Generation escrita por Suzanna


Capítulo 8
Capitulo 7 - Só se você for comigo!




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Eu só podia está louca, louca de pedra. Caralho, por que eu fiz aquilo comigo, com ele, com o Nick?! – Angel você é uma idiota – Rosie cantarolava ao meu lado uma musica sem sentido enquanto voltávamos para casa, meus pensamentos só iam parar na barraca e oque havia acontecido dentro dela, eu o pedira para nunca mais encostar-se a mim e para esquecer que aquilo aconteceu – o típico metido e galinha que está roubando minha noção – Droga!

FLASHBACK ON

__ Nunca mais... Encoste-se a mim! – eu disse irritada e me afastando dele, me levantando e abrindo a barraca.

__ Cansei Angel... Não se preocupe, eu não te tocarei mais! – respondeu se levantando rapidamente e saindo da barraca resmungando alguns xingamentos.

__ Angel, vamos... – a voz meiga da Phoebe despertou-me e então eu sai da barraca dando de cara com Melissa se exibindo com seu mini biquíni na praia e chamando por Cameron, que foi até ela e começou a jogar água na mesma, enquanto sorria e arrumava os cabelos.

__ Quer brincar também? – o sussurro do Nick em meu ouvido me fez estremecer e minha espinha se eriçar.

__ Seria uma boa. – respondi sorrindo e retirando somente meu casaco e minha blusa, deixando á mostra meu sutiã preto de renda.

__ Se tirar mais alguma peça eu não responderei pelos meus atos! – sussurrou em meu ouvido novamente, eu sorri e ele pegou minha mão me puxando para dentro da água, vi os olhos do Dallas esquentarem em minha pele e não fiz questão de retribui, mergulhei com tudo juntamente com Nick.

No final todos se jogaram na água e juntos passaram a brincar, eu podia ver a decepção da Melissa em achar que seria um momento somente dela e do Dallas – segura essa – sorri satisfeita e então meus olhos encontraram o moreno sem camisa exibindo seu lindo abdômen enquanto passava as mãos pelos cabelos molhados – Deus me castigue por isso, mais eu queria minha boca nele nesse momento – mordi os lábios e nossos olhos se encontraram, ele sorriu convencido e eu revirei os olhos enquanto os desviava para os olhos esmeraldas em minha frente.

__ Todos estão te comendo com os olhos, acho que devo me exibir um pouco também! – a voz do mesmo soou maliciosa e eu sorri assentindo, ele retirou a camisa e eu pude ver seu corpo definido – ok Deus, pode me castigar agora, quero minha boca nele também –.

FLASHBACK OFF

__ Angel? – Rosie chamou-me, despertando-me dos devaneios.

__ Hm... – respondi com a cabeça recostada á janela do ônibus.

__ Já chegamos! – anunciou se levantando, fitei-a completamente lerda e me levantei juntamente a ela.

__ Nos vemos amanhã. – gritou a morena para Phoebe, Luke e Pedro, eu simplesmente acenei com a cabeça e fitei o garoto com seus olhos escuros fechados e dormindo feito um anjo, sorri e rodei o olhar para os olhos esmeraldas que me encaravam e sorri novamente.

O ônibus sumiu na estrada assim que eu e Rosie pisamos na calçada, girei o pescoço em movimentos circulares e ouvi o estralo do cansaço, Rosie me deu um abraço, seguiu para sua casa, meus olhos mandaram um Oi para lua que brilhava em minha frente e aspirei toda a brisa dali, girei os calcanhares e segui para porta de minha casa, apertei a campainha e fui enfim atendida por uma cabelereira castanha.

__ Você disse que ligaria, seu pai está virado no satã! – ela disse me dando um abraço rápido e me puxando para dentro de casa.

__ Eu tentei, mas eu estava em um local que não conhece celular. – respondi mandando-lhe o melhor sorriso possível.

__ Angel, seu pai nunca mais deixará você viajar com os amigos. – ela disse num tom cansado.

__ Talvez isso seja bom... – respondi indo para o quarto.

Joguei minha bolsa sobre a cama e caminhei até a janela do quarto, lá fora estava começando a ficar tudo branco e tomado pelo sereno, pelo visto esse mês nós teremos neve pela cidade e o café quente será nossos melhores aliados, cruzei os braços e me deixei ser levada pelos pensamentos – Cansei Angel... Não se preocupe, eu não te tocarei mais! – não sei se deveria ficar tranquila com isso ou simplesmente me sentir uma babaca por obriga-lo á isso, fechei os olhos e suspirei firme.

