Mundo De Estrelas escrita por Romanogers


Capítulo 16
Ataque De Pânico


Notas iniciais do capítulo

As segunda parte das 36 horas... Espero que gostem e ainda tem muito mais...

Algumas cenas foram tiradas de um seriado que gosto muito então se vocês perceberem a semelhança não é mera coincidência kkkkkkkkkk

Enfim Boa Leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/608998/chapter/16

– Não tá gostando da festa? – A voz grossa e firme faz Jane pular de susto. A mulher ainda com a mão no peito e olhos arregalados se vira desencostando da fachada da varanda onde olhava o céu que parecia mais belo que todos os outros dias e fita o homem sorridente pela sua reação.

– É... E-eu – Ela estava nervosa, e como não estaria ela estava à frente de uma estrela, uma estrela e linda e quente – É que... Eu não sou muito de festas – Sua voz sai baixa

– Você é mesmo encantadora Jane – Ele elogia enquanto a observa calmamente

– Você se lembra do meu nome?

– E como eu poderia esquecer-me de você?

– Você é muito galanteador, isso é natural? – Ela questiona e ele sorrir de sua sinceridade

– Eu encontrei a Darcy, ela é realmente maravilhosa – Ele muda de assunto.

– Ah! A Darcy é um caso a parte

– Ela é muito diferente da Natasha

– É sempre foi, de nós duas... A Darcy é muito parecida com a mãe da Nat... Ela era exatamente como o Darcy, cheio de vida, engraçada, divertido... Já a Nat puxou o meu tio, focado, serio. – Ela explica.

– Eu não sabia que a mãe da Natasha tinha...

– É nós tínhamos doze anos... Ela faz muita falta... A Nat não fala muito dela, às vezes eu acho que a perda dela fez muito efeito em como a Natasha é... Desconfiada, sem muito apego as pessoas ela tem medo de perder, eu a entendo acho que tenho um pouco disso também.

– Você também não gosta de se aproximar das pessoas?

– Não é isso... É que eu tenho uma cota bem grande de fracassos com pessoas, então estou preferindo lidar com animais – Ela responde brincalhona, para o clima não ficar tão melancólica demais em uma festa com uma pessoa que ela mal conhecia.

– Isso foi tipo um alerta?

– Não, não – ela se embaraça. Não queria que ele entendesse errado – Não... Eu não sou uma sabotadora pessoal ou emocional, não é isso...

– Que bom, porque eu não quero que você sabote, enquanto eu me aproximo de você.

– Quer dizer... – As palavras ainda rolam em sua cabeça – Você... Eu – Ela sorrir – Eu não acho... Desculpa Thor, mas eu não acho que sou esse tipo de mulher...

– Que tipo de mulher? – Ele não a entendeu

– Você deve tá acostumado a ter a mulher que quiser, e isso é legal, quer dizer não legal – Ela suspira, estava perdida – Eu não sei onde quero chegar com isso – Murmura – O que quero dizer é: Eu não acho que sou o tipo de mulher que você interessa que você dormi e depois nunca mais ver... Eu gosto de ficar junto, de conhecer a pessoa com quem eu estou... Confiar... Eu não sei por que eu estou dizendo isso, e eu nem sei se você falou nesse sentido, é só que... Você é um cara legal, eu sei que é, e eu adoro os seus filmes... Mas se essa aproximação é de alguma forma para me levar pra cama, porque de alguma forma muito estranha você se sente atraído pela garota bonita do Alabama, eu não acho que vai servir que vai dar certo – Ela o encara por um segundo, mas ele não fala nada, apenas continua a encarar em silencio, a mulher dá um passo para sair da varanda.

– Jane – Ele a chama a impedindo de continuar

– Eu acho que já me enrolei demais por uma noite, é melhor eu ir procurar a Darcy.

– Jane – Ele repete de novo calmamente

– O quê?

– Você quer dar uma volta comigo? – O convite à pega de surpresa, será que ele não tinha entendido nada do que ela disse.

– Desculpa você tem problema de audição? Não entendeu nada do que eu disse – Ela estava ofendida e ele sorrir a irritando – Eu não estou interessada em ser mais uma garota que dormi com você – Ela faz menção de sair novamente, mas é impedida pelo braço forte do homem que é colocado a sua frente.

