A Prometida escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá Cookies, como estão? Ansiosas?! Aí está mais um cap. para vocês devorarem!! Descupem-me pela demora, mas estava revisando o capítulo.
Boa leitura



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Os raios de Sol atravessam a janela e se chocam em meu rosto. Havia acordado antes que o maldito despertador fizesse esse favor. Viro lentamente meu copro, deparando-me com uma bola de pelo alaranjada e branca. Levanto-me-pisando no piso limpo de madeira-da cama e entro no banheiro. De baixo do chuveiro, a água morna-mais para fria- escorre pelo meu corpo, deixo que assim fique, até sentir-me tremer. Visto um roupão e sigo á penteadeira-outro item CVV da qual eu gosto-, sento-me de frente para ela e ao me olhar no espelho, vejo o rosto de uma garota irreconhecível. De baixo dos meus olhos havia uma grande mancha negra, meu rosto estava pálido, e tudo isso era resultado de uma noite mal dormida-com o motivo do qual, gostaria que não fosse verdade, que pudesse esquecer.

Pego a escova em cima da velha-mas bonita-penteadeira e começo a pentear meus cabelos cor chocolate suavemente. Me sentia péssima, havia sido fraca, havia deixado meu avô fazer o que ele queria, sem nem ao menos contestar! As lágrimas começaram a cair dos meus olhos, com mais intesidade a cada minuto que se passava. Meu cabelo, agora mais liso, estava muito bem penteado, mas mesmo assim, continuava, passando por várias vezes a escova em meu cabelo.

Batidas na porta interrompem-me. Levanto da cadeira e vou á porta velha. Abro-a, dando-me de frente com uma senhora-já de muita idade-, com cabelos e olhos escuros.

Quando disse que não tinha amigos, havia me equivocado, e muito. Karlie-a senhora á minha frente-, era uma velha conhecida minha, já que havia trabalhado lavando roupas para minha família, depois do acidente, ela havia desaparecido, e á alguns meses reaparecido, agora com o dever de auxiliar Judith com os trabalhos domésticos, além de ser uma ótima amiga e companhia á mim.

Karlie vem até mim e me dá um abraço. Seu abraço é reconfortante, e me lembra minha mãe. Ela se desvencilhia de meus braços e fecha a porta do quarto. Sento-me na cama e ela ao meu lado. Ficamos em silêncio por alguns minutos, até que ela resolve quebrar o silêncio.

– O que foi minha querida? - Ela pergunta-me passando a mão em meu cabelo. Dou um longo suspiro e olho em seus profundos olhos pretos.

– Vou me casar. - Digo e sinto meus olhos se encherem de lágrimas, que começam á descer no momento em que vejo seu olhar preocupado.

– Foi Kennedy, não foi?! Ele está te obrigando á isso querida?- Vejo seu olhar indignado, mas sua voz sai calma e mansa como é de seu costume.

– Sim. - Digo num fio de voz. Abaixo minha cabeça e deixo com que as lágrimas continuem caindo.

– Gostaria de poder ajudar, minha querida. Mas Kennedy não é um homem para se desafiar. - Ela diz.

– Queria que não fosse verdade, Karlie! Eu só tenho 17 anos! E tudo isso, por quê ele prometeu, que me daria á um homem, por causa de negócios! Negócios, sempre negócios! Ele não tem nenhuma consideração por mim! Por que ele me odeia?!

– Eu não sei querida, não sei mesmo!- Vejo que ao dizer isto, Karlie tenta conter as lágrimas que insistem em cair de seus olhos.- Quantos dias você tem?

– Contando com hoje, menos de dois.

– Então temos que deixá-la bela, não para se avô ou para o homem que lhe espera, mas para você mesma, ok!?- Um sorriso sincero brota em seus lábios e ela faz com que eu me levante da cama.

Sento-me na penteadeira e lá Karlie começa á passar maquiagem-algo que insisto em usar pouco-em meu rosto. Visto um vestido florido, e coloco em meus pés uma rasteirinha qualquer. Olho-me no espelho e vejo a garota que sempre fui, a Adly, a que não desistiria tão fácil em uma situação díficil, mas que havia feito isso a menos de 24 horas atrás.

– Está linda querida! Agora é melhor que vá para o café.

