O reino das rosas. escrita por Lord JH


Capítulo 38
Segredo.


Notas iniciais do capítulo

Eleanor recebe uma mensagem secreta das mãos da duquesa e descobre informações preocupantes.



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O beijo foi longo e saboroso, com Diana aproveitando cada reação de sua amiga nortenha enquanto Eleanor aproveitava o doce e caloroso beijo da duquesa.

O pequeno pássaro vermelho apenas observava a cena enquanto comia e saboreava algumas migalhas de pão. 

Alguns murmúrios foram proferidos e as duas línguas chegaram a se tocar antes que as duas garotas separassem os lábios.


Diana sorriu pervertidamente ao perceber as bochechas de Eleanor se avermelhando, e com um tom irônico, perguntou — Por quê está tão vermelhinha, minha pombinha? Por acaso estás tendo algum pensamento nostálgico?


Eleanor apenas manteve a calma e o controle de sempre e respondeu —Pelo o visto não sou eu quem está nostálgica hoje.


Diana sorriu pervertidamente e após acariciar o rosto da condessa novamente, Falou — Talvez você esteja certa... Mas isso não vem ao caso agora. Você sabe ou não onde está a sua amada? — Perguntou Diana novamente.


Depende do que você deseja falar com ela. — Respondeu Eleanor com firmeza.


Afe, é a Meg que quer falar com ela, pois a minha baronesa descobriu que o pó dourado serve para matar imps e quer que a Jennifer á ajude a coletar algumas flores para produzir mais pólen do tipo. — Respondeu Diana impaciente.


Ah, se é apenas isso. A Jennifer está no jardim, brincando com o Brown, o cachorro dela. — Respondeu Eleanor rapidamente.


Diana: — Hum, ótimo. Agora eu poderei encontrá-la e levá-la até a minha princesa para que elas possam conversar a sós e resolver este problema de uma vez por todas. Ah, e por falar em conversas particulares, eu peço para que você passe no salão de escrivania mais tarde. Tem algo que eu preciso e desejo falar com você.


E qual seria o assunto da conversa? — Perguntou Eleanor sem rodeios.


Você saberá quando for me encontrar no salão de escrivania. — Respondeu Diana indo em direção á porta que ligava a sala de jantar ao jardim.


Espere! — Pediu Eleanor antes de Diana deixar o cômodo.


O que foi? — Perguntou Diana confusa.


Eleanor: — Este assunto de conversa é algo sério ou é apenas uma desculpa idiota para me ver novamente?


Diana sorriu e pensou um pouco antes de responder — Hum... As duas coisas. — E partiu de maneira provocante ao encontro de Jennifer.


A pequena garota azarada estava no jardim, brincando, enquanto observava Brown correr atrás dos pequenos e belíssimos passarinhos azuis que ciscavam, reviravam, e beliscavam a grama, á procura de pequenos vermes e sementes de alpiste e mostarda.


Oh, então é aqui que você está! Finalmente encontrei você, pequena princesa. A minha Baronesa deseja falar com você. — Disse Diana ao se aproximar lentamente de Jennifer.


O que ela quer? — Perguntou Jennifer ainda um pouco assustada com a noite que havia passado nas mãos da duquesa.


Ela deseja falar com você sobre o pólen dourado. Aparentemente ela descobriu que ele funciona perfeitamente contra os imps e deseja que você á ajude a coletar mais flores para produzirmos mais pó. — Respondeu Diana ao aproximar a sua hábil mão direita da cabeça da pobre garota azarada e lhe acariciar os seus belos, porém curtos cabelos dourados.


Então me leve até ela! Pois eu pretendo ajudar! — Propôs Jennifer ao pular e ficar feliz com a boa noticia.


Claro minha querida, te levarei até ela. — Sussurrou Diana ao segurar na mão de Jennifer e guia-la até o laboratório da baronesa.


Ao chegarem lá, Meg ordenou que Diana pedisse para que um dos cavaleiros preparasse a cabra gigante dela, a Mary, e que Jennifer fosse com ela até o celeiro e ajudasse a baronesa e o cavaleiro ajudante a carregar algumas ferramentas de jardinagem.


Você não vem, amor? — Perguntou Meg ao se virar e olhar para Diana.


Eu creio que não, minha linda. Eu acredito que eu deva ficar, comandar, e organizar a mansão enquanto você estiver fora. Além do mais, eu estou bastante curiosa sobre os efeitos do pólen dourado sobre o imp. Será que eu posso ler o seu relatório enquanto você estiver fora? — Perguntou Diana fingindo inocência.


Claro que sim amor! Ele está em cima da minha mesa no laboratório. Cuide das coisas enquanto eu estiver fora. — Falou Meg ao montar na cabra branca e estender a mão para Jennifer.


Claro que sim, querida. Eu cuidarei de tudo como sempre! Você vai ver. — Falou Diana ao se despedir das duas garotas loirinhas que partiam acompanhadas por um nobre cavaleiro em direção aos enormes campos de flores do reino das terras além da floresta.


Então, ao perceber que Meg e Jennifer já estavam longe do alcance da visão, Diana foi até o laboratório da duquesa, pegou o relatório escrito por Meg, e foi até a sala de escrivania no outro lado da mansão.


A sala ficava em uma das torres mais altas, e enquanto Diana lia sobre o efeito do pó no imp, alguém bate na pesada porta de madeira.
Toc, toc, toc...