– Você disse que não gosta de festas, quando eu vim pra cá tinha um café na esquina, 24 horas... Eu não quero te levar pra cama – Ele faz uma pausa – Eu quero te conhecer, como amigo, sem nenhuma segunda intenção.

– Como é? – Ela está mais surpresa ainda – Por quê?

– Porque você é fascinante, porque você é muito mais divertida que qualquer outra festa, e porque eu quero tirar essa sua impressão de mim, de que eu só quero te levar pra cama.

– Serio?

– Seriíssimo.

– Ok... – Ela sorrir, Thor dá o braço para que a moça entrelace e os dois saem do apartamento sem muitas dificuldades.

***

– Nat você viu a Jane por ai? Eu tô procurando ela a hor... – Darcy para de falar então coloca as duas mãos na cintura e encara a irmã que está sentada em um canto do grande apartamento com uma bandeja de aperitivos no colo – Porque você está aqui? Sentada? Comendo? Olha essa festa todo mundo está se divertindo e você está aqui comendo.

– Eu disse que não queria festa... – Ela coloca mais um aperitivo na boca

– Cadê seu namorado?

– Eu não sei, e nem quero saber – ela é grossa.

– Vocês brigaram?

– É brigamos Darcy, eu não quero falar sobre isso.

– Você tem que parar de ser assim sabia? Ele gosta de você eu vi isso, sabia que ele te elogiou um monte pra mim? Mas você precisa ser esse ser humano durão ai sem sentimentos, você vai acabar perdendo o cara mais legal com quem você já teve, me escuta.

– Desde quando você sabe dessas coisas – Nat desdenha da irmã que está seria

– É talvez eu não saiba mesmo, mas pelo menos eu estou aberta a aprender... Já você se fecha pra todos sempre foi assim, desde que...

– Não fala da mamãe, não coloca culpa nela, você nem se lembra pra falar alguma coisa – A ruiva se levanta alterada – Nunca mais culpa ela pelo o que eu sou – Ela sai antes que a irmã retruque mais alguma coisa.

A atriz passa pelas pessoas como um furacão caminhando para um lugar que não tivesse ninguém, aquela festa foi um erro, ela não tava legal, não tava legal desde que teve aquela conversa com Bucky, tinha tido pesadelos à noite com seu bebê que há muito tempo não tinha, pensou nele o dia todo, toda criança que via na rua sua cabeça voltava a pensar em como ela seria hoje, se não tivesse perdido seu bebê, se fosse mãe, se pudesse ter tido aquele sentimento maravilhoso e grandioso que todo mundo fala quando se é mãe, ela conseguiu ser feliz naquela época, ela foi feliz as horas que descobriu que seria mãe, antes de ir ao encontro de Bucky e dele esfregar na sua cara que preferia ir para Paris por um trabalho do que ficar com ela, ou ao menos leva-la junto com ele.

Steve estava certo ela estava descontando suas frustrações em todo mundo, mas não podia evitar era isso ou cair no choro na frente de todo mundo.

A ruiva entra no seu quarto empurrando a porta a deixando entre aberta e indo para a grande janela de vidro que deixava livre a linda vista da cidade que não dormi e com aquela imagem ela deixou as lagrimas escorrerem.

– Eu estava te procurando – A voz invadiu todo quarto, e faz Natasha estremecer, ela não podia acreditar, devia ser sua mente pegando uma peça. – Nat...

– O que você está fazendo aqui? – Ela cospe as palavras se virando para encarar Bucky que fecha a porta atras de si e então caminha se aproximando mais da mulher – Como você conseguiu? Eu pensei que eu tinha sido clara

– Sua amiga disse que tinha essa festa hoje, ela me contatou hoje à tarde e disse que achava que eu devia vir... Em primeiro momento eu achei que não, mas eu não me contive.

– Espera que amiga? – Natasha duvidava muito que uma das meninas fariam isso.

– A atriz... Ela está fazendo o filme com você... Sharon Carter

– O quê? Como assim Sharon Carter? Como... – Filha de uma mãe, ela precisava ter uma conversinha com essa mulher definitivamente.

