Heiress. escrita por minatozaki


Capítulo 11
Hunters.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Como estão?
Capítulo novinho para vocês!
Quem não gosta de violência, não leia o final do capítulo. Sério.
Acho que é só esse aviso... É, sim!
Aproveitem!
~



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O garoto que havia nos interrogado ficava com um sorriso irônico nos lábios. Retirou um walkie-talkie do casaco e ligou-o.

– Capitão para a base. Está na escuta? Câmbio. – Disse. Um chiado foi ouvido e então uma voz o respondeu.

– Base na escuta. O que foi capitão? Câmbio.

– Encontramos duas peças, junto com uma herdeira, na zona oeste. Vocês, alguma informação? Câmbio. – Respondeu.

Olhei para Oliver. Ele estava tremulo, paralisado, apenas olhando para frente. Estava assustado, assim como eu estava. Olhei para Anne. Ela estava no mesmo estado que o Oliver. Ela estava do meu lado, e Oliver ao lado dela. Consegui me esticar um pouco, e toquei em sua mão. Ela olhou para mim de relance, erguendo uma sobrancelha. Formei um “vamos fugir” com a boca, e ela assentiu com a cabeça.

– Oh. Ótimo. Vamos nos encontrar no posto de comando. Até lá – Disse o garoto. Oh, droga! Não consegui ouvir o que o rapaz do walkie-talkie disse. Só espero que os outros estejam bem... – E então... Vocês, senhores Stouff e senhorita Morgan, estão prontos para uma aventura cheia de caçadores envolvidos? – Ironizou.

– Vá à merda. – Disse Anne. E então, num movimento rápido, a única coisa que se vira de seu rastro foi seu cabelo negro, voando longe.

– Oh. Que ousadia – Respondeu Steven, calmo. – Bernardo, vá atrás dela.

E então o garoto começou a correr pela mesma direção que Anne seguiu. Oliver olhava com uma cara totalmente possuída pelo medo, pavor.

– É melhor não tentar fugir – Disse Steven. Retirou o capuz que cobria seu rosto, e então pudemos ter uma ideia melhor da sua fisionomia. Loiro, cabelo curto, erguido em um topete, recheado de gel. Seus olhos eram castanhos, como o chocolate. – Depois que acharem a sua ousada irmã, senhor Stouff, vocês verão o que vai acontecer com peças que fogem.

Engoli em seco e franzi o cenho em direção ao Oliver, repreendendo todas as suas intenções de fugir. Ele assentiu com a cabeça e olhou para Steven. O loiro puxou a manga do seu casaco do braço esquerdo e checou as horas.

– Oh. Está na hora, pessoal. Venham, amarre-os e vamos para o posto de comando – Seguiu em frente.

As outras três mulheres, que não haviam sido notadas até agora, surgiram atrás de nós, uma com cordas e as outras duas seguraram meus pulsos e os do Oliver. Amarraram-nos com as cordas, e começaram a nos guiar pelo caminho. Eu, indefesa, não tinha como me debater, não havia modos de me prontificar. Oliver estava assustado, apenas com quatorze anos, havia passado – praticamente – sua vida inteira no acampamento, e então, por minha causa, ele saiu da boa e velha segurança. Eu precisava á todo custo, fazer algo para salvá-lo. Mas era impossível. As cordas estavam fortemente amarradas, minha cabeça não raciocinava direito, Oliver estava em transe, e tinha duas garotas, maiores do que nós dois, que estavam encapuzadas, com ainda mais uma corda nas mãos. Apenas abaixei a cabeça, olhando para o chão. Eu estava com medo. Pavor. Eu queria á todo custo, que os outros estivessem á salvo, que estivessem fora do parque, que estivessem, acima de tudo, vivos. Eu não sabia do que Steven e sua turma eram capazes. Pelas suas informações dadas – acredito que sem intenção – o parque estava cheio de caçadores. Então, nós éramos os únicos “diferentes”. Pela confiança que tenho em meus ouvidos, creio que, durante a ligação de Steven pelo walkie-talkie, ele é o chefão de tudo. Sendo esse o caso, atacando o chefão, todos os peregrinos ficarão sem forças, deixando-nos livres para voltarmos as nossas “monótonas” vidas. Era o que eu pensava.

