P.O.V Albus Severo Potter .

Quando James saiu, eu entrei, não queria esperar por Scorpius, estava ansioso e não estava aguentando esperar ele sair. Ela estava com cara de cansada, mas continuava tão linda.

– Oi pequena.

– Oi Al. – ela levantou e me abraçou.

Sentir aquele abraço, me deu forças para continua calmo e não mata o James.

– É tão bom ouvir sua voz. – eu falei e ela riu.

– Isso sim que é novidade. Me conte tudo o que aconteceu enquanto eu estava fora. – ela falou e eu sorri.

– Nas aulas não aconteceu muita coisa, mas se quiser eu te passo tudo depois, mas não há nada que você já não saiba. Aprendemos a fazer o feitiço do patrono. Isso você terá que pedir ao professor porque eu ainda não sou muito bom. – ele falou e eu assenti. – Petter e Rose finalmente assumiram o que sentem um pelo outro, e pelo o que estou sabendo ele vai pedi-la em namoro.

– Aleluia! – ela gritou. – Não sabe como estou feliz por eles, só esperem que eles não fiquem melosos. – ela disse rindo.

– Eu também. – concordei. – Estava com saudades desse seu sorriso, você só sorriu uma vez enquanto estava em coma, mas eu nem estava aqui, tinha ido a sala da McGonagall e Scorpius que ficou aqui, porque James tinha ido tomar banho.

Ele estava precisando. – eu sorri, quando percebi que ela estava rindo.

P.O.V Scorpius Malfoy

Albus estava demorando muito, eu precisava falar com ela, não era nada demais, mas ela estava demorando muito. Então decidi entrar.

– Albus, você tem aula agora, melhor ir. – falei. – Eu cuido dela.

– Tudo bem, melhor eu ir. – ele falou, e voltou a olhar para ela. – Nos vemos amanhã cedo na viagem para a Toca.

– Amanhã? Caramba, já? – ela perguntou e eu assenti sorrindo. – Nos vemos então.

Ele saiu e eu fiquei olhando-a, pensando no que eu falaria primeiro.

– Que bom que acordou. – falei e ela me olhou nervosa.

– Como se você se importasse. – falou irritada.

– É claro que me importo, eu te carreguei até aqui, eu vim te ver sempre que pude, junto com Albus.

– Exatamente, junto com ele, não esqueci do que você disse a ele, está bem?Que não significou nada, foram só uns amassos, como se eu fosse lixo, uma vassoura que deu tudo o que tinha que dar e quebrou.

– Acha mesmo que aquilo foi sério? Eu não quero perder a amizade dele, e nem a sua. Eu gostei do beijo sim, e faria mais quantas vezes eu pudesse.

– Então porque não faz?

– Por que eu não posso.

– E por que não?

– Por muitos motivos, eles amam você, Albus é meu melhor amigo e você é minha prima e eu não posso me apaixonar.

– Sou sua prima de segundo grau, Malfoy.

– Isso não vem ao caso.

– É claro que vem, você não vê o que eu estou sofrendo, não é só culpa do James, mas sua também. Não vê que quanto mais eu te vejo, pior eu fico? Não entende que eu estou apaixonada? E sei que você também, mas acha que não pode, você é covarde, não tem coragem o suficiente para assumir o que sente por mim, por medo d sei lá o que, ou de sabe se lá quem. Eu cansei de sofrer por vocês, pelos três.

– Três?

– É, três, também estou confusa quanto ao Albus, Regina gosta mesmo dele, não posso tomar ele dela assim, sem nem mesmo saber o que realmente sinto por ele, e ele também me magoou quando disse que estava apaixonado por mim e começou a ficar com ela três dias depois.

– Você deu um fora nele.

– Nunca dei um fora nele, só não queria magoá-lo. Não queria que ele achasse que eu o amo.

– Você nunca parou para pensar que você também nos faz sofrer?

Eu me levantei e decidi sair, eu nunca perco a cabeça, mas dessa vez tinha sido demais para mim. Voltei para o meu quarto, arrumei minhas coisas e fui dormir.

P.O.V Isabella Black .

Acordei com alguém batendo na porta, me levantei e fui abrir, era Rose.

– Bom te ver, Ro. – disse enquanto abria a porta para ela.

– Bom é saber que você está bem amiga. – ela falou e eu sorri

Passamos um bom tempo conversando, e arrumando a minha mala, a manhã estava linda, cheia de neve, e as crianças do primeiro ano brincavam lá fora, como se o mundo fosse perfeito.

