O crime na mansão Harbridge escrita por yellowizz
Notas iniciais do capítulo
É isso mesmo meus queridos, Capítulo 17 e 18 no mesmo dia! Nada mais justo depois de tanto tempo de espera. Espero que gostem, boa leitura!
Elena não sabia mais no que pensar, sentia-se traída e ao mesmo tempo confusa. Damon Salvatore poderia ser mesmo o culpado? Ela queria esmaga-lo de tanta raiva! Enquanto descia do táxi sentiu-se nostálgica, fazia dois meses que não pisava naquela cidade, mas sabia que tudo continuava exatamente igual. O fórum estava agitado, havia muitas pessoas esperando pela solução daquele caso e hoje seria o dia em que o culpado estaria atrás das grades, mas Elena não deixou de perceber que algo estava acontecendo em frente à ClearQuimic. Ao passar em frente à empresa, a investigadora, minuciosamente reparou que o carro de Carmen acabara de sair do estacionamento.
A morena desceu, entrou na empresa com a cabeça erguida e dirigiu-se até o segurança parado próximo à porta do elevador. Ela abaixou-se próximo a ele fingindo arrumar algo em seu sapato e pediu a ele que segurasse a sua mão para ajuda-la.
— Eu preciso ir à cobertura. – ela sussurrou passando para a mão dele uma quantia em dinheiro.
O segurança prontamente fez menção com a cabeça autorizando-a a subir. Quando colocou os pés para fora do elevador, Elena buscou rapidamente a câmera que deixou escondida no dia da festa, sabia que isso não ajudaria em nada, mas era arriscado deixa-la com as imagens na mão de qualquer pessoa. Quando conseguiu alcançar a micro câmera, ouviu o som do elevador chegando. Seu peito acelerou quando percebeu que era Margareth que havia saído. Ela não queria que a mulher a visse ali, mas sabia que seria inevitável.
— Sra. Salvatore? – ela chamou.
— Agente Gilbert! – ela cumprimentou. – Que surpresa a senhorita aqui! Não deveria estar no tribunal? – ela perguntou com uma expressão triste.
— Eu resolvi passar aqui, mas na verdade não queria que ninguém soubesse.
— Eu também tive esta mesma ideia. – ela sorriu. – Eu confiei tanto em seu trabalho achando que poderia ter mudado o fim desta história, mas Damon confessou o que fez e eu não consigo acreditar que isso aconteceu. – ela lamentou.
— Eu lamento. – Elena disse. – Oh não, Carmen acabou de chegar e está subindo! Eu tenho que sair daqui antes que ela chegue à sua sala. – ela apressou-se em tentar descer, mas o elevador da cobertura estava ocupado, provavelmente Carmen já estivesse subindo.
— Não haverá tempo! Desça pela escada de emergência! – Margareth sugeriu tentando abrir a porta. – Só abre por dentro quando não há eventos aqui em cima.
— Eu desço pelo elevador até o andar de baixo, depois disso desço pelas escadas, terei tempo de chegar até o hall antes que ela veja a imagem das câmeras. – Elena avisou apertando o botão do elevador.
— Eu sei que está tentando ajudar o meu filho. Ele também gosta muito de você.
— Sra. Margareth, fique com isto. – ela disse entregando à mulher um pacote plástico com a micro câmera. Se eu não chegar ao tribunal, leve isto para a delegacia, entregue à Diana. Ok?
Sem entender, Margareth pegou o pacote e o colocou em seu bolso, em seguida viu Elena desaparecer no elevador. A garota apertou o botão apreensiva, havia calculado a sua descida, mas nunca foi boa em cálculos aproximados. Quando estava prestes a sair do elevador, a porta começou a abrir e subitamente tudo parou. A energia havia sido desligada e Elena estava a poucos minutos de encontrar com Carmen entre os corredores daquele lugar. Ela conseguiu espremer-se entre a porta e saiu do elevador com certa dificuldade de enxergar um palmo à sua frente.
Elena abaixou-se e encostou-se à parede para procurar a escada de emergência, mas sabia que se a queda de energia tivesse sido proposital, eles viriam atrás dela pela escada. Buscou pelas portas das salas e encontrou apenas uma aberta, quando conseguiu entrar havia muita luz vinda da janela, e ela pode perceber que estava em um escritório vago. Não havia ninguém, mas ainda assim estava organizado. Ela trancou a porta e pegou o seu celular. “Atende”, ela pediu em pensamentos.
— Deixe seu recado.— ela ouviu. “Droga”, pensou. Sabia que nunca ela leria os recados na Caixa Postal.
— Estou na ClearQuimic, estou em perigo. – e desligou.