Vou em direção á porta, e antes que eu saia, volto e dou um forte abraço em Karlie.

– Obrigada.- Digo num sussuro.

– Você merece muito mais que isso querida! Agora desça.- Ela diz dando tapinhas em minhas costas.

Abro a porta e ando pelo corredor, algumas janelas estão abertas, outras ainda estavam fechadas. A casa, não possuia escada e os móveis e as paredes eram num tom extremamente escuro-pelo menos a maioria-. Meu avô, não é milionário, muito menos rico, o máximo que podia dar e ter, era uma vida confortável. Paro em frente a porta da sala de jantar, abro a porta e entro. Meu avô já estava sentado em sua cadeira habitual, lendo seu-também habitual-jornal, sento-me na cadeira mais longe-que por sorte estava fazia- o possível dele e me sirvo das cheirosas torradas-quando algo pe feito por Judith, nunca é cheiroso, o que me leva a deduzir, que as deliciosas torradas haviam sido feitas por Karlie-, e de um copo d´água. O café da manhã corre em silêncio enum clima até que agradável-pois Judith não estava presente-, mas é quebrado comum pedido meu.

Havia me esquecido, de que, apesar de quase não sair de casa, ainda ía á biblioteca-acompanhada de Judith, quando eu não ía escondida-, possuo um amigo lá, e pelo menos gostaria de me despedir dele.

– Posso ir á biblioteca esta manhã?- Digo olhando na direção do velho.

– Você já foi esta semana.- Ele diz sem tirar seus olhos do jornal que lia.

– Queria me despedir da bibliotecária, posso?

– Você contou á alguém?- Ele pergunta mudando de assunto e olha de soslaio para mim.

Não.- Minto pois já havia contado á Karlie e engulo um pouco d´água.- Poderei ir, ou não?

– Não.- Sua voz rouca e grave ecooa pela sala.

Engulo o resto da torrada, e continuo olhando para o velho. Me levanto da mesa e bato-com o punho-na mesma com força, fazendo um bom barulho.

– Eu não irei me casar, eu não vou!-Grito.

– Você está louca?!- Ele me pergunta com um olhar e voz indignados.

– Eu não vou!- Grito novamente.

– Você vai sim, Adly!- Ele diz, e volta seus olhos para o jornal. Sua voz soava calma, leve. E a voz dele não era assim.- Se quer tanto ir á biblioteca, vá. Mas após isto, arrume suas malas. Hoje mesmo tudo na sa vida irá mudar. Iremos para Nova Iorque e seria sábio da sua parte se colaborar.

Estremeço um pouco ao ouvir suas palavras. Iria para Nova Iorque? Sim! Uma das cidades mais famosas, do mundo. Eu iria morar lá e isso realmente me assustava.

– Mudou de idéia, garota? E, é melhor que não conte a ninguém, sobre o casamento, e a relação dele com meus negócios. Não vai querer que alguém pague por seus erros, não é?- O velho pergunta, ele desvia seus olhos do jornal e olha diretamente no meus.

Saio da sala de jantar-batendo a porta bruscamente-e vou para meu quarto.

Ajeito-me um pouco mais, pego uma pequena bolsa e antes que eu saia novamente, cutuco a bola de pelo em cima da minha cama, provocando uma crise de miados.

Saio do quarto, e vou para a sala de estar, altamente decorada com móveis escuros e a lareira-agora, com um pouco de fumaça saindo de si-. Pego o pequeno molho de chaves que havia roubado de Judith á muito tempo atrás-ela sempre achou que a tivesse perdido, então fez outra, e além do mais, eu precisava(e preciso)-de dentro da bolsa e abro a porta. Sigo para o grande portão, onde faço o mesmo. Piso na calçada cinza e sigo para a esquerda, andar é o único meio de transporte que me restava, o meu dinheiro-se é que posso chamar assim( $50 por mês) não cobria todos os meus gastos, então nem sempre era possível pegar um ônibus, muito menos um taxi. A única coisa que havia conseguido comprar juntando muito dinheiro, havia sido meu celular, não era velho, e nem muito moderno, mas era bom.