– Chegamos. – Disse uma voz feminina, retirando-me do meu transe. A garota, que estava do meu lado, abriu a porta da casa para Oliver e eu passarmos.

A casa tinha aparência pequena por fora. Feita de madeira, sua porta e suas janelas não eram diferentes. Tinha dois andares, pois, vista de fora, percebia-se uma pequena janela na parte superior da casa. Deveria ser um sótão. A mulher me empurrou, fazendo-me entrar na casa. Oliver entrou atrás de mim, seguido pelas três outras garotas. Foram ligadas as luzes e pude, do ângulo que eu estava, olhar detalhadamente pela casa. A princípio, estávamos numa sala de estar, creio eu. Havia três sofás grandes, do lado direito do cômodo, uma mesa de centro no meio deles e uma estante cheia de livros do lado de outro. Do lado esquerdo, havia duas janelas, ambas fechadas. Também havia um pequeno freezer, encostado em um canto. Havia um balcão, no outro canto, com algumas prateleiras brancas acima do mesmo. Lá devia estar os alimentos.

– Oh. Chegaram – Disse Steven, saindo de um corredor escuro, que era localizado no centro do cômodo. Só então percebi sua presença. – Venham, vamos para a festa! ...Ah, garotas... Não façam a desfeita! Tirem esses capuzes.

As três garotas, que ainda estavam encapuzadas, obedeceram às ordens do patrão. Retiraram os capuzes, e eu pude ver a aparência que tinham. Uma era ruiva, assim como Lucy. Seus olhos eram verdes, como folhas vivas. Outra, que estava ao meu lado, tinha cabelos loiros, mas as pontas tinham a coloração azul. Seus olhos, eu não consegui distingui uma cor fixa parecia alternar-se entre azul e verde. E a outra, ao lado de Oliver – que, esqueci-me de mencionar, parecia mais calmo – tinha os cabelos negros, assim como o mesmo possuía. Seus olhos obtinham a coloração castanha. Seria a maior de todos no cômodo, se não fosse por Steven.

– Agora estão melhores. Venham, vamos – Disse Steven. Deu meia volta e seguiu corredor á frente. A ruiva passou em frente, seguindo-o. Depois, empurraram-me, e eu fui em frente. Olhei pelo corredor. Escuro, sem vida, sem detalhe algum. Se não fosse por uma porta, que, de tão pequena que era, deveria ser o banheiro. Mas poderia ser algum deposito também. No fim do corredor, havia um pequeno espaço. Foi então que descobri que o corredor tinha formato de T. Tinha três portas, duas em cada ponta do T e outra bem no meio. Steven retirou um molho de chaves do bolso do casaco, escolheu uma, e abriu a porta do meio. Convidou-nos a entrar. O cômodo era, sem duvida alguma, maior que a “sala de estar”, por assim dizer. Não havia decoração alguma, nenhum quadro, nenhuma foto de família, nada. As paredes eram simplesmente feitas de madeira pura. Do lado esquerdo do cômodo, tinham dez cadeiras, deixadas em duas fileiras, com cinco cadeiras em cada. Ao seu lado, havia armas. Armas de todos os tipos. Facas, facões, espingardas, cutelos, pistolas, canivetes, e afins. Engoli em seco vendo-as, tendo uma péssima visão dessa turma de caçadores. Ao lado direito do cômodo, havia uma estante, recheada de café, água, copos, bolos, pães, pratos e talheres. E, finalmente, no centro da sala, estavam dois sofás, lado a lado, e uma mesa na frente de ambos, com uma cadeira atrás. Steven foi até a cadeira central e sentou-se. Gesticulou para que sentarmo-nos no sofá, e assim o fizemos, totalmente hesitantes.

– E então... – Comecei, quando percebi que o silencio ia se instalar na sala. Tentei parecer o mais calma possível, pois eu não queria parecer hesitante perto de Oliver. Ele já estava ruim, eu não queria torna-lo pior. – O que vocês vão fazer conosco?