– Nat eu sei que aquela conversa não foi a melhor... Quer dizer nem tinha como ser, o que eu fiz não achei que nosso reencontro seria dos melhores, eu não tenho esperanças que você goste de mim como antes... Ou que me ame... Só queria que você não me odiasse, não entendi agora, mas um dia você vai entender que tudo o que eu fiz foi para o seu bem.

– Meu bem? – Ela gargalha com a frase dele, mas a gargalhada se transforma em um choro doloroso, não dava para segurar – Você me deixou... Eu te amava, eu confiava em você, e você me deixou e agora você volta e tem coragem de dizer que foi para o meu bem?

– Eu sei, e você acha que eu não me lembro disso e me maldiçoo todos os dias... Eu te amava – ele fala alto – Eu ainda te amo, nunca vou deixar de amar – As palavras foram como um soco no estomago. – Mas foi o melhor, e mesmo todos os dias me odiando por isso eu faria tudo de novo, porque foi, e é o melhor pra você ficar longe de mim... E sua felicidade com ele me prova isso. – Se ele queria mata-la mais um pouco do que já tinha feito, ele estava fazendo naquele momento, Natasha não entendia o que ele falava, mas doía demais.

– Eu estava grávida – As palavras saem com um sussurro, mas foi muito bem audível, pela expressão dele que muda completamente.

– Grávida? Não – Ele tenta se manter em pé – Você... A gente tem um filho?

– Não, eu perdi, por sua causa, eu perdi porque a dor de te perder me fez perdê-lo também. – Ela cospe as palavras entre soluços, seu rosto está vermelho e sua maquiagem borrada – Você não acabou só com a minha vida, você acabou com a vida do nosso filho também – As lagrimas não param de cair, Natasha sente a respiração falhar, ela estava tendo um ataque de pânico como quando era criança, logo quando a mãe morreu, eles eram frequentes, mas a muito tempo não o tinha, ruiva precisava sair dali ou sentiria que morreria, ela encontrou forças não sabia de onde e saiu como um furacão do quarto, tentando respirar para se acalmar, mas não estava funcionando a musica alta e as pessoa falando estavam ecoando em sua cabeça, seus pés pareciam afundar no chão, e sua vista estava embaçada, ela cairia ali antes mesmo de encontrar Maria.

– Ruivinha – A voz era de Steve, mesmo ela não conseguindo vê-lo direito, ela sabia que era ele, a mulher tenta respirar e roda pelo corredor tentando encontrar algo para se apoiar antes de cair – Você está bem? O que está acontecendo? – Ele parecia preocupado

– E-eu... – Ela puxa a respiração, mas não achava – Eu est-tou tendo um ataque... De pânico – Sai à frase com dificuldade

– Vamos sair daqui você precisa tomar ar, e um lugar calmo – Steve abraça a ruiva que se apoia nele quase desmaiada, ele leva ela sem muita dificuldade, já que era bem mais forte que a “namorada”, passa pelas pessoas e sai do apartamento – Pra onde eu vou te levar ruivinha? – ele murmura para si mesmo, procurando alguma ideia. O loiro a pega no colo e leva até o elevador, e então e deposita no chão.

– Eu n-n-não, esto... Est-tou conse-guin-do respi – Ela se mexia muito tentando encontrar ar

– Pensa em coisas boas... – Ele está abaixado à frente dela nervoso tentando ajuda-la

– Tipo o-Quê?

– Eu não sei... – Ele estava nervoso – Amigos... Família? Comida, isso comida, é a única coisa que eu sei que você ama de verdade – A atriz levanta a cabeça rapidamente para olha-lo – Não ajudou, não é? – Ele se repreende, era horrível nisso. – Ok, ok olha pra mim – Ele segura o rosto da moça com as duas mãos e a encara de perto - Shiii fica calma – Ele suspira – Natasha – Ela puxa a ruiva e então sela seus lábios, ele pressiona fortemente ainda segurando o rosto da ruiva, e só se dispersa dela quando sente sua respiração voltando ao normal, algo que ele faz lentamente abrindo os olhos para vê-la fita-lo ainda surpresa.

