Sweet Illusion escrita por Walker Sophia


Capítulo 7
Epilogue


Notas iniciais do capítulo

Lencinhos...
P as lágrimas de alegria xD



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Sweet Illusion

Epilogue

Segunda-feira – 15 de Abril de 2024 – 11 horas e 26 minutos

Localização – Apartamento de Castiel – Lawrence – Kansas

Castiel fez uma carranca para a pequena criança a sua frente. Uma pequena garotinha de cabelos negros e repicados, pele bem pálida, como se quase não visse o sol a tempos, lábios vermelhos e cheios, sardas salpicando a face e principalmente, belos olhos verdes que pareciam ter uma galáxia em seu interior.

A pequenina, com não mais do que seus seis aninhos, havia quebrado um vaso ao correr pela casa inteira, tentando fugir de Cass, para não tomar banho. Castiel nem se quer ligava para o vaso de plantas que havia espatifado no chão, ele só havia temido que a peça caísse em cima da pequenina, machucando-a.

– Jude, o que eu te falei sobre correr dentro de casa? – Castiel perguntou em um tom falsamente bravo, mesclado de preocupação, a pequenina abaixou a cabecinha levemente e olhinhos de estrelas ficaram levemente apagados e acabou por fazer um biquinho de choro.

– Desculpa, papai. – com a voz chorosa, a criança murmurou, arrependida. Cass não resistiu àquela coisa simplesmente fofa e ajoelhou-se na frente de Jude, tomando cuidado com os cacos de porcelana espalhados pelo chão, e abraçou a pequena.

– Tudo bem, meu amor. Só tome mais cuidado, okay? – pediu com delicadeza e viu os olhinhos verdes se acenderem e com um sorriso belo nos lábios vermelhos, a criancinha sorriu, como se tivesse acabado de ganhar o melhor dos presentes do mundo – e realmente havia, nada melhor do que um abraço de um de seus pais.

– É por isso que ela vive aprontando com você, Cass. – os dois morenos ouviram uma voz comentando, divertidamente, atrás dos dois. Uma voz que ambos conheciam muito bem e que os faziam abrir um sorriso somente em ouvi-la.

– Papai! – Jude comentou, alegre e Castiel a soltou do abraço, vendo sua filha correr em direção ao seu marido, que sorrindo, pegou-a no colo, suspendendo-a no ar. Jude riu, gostosamente, com a brincadeira de seu outro pai e Castiel deu um leve sorriso ao presenciar a cena.

– Eaí, campeã. – com um beijo estalado na testa da garotinha, colocou-a novamente no chão e virou-se em direção a Castiel, dando-lhe um breve selo nos lábios – Bom dia, Anjo. – sussurrou contra o ouvido de Cass, ouvindo o moreno, em um sussurro embriagado, devolver o cumprimento – Por que não me acordou? Eu dormi até tarde... – murmurou preguiçosamente e Castiel deu de ombros.

– Você parecia tão bem dormindo, que te deixei descansando. – murmurou envergonhado, de noite, havia tido uma crise esquizofrênica, e seu marido tivera que ficar até altas madrugadas acordado, tentando acalma-lo, quando Castiel acordou novamente, lá pelas cinco da manhã, encontrou-o ainda acordado, sentindo sua mão entrelaçada contra a dele, sua cabeça no colo do mesmo e a outra mão de seu marido, brincando com seus fios negritos, velando seu sono.

Sentia-se culpado por aquilo. Mesmo que suas crises não ocorressem mais com tanta frequência e sua vida já era praticamente normal – fora uma consulta ao psiquiatra vez ou outra e remédios diários -, elas ainda existiam. Esquizofrenia não tinha cura.

– Não precisa se preocupar, Cass. – puxando a face de Castiel para cima, seus olhos se encontraram e Castiel pode ver seu marido sorrindo em sua direção, afável, como se nada naquele mundo não importasse a não ser Cass e a pequena Jude, e realmente, para ele, mais nada importava a não ser sua família.

– Obrigado. – o outro homem sorriu um pouco mais abertamente, antes de dar mais um selinho em Cass. Jude que estava na sala – cômodo em que a família estava reunida – escondeu o rostinho com as duas mãos, já que seus pais sempre a proibiam de ver aquele tipo de cena – Eu te amo muito, Dean. – murmurou contra os lábios do marido, sentindo-o sorrir contra os seus.