Após meia-hora de caminhada, chego á Biblioteca-o que eu gosto de chamar de refúgio–, passo pela porta principal, e encontro a mesma biblioteca de sempre, com poucas pessoas, e muitos-muitíssimos-livros. Me apoio um pouco na cadeira mais próxima que vejo, por 5 minutos, me recomponho e sigo para a mesa, que sempre me sento com ele. Mas antes de chegar á nossa mesa, sinto meu olhos serem tampados. Sinto seu cheiro, e antes que ele pergunte: "Quem é?", digo várias vezes o seu nome. Me viro e pulo em seu pescoço, dando-lhe um forte abraço, que ele rapidamente retribui.

– Você estragou a brincadeira.- ele disse em meu ouvido.

Eu e Ethan, possuímos uma espécie de amizade, ou algo mais que isso. Nunca havíamos tentado nada entre nós, mas não poderia dizer que nunca havíamos nos beijado-ok, ocorreram várias vezes ao longo do 3 anos em que eu o conheço-. Ele era meu amigo, meu único amigo.

– Faz parte. -

Digo sorrindo, mas este sorriso logo desaparece, me lembrando do que realmente havia vindo fazer aqui. Ethan parecia ter percebido, pois no mesmo instante, se desvenciliou dos meus braços e olhou em meus olhos.

– O que aconteceu? - Ethan passa as mãos sobre meus cabelos. Sinto meus olhos marejarem.

– Eu não queria ir, eu juro Ethan. - Sinto que vou chorar-novamente-a qualquer momento, e por isso não impeça uma mísera lágrima cair.

– ir? Ir para onde?!- Ele diz com a voz um pouco falha, mas continua acariciando meus cabelos.

– Nova Iorque. - Digo num sussuro.

Ele pega uma de minhas mãos e me leva a nossa mesa habitual-onde lemos, na maioria das vezes-, e ele se senta ao meu lado. Ele dá um longo suspiro e fala:

– O que aconteceu?- Ethan pergunta.

– Vou me casar.- Abaixo minha cabeça e sinto mais lágrimas caírem dos meu olhos.

– O quê!? Como assim?!- Ele diz exasperado

– Estou sendo obrigada, eu...- Digo, mas automaticamente paro de falaar, lembrando das palavras do velho Kennedy: "Não vai querer que alguém pague por seus erros, não é?". Minha mente e meu coração começam a travar uma batalha, digo ou não á ele? Digo. Ele merece saber a verdade.

– Me avô me prometeu como garantia em um negócio.- digo baixo - E se ele conseguisse o que queria, muito dinheiro, eu seria dada ao filho de um grande empresário de Nova Iorque. Ele conseguiu! Eu não quero ir, não quero deixar você Ethan!- Digo e pulo em seus braços, e agora, já podia me considerar um oceano de lágrimas.

Soluço algumas vezes, e sinto um nó preso em minha garganta, o que não deveria sentir, já que havia contado tudo á ele. Não! Não havia contado tudo ainda, sentia isso, só não sabia do que havia me esquecido.

Sinto as lágrimas do meu melhor amigo, escorrer por meus ombros nus, mas fico quieta, suas lágrimas não se comparam em nada com o meu oceano.

– Também não quero que vá, Adly.- ele sussura em meu ouvido. Não vamos mais nos ver, é possível que isso aconteça, caso nunca mais possa voltar para Nova City que fica á centenas km de Nova Iorque.

Ethan se desvencilhia dos meus braços e limpa seu rosto. Olha para mim por alguns instantes. Seu rosto se aproxima do meu e eu me aproximo do seu rosto, e num gesto rápido nossos lábios se juntam. Sinto o medo de alguém nos ver, mas isso não seria possível-mesmo com a biblioteca lotada-, já que a mesa que sempre sentávamos era isolada de todas as outras, e tampada por uma parede de gesso.

Nos separamos e colamos nossas testas, olho para o meu joelho e concentro ali toda a minha atenção.

– Descupa.- Ethan diz após alguns minutos.

– Pelo quê?- Retiro minha atenão dos joelhoe e olho para ele.

– Não deveria ter te beijado. Não agora.

– Por quê?

– Você... Não vamos mais ficar juntos, Adly, e agora você é de outro. Queria que fosse diferente queria tê-la só para mim! E agora só poderei tê-la como amiga, nunca mais que isso.

Passo a mão sobre seus cabelos louros encaracolados e deposito um beijo em sua bochecha.

