A Nova Seleção escrita por Giovannabrigidofic


Capítulo 13
♛Filhas de Greshtor - Províncias de Dakota do Sul, Louisiana, Arizona, Oklahoma e Nova Hampshire♛


Notas iniciais do capítulo

Olá Cookies! Bem, esse é o último capítulo das Selecionadas, o próximo vai falar do príncipe e sobre outro personagem - Sim, personagem novo! Quero agradecer á todas pelos lindos comentários!
Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/609674/chapter/13

"Uma vez alguém me disse que a esperança é a última que morre, mas acredito que seja o amor;"Selecionada Meryl Ambers

♛Monyra♛

É duplo o caminho que seguimos quando a obscuridade das coisas nos atinge: ou a razão ou a autoridade. A filosofia promete a razão e liberta apenas a pouquíssimos, os quais ela leva não só a não desprezar aqueles mistérios, mas também a entendê-los segundo possam ser entendidos.

O trecho do livro era bastante interessante, mesmo não fazendo muito meu estilo de leitura; por mais que eu não me incomodasse de ler qualquer tema; mas filosofia era bem interessante quando você á colocava nos fatos do dia a dia.

Passava horas e mais horas, lendo e atendendo os clientes que entravam na biblioteca, que meus pais haviam herdado do meu avô.

Meu trabalho dobrou com a chegada do pequeno Jacob. Meus pais estavam muito animados com o nascimento dele, e eu também.

Passei as mãos sobre o cabelo curto e ruivo e guardei o livro sob o balcão, ao ouvir o sininho da porta, alertando a entrada de alguém.

– E aí, Mona? – Tulebbe chega desabotoando o casaco de pele, mostrando a camiseta estampada.

– Oi. Não sente frio? – Perguntei ajeitando meu casaco de lã.

– Vim correndo até aqui – franzo a testa –, não vai me dizer que esqueceu, Mona? – Além de perguntar, ela ainda me lembrava o apelido ridículo que tinha posto em mim, mas era engraçado.

– Realmente, não me lembro. – Respondo sinceramente.

Não havia quase ninguém na loja, exceto eu, Tulebbe e... Ricky.

– Hoje é o sorteio das Selecionadas, cabeça de vento! – Ela se exalta, rindo. – Como pôde esquecer? – Ela indaga, depois começa á assimilar os fatos, se curva no balcão revelando meu livro. Ela pega-o e olha negativamente – e incrédula – para mim.

– Descupa, não pude resistir. – Digo.

– Hoje é um dia importante, não podia esperar e ler depois?

– Não, eu nunca deixo um livro para depois, você sabe disso. – Olho para a sombra de Ricky atrás das estantes. – Além do mais Ricky está escolhendo um livro.

– Ou, veio aqui te ver. – Ela sussurra com um sorriso malicioso. Tulebbe conhece todos os meus segredos, inclusive que acho um dos clientes – Ricky – muito bonito. Mas de modo algum teria coragem de dizer isso a ele.

– Isso nunca vai acontecer. – Respondo saindo de trás do balcão, um pouco triste. Procuro por Ricky entre as fileiras de estantes, quando esbarro nele e caio no chão.

– Descupa. – Ele pede, me ajudando a levantar.

– Não foi nada. – Respondo, visivelmente envergonhada. – Bem, preciso fechar a biblioteca. Pode voltar amanhã se quiser.

– Claro. – Ele coloca o livro na estante novamente e sai da biblioteca.

– Ainda não sei por que não fala o que sente a ele. – Tulebbe diz ao sairmos da biblioteca.

– Eu não tenho nada a dizer – digo – nem você. Jura para mim, que não vai contar á ele.

– Juro solenemente que nunca contarei ao lindo e charmoso Ricky, que vem quase todos os dias na biblioteca, que acha-o bonito. – Ela diz com um sinal de rendição. – Pode deixar, Mona, da minha boca, não vai sair nada.

*********

Tulebbe se senta ao meu lado no sofá. Ser da Três deu a minha família uma vida confortável; minha mãe sentou ao lado do meu pai, depois de colocar Jacob para dormir.

Assistimos o Jornal Real, atentamente, pelo menos o fim dele.

– Monyra Stain, 17 anos, casta Três, bibliotecária, Província de Dakota do Sul.

Olho para o canto direito da tela onde está a imagem do príncipe. Antes que eu pudesse ver sua reação, o choro de Jacob vem do quarto e minha mãe passa na frente da TV.

(...)

♛Alyna♛

– Se tiver coragem, tente me vencer! – Mattew – meu irmão gêmeo, grita de seu cavalo.