– Como você fez isso? – Ela murmura já com a respiração regular

– Meu irmão... – Ele tenta explicar um pouco acanhado pelo beijo, não que fosse tímido ainda mais com mulheres, mas aquela situação tinha sido bem diferente de qualquer uma que ele tenha vivido na vida, aliás, desde que conhecera Natasha tudo tinha sido diferente do que ele tinha vivido – Ele tinha ataques de pânico quando era pequeno, eu me lembro da minha mãe falar que quando ele tivesse era para prender a respiração – Ele explica calmamente – Então... Quando eu te beijei você segurou a respiração

– Segurei? – Ela murmura

– Segurou – Ela dá um leve sorriso, e ele acaba retribuindo.

– Obrigada – O choro volta com força – Isso... Foi muito esperto – Ela balança a cabeça freneticamente em um movimento de sim

– Não foi nada – Ele se senta ao lado da mulher e então o elevador para – Acho que chegamos

– Em que andar estamos? – Ela tenta respirar enquanto limpa as lagrimas

– No Hall de entrada do prédio, eu não sabia pra onde te levar, pensei no hospital – Ele fala ainda apreensivo e causa uma risada de Natasha.

– Obrigada Steve – As lagrimas voltam a cair

– Vem, vamos sair daqui você precisa de ar.

***

– Alguém viu a Natasha? A Jane? A Darcy? Pepper? – Maria pergunta para as pessoas dançantes, parecia que cada hora que passava aquele apartamento enchia mais de gente, e todo mundo tinha sumido para piorar.

Seus saltos batem no chão constantemente enquanto ela caminha por todo apartamento tentando achar um rosto conhecido, até que se pé vai em cima de algo que quase foi destruído, logo a morena identifica como um celular que tocava no chão do corredor, ela o pega e então o olha tem um rosto de um homem, muito bonito, mas com certeza não era algum famoso muito conhecido, porque ela desconhecia as feições de quem estava ligando – Ótimo alguém perdeu um celular – Ela murmura arrastando o dedo pelo aparelho e atendendo seja lá quem fosse ligando – Alô

– Alô – A morena caminha para um dos quartos para ouvir do outro lado – Steve... Steve você está na farra o que foi qu...

– Não é o Steve – Maria interrompe o homem que parecia bravo.

– Ótimo agora ele deixa o celular com as mulherzinhas que ele dormi – o Homem murmura impaciente

– Ei mais respeito comigo ok? Eu não sou nem um mulherzinha e muito menos durmo com o Steve – Hill se ofendeu, cara arrogante.

– Não, então é uma ladra, porque você está com o telefone dele...

– Eu não sou ladra coisíssima nenhuma, e se você não parar de ser arrogante por um momento eu vou desligar.

– Então quem você é querida – Ele é irônico – Eu preciso falar com o meu irmão, dá pra passar pra ele?

– Seu irmão, você é irmão do Steve? – Maria tenta digerir a informação

– É eu sou você é um pouco lenta não é?... Meu irmão cada dia se supera mais nas escolhas das mulheres com quem ele dormi – Maria desliga antes de continuar a ouvir o insulto

– Quem esse cara acha que é? – O celular volta à toca e o rosto dele aparece do novo na tela – Cara arrogante... Lindo, mais arrogante – Hill atende de novo – Se você continuar com os insultos, eu juro que desligo e não atendo mais

– Tudo bem, cadê meu irmão? Você pode pelo menos fazer isso para mim, ou é difícil pra você até essa ação simples.

– Eu vou desl...

– Não, não... Espera, desculpa você pode chamar o meu irmão para mim, eu preciso muito falar com ele.

– O Steve não está aqui, ele deve ter saído com a Nat... Já que não encontro os dois

– Natasha Romanoff? A namorada dele?

– É a namorada dele – Ela confirma monotonamente

– E como você está ai com ele, se ele está com a namorada?

– Eu já disse, não estou dormindo com sue irmão – Ela fala sem paciência – Eu sou amiga da namorada dele, Eu encontrei o celular dele aqui no apartamento deve ter caído.

– Ah! – Ele exclama um pouco acanhado – Desculpa, desculpa mesmo, eu achei que você fosse uma das aventuras sem nenhuma precisão do meu irmão, que só atrapalha ele... Eu sinto muito pelo o que eu disse me desculpa mesmo

– Não foi nada, tudo bem – Maria parece satisfeita, mas não demonstra.