Entre! — Ordenou a duquesa sem nem sequer desviar o olhar do papel.
A porta é então aberta, e a princesa fria fala — Estou aqui. Sobre o que você queria falar?


Diana então desviou a sua atenção do papel e ao olhar nos olhos gélidos da bela, porém pequena condessa, falou — Ah, é você. Eu até havia me esquecido que eu estava te esperando.


Bom, aqui estou eu. Sobre o que você desejava falar? — Perguntou a jovem condessa novamente sem rodeios.


Antes feche e tranque a porta atrás de você. — Falou Diana fingindo indiferença.


Eleanor manteve a sua voz calma e de maneira sincera, zombou — Você ao menos poderia fingir ou disfarçar que não pretende abusar de mim aqui?


Diana sorriu com o comentário da princesa fria, e após olhar pervertidamente para a garota de cabelos negros, respondeu — Não se trata de você! E sim do assunto do qual nós vamos falar. Ele é muito secreto. Então, fecha logo a porcaria da porta.


Eleanor não acreditou muito nas palavras da duquesa, mas fez como a garota ruiva havia lhe pedido. E depois de girar a chave pela ultima vez, perguntou — Pronto! Está feito. E agora?


E agora aproxime-se da mesa. Tem algo aqui que eu quero lhe mostrar! — Respondeu Diana voltando a ler o relatório de Meg.


Eleanor se aproximou a passos lentos, desconfiada de alguma artimanha da duquesa, mas ao ficar de frente para Diana, a garota ruiva apenas abriu uma gaveta e lhe entregou uma carta.


O que isto? — Perguntou Eleanor ao pegar a carta da mão de Diana.


Uma carta. — Respondeu Diana sem rodeios.


E o que está escrito nela? —Perguntou Eleanor ao olhar as letras no papel.


Leia-a e você saberá! — Respondeu Diana com uma certa grosseria.


Eleanor apenas ignorou o modo bruto de falar da duquesa e começou a ler a carta que dizia:
" Para a Baronesa Margarete, protetora regente das terras além da floresta.
Me chamo Marilion e sou um dos cavaleiros que acompanham vosso pai e o exercito do rei. Escrevo esta carta para informá-la que estamos aprisionados dentro das minas de Miriac, no meio do deserto vermelho. Perdemos a batalha contra os imps no deserto, onde o rei foi morto por um dragão negro e de olhos vermelhos, o maior que eu já avistei em toda a minha vida. O exercito de imps é interminável, acuados, não tivemos outra escapatória senão adentrar nas profundezas das minas da Miriac, comandados pelo Duque Lucio e o conde Tony. Escrevo-lhe que o vosso pai, o barão Luiz, senhor das terras além da floresta, encontra-se gravemente ferido, e provavelmente não sobreviverá por muito tempo. Estamos fazendo o máximo possível para tratá-lo, mas não temos muitas ervas medicinais e a comida que temos logo se tornará escassa. Por sorte, estamos escondidos nas adegas e dispensas da mina, onde encontramos alguns alimentos e bebida para alimentarmos nossos homens. Infelizmente os imps adentraram na mina, e surgem de buracos no chão e pela parede. Também caem do teto as vezes e a cada dia temos menos homens para enfrenta-los. Escrevo esta carta, pois tentarei escapar das minas e informá-la de nossa situação. Caso esta carta chegue até você, saiba que eu consegui sair das minas, porém acho pouco provável que eu consiga atravessar o deserto vermelho. Então, caso eu consiga sair, mandarei a mensagem pelo meu falcão de estimação, Brimir. Espero que esta mensagem chegue em vossa senhoria e que algo mude a nossa sorte, pois se a situação continuar como está... Logo todos os reinos cairão nas mãos destas desprezíveis criaturas."


Ao finalizar a leitura da carta, Eleanor encara Diana com uma expressão de descrença e pergunta — Quando você recebeu esta carta?


Diana solta o relatório de Meg por sobre a mesa, e após soltar um longo suspiro, responde— Foi há duas semanas atrás. Eu estava caçando uma garot, digo, uma "coelhinha" quando avistei um falcão mensageiro pousado em um galho com uma mensagem presa á perna. Este era o "Brimir", que é mencionado e está escrito na carta.


Eleanor examinou a carta novamente e ao entregá-la de volta para Diana, perguntou — A Meg leu esta carta?


Mas é claro que não! — Respondeu Diana nervosa. — Você acha que eu tive coragem de contar para ela que o pai dela provavelmente deve estar morto no meio de uma mina fedida? Ela ficaria arrasada!


E o que você pretende fazer? Esconder a verdade dela até que o pai dela ressuscite? — Perguntou Eleanor de maneira irônica.


Não, sua tola! Mas eu pretendo ter certeza da situação antes de contar para ela. E é por isso que você está aqui. — Falou Diana ao se levantar da cadeira e ir na direção de uma jarra de vinho branca acompanhada de duas taças de prata que estavam sobre uma mesinha de canto.


Como assim?— Perguntou Eleanor curiosa e confusa.


Você é a unica que pode e consegue chegar lá a tempo e em segurança. Você pode voar até lá no seu pássaro da felicidade, ou Feliz, seja lá a maneira que você chama aquele animal, e checar se existe uma rota segura para que alguns cavaleiros e eu possamos chegar até as minas de Miriac. Caso exista, contarei a Meg sobre a carta e direi a ela que pretendo ir até as minas salvar os nossos pais. — Explicou Diana ao servir as duas taças e oferecer um pouco de vinho para a Condessa.