– Eu vou ganhar de você, e vou fazer você vestir aquele tutu novamente! – Grito.

Nossos cavalos estão a poucos metros de distância, damos 3 voltas na fazenda até que por fim, eu venço.

– Perdedor. – Eu digo, rindo, e desmontando o cavalo.

– Não vou vestir aquele troço – ele diz e eu sorrio –, nem aquela asa ridícula. – Ele pula no chão.

– Não há problema, ganhar de você já é gratificante!

– Idiota. – Ele resmunga.

– Não sou surda – Digo –, boboca.

– Também não sou surdo, criancinha.

– Cala a boca, Mattew.

– Cala a boca, você.

Brigar faz parte, inclusive quando se é irmão gêmeo. Sou a única filha em dois meninos. Depois de Mattew e eu, vem Daniel. Nossa mãe morreu de um ataque no coração, o que nos abalou muito, e fez com que nosso pai se afastasse de nós por um tempo. Ser da Quatro nos favoreceu em termos financeiros, já que nossa fazenda produz muito;

Na minha festa de cinco anos, com o tema de “Princesas das fadas”, fiz Mattew vestir um tutu e uma asa. Posso dizer que ele ficou uma “gracinha”.

Depois da morte da minha mãe, fomos morar com meu tio – ele trabalha como guarda –, foi difícil para mim no começo, já que eram 3 – meu tio quase não dava as caras - homens em casa e só eu de garota. Mas eu me acostumei. A fazenda era um bom lugar para se morar.

Voltamos para casa, e Mattew ainda estava com a cara amarrada. Sentamos no sofá, um ao lado do outro e ele estava estático. Ficamos assistindo ao fim do Jornal com nosso pai e irmão, e sentia que ele queria dizer algo.

– O que foi? – Pergunto a ele. O mesmo franze a testa. – Você quer falar alguma coisa, o quê? – Ele hesita por alguns instantes.

– Você é perfeita. – Ele me abraça e eu fico, surpresa. Eram raras as vezes que nos abraçávamos. – Se for sorteada, saiba que te amo muito, independentemente de qualquer coisa que eu tenha lhe falado.

– Ok. – Respondo. – Também te amo muito, Mattew.

– Own, que coisa linda! – Daniel diz debochadamente.

– Agora, diz que eu sou perfeito. – Ele se solta do abraço e olha para mim maliciosamente.

– Você é... – Tento dizer, mas sou interrompida pela TV.

– Alyna Parker, 17 anos, casta Quatro, fazendeira, Província de Louisiana.

(...)

♛Angela ( Angie )♛

Passava o pincel sobre a tela. As cores cinza e laranja pareciam ficar ótimas, quando juntas.

A casa estava silenciosa depois da recente briga. E dessa vez, a culpa era minha. Se inscrever na Seleção era algo bom, não? Mas meu pai parecia não enxergar isso, e descontava sua raiva em meu irmão, em mim; mas principalmente em nossa mãe.

Odiava quando ele batia nela. Era horrível ouvir ela pedindo para que ele parasse, e logo pela manhã ver o estrago em seu rosto e corpo. Já havia parado de tentar compreender que outro motivo, se não a falta de dinheiro, impedia minha mãe de se separar do meu pai.

Uma vez, em uma discussão, tentei impedir que meu pai socasse minha mãe. Até hoje tenho uma marca acima do olho;

Me sentia profundamente magoada, e deixava algumas lágrimas caírem, mesmo quando tentava ser forte e aparentar frieza.

– Angie? – Uma voz feminina me chamou. – Angie? – Ela repetiu.

– Estou aqui. – Grito do porão.

Ouço alguns gemidos, que chegavam mais perto a cada segundo. As silhuetas da minha irmã e nosso irmão aparecem, trazendo consigo o corpo dolorido de nossa mãe. Imediatamente corro até eles e ajudo-os a carrega-la até o sofá.

Sua aparência estava horrível. Manchas roxas jaziam sob seus olhos e algumas marcas de sangue seco sobre seu braço estavam bem á mostra.

– Mãe – Sussurro. – A quanto tempo? – Pergunto olhando para minha irmã.

– Faz uns dez minutos que á encontramos na cozinha. No chão. – Anne diz. Deixo algumas lágrimas caírem, mas não posso ficar chorando enquanto minha mãe está mal.

– Anne, vá pegar um copo d´água, Isaac, traga a caixa de primeiros-socorros. Rápido. – Mando. Os dois correm escada acima.

