olhando para os outros prédios a sua frente.
Thomas concorda com a cabeça e fica por um bom tempo em silêncio, encarando a rua lá embaixo, o ultimo lugar o qual tinha visto o loiro, há seis meses.
- Você realmente acredita que iremos encontrá-lo? – pergunta depois de um tempo, denunciando na voz que a esperança de mais cedo não se encontrava ali.
Minho se vira para o amigo que ainda encarava a rua. Se ele realmente acreditava? Não tinha como afirmar com certeza, mais o asiático estava se esforçando para se manter otimista.
- É claro que sim. – responde por fim, sendo o mais confiante possível. – Nós iremos encontrar aquele trolho, enfiar a cura goela a baixo e sairmos dessa mértila de cidade condenada antes do segundo dia.
- Isso na melhor das hipóteses. – acrescentou Thomas, recebendo um olhar repreensível do outro. –... Se conseguirmos salvá-lo, você acha que ele poderá me perdoar algum dia?
- Thomas, já falei para você que a pessoa que você era no passado não tem nada haver com a de agora, você não tem culpa de nada, então vê se para de ficar se torturando.

***

- Prestem atenção. – Brenda começa a falar, sentada em uma cadeira de frente para Thomas e Minho, ela segurava nas mãos um pequeno computador retangular com um suporte embaixo que dava para prender no braço. – O funcionamento é simples, esse é o mapa de Denver. – fala apontando para a tela do aparelho. – Estamos aqui. – ela aponta para um lugar especifico no gráfico. – Como vamos nos dividir em duas duplas, cobriremos mais aéreas em menos tempo.
- Seria bem mais fácil se pudéssemos usar o Berg. – pronuncia Jorge, em pé atrás da jovem. – Mais ficaríamos sem combustível para irmos embora.
- Pois é, mais desse jeito também pode dar certo. – diz Brenda. – Continuando então... Quando estivermos perto de Newt, um ponto verde surgirá no mapa e assim teremos sua localização exata, entenderam?
Thomas que ouvia atentamente a explicação concorda com um manusear de cabeça.
- Ótimo. – diz ela fechando o aparelho. – Com qual dos dois o computador irá ficar?
- Comigo. – Thomas responde pegando rapidamente o aparelho de sua mão.
- Ok, e eu irei ficar com o segundo então.
Sem ter mais nada para explicar, cada um do grupo foi se arrumar, não demoraram questão de minutos e já estavam pronto, Thomas foi o primeiro a ficar do lado de fora do Berg, esperando apenas os outros.
Minho é o ultimo a sair, segurando nas mãos um lança granada que Jorge havia lhe dado caso algum Crank resolvesse procurar confusão.
Desceram incansáveis e infinitos dezoito andares de escadaria até que finalmente chegaram à calçada, que se encontrava totalmente devastada por lixos e entulhos, assim como o resto daquela cidade.
- Temos dois dias, ou melhor, um dia e meio. – diz Jorge enquanto checava se sua arma estava carregada. – Se não encontrarmos ele hoje, não poderemos voltar para o Berg, só perderíamos tempo, então acho melhor dormirmos no local e retornarmos a busca pela manhã, entendido? – perguntou e os três jovens concordaram com um sim. – Quando for nove horas da manhã do segundo dia temos que retornar, precisamos estar bem longe daqui quando os mísseis detonarem... Não se esquecem disso.
Brenda retira um pequeno rádio transmissor de sua mochila e entrega a Minho, combinando de se comunicarem caso precisassem.
- Boa sorte, hermano. – diz Jorge erguendo a mão para cumprimentar Thomas.
- Boa sorte. – responde apertando sua mão.
O piloto deu algumas outras instruções e logo cada dupla seguiu uma direção, Minho e Thomas para o norte e Brenda mais Jorge para o sul.
Os dois amigos seguiram em um completo silêncio, Minho que carregava a arma ia prestando atenção em cada som ou movimento suspeito que viesse de dentro das lojas ou dos escombros da rua enquanto Thomas seguia na frente, não tirando os olhos do pequeno computador em seu braço, ansioso para que apareça o tão aguardado ponto verde em meio ao mapa de Denver.