– Eu vou ser sempre mais que eu amiga para você, Ethan. Ninguém poderá mudar isso, ok?- ele me encara por alguns instantes, sinto que meu coração poderia explodir aquele momento.

– Você não existe, Adly. - ele me puxa mais para si. Encosto minha cabeça em seu ombro e ficamos assim por minutos, ouvindo a respiração do outro, e é claro, o barulho de pessoas saindo e entrando na biblioteca.

– Quantos dias você ainda tem?- Ele me pergunta. O nó que ainda estava em minha garganta aumentou de tamanho. Era essa pergunta que no fundo temia.

– Vou amanhã.-digo. Ethan fica em silêncio por alguns instantes. Sinto seu batimento cardíaco subir e descer, e sua respiração fazer o mesmo, até que por fim ele fala:

– Também vou ser sempre mais que seu amigo.


***

O sorvete de creme que estava em minhas mãos, á alguns minutos atrás, havia sido roubado por Ethan, numa tentativa frustrada de eu tentar roubar o seu.

Haviámos resolvido sair e aproveitar o meu último dia na cidade. Ao longo de nossa conversa, enquanto andávamos por um, dos milhares de parques que Nova City possuía, ele me qustionava com perguntas como: "Você já o conheçe? Quando é que vai ser o casamento? Se ele é rico, é possível que seja famoso também!" A última pergunta me fez parar para pensar, na hipótese, que havia sido colocada, mas logo me afastei da idéia. Ela erá absurdamente ridícula.

Ao passarmos por uma banca de jornal, onde continham várias revistas e etc, me deparei com a foto de um garoto na capa de uma revista sobre famosos. Seu cabelo preto dava contraste aos seus olhos verdes, ele usava uma jaqueta de couro preta e estava acompanhado de uma garota loura, com um vestido vermelho, com um decote exagerado.

– Ela é bonita.- Ethan diz e aponta para garota da mesma revista que eu estava olhando, mas não para a mesma pessoa.

– È.-digo sem mito interesse e puxo seu braço para levá-lo embora, antes que ele começasse a babar pela garota. Sentamos num banco branco e continuamos nosso diálogo, até que nos damos conta de que estávamos juntos á 4 horas, conversado, jogando conversa fora.

– Tenho que ir.- digo chateada comigo mesma por dizer aquilo. Ethan me puxa para um abraço, que correspondo.

– A gente se vê. - ele diz. Dou beijo em sua bochecha e levanto-me do banco.

Sigo pelas ruas de Nova City, o Sol bate em meu rosto, e sinto que ficaria com a cor das paredes da "minha" casa se não saísse de baixo dele rapidamente. Corri até o ponto de ônibus e entrei no primeiro ônibus que havia visto e que por sorte era aonde levava-me ao meu destino.

Não tinha mais por quem me despedir, as únicas pessoas que realmente se importavam comigo, eram Karlie e Ethan. Ninguém além deles se importava comigo e com o que eu sentia.

Ao descer do ônibus, andar um pouquinho e chegar finalmente ao grande portão, me surpreendo com a visão da maioria das janelas abertas. Abro o portão, e a porta, e ao abrí-la, começo a ouvir o som de vozes, vindas do corredor. Logo a figura do velho e de uma mulher, de estatura média, cabelo curto e preto e olhos puxados vem em minha direção, acompanhados de Judith.

– Achei que fosse só dar uma última olhada na biblioteca, não se despedir de todos os livros, Adly!- Judith diz com a sua voz arrogante-e irritante- de sempre.

– Mesmo que fosse fazer isso, Judith, não seria da sua conta.-Digo.

Judith finge não ouvir e vai fechar a porta que EU havia deixado entreaberta. Mas mesmo assim vejo seus olhos pegarem fogo.

– Esta é Adly, de quem lhe falei Victoria.- O velho diz com a mão estendidas

– Olá. Você é mais bonita do que eu imaginei, além do mais, queria muito conhecê-la.-Ela diz e estende as mãos para mim, ao qual, por pura educação, estendo a minha.

– Obrigada. Quem é você?E por que queria muito me conhecer?

– Sou Victória, e vou cuidar para que você tenha uma vida confortável em Nova Iorque.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Comentem!
Gostaram do Ethan e da Karlie?



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