– Foi sim, desculpa eu to tendo alguns problemas, eu descontei em você... Desculpa-me.

– Tudo bem... Quando eu encontra-lo eu digo que você ligou

– Obrigada, eu preciso falar com ele urgentemente.

– Tudo bem... Tchau... – Maria não sabe o que falar.

– Espera, qual o seu nome?

– Maria, Maria Hill – A morena fala ainda um pouco atordoada.

– O meu é Clint, foi um prazer Maria, e desculpa pelo começo da conversa.

– Não foi nada Clint, tenha uma boa noite.

– Você também – A morena desliga, não antes de dar uma ultima olhada na foto de discagem do numero do homem.

***

– Ok, você não quer falar tudo bem, esse banheiro é espaçoso podemos ficar aqui por um bom tempo – O homem pega um pedaço de papel higiênico e então limpa a tampa do vaso sanitário antes de sentar.

– Tony, abre essa porta agora – Pepper grita impaciente, depois do beijo, O Stark arrastou atriz até o banheiro e prendeu os dois lá dentro, ele estava definitivamente disposto a ter uma conversa seria com a mulher.

– Não, até você confessar – Ele é convicto.

– Confessar o quê? – Ela pergunta impaciente

– Que nada mudou que você ainda sente essa atração fora do comum por mim como sinto por você, que aquele beijou comprovou isso em cem por cento, que mesmo com toda raiva de mim por eu ser um babaca... Você ainda tem sentimentos por mim

– Eu não vou confessar nada ainda mais para você... Agora me dá essa chave – Pepper avança em cima do homem tentando tomar a chave que ele esquiva com o braço, passando de uma mão pra outra a fazendo de boba. – Para de agir como uma criança uma vez na vida – Ela protesta brava

– Então para de agir como se fosse um absurdo tudo o que eu disse – Ele segura a mulher pelos braços a prendendo perto de si – Fala Pepper que eu deixo você sair

– Eu não tenho nada pra di... – A frase é interrompida pela boca de Tony que é pressionada nos lábios da mulher, e mais uma vez ela fica sem reação, era uma merda como seu corpo reagia a ele, mas não podia evitar, o beijo é interrompido por ele que sorrir satisfeito a mulher.

– Idiota! – Ela grita brava se desvencilhando dele

– Viu só, vai negar?

– Não Tony eu não vou negar, eu te odeio muito, mas meu corpo reagi de uma forma que eu odeio mais ainda – Ela respira pesado – Mas não é porque eu tenho essas reações a você, que vou me deixar levar por isso ok? Não vou me deixar mais uma vez me levar a você... Nunca mais, eu não gosto daquela brincadeira ela machuca, machuca muito, e deixa feridas que nunca mais cicatrizaram.

– E seu eu disse a você que eu não quero mais brincar, não quero mais brincadeiras que machucam... Quero de verdade nós dois juntos... Que eu me odeio por ter tido tanto medo do que eu sentia, e por isso eu não embarquei com você.

– Eu não acreditaria – Ela soa confiante mesmo estando balançada

– E o que eu posso fazer para você acreditar? – O Homem se levanta se aproximando novamente da mulher que dá um passo para atras encontrando suas costas com a porta, ficando presa ao homem e a porta.

– Me prove – Saiu antes mesmo da loira pensar

– Provar?

– É Tony me prova, que você me merece, merece minha confiança, que não quer mais ninguém alem de mim, e quando eu falar em um relacionamento serio você não vai fugir... Me prova, que quando eu acreditar em você, eu vou estar pronta para te dar mais uma chance – Ela é firme

– Eu vou – E ele é convicto, seu sorriso transparece sinceridade, os dois se encaram por algum tempo então o movimento da mão de Tony faz a porta se abrir, a loira se vira e então abri e sai sem falar mais nada, mas seu sorriso bobo aparece quando não está mais nas vistas de Tony, ela se repreende no momento seguinte, sabia que Tony Stark, não era uma pessoa confiável, mas não podia evitar era uma romântica incurável e apaixonada por ele.