– Oh. Está curiosa? – Indagou. Claramente, foi uma pergunta retórica. – Bem, vamos esperar os outros virem, certo? Assim eu poupo minha saliva, e não precisarei explicar tudo novamente.

– Outros? Que outros?

– Seus amigos. Hum... Não me lembro de certeza os nomes. Se não me engano, eram Lucy, Kevin e Christian. Ah, claro, também tem a senhorita Stouff. Bernardo conseguiu pegá-la.

– Lucy, Kevin e Christian? – Falei num tom alto. – Você tem certeza? Eles estão bem? Estão vindo para cá?

– Oh. São seus amigos, então? – Riu. – Sim, tenho absoluta certeza. Eu nunca cometo um erro. Se eles estão bem, não sei... Afinal, quem os achou foi o Jorge. Sabe, Jorge é meio bruto. Odeia peças. Gosta de esmagar a cabeça delas. Já o vi fazendo isso, e foi horripilante. Mas ele é genial. Sim, senhorita Morgan, estão vindo para cá.

Engoli em seco. Jorge...? Que grande droga! Não acredito que estamos nessa furada!

Ouvimos batidas na porta, e então um rapaz musculoso, alto, e grande abriu-a, entrando no cômodo com passos pesados. Seu rosto era destemido. Tinha um olhar forte, enraivecido. Seu cenho estava franzido, dando-lhe um olhar ameaçador. Era careca, o que não ajudava muito sobre as minhas opiniões de sua aparência. Seus olhos eram negros como a noite, assim como os de Oliver.

– Senhor. – Cumprimentou-o. – Eu trouxe os filhos da mãe.

– Oh, Jorge, eu já lhe disse milhares de vezes... Pare com essa mania de arrombar a minha porta!

– Desculpe senhor, mas eu bati antes. – Disse ríspido. Seu tom de voz era grave e ameaçador. Foi para o lado, dando-me ampla visão dos três que estavam atrás dele.

Realmente, era Lucy, Kevin e Christian. Seus olhares eram tristes, sem emoção, sem vida. Lucy estava na frente, e quando me reconheceu e reconheceu o Oliver, se iluminou, correndo até nós. Suas mãos estavam amarradas, assim como as nossas. Kevin e Christian vieram logo atrás. Seus olhares eram de desespero, de pavor, de medo.

– Lize, meu Deus, Lize! – Dizia Lucy, totalmente desesperada, segurando minhas mãos de forma desengonçada, devido às cordas amarradas em nossos pulsos. – Que bom que vocês estão bem! Eu estava tão preocupada... Onde está Alice, Bia e a Anne?

– A Anne fugiu... Alice e Bia nós não sabemos... – Murmurei.

– Elizabeth! – Exclamou Kevin. – Oliver! Ah, que ótimo...

– Oh. – Steven se pronunciou. – Vocês acham que aqui é um lugar de farra? – Levantou-se da cadeira, colocando as mãos na mesa, apoiando-se para frente. E, com uma expressão raivosa, e a voz com mais raiva ainda, gritou: – Sentem-se agora! Malditas peças!

Os três fizeram o que lhes fora ordenado. Lucy sentou-se ao meu lado direito, pois no esquerdo havia o Oliver. Kevin e Christian sentaram-se no outro sofá.

– Perfeito. – Steven disse em seu tom normal. Sentou-se na cadeira novamente, dessa vez, mais calmo. – Agora, me digam... Como vocês vieram parar aqui?

– Nós estávamos viajando, estávamos voltando para nossa casa... – Kevin começou a explicar. – E então, Christian disse que havia um parque de diversões mais a frente, e convidou-nos para irmos lá, para relaxar.

– Você não sabia que aqui é um lugar para caçadores, Christian...? – Indagou num tom de voz indicando que queria que Christian dissesse seu nome inteiro. – Desculpe-me, ainda não sei seu nome inteiro.

