Por favor, não se apaixone por mim escrita por AninhaL


Capítulo 1
Prólogo




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Meu nome é Beatriz, mas, por favor, me chame de Bia. Odeio conto de fadas! Tenho 16 anos e não tenho medo da vida. Ela já me pregou peças demais. Sim, eu não acredito no amor e daí? Tive motivos para isso. Assim que nasci minha mãe me deixou na frente de uma igreja no interior de São Paulo, não sei quem são meus pais, ou onde nasci. Não sei absolutamente nada. Cresci dentro de uma igreja, sendo educada pelo Padre José e as freiras que haviam por lá. O padre não podia mais cuidar de mim por que já estava muito velho e seu convento estava á falir, então fui mandada para um orfanato. Lá passei fome, frio, apanhei, bati, aprendi a odiar o amor... Aprendi a odiar pessoas. - O que não foi muito bom. - Aprendi a detestar garotos, família, afeto, sentimentos e carinho. Naquele orfanato a única coisa boa que aprendi foi que os amigos são seu apoio quando ninguém mais quer te ouvir. E a melhor de todas, confie apenas nos animais, eles não lhe trocarão por qualquer bunda maior ou uma vadia oferecida.

Logo quando fiz onze anos, surgiu uma família rica cheia de atributos e me adotou. Lógico que não gostava deles, e ainda não gosto. O meu suposto pai adotivo, que atende pelo nome de Renato, bem, posso dizer que ele não vai muito com minha cara. Já a minha mãe adotiva Helena, demonstra afeto e carinho quando vem me visitar. Foi ela quem o convenceu a me adotar, pois o mesmo não queria. Sempre fui sozinha, por mais que tivessem pessoas dispostas a me ajudar, algo me faltava. Quando fiz 14 anos, comecei á escrever uma lista de coisas que eu queria fazer antes de morrer. Mas a diferença é que o tempo que tenho de vida está pré-determinado, por mim mesma. Nunca contei a alguém, desde então venho planejando e guardando meu caderno pra que ninguém o encontre. O que eu penso sobre tudo isso? Nada. Não penso nada. Eu só quero ter a chance de me poupar de mais sofrimento. Lembro-me bem de uma das aulas que o Padre José estava me dando, e eu fiz a seguinte pergunta "Padre, para onde vão aqueles que se matam?" Ele de imediato não soube responder, ou não queria. Mas depois de pensar um pouco, respondeu que as pessoas que tiravam sua própria vida não chegavam a ir para o céu, mas iriam para um lugar bem bonito. Lógico que, quando cresci busquei entender melhor sobre isso e vi que não fazia muito sentido. Mesmo assim, a ideia de tirar minha vida passava por minha cabeça. Encontrou em suas amigas Viviane e Cristina, apoio para continuar vivendo.

 O que ninguém sabe é que ela pretende tirar sua própria vida em seu aniversário de 17 anos. 

"Eu não sou o tipo de garota pra você se apaixonar, então por favor, não se apaixone por mim!"


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