A Prometida escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 14
Seu segundo nome é: Adly Má Sorte Rossel


Notas iniciais do capítulo

Podem me matar, eu deixo. Mas também não vai ter outro cap. kkkk. Sei que decepcionei vocês com a minha demora, mas estou num trabalho árduo p/ o desafio do Nyah! que acabou com todo o meu pouco tempo :( Me desculpem pvf
Boa Leitura



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Levantei-me da cama com bastante calma. Meu pé ainda estava enfaixado com o esparadrapo; Fui até o banheiro, fiz minha higiene matinal.

Tomei lentamente um banho, ainda um pouco sonolenta.

Depois de, provavelmente horas, finalmente eu tinha caído no sono. Coloquei um vestido florido - o mesmo que tinha usado dias atrás -, e coloquei um par de sapatilhas marrons. Com o cabelo enrolado dentro da toalha, me sentei na cama e penteei os cabelos. Estava ainda meio "grogue" por não ter dormido muito, embora já se passasse das nove da manhã.

Enquanto passava o pente, com uma certa dificuldade, avistei um envelope branco sobre a poltrona do canto; joguei o pente em qualquer lugar e corri para pegar aquele envelope. Provavelmente o tinham deixado enquanto eu tomava banho.

Abri e tirei uma folha de papel e um cartão de crédito em meu nome. Fiquei surpresa, á principio.

Li e reli várias vezes; como dizia o contrato de casamento, entre todos os meus direitos, um deles era o cartão, com uma certa grande quantia em dinheiro; onde eu poderia fazer o que bem entendesse.

Coloquei o cartão dentro do envelope e os guardei dentro da gaveta. Fui em direção á porta entreaberta. Puxei-a, sentindo um jato de água cair em cima de mim, seguido pelo balde. Ouvi o som de risadas em seguida. Tirei o balde com força da cabeça, sentindo toda a minha roupa grudar no corpo.

– Que merda! - Grunhi.

Olhei em volta do corredor, não vendo ninguém. Pensei em vários culpados e cheguei á uma única conclusão.

Desci as escadas, sentindo o olhar de uma empregada. Entrei na cozinha, apenas com a pequena figura de cabelos longos, comendo uma tigela de cereais. Você vai me pagar, garota, pensei.

– Porque você fez isso?! - Gritei, assustando-a.

– Fiz o que? - Clary perguntou.

– Olhe pra mim! Porque colocou o balde na porta!?

– Não fiz nada, juro! - Ela disse, levantando os braços.

– Claro que foi você! Como pôde?!

– Adly! Eu já disse que não foi eu! - Ela disse, trincando os dentes.

– Não seja mentirosa, sua anã de jardim.

– Fico me perguntando o quanto você é burra. - Alguém disse atrás de mim.

Me virei automaticamente. Asher estava escorado no batente da porta com um sorriso um tanto cínico - típico dele.

Senti meu sangue ferver.

– O que você disse? - Falei.

– Que você é burra. Como uma criança de um metro de altura poderia colocar um balde em cima da porta?

– Ela deve ter seus meios. - Respondi.

– Ainda não conseguiu juntar os pontos? Achei que fosse mais esperta.

– O que você quer dizer? - Franzi o cenho.

– Foi eu quem botei o balde sobre a porta. Deveria ter gravado sua cara. Até que seu cabelo fica bonitinho, grudando na cara.

Desgraçado.

Tinha que ser ele.

– Idiota! - Parti pra cima dele.

Ele segurou meus pulsos, gargalhando, enquanto eu tentava dar uns tapas nele.

Depois de alguns minutos, me soltei.

Olhei para a mesa onde uma vasilha com o conteúdo na metade repousa sozinha. Com certeza Clary havia saído fazia tempos.

Bufei e arrumei o cabelo. Caminhei até a porta, no entanto, sua mão puxou meu braço.

– Olha, não me leve á mal. Eu tive meus motivos - Asher sussurrou em meu ouvido.

– Quais? - Perguntei, cética.

– O que foi que eu disse?! - Ele exclamou. - Se ficar com essa cara de mal amada, pode esquecer. Não vou dar satisfação nenhuma.

– E quem disse que eu pedi uma?

– O que está acontecendo? - Jason entrou na sala de jantar.

Asher soltou meu braço.

– Nada. - Ele deu de ombros e saiu, sorrindo.
Jason arqueou as sobrancelhas. Revirei os olhos e suspirei.

– Quer me explicar? - Ele indagou, curioso. Seus olhos pousaram na minha roupa molhada. Ele colocou a mão na boca, segurando o riso.

Dobrei os braços, irritada.

– Tem certeza de que não quer dizer.... - Ele tentou.

– Não!

– Ok. - Ele mordeu os lábios. - Como vai o pé?

Direcionei minha visão ás sapatilhas. Já não sentia dor alguma após Jason ter me ajudado - não que eu realmente quisesse sua ajuda. Eu poderia me cuidar sozinha.

– Está muito melhor.

– Vá se trocar. Vamos dar uma volta, e, botar em prática a minha vingança. - Ele sorriu maliciosamente.

– Isso não estava no acordo.

– Ninguém mandou se afogar, queridinha. - Ele veio até mim e depositou um beijo na minha bochecha. - Nos vemos em meia hora.

Tenho a leve impressão de que não consigo me relacionar direito com as pessoas. Insisto em colocar malditos pontos finais, tampar relações. Eu distancio as pessoas. Quase todas. A maior parte, para ser mais exata.

Eu não consigo aprender a atenção das pessoas em mim, a menos que seja algo muito importante. Sou sem graça, sem assunto, um tanto chata e antiquada. Não me encaixo nos padrões de beleza, muito menos sou a mais qualificada para qualquer coisa importante. Sou o tipo de pessoa em que só está lá de enfeite ou para tirar o tédio. E mesmo assim que consigo afastar de uma forma impressionante todo mundo. Meu orgulho não permite que as pessoas de fora, as que eu nem sequer confio, se aproximem. Sim, sou incrível, eu sei. E quando dou uma brechinha, espero que elas venham esperançosas e pacientes até mim, e o problema começa ai.

Odeio vírgulas. Sei que se começar a deixar meu coração aberto, vou me ferrar no final. Eu compreendo, amo, supero, me entrego de cabeça, perco o chão e perdoo. Tudo isso para no final não dar em nada. Porque depois tudo acaba.

Quero parar de me importar tanto com os que os outros acham de mim. Eles não me conhecem. E não estou nem á um passo de querer conhecê-los. Não vou quero mais desejar sempre o bem para as pessoas, sendo que no final, sou considerada a errada.

Não custa nada tentar colocar-se em meu lugar. È tão simples seguir essa regra: Não cometa o erro de contar tudo o que sente. Faça jogo duro, dificulte um pouco as coisas. Se você facilitar demais perde a graça, jogos fáceis enjoam rápido e assim como eles, pessoas fáceis demais são rapidamente descartadas.

Suspirei e fechei os olhos. Não perderia minha paciência. Ficaria estável. Não mataria ninguém. Eu não tinha culpa de estar ferrada - não tinha culpa se a má sorte era meu segundo nome.


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Notas finais do capítulo

*Ajudinha especial do tumblr
Asher e suas provocações. Melhor nem comentar kk. Espero que tenham gostado.
Sei que não é muito legal ficar deixando divulgação, mas não custa tentar. Demorei bastante p/ deixar a fanfic do jeito q queria, espero que dê-em uma olhadinha ^^ Ficarei mega feliz.
Link: https://fanfiction.com.br/historia/645947/ContraoTempo/
A opnião de vcs é super importante. Beijos e até o próximo.