__ Angel, seu pai... – minha mãe disse adentrando meu quarto, mais logo parou, fitei-a interrogativa e com o olhar caído.

__ Tomarei um banho primeiro e depois vou falar com ele. – respondi imaginando oque ela queria dizer e pegando minha toalha sobre a cadeira.

__ Por que antes não me conta oque aconteceu nessa viajem?! – perguntou fechando a porta e me fitando preocupada.

__ Por que não aconteceu nada, somente nos divertimos. – respondi adentrando o banheiro e fechando a porta.

Retirei minha roupa que cheirava á algas do mar, liguei o chuveiro e deixei á água tocar meus cabelos e escorrer por todo meu corpo, retirando todo o sal e areia, depois de uns vinte minutos, sai do chuveiro, me enrolei em minha toalha e voltei para o quarto – maldita insistência de Jenny Louis – lá estava ela sentada na cama me encarando na porta do banheiro e com o cenho franzido.

__ Deveria conhecer sua mãe. Não desisto fácil! – ironizou se levantando e se aproximando de mim.

__ Mãe, eu te conto tudo depois, mas agora deixe eu me vestir! – pedi.

__ Não estou lhe empatando se vestir... – respondeu fazendo um gesto com a mão.

__ Não vou me vestir em sua frente! – bufei.

__ O que tem de errado?! Fui eu que troquei sua fralda, pus pomadinha e talco em você, quem te deu banho e quem te limpou! – ela disse superior.

__ Só que eu não sou mais um bebê. – rebati indo até o armário e pegando uma calça estampada e um moletom preto, colocando sobre a cama e esperando minha mãe sair.

__ Sinto falta de quando você era, de quando não tinha resposta na ponta língua já que nem sabia falar. – disse magoada e saiu do meu quarto me deixando arrependida pela grosseria.

Sentei na cama e encarei meu quarto vazio, fixei em um ponto invisível no chão e lembrei-me do que ela me contava – no começo não eram somente seus avós que não queriam que você nascesse eu também me sentia mal, tinha medo de não saber ser mãe, não saber te passar tudo que aprendi e não te transformar na pessoa maravilhosa que é hoje, sabe eu pensava “uma criança cuidando de outra” na verdade duas crianças, porque seu pai... Meu deus, ele era a criança das crianças, ele deixou todo o modo dele de ver o mundo para ser pai e conseguiu me convencer de que seriamos ótimos pais e hoje te vendo linda e tão angelical, eu acredito nele e no nome que escolhemos, quando você nasceu e eu ouvi seu primeiro choro eu senti vontade de te guardar do mundo e das maldades que há nele, mas hoje vejo que não se eu te guardasse você nunca cresceria e nunca seria tão seu pai e tão eu. – uma lagrima escorreu dos meus olhos ao lembrar-me das palavras tão perfeitas dela e de como foi difícil ela e meu pai chegarem até aqui.

Limpei o rosto e vesti minha roupa, abri a porta do quarto e sai do mesmo:

__ Pai, onde está a mamãe? – perguntei ao bater na porta de seu escritório e ouvir um – entre – ele me fitou de cenho franzido.

__ Então ai está você! Pode me explicar por que não ligou? – ele disse ignorando minha pergunta.

__ Estava numa praia que não se conecta com a torre de sinal. – respondi.

__ Sabe que terá que conquistar minha confiança outra vez se quiser fazer mais uma dessas viagens?! – perguntou num modo divertido.

__ Não estou preocupada com isso. Onde está a mamãe? – eu disse.

__ No quarto. – respondeu, girei os calcanhares e corri para o quarto dela, bati na porta e ouvi mais um – entre – e foi oque eu fiz.

__ Mãe, me desculpe, é que eu estou um tanto de cabeça cheia. – pedi, ela sorriu fraco e bateu na cama para que eu me sentasse.

__ Não quer me contar oque houve? – perguntou sorrindo confortante.

Eu assenti e comecei a contar tudo, desde quando conheci Dallas até hoje na praia e ela sorriu divertida como se aquilo fosse uma piada, eu franzi o cenho sem entender e suspirei irritada.