Castiel, Jude e Dean Winchester era uma família feliz, completamente fora dos padrões da sociedade, mas enquanto estivessem juntos e alegres, nada mais importava. Castiel e Dean estavam juntos há quase nove anos, casados há três anos e com Jude para complementar a sua família, há um ano.

Há quase nove anos atrás, as peças do destino quase haviam quebrado aquela família feliz. Dean teve uma parada cardíaca em seu leito hospitalar, levando o seu coração a uma falência momentânea, mas nada que uma boa dose de adrenalina, um desfibrilador e uma massagem cardíaca não dessem conta.

Foi por pouco milésimos de segundos, nas palavras do médico, mas como uma força de vontade absurda, o coração de Dean voltou a pulsar. Dean ficou em coma induzido por mais ou menos uma semana depois daquilo, mas finalmente, para o alívio de Cass, seu loiro voltou a reabrir os olhos.

A primeira coisa que Dean viu naquele hospital, fora Castiel. O moreno segurava sua mão com força, enquanto o esperava acordar e Dean, não sabendo como, retribuía o entrelaçar de mãos. A seguir, as seguintes pessoas que vira, fora seu irmão Sammy, John e uma mulher que podia jurar ser a mãe de Castiel.

Após mais alguns dias de hospital, Dean pode ir finalmente para casa. Mas esse não fora o primeiro lugar para qual ele retornou. Com um sorriso e um cigarro nos lábios – esse último habito, ele acabou perdendo com o passar dos anos e por culpa de Castiel – encontrara-se com seu moreno, em um park calmo um pouco longe de onde moravam – nada que o baby de Dean, um Impala 67, não resolvesse.

Uma conversa agradável e revelações sendo confidenciadas, já no final da tarde, Dean e Cass estavam namorando – o primeiro beijo oficial, não poderia ser mais clichê, abaixo do véu estrelado do céu noturno.

Dean aos poucos parava de seu automutilar e de fumar – não precisava de nenhum outro vicio a não ser os lábios do seu Novak. Já Castiel, com a medida do tempo, tinha suas crises e medicamentos reduzidos. Estavam cada vez mais dependentes um do outro – não poderiam mais manter-se separados.

Ficaram um bom tempo em um relacionamento quase as escondidas, cerca de dois anos, com somente Hannah – mãe de Cass – e Sammy – irmão de Dean -, sabendo sobre o mesmo. Ambos os apoiavam bastante e nessa época, Castiel já cursava o segundo ano da faculdade de desenho e Dean completava o terceiro ano do ensino médio – o Novak surpreendeu-se quando descobriu que o Winchester era dois anos mais novo que si, Dean não tinha cara de quinze.

Foi quando, após dois anos de relacionamento, a bomba explodiu. John descobriu sobre aquele envolvimento e... Aquilo era um assunto que Castiel não queria comentar, mas ele ficou feliz em saber que Hannah, sua mãe, estava disposta a ajudar seu namorado – para a Novak, aquilo não era nada, sendo que o loiro salvara a vida de seu filho, sem qualquer intenção.

O pai de Castiel não era mesmo mais casado com Hannah – e ambos os Novaks nem se quer se interessavam em saber onde o maldito estava – e a mulher fora muito boa com Dean, tratando-o como um filho. O Winchester mais velho estava tendo o carinho de uma mãe, coisa que não tinha desde os quatro anos.

Dean e Sammy foram afastados e aquilo foi bem complicado para o Winchester primogênito, que tinha medo do que seu pai poderia fazer ao seu irmão mais novo. John Winchester não era uma boa pessoa, não após a morte de Mary, mãe de Sam e Dean.

Fora tempos complicados, mas após mais dois anos, ambos tinham independência financeira – Castiel como um pupilo e ajudante de um pintor medianamente famoso e Dean havia conseguido um emprego em uma empresa famosa na região - e compraram um apartamento não muito caro, com a ajuda de Hannah, perto da faculdade e emprego de ambos e Dean pegou Sammy – com o consentimento de Castiel – para ficar um tempo com eles, o garoto já tinha dezesseis e logo estaria na faculdade.

Nesse meio tempo, Castiel tinha sua carreira como artista em ascensão e Crowley, um dos sócios da empresa em que Dean estava trabalhando, gostava da lábia e jeito sagaz que o loiro fazia as coisas, as coisas estavam melhorando. O pior dos problemas era John, querendo seu filho único filho – palavras do patriarca Winchester – de volta. Mas Sammy não ia retornar.

