Entre Barreiras de Uma Nação escrita por Phanton


Capítulo 5
Capítulo 4 - O espírito de seu pai...


Notas iniciais do capítulo

Segunda parte de Alexandre, espero que gostem, apesar de ser pequeno, e quase sem nenhuma informação nova e reveladora, é importante pra dar continuidade ok? hihi,I hope you enjoy it



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    O crepúsculo tingia o caminho de Alexandre de volta para casa, estava nervoso, sua mãe poderia negar tudo o que sonhara, e então, deveria desistir de ser médico. Ou não. Lutaria por aquilo, é... estava decidido quanto ao seu futuro.

   Anunciou-se como em todo dia e foi ao encontro da mãe na cozinha, cumprimentou-a e deu um breve sorriso para as ajudantes da casa. Com um olhar requisitou a presença da mãe em seu quarto. Era agora ou nunca.

- Mãe. Quero ser médico.

- Mas querido, você ainda nem chegou a efebia* - protestou a mãe.

- sei que não, mas assim que completar, deixo claro que não irei ser mais um desses mestres que parecem brotar do chão em Atenas.

- Você tem o mesmo espírito que seu falecido pai...

- Não mãe, não tenho! Será que é complicado entender que não tenho nada a ver com ele? - Claro que tem meu filho, você é questionador como ele...  – a mãe procurou amenizar com um sorriso.

- Mãe, não procure achar em mim o Sebastião que você amou e ainda ama... Sou Alexandre, o filho de Sebastião e Neófita,  aquele que sonha em ser médico, não um filósofo como o pai – Alexandre já se encontrava aos berros.

- Maneire seu modos Alexandre, a menos que você queria ter de trabalhar em casa por uma semana* - O tom de calma se esvaiu como mágica da voz de Neófita.

- Não mãe, não vou me calar. Médico, é isso que quero ser! – Não estava disposto a recuar, não agora.

- Faça o que bem entender de sua vida, apenas não venha correr para meus braços após ver como o mundo é hostil com quem o encara...

   Com os olhos marejados e púrpura de raiva e nervosismo, a mulher se retirou do quarto e foi em direção ao jardim. Não era aquilo que havia sonhado para seu filho, não mesmo. O havia imaginado como seu falecido marido, sonhava com o dia em que se orgulharia novamente por ser matriarca de uma famosa família de famosos.

   Materialista e superficial? Talvez, mas acima de tudo amorosa. Queria a felicidade de seu filho, nem que isso significasse sacrificar sua reputação. Afinal, ser conhecida como “ a mãe do médico” não era a melhor das reputações possíveis na época.

- Mãe? – Oscilante ele colocou a mão sobre seu ombro.

- Diga meu filho – respondeu secando as lágrimas e forçando um sorriso.

- Perdão. Estava nervoso. Imaginei que a senhora diria aquilo, apenas não imaginei que me rebelaria de tal forma, perdão. – e ajoelhou-se em suplício.

- Está perdoado meu filho... creio que também errei colocando meus sonhos e ilusões a frente do que sempre achei mais importante... sua felicidade.

Ele se levantou, e em um abraço terno selaram o pedido de desculpas.

- Mas ainda terá de trabalhar em casa por conta do desrespeito – ela completou o momento divertida.

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* trabalhar em casa - Sim gente, o que seria muito comum nos dias de hoje aqui no Brasil, lá era quase como um insulto :o Afinal, trabalhar em casa era tarefa de escravos, não de gente de família ( no caso Alexandre), porém se havia modo eficaz de punir alguém em atenas sem usar força bruta era faze-lo trabalhar em casa semelhante a um escravo ;s


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Notas finais do capítulo

e-rê, mais uma vez cometi o pecado de escrever um capítulo pequeninho, mas foi só pra sair da seca, o próximo será bombástico -ui
ou nem tanto né, hihi. Enfim, espero que tenham gostado, e se gostaram comente. O mesmo vale pra quem não gostou tá bem?
Obrigada, até a próxima ♥