Generation escrita por Suzanna
__ O que foi dessa vez, Dallas? – perguntou o garoto na maior calma enquanto ainda era segurado pela gola de sua camisa e fuzilado pelos olhos escuros.
Todos correram para perto observando a confusão que aquele idiota causara, Rosie abraçava minha cintura de lado me passando conforto enquanto Luke, Pedro, Carter e Jeremy tentavam afastar Cameron do Nick, ele estava transtornado, seus olhos começaram a passar por mim e depois por todos ao redor, ele suspirou irritado e largou o moreno que ajeitou sua camisa e se manteve de cenho franzido.
__ Tonkin quer conversar com você, não é?! – Dallas disse e direcionou seu olhar para Phoebe que arregalou suas orbitas azuis, mais logo assentiu, o garoto bufou e saiu caminhando irritado enquanto era seguido pela Phoebe.
Todos começaram a voltar para perto da fogueira deixando ali na beira do mar, somente eu e o panaca mais babaca que já conheci!
__ Angel, eu... – ele começara e eu o interrompera.
__ Já te disse para me deixar em paz, oque você ganha atrapalhando todas as vezes que eu e o Nick estamos bem?! Isso aumenta seu ego, é isso?! – eu disse enfurecida, ele negou com a cabeça e eu sorri irônica.
__ Cameron, vem... Vamos cantar! – chamou Melissa se aproximando e me mandando aquele olhar – ele é meu – para mim e fiz questão de mandar um tipo – engula todinho, vadia – e ela detestou que eu sei.
O reflexo da lua se expandia em seus olhos castanhos escuros dando aquele ar sombrio e triste, o som das ondas do mar batendo nas pedras e os risos absurdos que vinham da fogueira, era isso que eu via e ouvia enquanto mantínhamos nossos olhos fixos um no outro, e oque eu sentia?! Era uma mistura ridícula de raiva, tristeza, decepção e ciúmes – CIUMES?! –.
PDV PHOEBE
Caminhávamos pela areia macia, feito dois inimigos, sem nos olharmos e sem dizer uma palavra sequer, lembro-me de quando começamos a ficar que conversávamos feito um casal de namorados, falávamos dos nossos problemas familiares e eu tinha vontade de perguntar como estava à separação dos pais deles e como estava sua irmã de seis anos apenas – Giovanna Steele –ela é uma criança adorável. Eu sinto vontade também de pedir milhões de desculpas por abandonar o barco quando apareceu um pequeno furo nele e fiquei com medo de afundar.
__ O que queria dizer? – ele perguntou ríspido parando seus passos, despertando-me dos devaneios e recolhendo as mãos dentro dos bolsos da bermuda.
__ Não é certo usar as pessoas para esquecer outras! – eu não tinha nada melhor para falar, eu queria desabafar e mostrar o quanto me incomodava o fato dele está com minha amiga.
__ Não é certo usar as pessoas para se divertir! – rebateu rodando os olhos para o mar que agora estava tão agitado quão meu sangue.
__ Você está fazendo isso com Angel. – disse tomando um tom confiante.
__ Não, Phoebe! Você fez isso, eu não. Eu gosto da Angel, ela sabe ser amável e não corre do que sente. – respondeu encarando-me enquanto eu tentava sem sucesso tirar os cabelos que voavam com a brisa dos meus olhos.
__ Você vai dizer que não estava comigo por diversão?! – ironizei.
__ Ok, nós dois saímos ganhando com isso! – ele disse grosso, meu peito se encheu de rancor trazendo lagrimas aos meus olhos.
__ Eu te amava, seu babaca! – gritei me aproximando e o empurrando com raiva, quase engasgando, nem sei por que deixei isso escapar, uma lagrima escorreu sobre minha bochecha e sua cara era de surpresa.
__ Não fui eu quem decidiu sair de sua vida. – disse quase em sussurro, suspirou e girou o corpo indo embora, meu corpo cedeu aos sentimentos e cai de joelhos á deriva da areia que agora permanecia dura e intensa.
PVD ANGEL
Observei o garoto voltando em passos lentos, às mãos escondidas nos bolsos da bermuda e o olhar caído, todos se organizavam para saber quem e quantas pessoas dormiriam nas quatro barracas montadas na areia, vesti meu casaco xadrez que antes estava na cintura, com o cair da noite a praia de tornava um lugar praticamente gelado, caminhei até o garoto sem ser percebida e parei em sua frente, levei uma de minhas mãos até sua nuca e acariciei os seus cabelos, ele suspendeu o olhar e sorriu fraco para mim.
__ Está tudo bem? – perguntei levando minha mão livre até seu braço.
__ Sim. Só quero muito ir embora daqui! – respondeu arrastando uma mecha do meu cabelo até atrás da minha orelha.
__ Você se esforçou tanto para organizar esse passeio, se você for embora meu passeio acaba... – eu disse num tom meigo e acolhedor, ele sorriu fraco.
__ Foi seu papo com Phoebe? Ela te disse algo ruim? – perguntei ainda acariciando sua nuca, ele mordeu o lábio apreensivo e assentiu.