Arrumo o cabelo da minha mãe; rosto bem claro, e cabelos e olhos cor de amêndoas. Não tinha puxado isso dela, era mais clara e meus cabelos eram bem escuros, e meus olhos eram da mesma cor. Vê-la machucada e vulnerável me machucava profundamente, e mais que isso, era saber que ela estava assim por me defender. Ser da Cinco não ajudava em nada, e só piorava nossa situação, eram raras as vezes que conseguíamos atendimento rápido no hospital mais próximo.

– Aqui. – Anne entrega o copo. Ergo delicadamente o corpo de nossa mãe e derramo pequenas quantidades de água em sua boca. Ela se mexe um pouco, incomodada mas engole a água.

Ouvimos um barulho vindo de cima, apoio minha mãe sobre a almofada e corro as escadas. Chamo por Isaac, que diz estar na sala. Chego até ele.

– O que foi? – Pergunto. Ele desvia seu pequeno corpo da frente da TV, deixando á mostra minha foto na tela.

– Angela Christinny Waters, 16 anos, casta Cinco, Pintora, Província do Arizona.

– Eu não acredito! – A voz ensurdecedora do meu pai berra. Me viro para trás, espantada. O vaso de flores se choca violentamente sobre meu rosto.

(...)

♛Lucianna♛

– O que quer aqui? – Pergunto, ríspida.

– Nada, só vim te ver. – Sua costumeira voz rouca não me assustou nem um pouco.

– Me deixe em paz. Nosso trato dizia que você sairia da minha vida, a partir do momento em que fizesse aquela porcaria de ficha. Eu fiz, agora caia fora.

– Não, nosso trato dizia que eu só á deixaria em paz se você fosse aceita. E você ainda não foi.

Ser da Três pode ser bom, mas não seve de nada, quando seu objetivo principal não é viver para você mesmo, e sim para os outros.

– Saia daqui. – Ele dá mais alguns passos na minha direção, sorrindo maliciosamente.

– Tudo tem um preço. – Ele para na minha frente.

– Não precisa me lembrar. – Eu tento me esquivar, mas ele segura me braço.

– Acho que preciso sim, então, o que pode me oferecer, em troca da sua liberdade? – Ele morde os lábios.

– O que você quiser.

*********

Arrumo minha roupa e subo para a sala, incomodada e culpada. Não queria fazer aquilo. Me inscrever na Seleção era só uma simples “fuga” e se ganhasse, poderia apostar que ele faria minha vida um inferno – se é que já não era.

O sofá estava vazio e a TV ligada. O jornal Real já deveria ter começado a muito tempo, enquanto eu estava ocupada. Estava no fim.

– Lucianna White, 20 anos, casta Três, sem ocupação, Província de Oklahoma

(...)

♛Meryl♛

– Que garota, linda. – Meus irmãos mais velhos babavam diante da visão das Selecionadas.

– Elas são bem mais novas, então tirem o cavalinho da chuva. – Minha mãe comenta.

– Não importa, são bonitas. – Luca responde.

– Concordo. – Ewan afirma.

Somos da Quatro. Nossa família é composta por meus pais, os gêmeos idiotas, Ewan e Luca. E por fim, eu. Todos nós trabalhamos numa escola, nossa. Ser professora é muito bom, é legal poder passar seu conhecimento para os outros.

– Calem a boca, quero ver a próxima Selecionada. – Meu pai repreende, e recebe um tapa da minha mãe. – Calma, mulher. – Ele sorri.

Apesar de não sermos ricos, temos uma vida confortável, e somos bem alegres.

– Como será que vai ser a próxima Selecionada? – Luca pergunta.

– E eu vou saber? – Ewan debocha.

– Cala a boca, mané. – Luca tapa a boca do irmão.

Me inscrever na Seleção, por livre e espontânea vontade, foi ótimo para mim, ninguém me pressionando e tals. Não sofri nem um pouquinho, e recebi muito apoio.

– Meryl Ambers, 19 anos, casta Quatro, professora, Província de Nova Hampshire

– Uau. – Luca diz.

– Seu idiota, ela é nossa irmã! – Ewan repreende.

– Eu sei. – Luca comenta. – Só estou feliz, por que finalmente vamos ter um dos nossos dentro do palácio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Amei escrever sobre as Selecionadas! Cada uma era um desafio para mim, e vê-los cumpridos, é gratificante! Espero que tenham gostado!
Farei uma ficha de perguntas para as Selecionadas, se você não respondeu á uma pergunta que foi feita num capítulo, no próximo é a sua chance de responder!
Ps: Não se esqueçam de entrar no site - as fotos das Selecionadas estão lá.
Beijos
WWWWWWWWW - Críticas são sempre aceitas, se não gostou de algo, é só falar