 

Você tem um mapa do reino dos espinhos? — Perguntou Eleanor ao aceitar a taça e dá um gole na doce bebida.


Tenho sim. Por sorte nós estamos no lugar com o maior numero de livros e informações existentes do reino. O pai da Meg poderia ser um homem bem cruel, mas de fato era bem culto. — Falou Diana ao retornar a mesa e abrir uma outra gaveta de onde ela retirou um mapa velho e amarelado.


Ótimo. Com ele não terei o risco de me perder e voar na direção errada. — Comentou Eleanor ao pegar o mapa.


Você sabe ler um? — Perguntou Diana antes de dar um longo gole na taça de vinho em uma de suas mãos.


Não! Eu apenas cheguei e voei até aqui sem ter a minima noção de orientação ou de direção. — Respondeu Eleanor de maneira fria e grosseira.


Nossa! Como você é insensível comigo, Eli... — Sussurrou Diana com ironia.

Olha só quem fala! — Zombou Eleanor ao se virar e dar as costa para Diana.


Espera, aonde você vai? — Perguntou Diana confusa.


Vou buscar o Feliz. Você já se esqueceu de que eu preciso dele para voar? — Respondeu Eleanor ao parar em frente a porta.


Eu sei disso, mas não vá agora! Espere até o anoitecer. Eu não quero que ninguém veja ou saiba o que está acontecendo. Até porque será mais seguro para você viajar escondida pela escuridão. — Argumentou Diana ao se aproximar da jovem condessa.


Tudo bem! Concordo com você. Mas... Será que já posso abrir a porta? — Perguntou Eleanor com serenidade no olhar.


E por que a pressa? Nós temos tanta coisa ainda para conversar... — Sussurrou Diana ao se aproximar da porta e retirar a chave da fechadura.


Garanto que não é nada que me interesse. — Falou a condessa com um olhar de desprezo.


É mesmo? Será que eu posso saber o motivo de você está sendo tão grossa comigo? — Perguntou Diana ao acariciar o rosto e o cabelo da bela e pequena princesa fria.


Foi você quem começou... — Respondeu Eleanor em um sussurro.


Mas foi você quem me respondeu com grosseria quando eu apenas perguntei se você sabia ler o mapa. — Falou Diana ao aproximar o rosto da face pálida da jovem condessa.


Eu não preciso saber ler! O Feliz é um pássaro mágico. E não existe ninguém melhor do que uma ave mágica para entender de viagens, rotas, e direções. — Argumentou Eleanor com a voz fraca ao sentir a proximidade dos doces lábios da duquesa.


É mesmo? E quanto as pombinhas brancas do norte? Elas sabem achar o caminho de volta para casa e para as donas dela? —Perguntou Diana com os lábios quase tocando a boca gélida da princesa fria.


Sim! Elas sabem... Mas apenas para aquelas donas á quem elas escolhem servir... — Sussurrou Eleanor uma ultima vez antes de permitir passagem para os lábios e a língua da bela e provocante duquesa do reino dos espinhos.


O beijo foi profundo, porém não muito longo. Ao finalizar o ato, as duas garotas ficaram admirando o olhar uma da outra, até que Diana lembrou de algo e falou — Ops, quase que eu me esqueço. Vem cá! — Falou a duquesa ao segurar a condessa pela mão e guia-la até a mesa.


O que foi? — Perguntou Eleanor confusa.


Não é nada demais! Apenas que eu tenho um presente para você. Segredou Diana ao dar uma batidinha em uma das gavetas da mesa.


É mesmo? E o que é? — Perguntou Eleanor curiosa.


Ah... O que "é" é surpresa. Mas para você ganhá-lo precisa merecê-lo. — Sussurrou Diana com um olhar pervertido.


E o que eu preciso fazer para merecê-lo? — Perguntou Eleanor sem tirar os olhos do olhar sádico de Diana.


Bem, isso você vai ter que adivinhar... — Respondeu Diana ao acuar Eleanor de frente para a mesa e derrubá-la com um beijo por sobre o belo móvel de madeira.


Eleanor pensou em resistir por um momento, mas os beijos e a respiração ofegante por sobre o pescoço da jovem condessa, fez com que Eleanor desistisse de resistir e se entregasse sem medo nas mãos sádicas, pervertidas, e carinhosas de Diana.


A princesa perseverante não pensou duas vezes antes de ficar revezando entre chupões, beijos, e suspiros no pescoço; e beijos profundos, e doces selinhos na boca da bela princesa fria.


Porém, foi apenas quando Eleanor começou a retribuir o beijo, que Diana decidiu largar as mãos da condessa, que estava sendo segurada bruscamente, e começar a segurar e acariciar os curtos cabelos negros de Eleanor; que teve as suas mãos livres para segurar o tecido vermelho da roupa nas costas da duquesa com a mão esquerda, e de acariciar e de segurar o longo cabelo ruivo com a mão direita.


Então, ao se sentir tocada e retribuída por Eleanor, Diana Decidiu retirar, delicadamente, cada parte de roupa da condessa. Porém, ao chegar nas roupas intimas, a princesa fria falou — Não!


Não? — Perguntou Diana confusa.


Não! Hoje eu quero que seja diferente! Hoje eu quero ver você primeiro. — Sussurrou Eleanor inebriada pelo desejo de possuir Diana.