***

– Você segue com a vida pensando que está completa... Então você conhece alguém e percebe que só é uma metade e as pessoas riem sobre isso. – Ela sorrir melancolicamente – “Você já conheceu sua outra metade?” E então quando você conhece essa pessoa... E descobre que é verdade. Você só está completo quando estão juntos. Nunca termina bem, não é?

– O quê? – Ele questiona ainda pensativo, enquanto cada palavra que ela fala passa por sua cabeça, como se tivesse revisando cada frase, cada letra e tentando coloca-las, de uma forma que não fosse tão confusa para ele. Tudo o que a ruiva de maquiagem borrada e nariz vermelho pelo choro a sua frente fala faz muito sentido, mas ele desconhece esse tema, então não era uma coisa muito fácil de entender.

– O amor. Ele te fortalece... – Ela olha as estrelas acima de sua cabeça, o céu estava tão bonito, como ha anos ela não via talvez o universo estivesse lhe dando a bela imagem de consolo, por todo o resto de desgraça que tinha acontecido naquele dia pra ela. – E, então, acaba com você. Seja lá como aconteça... As duas metades sempre se perdem

– Está tudo bem – Para ele aquelas palavras eram as únicas que poderiam ser ditas naquele momento, ele estava tão perdido quanto ela, sabia que precisava dizer alguma coisa, nunca fora bom de consolar muito menos mulheres, revisando sua vida em um momento rápido percebera que nunca teve que consolar uma mulher antes, não passou tanto tempo com uma para chegar a esse ponto. Já ela achava irônico Steve Rogers falar às palavras que ela sempre ouvia quando estava na pior, Maria sempre dizia que tudo ficaria bem e na maioria das vezes ela sabia que não, mas nunca teve coragem de dizer à amiga o contrario naquele momento ela queria dizer, não para contrariar Steve ou algo assim, ela apenas estranhamente se sentia a vontade de dizer, tais palavras.

– Não, não está. – As lagrimas voltam a rolar – Eu pareço uma idiota tendo ataques de pânico e chorando feito uma mulherzinha...

– Você não é idiota... E você é uma mulherzinha – Ele brinca e tira um meio sorriso dela

– Pode perguntar o que você está doida para perguntar – Ela fala depois de um longo silencio. Os dois estavam sentados em uma praia qualquer, Steve dirigiu alguns minutos talvez horas, Natasha tinha dito que não queria voltar para festa, e como os dois não tinham um lugar certo para ir, acabaram parando nessa praia e se sentando na areia enquanto olhavam o céu deslumbrante e água calma a sua frente.

– Eu não tenho nenhuma pergunta, nenhuma mesmo, nada – Ele tenta falar serio

– Eu consigo ver em seu rosto

– Talvez meu rosto tenha uma expressão interrogativa natural

– Sua expressão interrogativa está me irritando – Ela o encara e ele sorrir

– Você não precisa me contar se não quiser

– É claro porque você pode não se controlar e contar a Sharon Carter

– Contar o quê? – Ele não entendeu, até um segundo depois que caiu a ficha, a loira com certeza tinha feito alguma coisa.

– Ela chamou o meu ex para ir pra festa no meu apartamento

– Droga Sharon! – Steve soca o areia – Desculpa Natasha, saiu sem querer, ela me viu lendo o livro e ai eu acabei falando que era o seu ex sem querer.

– Você estava lendo o livro? – Cada vez ficava pior

– Eu fiquei curioso – O loiro tenta se defender – Não fica brava

– Eu não estou...

– Não? – Ele questiona surpreso

– Não... Você não tem culpa do passado me perseguir a cada segundo da minha vida...

– Você não está me culpando, por algo ruim? Isso é novo

– Não força Rogers – Ela sorrir dando um soquinho de leve no ombro dele – E desculpa por hoje mais cedo, você estava certo...

– Espera um “obrigada”, um “desculpa” e um “você estava certo”? Eu preciso gravar isso

– Você está apelando não é? Não consegue parar até que eu fique com raiva de você

– É força do hábito, desculpa – Eles sorriem e então se encaram

– Eu briguei com o meu ex, lembrei-me de coisas que me deixam muito mal... Eu briguei até com a minha irmã...

– Então eu desculpo o ataque de pânico, ele foi bem justificável – Ele brinca.

– É parece que foi – Ela concorda olhando novamente para o mar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E Ai? Me contem