– Lee Parker – Respondeu antes de tudo. – E, não, eu não sabia. Eu disse para eles que eu já havia vindo nesse parque com os meus pais, anos atrás, mas era mentira. Eu apenas queria me divertir, e entrar nos brinquedos de graça. Você sabe... Coisas de graça sempre são bem-vindas.

– Oh. Avareza? – Indagou retoricamente. – Bem, senhor Lee Parker, você conseguiu estragar a vida dos seus companheiros.

Olhei para Christian. Ele abaixou o olhar, como se estivesse se desculpando. Um ruído tomou conta do lugar e então Steven pegou seu walkie-talkie, que era o causador do barulho.

– Capitão, capitão, achamos mais duas! Câmbio. – Disse uma voz feminina.

– Oh. Ótimo. São as duas ultimas. Peguem-nas, amarrem-nas e as tragam para cá. Rápido. Câmbio.

– Sim, senhor! Ah! Nós já pegamos uma criança. A outra conseguiu fugir. Mario e Fernanda estão levando-a até aí. Homer e eu estamos seguindo a outra. Câmbio.

“Homer?” – Pensei. “Não pode ser o Homer que eu conheço... Ah, que droga!”

– Oh. Certo. Me informe quando conseguirem pegá-la – Desligou o walkie-talkie e olhou em meus olhos. – Suas ultimas peças, hum... Será ótimo ter todos vocês reunidos aqui.

– Ei, o Homer que essa mulher falou... – Comecei, ignorando suas palavras. – Esse Homer veio do orfanato “Tayo’ Kids”, junto com uma garota chamada Kate?

– Oh, sim, acho que sim. Por quê? São seus amigos?

–... Sim, são – Murmurei tristemente. Não acredito nisso. As pessoas que eu mais confiava, meus amigos desde que eu entrara no orfanato, meus irmãos de consideração!

– Oh, que ótimo! – Exclamou, com alegria na voz. – Isso daria até uma novela mexicana! Uma garota, que é dona de sete outras pessoas, é traída pelos seus amigos de orfanato! Sem contar que não tem pais! Que emocionante! E eu estou assistindo isso, ao vivo!

– Cala a boca! – Gritei. Lagrimas queriam sair de meus olhos, mas eu não iria transparecer tanta incompetência assim. Não na frente desse cara. – Isso não tem graça, seu merda!

Ele sinalizou com a cabeça algo que eu não entendi, e então, bruscamente, uma mão tapou minha boca. Um pano branco enfaixou meus lábios, e foi preso atrás de minha cabeça. Jorge quem fez tal serviço. Eu tentava pronunciar as palavras claramente, mas a única coisa audível que saia era “hum”.

– Isso é por você ser rude comigo, sua bastarda. – Steven disse rígido. Ia pronunciar-se mais uma vez, porém a porta se abriu bruscamente.

Olhei para trás, assim como todos os outros, e vi Anne, com as mãos e os pés amarrados por cordas. Estava sendo arrastada pelos cabelos, e lágrimas saiam de seus olhos. Sua boca, assim como a minha, estava enfaixada por um pano branco. O rapaz que estava a arrastando, ergueu-a e colocou-a ao lado da mesa em que Steven estava.

– Oh. Finalmente encontraram-na! – Steven levantou-se. Passou a mão suavemente pela bochecha de Anne, que estava molhada pelas lágrimas. Retirou o pano que cobria a boca de Anne, e a mesma estava cortada do lado esquerdo, com pouco sangue ao redor. Eles haviam agredido ela. – Não chore querida... Vê? Seus amigos estão aqui. Converse com eles!

– Oliver... – Tentava falar, mas sua voz saia rouca e fraca. – Que bom que você está bem...!

– Só tem isso a dizer? – Perguntou Steven. – Oh, certo. Agora, meus queridos amigos que são denominados peças, vocês verão uma amostra do que acontece com pessoas que ousam rejeitar as regras, e que fogem. Jorge, meu querido, dê uma leve demonstração.