__ Parece que a historia passa de geração para geração. – ela disse entre risos.

__ Como assim? – perguntei confusa.

__ Sinto como se a historia estivesse se repetindo, como se você estivesse vivendo uma historia que um dia, foi minha. – explicou e eu continuei sem entender.

__ Mãe, eu continuo sem entender necas de nada. – bufei.

__ Ok, eu vou te explicar... – ela respirou fundo.

E então ela começou com o maldito era uma vez dois jovens – a garotinha que não queria nem um pouco deixar sua vida e nem sua carreira para se mudar para outro país e muito menos conviver, com o ruivo idiota, eles brigavam feito cão e gato, a única coisa que vencia as brigas deles eram as contagens de beijos que rolavam sem mais nem menos, sem eles ao menos notarem que já nutriam um sentimento um pelo outro – eu admito, minha mãe ama meu pai de verdade, dá para ver pelo brilho em seus olhos quando diz – ruivo idiota – e quando conta a historia de amor deles, que apesar de tantas dificuldades não deixava de ser linda e eu amava ouvir.

__ Sua historia com o papai é linda, mãe. Mais não entendo o porquê de comparar oque te contei a ela. – eu disse e recebi seu olhar irritado.

__ Talvez porque brigávamos feito cão e gatos e nos beijávamos mais ainda sem saber que já havia um sentimento entre nós?! – ironizou e eu neguei sorrindo debochada.

__ Não... Não mesmo! Isso não tem nada haver... – neguei, mais parecia que eu não tentava convencer somente a minha mãe.

__ Você entenderá com o tempo, Angel. – ela disse acariciando meu rosto.

__ Vamos jantar. – concluiu, se levantou e me deixou deitada na cama, me enchendo de perguntas mentais – será?! Não, não. Minha mãe está voando. – eu tentava me convencer.

Eu precisava parar de pensar – você não se cansa de me achar um galinha, não é?! – bufei irritada – não Dallas, não canso, porque você é um, galinha – respondi para meus pensamentos.

(...)

Depois de jantar em silencio com meus pais, assisti um pouco de um filme qualquer que passava na televisão e logo fui dormir, fechei a janela que estava aberta e permitindo que o frio adentrasse meu quarto, me deitei e encolhi-me dentro do cobertor macio e quentinho, fechei os olhos e deixei a escuridão me levar.

Já havia amanhecido?! Abri os olhos e deitada na grama de um jardim, olho para os cantos, confusa – como eu vim parar aqui?! – volto a olhar para frente e encontro o par de olhos escuros, o sorriso mais lindo e inocente do mundo, saio, corro com meus pés descalços, ao teu encontro, numa precipitação desenfreada, pisando a relva viçosa e húmida do jardim, toda ela salpicado de cores mágicas de tanta pétala de flores que a embelezam e, à minha passagem, sinto todo aquele perfume embriagador, estonteante, e tento respirar toda essa beleza num único influxo, esquecida de tudo que me rodeia, vejo-me, por instantes, vestida apenas com minha camisa de seda branca, comprida, com alças e seguro-a em volta de meus braços, não vá eu tropeçar pelo caminho, ouço teu carinhoso chamamento numa combinação melódica com o chilreio de pássaros, a queda das águas das cascatas, olho fixamente teus olhos sedutores, sinto teu corpo colado ao meu, sinto tuas carícias em meu corpo sedento de amor e então sem...

Abro os olhos e me sento na cama num ato rápido e ofegante, estou suando como se estivesse numa sauna – droga de garoto, agora vai me perturbar nos sonhos – passo as mãos pelos cabelos, aflita e me deito novamente.

(...)

Despertei dessa vez, de um sono tranquilo e por meio do despertador que marcava 06h32min em ponto, me levantei – no inverno deveria não ter aula – e fui para o banheiro, tirei minha roupa e adentrei o chuveiro com água quente, desliguei o mesmo e me enrolei numa toalha, voltei para o quarto e procurei minhas antigas roupas de frio – já fazia meses que Londres não nevava e nem fazia frio – vesti uma calça azul jeans com pequenos cortes em ambos os joelhos, uma regata branca e por cima da mesma um casaco preto acolchoado e fofo, calcei um dos meus coturnos e deixei os cabelos soltos, passei delineador nos olhos e um batom cor coral na boca, peguei minha bolsa, celular e fui direto para cozinha.