Saímos do castelo e encontramos com eles a nossa espera, estávamos todos ali, Weasley’s, Potter’s, Malfoy e Black’s. Tinha bastante gente, e estávamos todos nos dirigindo até a carruagem, Lucy estava ali, tentando se esfregar em James que não dava a mínima para ela.

Entramos nas carruagens, Lucy, Dominique, Roxanne, Lily e Molly II em uma. Louis, Fred, Albus, Hugo e Scorpius em outra. E eu, Rose, Petter e James na ultima. Eramos muitos.

Estávamos saindo do castelo, indo até a estação de Hogsmead, o trem seria só nosso. Ver Petter e Rose abraçados me fazia em pensar em ter alguém só pra mim, em estar feliz e sorrir o tempo todo. Mas quem poderia me deixar assim?
Entramos no trem e foi a maior bagunça, eu queria ficar sozinha, então peguei uma cabine só pra mim. Agora que sei o que eles sentem por mim, parece que as coisas só ficaram mais difíceis, os três mal estavam se falando, James e Albus só brigavam, como sempre, mas agora nem Scorpius conseguia acalmá-los. E tudo só tendia a piorar.

Estávamos no meio do caminho quando escutei batidas na porta, levantei para abrir, não estava esperando por ninguém. Mas fiquei feliz em vê-lo, acho que estava mesmo precisando conversar.

– Que bom que está aqui, precisamos conversar. – falei, e ele assentiu.

– Concordo, mas preciso que você também me ouça, antes de sair me criticando. – James argumentou. – Sabia que está na “nossa” cabine?

– Nossa cabine? – perguntei e depois entendi. – Ah, sim, a cabine do primeiro beijo.

– É, achei que soubesse quando entrou aqui, eu sei que muita coisa mudou desde aquele dia, meus sentimentos por você só aumentaram, Isa. Queria que soubesse.

– Muita coisa mudou, James. Percebi que não posso mais viver assim, sem alguém não tem graça. Só estou confusa, quero saber qual de vocês gosta mesmo de mim. Não quero me magoar outra vez, e nem magoar ninguém.

– Eu farei por merecer, pode ter certeza, antes de você apareceu, eu nunca pensei que fosse me apaixonar, não sabia se estava preparado, mas acho que essa não é a questão, de estar preparado ou não porque quando você menos espera e mais precisa, alguém aparece e te faz ver as coisas de outro jeito. Não sei direito como fazer você me escolher, nem sei se sou o cara certo pra você, não sei se te mereço, só quero que seja feliz, se for comigo melhor ainda. Mas se não, paciência.

– Obriga por me entender James. – agradeci. Levantei e o abracei, o abraço me fez sentir acolhida e amada, suas mãos fortes pegaram minha cintura e ele me pegou no colo, por eu ser uns dez centímetros mais baixa que ele.

– Melhor eu me arrumar, já estamos chegando. – falei e ele assentiu.

– Sim, nos vemos lá.

Dei um beijo em seu rosto e ele saiu, eu me arrumei e logo chegamos em King’s Cross, atravessamos a plataforma e fomos para a toca. Era bom ver aquele lugar de novo, sempre considerei o senhor e a senhora Weasley como meus avós, eu fui criada junto com todos eles. Era bom passar o natal ali, bom passar mais tempo com a Rose, estava precisando da minha melhor amiga.

Descemos do trem e lá estavam o senhor e a senhora Potter, e meus pais. Fiquei tão feliz em vê-los que corri para abraçar eles, Scorpius pegou minhas malas, como não podíamos fazer magia ali, ele teve que carregar até meu pai pegá-las e agradeceu a ele por mim. Saímos em direção a toca, fui no carro com meu pai, minha mãe, Petter e Rose.

Algum tempo depois, chegamos a toca. Sai do carro correndo e corri para abraçar minha madrinha e todos que estavam ali, subimos para guardar as coisas. Como Gui e Fleur moravam perto dali, a mais ou menos um morro de distancia, Dominique, Louis, Victoire, Lucy e Molly II não ficariam para dormir.
Tivemos o maior trabalho para dividir os quartos, mas conseguimos, nossos pais deram a ideia de ficarmos todos no porão.