***

- Está escurecendo já. – observa Minho olhando o sol no horizonte que já estava bem baixo, teriam no máximo uma hora e meia de luz. – É melhor procurarmos um lugar para dormir.
Minho para de andar, abaixando a arma, esperando que Thomas o respondesse, mais o moreno continuava a andar, com os olhos no monitor, não dando sequer um sinal de que tinha ouvido o asiático.
- Ei Thomas. – Minho fala mais auto.
- O que foi? Algum Crank? – perguntou o moreno desviando o agora o olhar para o outro.
- Não, não tem nenhum Crank e isso é muito estranho para falar a verdade. – comenta se escorando na parede de uma loja de conveniência. – Mais não é isso.
- Então por que você parou de andar, aqui não tem nada. – fala olhando para os lados.
- Se prestasse atenção em mim,você com certeza saberia. – retruca revirando os olhos.
- Ok, desculpa. – fala fechando o monitor por um instante, dando alguns passos em direção do amigo. – O que aconteceu?
- Ficará escuro em pouco tempo, acho melhor procurarmos um prédio para passar a noite e retomar a busca amanhã de manhã. – repeti.
- O que? – indaga surpreso. – Não, temos as lanternas e ainda tem mais de uma hora de luz, podemos continuar.
- Thomas, eu não acho que seja seguro andar por essas ruas durante a noite, nem com as lanternas. – antes de Minho terminar de falar, Thomas já balançava a cabeça em discordância.
- Não podemos perder tempo. – retruca. – Olha, vamos continuar e paramos mais tarde.
- E se toparmos com um Crank?
- Andamos o dia todo e quantos Cranks nós deparemos?
- Três.
- E quanto deles nos atacou? – pergunta arqueando as sobrancelhas.
- Nenhum. – admitiu frustrado. Eles não terem sido atacados durante o dia não garante nada de que isso não possa ocorrer durante a noite.
- Então vamos continuar, você tem uma arma carregada, o que de ruim poderia acontecer?
- Quê mesmo que eu responda? – pergunta com um fino sorriso de canto, e como resposta, recebe um olhar de desaprovação. – Ok, você venceu, vamos continuar. – ele se afasta da parede, arrumando sua arma enfrente do corpo e volta a andar, passando por Thomas que religará o computador, o acompanhando em seguida.