__ Por que o inverno nunca vem quando estou de férias?! – resmungava minha mãe enquanto pegava a chaleira no fogo e vinha até nós.

__ Pergunta a ele e aproveita e pedi para vim nas minhas também. – respondi e ela sorriu enquanto despejava chã em sua xicara.

__ O que vai querer, querida? – perguntou ela.

__ Um pouco do seu chá quente! – respondi pegando a chaleira de sua mão e servindo-me, meu pai me encarou confuso – eu não costumo beber chá – e eu sorri.

__ Ao contrario das mocinhas, hoje eu tenho o privilegio de ficar em casa. – meu pai debochou enquanto lia seu jornal.

__ Injustiça! – resmunguei e ambos rimos.

Assim que terminamos o café, minha mãe correu para o quarto e voltou em dez minutos totalmente arrumada para o trabalho, com sua calça social preta e um blazer acompanhando, meu pai sumiu dentro do escritório e eu sai juntamente com minha mãe para o encontro de seu carro, os pequenos flocos de neve caiam sobre nossas cabeças e tomavam conta da pista.

__ Esqueceu-se de por um gorro! – ela disse assim que adentramos o carro e colocamos o cinto de segurança.

__ E luvas! – completei.

__ Vá pega-las, eu espero aqui. – disse.

__ Não, vamos logo. Não fará tanto frio assim. – respondi, ela deu de ombros e deu partida no veiculo.

Lá vinha a garota com seus cabelos ao vento, um gorro fofo sobre eles, uma roupa bem chamativa – parece que nunca á verei de calça – um par de luvas que eu fiz questão de esquecer e saltos nada legais para andar na neve, ela andava como se fosse seus primeiros passos ou estivesse bêbada, cambaleando, eu gargalhei.

__ Ela é igualzinha à mãe dela! – disse minha mãe entre risos.

A garota adentrou o carro ajeitando os cabelos e sorriu para nós, sorri de volta e tentei não demonstrar minha vontade de zombar seus saltos.

Logo estávamos no colégio, todos bem protegidos do frio e Rosie tentando tirar a neve dos saltos, já estávamos na sala, faltava algumas pessoas chegarem, Phoebe adentrou a sala exibindo seu mini vestido – caralho, essa garota não sente frio?! – usava uma meia calça preta por baixo, uma bota de franjas, esbanjou no batom vermelho e usava luvas que eu fiz questão de esquecer mesmo, droga!

__ Você não sente frio, garota? – perguntou Rosie observando Phoebe se aproximar e sorri meiga.

__ Não. Acredite, essa meia consegue ser mais quentes que sua saia. – debochou.

__ Eu fui à única que esqueceu luvas?! – ironizei.

__ Não, o bobão do Luke também esqueceu. – respondeu Phoebe se sentando ao meu lado e vi o olhar da Rosie se transformar.

__ Não o chame de bobão! – exigiu a garota.

__ Ei Rosie, calma! – brinquei enquanto eu e Phoebe riamos.

__ Deixa-a, está assim porque está louquinha pelo Collins. – disse Phoebe mostrando sua língua para a menina.

__ Cala boca, Phoebe! – gritou Rosie.

__ Ei não briguem, o delicia já está aqui! – por sorte Pedro chegou acalmando os nervos das garotas que estavam prestes a se pegarem e o fato é que eu estava no meio delas, então com certeza eu me lascaria.

__ Idiota! – resmungou Rosie irritada, Luke se aproximou da garota e disse algo que a fez sorrir – estranho, muito estranho –.

__ Phoebe, podemos conversar á sós depois? – sussurrei para ela que assentiu.

Aos poucos a sala foi enchendo, os garotos – Carter, Nicolas, Jeremy e Cameron – adentraram a sala juntamente com as duas patricinhas enjoadas, sendo que Melissa tinha o braço do Cameron em seu pescoço e ele sorria como nunca, senti meu corpo congelar por inteiro e esquentar logo depois que seus olhos me fitaram surpreso, desviei o olhar e passei a conversar com os outros, porem ainda sentia seus olhos queimarem sobre minha pele e os meus olhos involuntariamente o encaravam de relance, de lado, e pela primeira vez ele não sorrira de mim e nem da situação, se manteve sério e pela primeira vez ele quem desviou o olhar.