Hum... Pelo visto a pombinha não é tão inocente quanto aparenta. — Sussurrou Diana ao sorrir pervertidamente e retirar o seu vestido vermelho sem nenhuma dificuldade ou cerimonia.


Eleanor observou cada detalhe do corpo vivido de Diana e comentou — O seu cabelo é lindo.


Diana sorriu e até corou um pouco, mas depois decidiu chutar a cadeira de madeira para longe da mesa com o intuito de disfarçar a vergonha e dar mais espaço para as ações.


Tão vermelho... — Sussurrou Eleanor ao acariciar o longo cabelo da duquesa.


Obrigada! A Meg também gosta bastante. Linhas vermelhas "beijadas pelo fogo"... É como ela costuma chamá-lo quando suspira e se inebria com o cheiro dele. — Sussurrou Diana ao abaixar o rosto, beijar a barriga de Eleanor, e suspirar em seu ventre antes de retirar a ultima peça intima restante do corpo da condessa.


Talvez ela esteja certa... Pois você me faz imaginar uma bela sereia com longos cabelos de algas vermelhas cor de sangue. — Comentou Eleanor ao apreciar cada detalhe do longo e belo pelo avermelhado.


Diana: — E você me lembra uma pombinha... Com belas penas brancas e sombrios olhos negros.


Eu não tenho olhos negros! — Refutou Eleanor usando a logica.


Não mesmo! São azuis como o gelo... Iguais ao meu. Mas o seu cabelo é escuro e negro como a noite sem luar. Lindo e belo como os olhos de uma pomba. — Sussurrou Diana antes de beijar um dos olhos da condessa, o direito.


Eleanor: — Por quê pomba?


Como assim? — Perguntou Diana ao acariciar a parte inferior da lábio da princesa fria com o dedo polegar da mão direita.


Por quê pomba? Eu nunca entendi o fato de Você e Meg sempre me chamarem de "pombinha" do norte. — Explicou Eleanor de maneira sincera.


É por quê as pombas brancas foram as aves mais comuns no reino das terras além da floresta. Isto até elas voarem para o norte sem motivo nenhum. — Explicou Diana ao beijar o queixo de Eleanor.


E por quê elas voaram? — Perguntou Eleanor confusa com a estória.


Porque elas tem asas! Hêhehe... — Ironizou Diana com um sorriso no rosto.


Eleanor apenas manteve a mesma apatia de sempre e murmurou um — "Era pra rir?"


Diana ficou bastante sem graça e reclamou — Afe! A Meg teria rido desta piada...


Isso porquê a Meg faz qualquer coisa que você manda ou aconselha! Mesmo que seja rir das suas piadas ruins. — Falou Eleanor com a voz fria e suave de sempre.


Duvido muito disso! Mas voltando ao assunto das pombas, a Meg acredita que elas se cansaram de ser uma presa fácil no sul onde tudo é verde, e decidiram ir para o norte onde tudo é branco e elas ficam quase que invisíveis sobre o olhar humano. — Explicou Diana enquanto tentava estimular as pernas da condessa com caricias maliciosas.


E você acredita nisto? — Perguntou Eleanor ao tocar uma das cicatrizes no seio da ruiva com a mão.


Eu não! — Segredou Diana ao sussurrar no ouvido da morena. — Eu acredito em uma outra teoria.


E qual é? — Perguntou Eleanor curiosa sobre o assunto.


Diana:— Eu acredito que elas voaram ate lá apenas para ver a garota mais bela, linda, bonita, e maravilhosa que surgiu por aquelas terras do norte.


E quem seria esta menina tão linda e especial? — Perguntou Eleanor com uma voz tremula de desejo.

Diana sorriu e ao acariciar carinhosamente o rosto de Eleanor, respondeu — É a princesa do reino de gelo! Ela é a pombinha mais bela que já existiu. Assim como também é a garota de cabelos negros mais bela que eu já vi... Ela é... Você. — Segredou Diana antes de beijar a condessa novamente.


Eleanor se entregou ao malicioso beijo da duquesa e depois permitiu que Diana descesse com a boca, deixando uma trilha de beijos pela sua branca e fria barriga, até chegar no ventre e na região preciosa da princesa fria, onde Diana aproveitou cada "beijo".


Totalmente entregue, a princesa fria aproveitou cada segundo e momento do "ato"; Que foi finalizado no momento em que Eleanor sentiu os lábios de Diana tocarem novamente a pele branca e fina de sua pálida e gélida barriga.


Diana beijou carinhosamente o umbigo da pequena condessa, e depois lambeu grande parte da barriga da princesa fria, até retornar para os lábios gélidos que a duquesa tanto queria beijar e provar novamente.


Eleanor então aproveitou a sede de beijo de Diana e usando toda a sua força, jogou a princesa perseverante para o lado, fazendo-a cair de barriga pra cima sobre a mesa, podendo assim subir e sentar no colo da duquesa enquanto segurava as mão da garota ruiva com força.


Mas o que é isso...? A minha pombinha quer ficar por cima? — Provocou Diana com um olhar e um sorriso pervertido.


Eleanor tomou coragem e após controlar a respiração, falou — Pombos adoram ficar por cima! Você devia saber disso. Afinal foi você quem me disse que elas gostam de "voar!"


Diana apenas sorriu e aproximou o rosto da face gélida de Eleanor, que lhe presenteou com um rápido beijo selinho, antes de fazer força e jogar a duquesa para baixo novamente.


Por quê fez isso? — Perguntou Diana confusa.


