Coração De Vidro escrita por Bya Nya


Capítulo 1
Quase Como Uma Madrugada Qualquer


Notas iniciais do capítulo

Heeey!~
Eu espero que gosem da leitura ^u^~
Recomendo ler com a música "Certain Romance", do Arctic Monkeys~
Até lá em baixo.~



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Coração De Vidro

/x/

"Não pensava em conhecer aquele homem. Não pensava, nem imaginava em meus melhores sonhos. O homem de alma mais pura. O meu homem."

Ludwig estava dormindo quando recebeu a ligação de Gilbert. Ele acordava sério, suado e aflito. Ele nunca recebia ligações após as 2:00. O alemão pegou seu pequeno e antigo telefone, esfregando os olhos, e bocejando, até apertar o botão com o telefone verde, atendendo;

- Alô? Alô, Lud?- Girlbert balbuciava, tentando gritar aos sussuros.

- O que você quer? Eu estava dormindo. - Ludwig resmunga, bocejando novamente.

- Eu... É. To no hospital. Preciso que você venha aqui.- Ao ouvir a palavra "hospital", o alemão se alertou, despertando definitivamente.

- Já estou indo. O que você tem? - Ele perguntava, ríspido.

- Vou fazer uma endoscopia, e quero alguém que conheça para me esperar para ir embora. - O albino deu um pequeno riso, desligando o telefone.

Ludwig suspira, se vestindo rapidamente e pegando suas chaves, até reparar que não sabia o que era uma endoscopia. Decidira perguntar para o seu irmão quando chegasse.

Ao sair de casa, ele entrou em seu Vectra, ligando-o e partindo para o hospital. Não era tão longe, então ele foi vagarosamente. Sorriu ao ver que estava perto.

Ele entrou pelos grandes portões abertos, estacionando seu carro, e correndo para a emergência adulta. Ao chegar, se deparou com apenas um homem, sentado no banco de espera. Ele era bonito; Era pequeno, tinha cabelos castanhos desarrumados, que lhes caíam sobre o rosto, e um fio aparentemente rebelde que se recusava a descer.

- Com licença...- O alemão começou, dando um tapinha nas costas do menor para lhe chamar atenção.

-Hm... Ah, sim. Olá!- Ele se virou para Ludwig, seus cabelos realmente tampavam os olhos, mas dava para ver um brilho especial neles. Nem se falava do sorriso; era algo belo e simplório.

- E-eu... - O loiro corou, com vergonha por pensar em como o homem era bonito. - Eu queria saber se não tem nenhuma atendente aqui por hoje... Por favor.

- Ah! Elas demoram, as vezes. Não vai acreditar, mas uma vez demaiei aqui, a esse horário, mais ou menos, e ninguém chegava e... - O moreno começava a tagarelar sem parar, e fez Ludwig soltar uma risadinha.

-Por que você está aqui, moço? - Ele perguntou, quando finalmente o menor parou de falar. Isso deu espaço para o alemão sentar a seu lado.

O moreno hesitou, e desviou o olhar, com seu sorriso travesso sumindo de seu rosto, assim como o brilho de seus olhos.

- Eu tenho... - Ele começou, sendo interrompido pelo louro, já notando ter cometido um erro.

- Não... Não me conte. Não é da minha conta. Não precisa e...

- Esclerose lateral amiotrófica. Vou morrer em um ano, mais ou menos. Meus membros vão parar. - O menor dizia, com um sorriso malicioso de volta ao rosto.

- Sinto muito...

- Não sinta. Eu estou bem. -Ele mostrou a língua - Tudo funciona bem, por enquanto.

Quando o alemão ia rebater sobre sentir sim, uma mulher chegou, perguntando-os o que desejavam. O moreno se levantou, piscou para o outro homem, e saiu com um sorriso largo, dizendo querer falar com o doutor Roderich. A mulher o liberou para entrar, e ele agradeceu.

- Eu... Queria ver o paciente Gilbert Beilschimdt.

A mulher mexeu em seu computador, antes de encarar Ludwig por cima dos óculos.

- Pode entrar. Penúltima porta a esquerda.Use um crachá. - Ela deu o crachá a ele, o mesmo ajeitou-o na camisa.

O alemão entrou, se deparando com um grande, vazio e escuro corredor. Ele sorriu ao passar pela sala de atendimento onde estava o moreno, que sorriu de volta. Ao achar a penúltima sala, ele a invadiu, sem bater nem nada. Gilbert estava chorando, com uma enfermeira ao seu lado, o acalmando.

- Gilbert... Mas o quê...

A enfermeira o encarou, com um ar de "Me ajude". Ele a afastou um pouco da cama, e olhou bem para seu irmão. Ele chorava descontroladamente, seus olhos vermelhos.

- Não consegue falar, irmão? Vamos, tenha calma... - Ele sussurrava com um forte sotaque alemão, no ouvido de Gilbert, que ia se acalmando aos poucos. - Está mais calmo?

O albino fez que sim com a cabeça, passando as mãos sobre os olhos, para enxuga-los.

- Vai passar daqui a pouco, ta bem? Espera uns vinte minutos, você consegue? - Novamente, um sim com a cabeça. - Que ótimo. Então fique calmo, respire, e deixe a mulher cuidar de você, tá bem?

A enfermeira sussurrou para o loiro sair, pois não podia estar ali, e assim o fez, ao tempo todo consolando o irmão.

Ao sair, ele passou novamente pelo corredor, e reparou que o moreno não estava mais lá. Bah, por que diabos ele estava pensando no moreno?

Ludwig se dirigiu a lanchonete "24 horas", comprando um café e uma batata chips. Ele se sentou em uma mesa, relaxando um pouco e abrindo seu pacote.

Ele pegou seu café, o bebendo em três goles, fechando os olhos e suspirando. Ao abrir os olhos, notou outra pessoa no lugar. O homem de cabelos marrons.

Aquela ia ser uma madrugada interessante, e Ludwig reparou isso quando o moreno o percebeu, e foi andando até ele. Ou melhor, foi... Com aquela cadeira de rodas, e soro na mão.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado c;~
Até o próximo capítulo, queridos.~



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