Os sofás foram puxados para trás, pelos caçadores que havia ali, deixando um grande espaço entre os assentos e a mesa de Steven. Sentou-se, e então Jorge agarrou Anne pelos cabelos, soltando-a no chão. A mesma grunhiu de dor. Tentou levantar-se novamente, mas recebeu um soco nas costas, o que a fez cair novamente. Gritou de dor, e então, eu tentei levantar-me, assim como Kevin e Christian, mas fomos detidos pelas três garotas que ainda estavam presentes no cômodo.

– Pare com isso! – Oliver gritou. Finalmente, depois de tempos, ele pronunciara algo. – Pare de bater nela! Pare já!

Jorge, ignorando tais palavras, enchia a garota de chutes, e a mesma apenas agonizava de dor. Lucy gritava e chorava, Oliver tentava se levantar, porém mais dois caçadores chegaram e conseguiram nos segurar.

– Tá, certo, Jorge, já chega... – Disse Steven. Jorge, todavia, não parou. Anne já não se mexia mais, entretanto ainda estava acordada, e ele continuara a espanca-la.

O brutamonte estava com raiva nos olhos. Ele realmente odiava peças. Oliver conseguiu sair dos braços dos caçadores, e jogou-se na frente da irmã. Jorge, por um minuto, parou.

– Pare com isso, caramba! – Gritou Oliver. Vi Anne erguer seu olhar, para ver quem era seu salvador. – Pare de bater nela! Ela já está fraca, não percebe? Seu filho da mãe!

Jorge, então, saiu de perto de Anne, indo em direção ao lado esquerdo do cômodo. Oliver, então, começou a ajudar sua irmã a levantar. Sangue saia de sua boca, sujando o lado direito de seu queixo, e um pouco da camisa que usava. Kevin, Christian, Lucy e eu havíamos nos acalmado. Lucy agora respirava e inspirava calmamente; Kevin ainda estava de pé, mas não forçava tanto o corpo contra as mãos das caçadoras; Christian agora estava sentado no sofá, chorando; e eu também estava de pé, porém meu corpo estava rígido. Eu estava cuidando os passos que Jorge estava fazendo, e então percebi para onde ele estava indo. O local onde estava repleto de armas. E eu não fui a única a perceber tal coisa. Anne e Steven também perceberam.

– Jorge, cara, o que você está fazendo? – Perguntou Steven, sem obter resposta.

Jorge escolheu uma faca, pegou-a, analisou-a, viu se estava afiada e então foi voltando, lentamente, para onde estavam os irmãos Stouff. Oliver estava de costas para Jorge, e ainda tentava, fracamente, erguer Anne. A mesma, vendo o que o brutamonte faria, arregalou os olhos negros, e sua pele ficou pálida.

– Oliver! – Foi a única palavra que gritou.

Jorge havia jogado a faca. Eu corri. Corri como se não houvesse amanhã. Consegui driblar as mãos dos caçadores que tentava me segurar e corri para alcançar Oliver. Se eu não era útil até tal momento, eu seria agora. Eu tinha que salvá-lo.

E foi então que consegui. Abracei Oliver por trás, segurando-o pela sua cintura. Oliver segurava Anne; eu segurava Oliver. A mistura de gritos da Anne e de Lucy era a única coisa que se ouvira no cômodo. Ouvi Kevin me chamar. Ouvi Anne gritar o nome de Oliver. Ouvi Oliver perguntar o que estava acontecendo. Sem mais forças, soltei minhas mãos da cintura de Oliver. Vi-me caindo no chão. Olhei para minhas mãos. Sangue. Senti uma pontada de dor do lado esquerdo da minha cintura. Coloquei a mão ali. Sangue.

A faca havia me acertado.

Finalmente eu fui útil.


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Notas finais do capítulo

Você sempre foi útil, Lize... Q-Q
Gostaram, amores? Quero comentários! Quero opiniões! Digam o que vocês acharam da posição de heroína da Lize!
Estou tão feliz! Consegui postar três capítulos três dias seguidos! Isso é um recorde.
Espero que vocês estejam felizes também, hum.
Enfim, até o próximo, nenéns!