Eu já falei! Hoje eu quero ver "Você!" — Respondeu a condessa ao acariciar os cabelos vermelhos da duquesa novamente.


Diana ficou imóvel, apenas esperando e tentando imaginar qual seria a próxima ação da garota morena que fitava os seus olhos com um olhar de cristais de gelo.

Foi então, que em um sussurro, a condessa sussurrou — " Beijada pelo fogo..." Em algumas partes do seu corpo isto é um fato.


Como assim? — Perguntou a duquesa confusa.


Desse jeito. — Sussurrou Eleanor ao deslizar o nariz pelos pequenos seios da duquesa e beijar uma das marcas de queimadura na barriga de Diana.


Diana ficou extremamente tensa e incomodada, e após puxar Eleanor pelo cabelo, falou — Jamais faça isso novamente!


Eleanor ficou extremamente confusa, e após retirar a mão da duquesa de seus cabelos, perguntou— Por que não? Não gosta de ser beijada pelo gelo?


Gelo? No seu caso tá mais para neve. E não! A unica que pode beijar essas partes é a minha princesa. Nunca mais beije estas partes novamente! — Alertou Diana enraivecida.


Então é isso? Você faz o que quer comigo, mas me impede de te dar um misero beijo? — Indagou Eleanor inconformada, porém calma.


Não nas cicatrizes e queimaduras! — Resmungou Diana em resposta.


Então ao menos me mostre o que eu sempre quis ver... — Pediu Eleanor ao acariciar a bandagem branca na perna direita da duquesa.


Você é surda? Eu falei não!!! — Repetiu Diana ao perder a paciência e gritar com a princesa fria.


Não! Mas não sou a Meg, com quem você grita e manipula a hora que quer. Eu vou arriscar a minha vida por você hoje. O minimo que você poderia fazer é confiar em mim. — Respondeu Eleanor com uma calma tranquilizante.


Diana respirou profundamente e após controlar a raiva, falou — Sabe qual foi a primeira impressão que eu tive de vocês duas quando nos encontramos pela primeira vez?


Não. — Respondeu Eleanor paciente.


Eu imaginei ter conhecido duas riquinhas esnobes que não me davam a menor atenção por causa dos boatos que existiam sobre mim no meio da corte. — Respondeu Diana com sinceridade.


E você acreditava realmente nesse julgamento? — Perguntou Eleanor curiosa.


De inicio sim. Porém, depois eu descobri que vocês não me evitavam por causa da minha origem e dos meus boatos. E sim porque vocês eram duas meninas muito estranhas. — Respondeu Diana enquanto tentava acalmar o tom de voz.


Ainda somos "estranhas"? — Perguntou Eleanor curiosa sobre a opinião da amiga.


Você sim! Mas a Meg mudou bastante. Você lembra que ela só queria saber de ler livros e ficar ao lado do pai? — Perguntou Diana com nostalgia no olhar.


Me lembro sim. Também me lembro que fui eu, a "estranha" que me aproximei primeiro de você. — Respondeu Eleanor de forma direta.


Diana: — Sim. Eu me lembro... Eu me lembro que estávamos no castelo das rosas e a Meg estava lendo um livro embaixo da rosa azul gigante, e você não estava muito longe. Se eu me recordo bem você também estava lendo um livro.


Verdade! Era um livro sobre pássaros. Eu me lembro bem quando eu desviei o meu olhar do livro e avistei aquela menina alta de cabelos vermelhos. Foi a primeira vez que eu vi uma garota tão bonita antes. — Segredou Eleanor sincera.


Diana: — Talvez! Mas eu me lembro que foi naquele momento que o seu pai apareceu! Ele te chamou e falou que eu era a "nova" filha e herdeira do duque e que nós deveríamos nos dar muito bem.


Sim! E foi ali que tudo começou... — Comentou Eleanor. — Eu ainda me lembro da Meg corando quando eu apresentei você á ela.


Hahaha... Verdade. Foi a partir daquele momento que nós tivemos que ouvir todos os contos que existiam nos malditos livros dela. — Relembrou Diana com felicidade.


Você odiava os contos, mas adorava observar cada detalhe do corpo da jovem baronesa. — Falou Eleanor com um sorriso de canto no rosto.


Talvez... Mas foi apenas quando nos tornamos melhores amigas que eu percebi que eu estava apaixonada por ela. — Segredou Diana com sinceridade.


Eleanor: — Não sei exatamente quando vocês se apaixonaram, mas eu me lembro bem do primeiro beijo que vocês deram! Foi na carruagem á caminho do castelo.


Bom, na verdade aquele foi o nosso primeiro beijo que "você" viu. Antes daquele eu já havia beijado a Meg umas sete vezes enquanto nós brincávamos de pega, nesta mansão. — Confessou Diana nostálgica.


Até imagino... Toda vez que você conseguia pegá-la, você roubava um beijo. — Arriscou Eleanor um palpite.


Diana: — Hêhehe... Até parece que você estava lá! A minha "cabrinha"... Sempre era pega por mim.


Cabrinha? — Perguntou Eleanor curiosa.


É um apelido interno. Sabe como é... Aqueles nominhos fofos que um amante dá para o outro. — Explicou Diana envergonhada.


Eleanor: — Entendo... E qual é o seu?


Diana: — O meu o quê?


Eleanor: — O seu nominho fofo de casal.


Diana ficou extremamente envergonhada, mas sem receio nenhum falou — É cabrinha também.


