POV'S BRENDA

Não queria que Amanda fosse sozinha, mas também não queria ajudar a Grandona. "O que eu faço? Vou ou não vou?", pensei. "Rápido, Brenda! Ela já está lá na frente, quase virando a esquina!"

Depois de um tempo nessa indecisão, escolhi ir atrás dela. Amanda, que é uma Wesen, não poderia ficar sozinha com duas crianças ao lado de duas Grimm, com o risco da Grandona ficar com raiva e a matar. Ela precisaria da ajuda de uma pessoa igual, de uma Wesen com experiência, como eu.

– Ei! Amanda! Espere por mim! - gritei me aproximando dos três e eles pararam.

– Resolveu vir comigo? - perguntou.

– Não podia deixá-la sozinha com aquela Grimm descontrolada. - respondi.

– Ela não ia me matar, porque sei me cuidar sozinha e porque não teria coragem de fazer isso comigo. Pelo que eu percebi, a Lê ou qualquer que seja o seu nome, só passou por coisas muito ruins em sua vida e tenta esconder a dor que sente com a raiva, a ira, a violência,... Entendeu? No fundo, ela não é assim. - explicou.

– Duvido muito disso. - pensei alto.

– É melhor irmos, elas já devem ter chegado ao lugar aonde iam.

Quando viramos a esquina, as avistamos na mesma calçada. Elas pararam ao lado de uma menina que estava concentrada tentando fechar um pote que segurava. A grandona pousou a mão em seu ombro e ela quase derrubou no chão o pote que tinha algum tipo de poção e também se transformou em uma...

– Fuchsbau? Elas são amigas de uma Fuchsbau? - perguntei incrédula.

– Eu não disse? Ela é boa. - falou Amanda.

Sendo assim, fomos até elas.

POV'S CAMILLA

Por que a Alexis tinha que fazer isso comigo? Quase derrubei o pote de vidro com uma coisa vital para Luna! Enfim... sorte que não caiu no chão, senão ia tudo por água abaixo, todas as nossas chances de fazê-la voltar a enxergar acabariam, pois os ingredientes para fazer a poção havia acabado e só receberia mais na semana que vem. Luna não tinha tanto tempo assim, apenas algumas horas.

– Que susto! - reclamei quando Alexis pousou a mão no meu ombro.

POV'S ALEXIS

Depois que saímos daquele beco, andamos mais rápido que antes, porque havíamos perdido muito tempo com aquela Wesen e isso era o que minha irmã menos tinha.Quando chegamos em frente a loja de Camilla, lá estava ela. Para chamar a sua atenção, botei a minha mão em seu ombro. E quase que a Fuchsbau morreu do coração e deixou a poção cair no chão.

– Que susto! - reclamou.

– Desculpe-me. - disse - Vamos? - Camilla assentiu.

Peguei a chave do meu carro, que estava na frente da loja e entrei. Sentei-me no banco do motorista. Milla ajudou a minha irmã a entrar no automóvel e sentou-se atrás, ao seu lado.Ao olhar pelo retrovisor, vi a Wesen que espanquei, a outra que ela derrubou e mais um casal de crianças. Suspirei. "O que elas estão fazendo aqui?", pensei.

– Oi. - falou a derrubada na minha janela - Eu sou Amanda e gostaríamos de ajudá-las.

– Você pode, mas ela - apontei para a outra, a que estava com olho roxo - não.

– Claro, - disse Luna - podem ajudar. Quanto mais, melhor.

Amanda ficou me fitando a procura da minha resposta.

– Tá bom, podem entrar. - dei permissão a elas.

A Olho Roxo foi do meu lado e a outra, atrás com as crianças. Camilla me disse o endereço da vítima que ele atacou antes de Luna e fomos para lá.

– Como você sabe que é aqui? - perguntou Olho Roxo quando chegamos.

– Porque o Jinnamuru Xunte sempre visita a família de suas vítimas, pois as família sempre sofre por causa do ocorrido de ver que o parente está cego e não tem volta ou pela morte do mesmo. - expliquei - Entendeu, "Olho Roxo"?

– Meu nome é Brenda.

– Ah! Tanto faz!

– Dá para ser ou está difícil?! - reclamou Luna.

– Já estou indo. - disse abrindo a porta do carro e saindo. Peguei a colher e o pote com a Camilla e me deparei com Brenda ao meu lado - Você não vai. - falei a empurrando para dentro do automóvel, no banco em que estava.

Cheguei na varanda da casa, destranquei a porta com um clipe e adentrei no recinto.

POV'S LUNA

– Por que ela teve que ficar com toda a diversão? - perguntou Brenda após alguns minutos de silêncio.

– Porque ela ficou meio antissocial depois do acidente. - respondi - Agora, quer fazer tudo sozinha.

De repente, ouvi um grito dentro da casa. Era da minha irmã. Saí do carro correndo e tropecei em uma pedra no meio do caminho. Camilla me ajudou a levantar e me guiou até a porta da frente que estava aberta. Entramos na casa.

POV'S AMANDA

– Venha logo! - chamou-me Brenda atrás das duas, Camilla e a baixinha.

– Já vou. - respondi a ela. Virei-me para as crianças dentro do carro e disse: - Fiquem quietinhos aí dentro. Está bom? - eles assentiram - Já volto.

Após dizer isso, corri para a Blutbad que estava na frente.

POV'S BRENDA

Quando entramos na casa, encontramos um corpo logo de cara.Sorte que a irmã da Grandona não estava enxergando, porque era uma cena bizarra. O homem morto estava com as tripas para fora. Pelo pouco que sei sobre o Jinnamuru Xunte, precisamos tirar o olho dele enquanto está vivo e no Woge (transformação) completo. Se esse fosse o nosso cara, não tinha salvação para a baixinha. Do nada, ouvimos o barulho de algo quebrando na cozinha e corremos para lá.