Eu e as meninas ajudamos a senhora Weasley e a senhora Potter a fazer o jantar, estavam todos famintos, mas eu não tinha fome alguma. Depois fomos colocar a mesa e os garotos ajudaram, James quase sempre pegava minha mão “sem querer”, quando encostávamos em algo juntos, e eu sempre ficava vermelha. Sei que não tinha porque, até porque já havíamos nos beijado antes, mas tudo estava tão louco na minha cabeça.

P.O.V James Sirius Potter .

Eu precisava de uns conselhos, então fui procurar meu pai, sabia que ele já devia ter passado por isso e então fui atrás dele.

– Pai, posso falar com você, é importante. – chamei-o e ele ficou me encarando.

– Claro. – ele falou para mim.- Eu já volto meu amor. – falou para minha mãe.
Saímos da cozinha, e fomos até seu quarto.

– Pai eu tô com problemas.

– Isso dá para perceber, mas que tipo de problemas.

– Eu acho que estou apaixonado. – falei e ele riu.

– E desde quando isso é um problema, filho? Isso é ótimo. – ele falou e sorriu, mas eu continuei quieto. – Quem é ela?

– Passa a ser problema quando tem mais dois garotos apaixonados por ela. Melhor eu ainda não falar quem é.

– Isso sim é problema, mas é só você fazer ela gostar de você, seja você mesmo que ela vai se apaixonar.

– Mas... ela já gosta de mim. – gaguejei e ele riu.- O problema é que ela também está confusa, e não é assim tão fácil quando os garotos são seu irmão e o melhor amigo dele.

– Seu irmão? – meu pai perguntou assustado. – Ele também gosta dela? Quem é ela? – ele perguntou, mas não pude responder porque alguém bateu na porta, e entrou.

– Vocês estão ai, o jantar está pronto. – Isabella falou, me encarando.
Ela disse tão educadamente que não consegui ficar sem olhá-la, não sabia como ela podia ser tão linda.

– Obrigado querida, nós já vamos descer.- meu pai respondeu.

– Não foi nada.- ela disse sorrindo.

Aquele sorriso, ela saiu logo em seguida, e eu fiquei observando-a. Até meu pai começar a rir.

– É ela, não é?

– Ela quem? Isabella, claro que não.

– Claro que sim, você estava quase babando ai.

– Como é que sabe?

– É fácil, você olha para ela do mesmo jeito que sua mãe me olha, e fica sem fôlego quando ela sorri, igualzinho a mim. Filho, ela vai ser complicada, não tenho como te dizer o que fazer, mas seja você mesmo que ela saberá de quem ela realmente gosta.

– Obrigado pai. – falei, ele se levantou da cama e eu também, e descemos para jantar. E foi a primeira coisa que reparei, ela tinha trocado de roupa e estava tão linda, com os cabelos presos em um rabo e a franja solta cobrindo parte de seu rosto, estava com um vestido rosa claro, justo em cima e rodado em baixo, e sapatilhas brancas.

P.O.V. Isabella Black .

Todos estavam no jardim, prontos para comer, quando James desceu com o tio Harry, ele me olhou e sorriu, seus olhos brilhavam ao encontrarem os meus, ele sorria tanto que parecia doer. Sentamos, James, eu, Albus e Scorpius de um lado da mesa e Rose, Petter, Teddy e Victoire do outro. Tudo estava incrível, só por eu não ter olhado para a cara da Lucy até agora.

Comemos e quando terminei, pedi licença e me levantei, acho que Victoire percebeu que eu não estava muito bem, e foi atrás de mim.

– Isa? Espere. – ela gritou.

– Oi Vi. – falei e ela sorriu. – O que foi?

– Estava preocupada com você, não é de sair da mesa assim, aconteceu alguma coisa?

– Ah, você sabe como é, garotos.

– E como sei, Teddy me dá o maior trabalho, isso que eu sou metade veela em. – ela falou e sorriu.
Ela e Teddy já estavam juntos a mais de três anos, e ainda se davam muito bem juntos.

– Mas agora vocês estão bem, eu tenho três problemas, o seu ainda é um só.

– Três, achei que era só o James.

– E era, até tudo começar a dar errado e acontecerem coisas que não deveriam.

Sentamos no sofá e eu contei a história toda para ela, dos últimos quatro meses para cá.

– Não acredito que a Lucy fez isso, como ela pôde? Tudo bem, todos sabem que James não é nenhum santo, mas eles são primos e de primeiro grau, isso é nojento.