Eleanor conteu um sorriso e ao acariciar o rosto da duquesa perguntou — Será que algum dia a pombinha ganhará a confiança da cabrinha vermelha?


Diana desviou o olhar dos olhos gélidos e azulados da condessa, e falou — Só se a pombinha prometer nunca contar para ninguém...


A pombinha promete. — Jurou Eleanor ao beijar o peito esquerdo da duquesa.


Então que a pombinha veja o que ela deseja. — Sussurrou Diana ao fitar o teto sem ter coragem para olhar nos olhos da amiga nortenha.


Eleanor não comentou nada, e apenas começou a desfazer o laço apertado no tecido branco da bandagem.


Então, após algum tempo de complicações, o laço foi desfeito, e Eleanor pôde desfazer o curativo e observar a odiosa palavra marcada na pele da jovem duquesa.


Indigno... — Sussurrou Eleanor ao ler a palavra.


Feliz agora? Saciou a sua curiosidade? — Perguntou Diana aborrecida.


Não e sim. — Respondeu Eleanor ao cobrir a palavra de quatro letras novamente.


Não e sim? Seja mais clara Eli! O que raios você realmente achou!? — Perguntou diana impaciente.


Eu já falei. Indigno! Esta palavra que foi marcada em sua pele é indigna para você. — Respondeu Eleanor enquanto refazia o pequeno nó do curativo.


Diana bufou de raiva com a falta de emoção da amiga e perguntou — Era o que você esperava?


Eleanor: — Não! Mas pelo menos isso ajuda a explicar algumas coisas. Porém...


Porém o quê? — Perguntou Diana impaciente.


Eleanor ficou em silencio por alguns segundos, mas depois tomou coragem e perguntou — Quem fez isso com você?


A pergunta da princesa fria fora pura e sincera demais para o coração pesado da princesa perseverante, que apenas respondeu — Um homem muito mal.


Eleanor percebeu que havia conseguido penetrar mais fundo na alma de Diana do que qualquer outra pessoa no mundo. Talvez, até mais profundo que Meg, ou o próprio duque Lucio tenham feito antes.


A Meg já viu? — Perguntou Eleanor já imaginando que a resposta seria positiva.


Sim! E igual a você ela me forçou a mostrar! — Respondeu Diana de imediato.


E o que ela falou? — Perguntou Eleanor curiosa sobre o caso.


O que você acha? É obvio que ela me fez mil perguntas! Perguntas das quais eu não respondi nenhuma! — Respondeu Diana emburrada.


Conhecendo a Meg como eu conheço, acredito que ela não tenha desistido. — Palpitou Eleanor de maneira confiante.


É claro que não! Tive que prometer a ela que um dia contaria toda a historia pra ela, mas apenas quando eu estiver pronta. Ela, claro, não desistiu, e certo dia eu a encontrei escrevendo um Diário com todas as informações e boatos que ela conseguiu juntar sobre mim. — Contou Diana, agora sem receio.


E o que você fez? — Perguntou Eleanor imersa na historia.


Eu tomei o diário dela e li todas as informações que ela tinha sobre mim. Depois, apaguei as informações falsas e devolvi para ela com as informações corretas e corrigidas. — Respondeu Diana com sinceridade.


E ela leu? — Perguntou Eleanor, insegura se deveria continuar se aprofundando no assunto.


Diana: — Acredito que sim. Se ela leu,não me contou! Só sei que desde aquele dia ela não me perguntou mais nada.


Eleanor estava perplexa com a tranquilidade com que Diana se "abriu" para ela. E corajosamente, arriscou mais uma pergunta — Mais alguém sabe?


Diana respirou profundamente, e após suspirar, respondeu — Apenas o meu pai e provavelmente algumas pessoas do reino dos espinhos.


Entendo... — Sussurrou Eleanor de forma indiferente.


Mais alguma pergunta? — Perguntou Diana ao ter coragem de encarar Eleanor nos olhos novamente.


Não. Obrigada! — Agradeceu Eleanor ao dar um beijinho gelado no rosto de Diana.


Diana apenas esnobou o ato da amiga e perguntou — E agora que você sabe a verdade... Qual é a sua opinião sobre mim?


Eleanor apenas pensou rapidamente e logo respondeu — A mesma de antes.


Diana gargalhou alto após ouvir a resposta de Eleanor, e logo ironizou — Claro que não mudaria! Você e a Meg são todas iguais, não importa o que eu diga vocês nunca vão mudar as suas opiniões sobre mim! Hahaha...


Mas algo mudou em minha opinião. — Falou Eleanor para contradizer Diana.


É mesmo? E o que mudou? — Perguntou diana incrédula com as palavras da amiga.


Mudou que agora eu sei que você não é apenas má por índole, mas também por vivências passada. — Respondeu Eleanor com a sua sinceridade de sempre.


Diana riu alto, mas logo contestou dizendo — Mas eu não sou tão má assim. Sou?


Ah não? Quer que eu faça uma lista com todos os seus delitos, dos mais leves até os mais graves? — Ironizou Eleanor ao fazer a pergunta.


Há, como se você soubesse da minha vida. Hunf! — Resmungou Diana voltando a sua personalidade normal.