(...)

__ O que queria conversar, Angel? – a voz da Phoebe me retirou dos olhos do moreno no pátio, balancei a cabeça afastando os pensamentos.

__ É que eu sei que te disse que não ficaria com o Nick, e... – ela me interrompera.

__ Olha Angel, eu não quero saber de nada sobre isso, já ouvi tudo que precisava da boca do próprio Nicolas, então se pretende dizer que se arrependeu e que senti que me traiu ou se eu me incomodo com vocês a resposta é NÃO. – respondeu um tanto irritada e nada sincera.

__ O que Nick te disse? – perguntei.

__ O suficiente para me desligar totalmente dele. – respondeu olhando para o próprio e engolindo em seco.

__ Mais você já não tinha se desligado?! – perguntei preocupada.

__ Talvez. Eu só... Angel, esquece isso, tá legal?! – pediu passando as mãos pelos cabelos, incomodada, observei o garoto se aproximar e Phoebe tratou de sair de perto de mim.

__ Eu atrapalhei? – ele perguntou parando em minha frente, eu estava encostada em uma arvore qualquer.

__ Um pouco. – respondi sem encara-lo.

__ Foi mal... – disse.

__ Oh não, tudo bem. Ela não está a fim de papo mesmo. – respondi suspirando.

__ É uma pena que esteja se sentindo mal por nós. – ele disse tocando meu rosto e suspendendo-o para encara-lo.

__ Não estou. – respondi dando-lhe o melhor sorriso de todos.

__ Podemos nos ver hoje? – perguntou.

__ Já não estamos nos vendo?! – devolvi a pergunta com um sorriso.

__ Você entendeu. – respondeu sorrindo junto.

__ Claro. – eu disse.

__ Então, ás duas da tarde eu te pego em casa, está bom? – perguntou.

__ Ok. Para onde vamos? – perguntei e meus olhos encaram o moreno passando por nós de cabeça baixa e coçando a nuca.

__ Surpresa. – respondeu o garoto em minha frente fazendo com que meus olhos voltassem a o encarar, sorri e assenti, ele se aproximou e depositou um selinho em meus lábios.

__ Vou ao banheiro. – informei, ele assentiu e então eu adentrei o corredor.

Não havia banheiro nenhum, eu só me senti péssima em vê-lo passando por nós daquela maneira, não sei mais parecia que eu estava acostumada a vê-lo nos atrapalhando sempre e agora suas palavras vieram à tona - cansei Angel... Não se preocupe, eu não te tocarei mais! – caminhei pelos corredores á procura de seu vestígio, procurei pela biblioteca e até mesmo no banheiro masculino, andei até o ginásio onde havia rolado a festa semana passada e lá estava ele sentado na arquibancada, de joelhos dobrados e com a cabeça deitada por cima dos mesmos.

__ Cameron? – pela primeira vez chamei seu nome, ele suspendeu a cabeça e me encarou triste, aquilo doeu dentro de mim.

__ O que quer, Angel? – devolveu a pergunta enquanto eu me ajoelhava em sua frente e segurava em seus joelhos.

__ Te fazer companhia. Não quero que fique triste por minha causa. – respondi e ele riu sarcástico, se levantou e se virou em minha direção.

__ Acha que estou assim por sua causa?! O mundo não gira em torno de você, Louis, ou melhor, meu mundo não gira em torno de ti. – disse bem grosso e ofensivo, me levantei e fiquei em sua frente.

__ Não precisava ser tão grosso. Eu sou uma idiota mesmo, venho aqui mostrar que me importo com você, já que ao contrario não há mais ninguém e oque eu ganho?! Vá para o inferno, Dallas. – cuspi as palavras me virando para ir embora.

__ Só se você for comigo! – respondeu puxando-me de volta para si e me colando ao seu corpo, minha respiração se perdeu e todo o resto também, naquela imensidão escura de seus olhos.

(...) Eu estava acostumada com o escuro, mais não com os teus olhos,
eles me davam vontade de experimentar o rosa da tua boca.


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