– Pra você ver, Lucy nunca foi com a minha cara, e ele sabia. Com tantas por ai, ele não devia ficar justo com ela.

– Concordo, mas ele pelo menos se arrependeu e te pediu desculpa, e te explicou o porque, não é?

– Sim, e isso me deixou ainda mais confusa, mas não sei, acho que o Scorpius é o que me deixa com mais raiva, ele não demonstra, finge que não é com ele e ainda joga as coisas na minha cara, falando que sou eu que estou errada. – falei e ela ficou me olhando. – Eu errada? Vê se pode isso? – gritei.

– É, não pode. – ela falou, e desatamos a rir, até que Gina e Hermione entraram na sala.

– Do que estão rindo meninas? Queremos rir também. – falou Gina, empolgada.

– Garotos. – dissemos as duas juntas.

– Quais? – perguntou Hermione, sorrindo.

– Todos. – dissemos juntas, e voltamos a rir.

Ficamos nisso até os meninos entrarem e nos chamarem para descer, decidi que eu ia, mas tomaria um banho primeiro.

Quando cheguei lá, não tinha ninguém, acho que devem estar esperando para tomar banho também, então me deitei no meu colchão e fiquei esperando alguém chegar. Scorpius foi o primeiro a descer, ele estava lindo, como de costume. Sem camiseta, só de calça e com o cabelo todo molhado, ele e aquela barriga tanquinho e aqueles braços fortes.

– Está fazendo o que aqui sozinha? – ele disse, me olhando de cima a baixo.

– Esperando todos descerem. – falei. – Senta ai.

– Tá legal. – ele falou e se sentou na minha frente. - Me desculpe. – ele disse olhando para o colchão.

– Pelo o que?

– Por não demonstrar o que eu sinto por você. Não achei que precisava, já que você já sabia.

– Eu não sabia, só desconfiava, não tinha certeza de nada. Não depois de tudo o que eu ouvi. – falei.

– Tenho sorte de você não ter desistido de mim, não é?

– Eu sou grifina, lembra? Sou corajosa, não desisto. E você também, sei que te chamei de covarde, mas eu estava nervosa.

– Sim, eu sei, mas percebi que tudo o que você disse era verdade, eu estava com medo, mas não era de perder a amizade de ninguém, porque se ele for mesmo meu amigo vai entender, mas sim com medo de me apaixonar por você. Com medo de que aquele beijo significasse coisas demais para mim e de menos para você.

– De menos para mim? Sofri como um elfo antes da guerra, ou como um duende. Não sabe como foi difícil ouvir aquilo tudo sobre você e fingir que não sentia nada. – falei e ele se aproximou, eu sabia que ele iria me beijar. E eu queria, na verdade queria isso dos três, e foi quando percebi que não podia, ele só conseguiu chegar até o selinho, e eu parei.

– Não posso. – falei e ele me olhou sem entender.

– Sem pegação aqui, por favor. – Hugo falou enquanto descia as escadas. – Eu disse que eles estavam se pegando Lily, agora pode descer. – ele gritou, e eu fiquei vermelha. E todos começaram a descer.

– Querem dormir? Não estou com nem um pouco de sono. – falou Rox

– Não. – todos gritamos. E começamos a rir.

– Porque não jogamos algo? – falou Rose.

– Mas o que? – eu perguntei.

– Eu estou sem ideias. – respondeu Albus.

– Nem olhem para mim, sei que sou um gênio, mas to sem cabeça hoje. – falou James.

– Nem se acha, né Potter. – zombou Rose, e nos duas rimos e jogamos um travesseiro nele.

– Doeu. – brincou James, que pegou o travesseiro e bateu em mim, e assim começou a guerra. Ficamos nisso por um bom tempo, até que eu cai, e logo em cima do James.

– Calma Black, se me quer é só falar. – zombou James. Confesso que gostei de ver ele brincando comigo de novo.

– Para de ser idiota, eu cai. – retruquei.

– Justo em cima de mim? Que conveniente Black. – ele falou, e eu me levantei, notei que Albus e Scorpius tinham reparado no que aconteceu e ficaram olhando.

– Ufa, venci. – todos se jogaram nos colchões, cansados, e dissemos ao mesmo tempo. E todos começamos a rir.

– E agora? Vamos fazer o que? – perguntou Lily.

– Já sei, que tal um verdade ou desafio? – disseram Fred e James ao mesmo tempo.