Eleanor conteu o riso de ironia, e ficou por cima da garota ruiva novamente, antes de dizer — Bom, algumas pessoas acham covardia e até mesmo um crime você matar um filhote, ou um bebê de um cervo enquanto ele mama em sua própria mamãe. Mas eu garanto que isto não é nada comparado a caçar garotinhas assustadas no bosque ou "bandidos" inocentes. (Sorriso calmo.) Você já pensou no que poderia acontecer se as pessoas, ou pior, se a própria Baronesa, ou até quem sabe, a rainha, ficasse sabendo desta sua caça á "coelhinhas" e "lobos" na floresta?


Não existe prova alguma de que isto seja um fato real! Então, sem provas, não existe crime! Ou seja, é apenas uma lenda! Além do mais, esta não é uma atividade muito comum e requer muito cuidado, atenção e habilidade. — Argumentou a princesa perseverante com um certo sadismo no olhar.


E você não tem medo do que a Rainha, ou a Baronesa fará com você quando descobrir? — Perguntou Eleanor novamente.


Bom, a rainha eu não sei... Mas o mais provável é que ela nunca fique sabendo de nada. Já a Baronesa... Eu acredito que não aconteceria muita coisa. Até porque você á conhece tão bem quanto eu, e sabe muito bem o quanto ela pode ser sádica quando motivada. — Falou Diana com um sorriso convencido no rosto.


E você acha que a Meg ficaria feliz em saber que você está "caçando" o povo dela? — Perguntou Eleanor incrédula.


Diana gargalhou e após cruzar os dois braços por sobre a nuca de Eleanor, e puxar o rosto da garota fria para perto do seu, a princesa perseverante riu e falou — Querida... Sendo filha de quem ela é, o mais provável é que ela se juntasse a mim na caçada. Hêhehe... Até porque ela não fala nada quando eu trago um bandido capturado ou esfolado para ela torturar.


Eleanor percebeu que aquele tipo de assunto agradava a duquesa, e tentando fazê-la ficar um pouco mais á vontade e feliz, a princesa fria perguntou — Então todos aqueles boatos sobre o Barão Luiz... Eram verdadeiros?


Quais? O que ele torturava bandidos em experiencias e caçava escravas e escravos na floresta? Se forem esses, eu acredito que sim! Até porque a filha dele tortura prisioneiros até hoje. — Respondeu Diana ao reacender o desejo em seu corpo e começar a encostar os lábios no rosto branco e pálido de Eleanor.


Mas o rei Marion, e até o seu próprio pai, o duque Lucio, proibiram a escravidão. — Argumentou Eleanor sem resistir as investidas de Diana.


Verdade! Mas isso não impediu o barão Luiz de manter os seus calabouços cheios. Até hoje ainda existem escravas acorrentadas nas masmorras desta mansão... Caso algum dia você tenha coragem eu te levo lá. E então, quem sabe, talvez você tome coragem e nós possamos nos "divertir" um pouco. — Sussurrou Diana ao arranhar com força as costas pálidas e brancas de Eleanor.


Obrigada! Mas prefiro manter os meus sonhos tranquilos durante a noite. — Explicou Eleanor ao fechar os olhos e beijar o seio direito de Diana.


Ohhh... A nossa fofa e querida Eleanor prefere bancar a menina boazinha... Talvez a menina bondosa não saiba, mas dormir com a namorada da amiga e ter um amor não correspondido com a parceira da rainha, ou da princesa, não é um ato muito honrado não. — Explicou a duquesa antes de lamber os lábios gélidos da princesa fria.


Eleanor: — Pode até não ser. (Beijinho!) Mas ainda é mais aceitável do que caçar outras pessoas por prazer.


Diana sorriu pervertidamente e decidiu continuar a provocar a princesa fria, falando — Ah... Você diz isso porquê nunca viu o desespero no olhar de uma criança sendo caçada, ou de uma mulher escrava correndo por sua liberdade e por sua vida em plena floresta.


Tem razão! Eu nunca vi! Mas acredito que os antigos mercadores de escravo do reino dos espinhos saibam como é. —Provocou Eleanor enquanto deslizava a sua boca pela barriga da duquesa.


Diana sorriu com a indireta, mas logo mordeu o próprio lábio e falou — Maldita pombinha! Sempre mais inteligente do que eu julgo ser. É uma pena que não duraria um dia no reino dos espinhos! Pois acredito que você nunca precisou matar ninguém... (Suspiro!) Me diga Eli... Já atirou alguma flecha no coração ou na garganta de alguém? Ou sequer já segurou uma espada alguma vez na vida?


Eleanor parou a trilha de beijos na região do ventre da duquesa, e logo respondeu — Não! Por quê? Foi assim que você acertou e assassinou a "Coelhinha"?


Diana deu uma risada pervertida, e com o corpo transbordando de prazer, desejo e sadismo, falou — Talvez... A ultima coelhinha foi na garganta, mas apenas porque ela estava muito assustada e ameaçava gritar. Mas eu prefiro derruba-las com uma flecha no pé ou nas pernas! (Bem na região do tornozelo ou das coxas!) E quando elas não aguentam mais correr, e eu as alcanço e as viro de frente para mim, e miro bem no seio esquerdo delas! Se elas não tiverem seios grandes é apenas uma, senão... Bom, já tive que usar mais de duas flechas para atingir o coração de uma! Todavia esse problema só acontece em certas adultas... E é por isso que eu prefiro as "coelhinhas"! São bem menores que as "Raposas" e bem mais fáceis de caçar. É uma pena que choram tanto...


Eleanor já estava extremamente incomodada com a sádica conversa e falou— Se eu fosse você eu parava com esta "brincadeira". Algum dia alguém verá você caçando alguma dessas "Coelhinhas" e a situação ficará complicada para o seu lado.