Já tinha se passado mais de duas horas, a noite havia chegado e diferente de ontem, não existia uma lua para iluminar o caminho e as lanternas não estava surtindo muito efeito. A cidade parecia cada vez mais destruída, gritos e correrias dos Cranks eram possíveis dê ser ouvidas em qualquer direção.
Minho olhava para trás a cada dois minutos, poderia ser apenas paranóia de sua cabeça, mais jurava que alguém os seguia.
Minho queria encontrar Newt tanto quanto Thomas, mais andar naquela escuridão numa cidade tomada por dementes era muita imprudência, tinha que arrumar um jeito de convencer Thomas que encontrar um abrigo agora, era o melhor a se fazer.
- O que fazem aqui?... Não parecem doentes. – uma voz infantil é ouvida atrás dos dois jovens, fazendo-os virarem na direção encima do ato. Minho dá um passo para trás, assustado com a aparência da pessoa a sua frente.
Era uma criança, em um estado horrível. Ela era pequena, com um vestido rodado totalmente esfarrapado, sujo de sangue, mas o que mais chamava atenção era o corte profundo que começava no canto esquerdo de sua testa e seguia até a bochecha.
- Eu quero a minha mamãe, quero encontrá-la. – diz dando um passo para frente. – Vocês podem me levar até ela?
- Sua mãe está por perto? – Thomas pergunta, olhando espantado para a garotinha.
- Eu não me lembro. – responde colocando a mão na testa, fechando os olhos por alguns segundos, como se tentasse se lembrar de algo. – Vocês podem me ajudar?
- Desculpa, mais o meu amigo e eu temos que ir. – Minho responde ainda encarando aquele corte no meio do rosto da criança.
Ele se vira e volta a andar, batendo nas costas de Thomas com a mão livre, para que o seguisse.
Thomas olha mais uma vez a garotinha antes de se virar e seguir Minho, havia ficado com pena dela, doente, vivendo na miséria, nem se quer sabia da existia de uma cura o qual o CRUEL se recusava a dar, e ao invés disso, a sentenciaram a uma morte horrível e pensar que Newt pode ter o mesmo fim só o deixa mais atormentado.
- Você é policial? – pergunta a menina ainda na mesma posição, apenas levantando a mão para poder apontar o dedo para a arma de Minho. – Sei que meu irmão fez errado ao bater no papai, mais o papai estava fora de controle, ele estava machucando a mamãe. – ela tinha uma voz calma.
- Olha garotinha, fique tranqüila que eu não vim aqui para prender ninguém. – esclareceu. – É melhor ir atrás de seu irmão ou de sua mãe.
- Se não vão prender meu irmão, o que fazem aqui? – pergunta ignorando a ultima coisa que o outro tinha dito.
Thomas para de andar e volta –se de novo para a menina.
- Estamos atrás de um amigo.
- Posso ajudá-los se quiserem.
- Não precisa. – negou Minho.
- Então me ajuda a encontrar minha mãe.
- Eu já falei que não podemos. – respondeu. – Vamos Thomas, vamos sair daqui antes que os amigos dela resolvam aparecer. – e mesmo se sentindo um pouco culpado em não ajudar a garotinha, Thomas obedece ao amigo e volta a segui-lo.
A garotinha os chama algumas vezes, mais Minho não dá bola e segue seu caminho.
- EI, VOCÊS PROMETERAM QUE IRIAM ME AJUDAR. – ela grita e Minho pede para Thomas ignorar. – EU QUERO A MINHA MÃE, VOLTEM AQUI E ME LEVE ATÉ ELA. – a voz fina dela ecoava por todos os cantos e barulhos estranhos começaram a surgir, Minho para de andar ao escutar sons de pessoas correndo na direção dos dois.
- Merda, cala essa boca menina. – ordena virando rapidamente em sua direção, apontando a arma para ela, na intenção de intimidá-la, mais a criança só gritava mais alto, chamando a atenção de qualquer Crank que se encontrava na redondeza.
- Minho. – Thomas sussurra ao seu lado, o cutucando com o cotovelo, fazendo um sinal com sua lanterna para que Minho olhasse na direção do facho de luz.
Um grupo de Cranks de mais ou menos 12 pessoas se encontrava parados do outro lado da rua, sinistramente quietos, apenas encarando Minho e sua arma.
- Pelos céus, vamos sair daqui. – Minho sussurra de volta, abaixando sua arma.
Thomas concorda e cuidadosamente os dois começam a se afastar, andando a passos largos, iriam apenas virar a esquina para poderem correr.
A criança permanecia parada em seu lugar, ficando quieta e o moreno estava torcendo para que ela permanecesse na mesma posição.
Ele agora admiti que andar durante a noite naquelas ruas não era uma boa idéia.
A possibilidade de não encontrarem Newt naquela altura o preocupava ainda mais, tempo quase não tinham, sabia que continuar a procurar durante a noite era a maior chance de sucesso deles, mais pelo outro lado tinha que reconhecer que não era nada seguro e se alguma coisa acontecesse com Minho por causa de sua insistência, ele nunca se perdoaria.
- Precisamos encontrar um lugar seguro para passar a noite. – anuncia.
- Boa idéia. – Minho concorda.
- EI. – a garotinha grita novamente e os dois param de andar no ato, por puro instinto. – NÃO DEIXEM ELES IREM EMBORA... PEGUEM ELES PARA MIM. – berra para o grupo de Cranks que ainda os observavam.
E como se aquela criança mandasse neles, as pessoas doentes obedecem, começando a gritarem coisas incompreensíveis enquanto iniciavam uma corrida em direção dos dois.
- Porcaria, É MELHOR CORRER THOMAS. – seguindo seu próprio conselho, Minho deixa de lado a cautela e sai em dispara, com Thomas em seu encalço.


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Notas finais do capítulo

E então?... Como será que os dois conseguiram fugir dos Cranks?...E será que eles realmente encontraram o Newt?
Espero comentários :)