Elena correu para a janela em busca de ajuda, mas só havia dois andares abaixo de si e ela não teve coragem de mover-se por fora do prédio. Então, cuidadosamente ela abriu a porta e deparou-se de novo com a escuridão do corredor. Encontrou a escada de emergência e decidiu arriscar-se a descer por ali, aliás, se alguém tivesse que vir atrás dela já teria usado a escada de emergência. Ela desceu a passos largos, de dois em dois degraus até chegar ao hall da empresa. Quando conseguiu ver a luz vinda de fora novamente, agradeceu aos céus pela liberdade de novo, achou que não sairia viva desse lugar nunca.
— Parem aquela garota! – Carmen gritou aparecendo na recepção.
Imediatamente os seguranças saíram em disparada atrás de Elena, mas ela conseguiu entrar no táxi que a esperava e o motorista saiu cantando pneus da frente da empresa. Ambos estavam tão aflitos que o motorista não percebeu que cruzou o sinal vermelho e chocou-se contra um caminhão de mudanças que passava pelo cruzamento. Elena foi arremessada para fora do veículo sem ao menos ter tempo para sentir-se aliviada por ter escapado da empresa.
*******
Dentro da audiência, o juiz já estava irritado pela demora da última integrante, Diana insistia para que a sessão não começasse sem Elena, já que ela era uma chave importante do julgamento. Logo, uma garota com uma pilha de papéis em mãos e de crachá entrou na sala e dirigiu-se imediatamente ao juiz, cochichando algo próximo a ele. Assim que ouviu a garota, ele levantou-se, fechou o processo e declarou a sessão encerrada. Um alvoroço se formou na sala, todos se entreolhavam assustados com a decisão do juiz, até que ele se pronunciou.
— A srta. Elena Gilbert, que iniciou esta investigação e, portanto, parte integrante e de presença imprescindível neste julgamento não poderá comparecer porque sofreu um grave acidente. Declaro que esta sessão encerrada por motivo de força maior. – ele disse e deixou a sala.
Damon permaneceu estático com os olhos bem abertos e focados em um ponto qualquer, não conseguia absorver todas as informações que acabara de ouvir. Elena havia mesmo vindo para seu julgamento, mas acabara de sofrer um grave acidente.
— Não! – ele gritou ainda aturdido com as notícias. – Onde ela está?
— Você ainda está preso. – Richard disse em um tom sério permitindo que os policiais o levassem de volta à delegacia.
— Eu preciso vê-la! – ele gritou.
— Acalme-se, Damon. – Diana disse em vão.
— Eu não quero me acalmar! – ele gritou raivoso. – Eu quero saber como ela está!
— Te manterei informado. – a mulher cochichou para ele enquanto o via sair.
Richard e Diana pegaram a viatura da polícia e foram imediatamente para o hospital. Encontraram Elena sendo levada para a sala de cirurgias. Exasperados, buscaram informações, mas ninguém sabia dizer como ela estava. Permaneceram aflitos esperando por notícias na sala de espera, depois de longos minutos um dos médicos apareceu.
— Vocês são parentes da vítima?
— Ela não tem parentes aqui, doutor, somos colegas de trabalho. – Diana contou às pressas. – Como ela está?
— O acidente ocasionou uma lesão na perna esquerda, duas costelas trincadas e ela bateu fortemente com a cabeça, por isso estamos mantendo-a em coma.
— Ela ficará bem?
— Precisará de apoio e cuidados, seu estado é considerado grave devido ao impacto que sofreu a cabeça, mas ela ficará bem.
— E como aconteceu o acidente?
— O veículo era um táxi e estava em alta velocidade, parece que furou o sinal vermelho e foi atingido por um caminhão. É tudo o que sabemos. – ele deu de ombros voltando para a sala de cirurgia.
— Doutor, quando podemos vê-la? – Diana quis saber.
— Ela estará sendo colocada em um quarto em alguns minutos, após isto podem vê-la. – então saiu.
Diana encarou a Richard com uma expressão desconfiada no rosto.
— Só eu acho que ela não estava apressada para a audiência? – ela perguntou.
— Algo me diz que não. – ele concordou com a namorada.
Pouco tempo depois, Margareth Salvatore entrou no hospital correndo, estava com uma expressão triste no rosto ao encontrar com os policiais.
— Eu não posso acreditar que aconteceu isto com essa pobre garota! – ela disse lamentando-se. – Ela me deixou isto antes de descer, me pediu que entregasse a você. – Margareth disse entregando nas mãos de Diana o pacote plástico com a micro câmera.
— Espere, descer de onde? – Richard perguntou.
— Ela estava na ClearQuimic antes de tudo acontecer, eu não entendi direito, mas ela estava preocupada de que Carmen a visse, depois disso saiu correndo da empresa e eu só ouvi lá de cima a batida. – a mulher contou.
— E quando ela te deu isto? – Diana perguntou mostrando o pacote em mãos.
— Antes de descer. – falou. – E como ela está?
— Ela vai ficar bem. – disse Diana afagando os ombros da Sra. Salvatore e encarando Richard por cima. Ambos sabiam que havia algo muito estranho naquela história.
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Pobre Elena! O que tinha de tão importante nessa filmagem?
Até a próxima! Beijinhos.