Diana apenas riu e ao acariciar os negros cabelos de Eleanor falou — Ah, minha bela pombinha... Se algum dia alguém me avistar em uma caçada, será o ultimo dia em que esta pessoa terá vida! Acredite em mim, é muito mais perigoso quando você tem que capturar uma "coelhinha" no meio de uma estrada para levá-la para a floresta e explicar as regras do jogo. As vezes até um saco de couro ou fibra na cabeça não é o suficiente para abafar os gritos de desespero.


Eleanor não aguentou mais o assunto e falou — Já chega! Não quero ouvir mais nada que não sejam murmúrios saindo dessa sua boca pecaminosa.


Hum... A pombinha perdeu a paciência! Lembre-se, Eli; Você não é tão boa ou justa quanto pensa que é... Ah! — Gritou a duquesa ao sentir uma mordida nas partes baixas de seu corpo.


Diana: — Nossa pombinha... Mordida não é ato de uma garota honrada.


Não! Mas ajuda certas "Cabrinhas" a ficarem de boca calada. — Respondeu Eleanor antes de continuar a beijar a parte preciosa de Diana.


Diana sorriu e apenas murmurou — E assim fogo e neve se misturam...


Ao anoitecer, Jennifer, Meg, o cavaleiro ajudante da baronesa, e Brown, retornaram para a mansão carregados de flores amarelas.


Todos jantaram uma ceia bastante farta, e depois foram para o laboratório de Meg para checar o resultado da colheita.


Então, enquanto todos discutiam e examinavam as plantas, Eleanor se aproximou sorrateiramente por trás de Diana e sussurrou — Sereia de cabelos escarlate! Estou partindo.


Diana se virou e ao perceber que era a jovem condessa, falou — Sereia escarlate? Bom, é melhor do que "cabrinha", eu acho.


Que seja; O Feliz está me esperando na varanda do quarto. Tenho que ir! — Falou a princesa fria ao se virar e caminhar em direção a porta.


Espera! — Exclamou Diana ao chamar a atenção de todos no laboratório. — Eu te acompanho até a varanda. — Disfarçou Diana tentando agir da maneira mais normal possível. (O que de fato funcionou, pois ninguém desconfia de duas amigas andando até uma varanda!)


Então, ao chegarem na varanda, Eleanor ordenou que Feliz se transformasse em sua versão gigante, e a obediente ave assim o fez.

A princesa fria checou o mapa novamente, e antes de se despedir falou — Você disse que me daria um presente se eu fizesse por merecê-lo. Será que eu não fui boa o suficiente?


Diana sorriu ao ouvir a pergunta da pequena condessa, e ao levantar o lado direito do vestido vermelho, a princesa perseverante mostrou uma bela adaga de prata com o cabo na forma da cabeça de um passarinho pressa á sua bandagem.


Aqui está o seu presente! Venha pegar! — Provocou Diana com um belo sorriso pervertido.


Eleanor apenas sorriu timidamente e aceitou a provocação da duquesa, retirando a adaga embainhada de dentro da bandagem da perna de Diana.


A adaga era linda, sendo a lâmina e o cabo feitos inteiramente de prata, e cabeça de passarinho entalhada no pomo lembrava muito o Pássaro vermelho da felicidade.


É linda... — Sussurrou Eleanor ao admirar a pequena arma.


Que bom que gostou, mandei fazer para você no momento em que você chegou aqui! Eu espero que esta adaga á proteja de qualquer perigo que possa surgir no caminho. — Falou Diana orgulhosa.


Espero que sim. —Agradeceu Eleanor ao se aproximar do rosto de Diana e lhe dar um beijo na bochecha.


Diana não perdeu a oportunidade e virou o rosto para surpreender a morena e lhe roubar um profundo e caloroso beijo.


Eleanor pensou em recuar, mas Diana lhe segurou os braços e a manteve no mesmo lugar.


Ao finalizarem o beijo, Diana sorriu e falou — As melhores armas tem nome. Você sabia?


Eleanor sorriu e perguntou — Então qual é o nome do seu arco e da sua espada?


Diana sorriu e ao se desvencilhar do corpo da condessa, respondeu — A minha espada se chama "sangue em chamas", por causa de sua lâmina de cor avermelhada como os meus cabelos. Já o arco... Bom, digamos que "matadora de coelhinhas" , se aplique melhor á ele.


Eleanor apenas balançou a cabeça em negação, e falou — Eu já escolhi um nome para a adaga.


E qual será? — Perguntou Diana curiosa.


Eleanor subiu no pássaro gigante e respondeu — "Beijo de fogo!" Em homenagem a garota que me deu ela.


Diana apenas sorriu pervertidamente e falou antes que o pássaro decola-se — Eli! Prometa-me que você vai voltar!


Eleanor apenas sorriu de maneira tímida e respondeu — Eu prometo!


Diana: — Ótimo! Pois tem mais uma coisa que você precisa saber!


O que é? — Perguntou Eleanor confusa.


Diana: —Eu quero que você continue sendo... O meu pássaro frio da felicidade!


Eleanor apenas sorriu e ordenou que feliz levantasse voo. Porém, enquanto estava sentindo o vento frio da noite escura batendo em seu rosto, a princesa fria sussurrou — E você Diana... É o meu verdadeiro pássaro vermelho da felicidade.


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Notas finais do capítulo

Continua...



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