Estas palavras contarão a história do Espantalho, desde a fatídica noite das chamas até que se resolva seu conflito eterno.

Os Dominics são uma família de fazendeiros honestos e trabalhadores, procurando apenas sobreviver felizes como estavam. Maximus e Flora são os pais de Alexandre. Maximus foi criado de uma maneira humilde. Tinha cabelos castanhos, curtos e um destratados pelos seus 34 anos de idade. Maximus sempre tentou ensinar a seu filho princípios de honra, disciplina e honestidade. Flora tem cabelos loiros, ondulados e compridos. Olhos azuis e certa gentileza no olhar. Flora sempre tentou mostrar para Alexandre a beleza em todas as coisas, a natureza e princípios de respeito. Alexandre é um menino atento, esforçado e desde sempre quis ser um soldado, para servir seu reino, assim como seu irmão, que viera a falecer.

No meio do grande milharal tinha um espantalho, o qual Alexandre havia posto uma armadura de couro, com partes de ferro. Nas extremidades dos braços haviam luvas vermelhas, e nelas apoiadas espadas comuns, presas ao corpo com cordas. Todo dia Alexandre ia até o espantalho para treinar suas habilidades em combate. Tudo estava completamente tranquilo e alegre na fazenda dos Dominics, até que uma noite em especial chegou a vir.

O Sol demorou um tanto mais para deixar aquele dia, assim como os ventos pareciam soprar menos. Um sujeito misterioso se aproximou da propriedade, envolvido em uma capa. Usando seu cajado como bengala foi aos poucos se aproximando. A família estava jantando e se divertindo quando a figura misteriosa bateu em sua porta. Neste momento as risadas pararam, tomadas pela curiosidade.

Maximus abriu a porta, apenas começou a praguejar e mandar o estranho embora. Ele o tocou no peito, e Maximus caiu morto. Flora viu tudo e começou a gritar, quando raciocinou quem era, mandou Alexandre sair pela porta dos fundos. Ele correu e correu, depois de certo tempo se deparou com o espantalho.

Ficou olhando para ele por alguns momentos, com alguma esperança de que o mesmo o protegesse. Depois de um tempo, sentiu uma mão tocar seu ombro, sentiu medo, tal sentimento nunca tinha sentido antes.

- Senhor... Por que está aqui?

- Seu pai e eu nos conhecíamos faz um tempo, apenas quis fazer uma visita.

- Se foi apenas uma visita... - Alexandre fez uma pausa. - Por que matou meu pai? E minha mãe está viva?

- Ele me magoou muito, me traiu em um negócio. E não, eu tive que mata-la também.

Alexandre estava perplexo, é um rapaz inteligente, mas não conseguia entender o porquê daquilo. O homem olhou para o espantalho, chegou perto dele e o tocou no peito. Sua mão ficou azul, e logo o espantalho também. O brilho não durou mais que 3 segundos.

- Garoto, agora seu espantalho tem vida, e ele se lembra de todos os dias que vocês passaram, seja lá o que tenham feito. Pelas espadas, parece ter sido para treinamento.

Apontou o cajado para Alexandre, que ficou paralisado, mas logo o baixou, aparentava ter uma outra ideia em mente. Pegou uma adaga que estava em um bolso, e sem piedade, cortou o pescoço do jovem menino. Apontou então o cajado para o espantalho, ainda pendurado. As cordas que prendiam ele à estrutura foram soltadas, assim fazendo-o cair. O cajado foi apontado pela terceira vez para a casa, e nada aconteceu.

- Espantalho... Volker? É, Volker é um bom nome para você. Você vai demorar até conseguir se mover ou falar. Mas eu quero apenas que você se lembre de uma coisa, de meu nome. - A casa então começou a pegar fogo. - Eu sou Giruvehan... Procure por vingança.

Então Giruvehan saiu andando, tão tranquilamente quanto veio. O fogo estava alto, e a casa se esfarelando. Volker não estava vivo nem a uma hora, e já presenciou raiva, e automaticamente despertou um espirito de vingança.

Ele teria que matar Giruvehan.