O Espantalho de Alphic escrita por João PCS


Capítulo 2
Os guerreiros de Pandora parte 1




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Semanas depois do ocorrido com os Dominics, a história caiu no esquecimento, mas outra tragédia circulava novamente na grande cidade de Pandora.

– O REI FOI SEQUESTRADO! O REI FOI SEQUESTRADO! - gritava um mensageiro do rei enquanto corria pelas ruas de sua cidade, espalhando o terror com suas palavras em plena luz do dia.

Foi um choque a todos que ouviram: como alguém poderia ter sequestrado o rei, em seu palácio, cheio de seguranças, na luz do dia, sem ninguém suspeitar de nada?

As conversas, paranoias, conspirações e reclamações de que seu bom rei sumiu tinham tal volume que podia ser ouvido do quarto do príncipe como um sussurro. O mesmo estava sentado em uma cadeira, com um papel em mãos. Tal papel foi encontrado na sala do rei, com os dizeres:

"Eu o sequestrei, sou aquele que todos temem

Aquele que ninguém consegue escapar

Com isso a história se inicia

Um espantalho e uma família

O fogo e a magia

Um grupo será criado

Para esta história consertar

Quando está fácil charada descifrar

Venha para Fallstar."

Para o príncipe era obvio seu próximo passo, reunir guerreiros de várias partes de Alphic, assim se preparando para o inimigo que teria que enfrentar. Depois de refletir um pouco, decidiu que deveria fazer um torneio, selecionando assim alguns competidores à seu grupo de guerreiros.

Ele chamou um dos guardas, e mandou o mesmo espalhar a palavra, uma promessa de fortuna aqueles que ele considerava bons guerreiros. A unica coisa agora a se fazer era esperar até que os guerreiros que buscam fama e fortuna chegarem, e até isso, teria que acalmar o povo, de maneira à tal que os mesmos não se revoltem. Subiu em uma parte alta do castelo, geralmente usada para fazer discursos, para que assim pudesse falar com o revoltado povo de Pandora.

– Meu povo! Venho aqui até vocês, não como um tirano, assim como alguns de vocês pensam, mas como um líder! - Falava com extrema confiança nas palavras, e como se tivesse séculos com experiência em acalmar pessoas. - Estou aqui para melhorar suas vidas, pensar em seus problemas!

– QUEREMOS O REI DE VOLTA! - Ouviu-se uma voz no meio da multidão de pessoas.

– Eu sei, e, para que isso seja possível, estou reunindo guerreiros de toda a Alphic para que possam nos ajudar a resgatar meu pai, nosso rei! Eu mesmo irei se tiver que empunhar uma espada para que ele volte a seu reino! A unica coisa que peço para vocês por agora, é que confiem em mim! Confiem, e como recompensa, terão seu rei resgatado!

O povo se animou nesta ultima parte, e todos aplaudiram suas palavras. Ele voltou para seus aposentos, estava orgulhoso de suas palavras, mas ainda não estava pronto para ter conversas sociais com os serviçais e guardas, sentia que ainda deveria se isolar por um tempo.

Quando chegou lá, estava sendo esperado por uma figura encapuzada, e automaticamente pôs a mão em sua espada, achando que iria ter que usa-la.

– Não vamos precisar disto agora, não estou aqui para matar você, não seria tão emocionante. - Disse o homem encapuzado.

– Quem é você? - Perguntou o príncipe.

– Eu? - Sorriu ele. - Me chamo Giruvehan.

– Foi você! Você capturou meu pai!

– Ultimamente me mandam fazer tudo, pelo amor.

– "Me mandam", você não está sozinho neste plano? E qual é o propósito disso?! - Falou o príncipe, já se revoltando com a possibilidade de alguém ter conspirado contra sua família.

– Garoto, olhe como você fala comigo, eu poderia te matar aqui e agora, assim como poderia fazer o mesmo com seu pai, e qualquer um que você ama. Não sou um de seus escravos que você chama de serviçais, ficou claro? Você está em minhas mãos.

Ele não deu nenhuma resposta, ficou apenas ouvindo.

– Não se preocupe, quem está comigo não é nenhum conhecido seu, e são apenas negócios. - Disse Giruvehan. - Deve estar se perguntando o porquê, mas qual graça teria se eu te contasse agora? - Olhou para a janela. - Já vou indo, tenho outros assuntos a tratar. - E então saiu pela porta.

O príncipe abriu a porta, para ver por onde ele sairia sem ser visto. Olhou para um lado e para outro, não estava em lugar nenhum. Como ele poderia apenas ter sumido?

Agora pouco importava, assim como Giruvehan apontou, teria respostas depois. Agora seria uma questão de tempo até que justasse seus guerreiros e aspirantes a tal. Antes de fechar a porta, ouviu passos rápidos vindos da escada.

– Senhor, Senhor! Um guerreiro chegou, e está quase desmaiando e aparenta estar com fome, como proceder?

– Céus, trate ele bem, é nosso convidado! O que mais faria?!

– Certo! Desculpe pelo incomodo. - O guarda saiu correndo.

Certo tempo depois, o príncipe ficou curioso, como alguém teria chegado tão rápido, e por que se apressar? Foi até onde colocaram ele a descansar, de seu lado tinha uma espada gigante, era quase do tamanho do dono da mesma, avaliando a altura ou a largura. A espada estava rachada, apresentava um aspecto horrível. Uma mochila com partes rasgadas e suja estava do lado, o príncipe nem se interessou em olhar dentro dela. Jogado encima da mochila estava uma armadura, de certo modo, conseguia ser mais gastada do que a espada.

Afinal, quem é ele?


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