__ Ela disse que me amava quando estávamos ficando! – respondeu suspirando.
__ E você não acreditou... – presumi, ele assentiu e sorriu.
__ E por mais que seja verdade, é tarde demais! – ele disse tocando minha cintura nua com sua mão quentinha.
__ Vou me esconder em seu bolso, está tão quentinho! – brinquei para descontrair.
__ Em meus braços também está... – disse puxando-me para seus braços e me escondendo com seu corpo, seu cheiro masculino e amadeirado tomou conta de mim novamente.
(...)
__ Está decidido. Rosie, Luke e Melissa na barraca um... Carter, Nicolas e Phoebe na barraca dois... Pedro, Katy e Jeremy na barraca três e por fim Cameron e Angel na barraca quatro! – gritou o motorista do ônibus alugado em que viemos.
Para que porra o pessoal deixou a critério dele as escolhas?!
__ Ah não, não posso trocar?! – protestou Melissa.
__ É... Eu troco com ela! – gritei.
__ Não. Vocês me pediram para decidir por vocês, agora aguentem! – disse o motorista seguindo para o ônibus.
Todos começaram a entrar em suas barracas – resmungando – inclusive eu e assim que o garoto entrou na barraca juntamente comigo e fechou o zíper da mesma, foi como se o mundo lá fora se congelasse, não havia mais barulho, vozes, nada. Mal nos olhávamos e era melhor assim, o vi se deitar em silencio e se enrolar no cobertor macio, deitei olhando para o lado oposto em que ele estava deitado e ouvi sua respiração pesar.
__ O que tanto quer comigo, Dallas? Já não conseguiu ficar comigo?! – perguntei confusa, era melhor eu ter mantido silencio.
__ Nada, não quero mais nada! – respondeu frio.
__ Já conseguiu oque queria mesmo. – resmunguei.
__ Vou parar de querer te convencer de que eu não sou esse insensível e galinha que tanto acredita que sou. – foram suas ultimas palavras até o silencio pairar sobre nós.
PVD CAMERON
Eu sei que quando ela acordasse, ela iria querer me matar por isso, mas não resistir em vê-la daquele jeito. Acordei com ela tremendo ao meu lado, com certeza ela não costumava dormir fora de casa e muito menos em ambientes como a praia, eu me aproximei dela me castigando mentalmente por desejá-la tanto, envolvi meus braços por sua cintura e senti ela se aproximar ainda dormindo, se acolhendo ao meu corpo e parando de tremer – acho que não vou esquecer nunca mais isso – funguei seu cabelo cheirando a morango e alisei seu braço, sua pele tão macia e tão sensível.
Eu queria sequestra-la para mim e deixa-la longe do imprestável do Nicolas. Eu jamais sentira algo assim por alguém, algo que nem eu sei distinguir oque é!
(...)
Abri os olhos e senti cabelos sobre meu nariz e minha boca, eu observei a pequena e delicada cabeça sobre meu peito, sua mão sobre minha barriga, suas pernas enroladas nas minhas, seus olhos fechados e sua respiração calma, ela parecia mesmo com oque o seu nome dizia – Anjo – meu pequeno lindo anjo.
Minutos se passaram até que a vi piscar os olhos e logo suas orbitas azuis acordarem e absorverem a cena, ela me encarou assustada e confusa:
__ Você estava tremendo ontem á noite, juro que só te abracei. – falei levantando as mãos em forma de protesto e defesa.
__ Tudo bem... É... Obrigada! – gaguejou nervosa.
Se ela continuasse me olhando daquele jeito eu tomaria sua boca para mim.
__ Acho melhor irmos... – eu disse tentando me levantar, mais ela continuara encima de mim e me fitando de forma estranha.
__ Porque me tratou mal antes de dormir e depois me ajudou? – perguntou com suas mãozinhas em meu peito.
__ Por que acima de tudo, eu me preocupo contigo! – respondi tentando contar o assunto, o olhar dela estava me intrigando.
Por favor, não morda os lábios, por favor, não – ela mordeu os lábios – segurei a minha alma que estava prestes á ataca-la e respirei fundo, ela continuava me observando sem dizer mais nada e se aproximou sem pressa selando nossos lábios em um beijo calmo, onde ela continuava sobre mim e agora tratava de se sentar em meu colo enquanto minhas mãos seguiam para sua fina cintura, pedi passagem com a língua e ela cedeu, eu queria tanto pôde resistir aos encantos dela, sua mão pousara sobre minha nuca puxando de leve meus cabelos...
__ Isso... Foi um erro! – ela disse se afastando de repente e ofegante.
__ Todo mundo erra! – respondi a puxando de volta para meus lábios.
__ Não repetimos o erro! – tornou se afastar.
__ Só se tivemos aprendido oque não foi o caso! – voltei á puxa-la.
__ Eu aprendi! – disse entre o beijo.
__ Eu não. Continue me ensinando! – joguei-a no chão ficando por cima.
(...) Aprendemos com os erros, mais as vezes temos
dificuldades em aprender e necessitamos repetir varias e
varias vezes. Então... Me deixe errar mais uma vez!
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