Um ano depois, Samuel recebeu uma carta de aprovação para Stanford, achando a melhor coisa que poderia fazer – principalmente para afastar John, que estava cada vez pior – o mais novo dos Winchesters fora cursar faculdade de direito, bem longe de Lawrence – Dean sempre o ajudava financeiramente e os dois irmãos tinham uma mania bem antiga e única de comunicar-se por cartas, Sammy adorava tê-las guardadas para si.

Foi quando três meses depois, Dean pediu Castiel em casamento. Eles já estavam estáveis financeiramente, Castiel já tinha sua faculdade concluída e suas obras estavam cada vez mais conhecidas – principalmente certo olhos verdes que adorava pintar – e Dean estava perto de terminar a sua, tendo a ajuda de Crowley na empresa e um tal de Bobby – o loiro não demorou a descobrir que ambos os seus patrões tinham um caso -, que gostou do Winchester de cara – Dean retribuía o sentimento, Bobby era uma das melhores pessoas do mundo.

Nove meses depois, estavam casados e com um planejamento de mudar de apartamento para um maior – estavam com a ideia de adotar uma criança.

Passaram um tempo envolvidos com as recentes contas e mudanças, mas logo voltaram com a ideia de adotarem um par de pés pequeninos, para correr e bagunçar a nova residência.

Demorou um tempinho, mas conseguiram uma criança. Castiel apaixonara-se por ela no estante em que seus olhos chocaram-se com o punhado de estrelas que a menininha de quatro anos carregava em seu olhar. Não fora nenhum um pouco fácil ganhar a guarda da pequenina, sendo que eram um casal homossexual, Castiel tinha esquizofrenia e Dean uma vez tentara se matar.

Mas no final, conseguiram. A vida andava e estava boa, pacata, de um jeito interessante. Castiel tinha seus vinte e seis, Dean com seus vinte e quatro, Hannah, mãe de Cass era sempre uma boa avó e Sammy sempre que podia, visitava-os, ao lado de Jessica, sua namorada.

Nesses noves anos houveram brigas, desentendimentos, crises e choros. Não havia só alegria na vida e nunca haveria somente ela. Para saborear o gosto da mesma, muita coisa acontecera, céus e infernos foram feitos na terra.

Mas por agora, estavam bem. Estavam juntos. Castiel Winchester, Jude Winchester e Dean Winchester. Uma família toda errada – aos rótulos da sociedade-, mas completamente de bem com isso.

– Também te amo muito Cass. Você e a nossa princesinha. – e com um beijo apaixonado, Dean declarara. Lábios juntos, respirações mescladas, línguas bailando em sincronia, mãos bobas pelos corpos e corações descompassados – em sincronia – no peito de ambos.

Que as coisas fossem feliz até onde pudessem ser.

Nota: “Um macaco no teclado poderia criar um bom começo. Pode estragar o começo, mas finais são impossíveis. Você tenta arrumar cada detalhe, você tenta arrumar todas as pontas soltas, mas você nunca consegue.
Os fãs sempre vão reclamar. Sempre haverá falhas. E sendo esse o final, é sempre indicado adicionar alguma coisa. Estou te falando, eles são uma árdua dor de cabeça.
Sem dúvidas, finais são difíceis. Mas então de novo... Nada acaba realmente, acaba?”


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Notas finais do capítulo

E é isso...
Fim.

O q eu posso dizer?
Estou triste!
Acabamos...
Completei uma ideia, e estou feliz c o resultado!
E principalmente...
Com os comentarios!
Agradeço mt vcs, cada palavra, até as de assassinato!
É uma forma de demostrar - sadicamente - q vcs apegaram-se a fanfic...

E ah, vey...
Sem vcs eu não seria nd!
nem terminaria isso aqui!
Devo td inteiramente a vcs, gostosos!

Mt brigada!
Msm!
Amo todos vcs!

E espero q vcs tenham gostado de acompanhar essa fanfic...
tanto quanto eu gostei de escreve-la, ler o comentario de vcs, ver os favoritos e responde-los...

Acabamos esse projeto...
Mas eu ainda tenho mts ideias em mente!
Não abandonarei vcs :3

Obrigada por permanecerem até o fim
I Love You!

Kissus, meus gostosos
Já'né

P.S.: Que a despedida seja breve