Meus olhos vão abrindo levemente com o contato dos lábios macios em minha boca, meu coração pulsa um pouco mais forte com a ação dele, era inevitável não sentir assim.

Rolo na cama um pouco manhosa, arrumo um pouco o lençol branco cobrindo minhas pernas que estão expostas, pois camisola de seda não tampava muita coisa.

– Hum... Assim eu vou ficar mal acostumada – Olho o café da manhã que o belo loiro sorridente de camiseta regata branca e calças de moletom que o deixavam mais sexy ainda trouxe para mim.

– Estou contando com isso – Ele brinca pegando a tigela de frutas com aveia e me dando, me sento na cama e recebo já atacando afinal eu não sou de recusar comida.

Ele me olha todo bobo enquanto ataco sem nenhuma cerimônia as frutas.

– Quê? – Pergunto colocando a tigela na bandeja e o encarando curiosa com a expressão do seu rosto tão sereno.

– Nada... Eu gosto de te olhar... Tão linda – Sorriu com seu comentário – Eu tô feliz

– Eu também – Sussurro me arrastando até ele fazendo carinho no seu rosto passeando meu dedo polegar por sua boca, nariz, bochecha e queixo e então me aproximando para beija-lo.

Ele segura minha cintura e me puxa para mais perto, então volta o corpo colocando o meu na cama e ficando em cima de mim sem desgrudar seus lábios do meu. Quando nos separamos do beijo quente ele apenas me fita colocando meus fios de cabelo ruivo atrás da minha orelha

– Eu te amo – Ele sussurra

– Eu também – Sorriu

– E... Corta! – Nick grita, eu empurro Steve que cai do outro lado da cama.

– Eu já disse o quanto você é um amor? – Sarcasmo.

– Você estava em cima de mim – Explico

– Eu sei estávamos fazendo uma cena que estaria em cima de você

– Mas a cena acabou e eu não preciso de você em cima de mim mais que o suficiente.

– Também te adoro Speedy – A palavra me faz estremecer, eu não acredito que ele falou isso.

– Nunca mais me chame assim – A raiva subindo a minha cabeça

– Por quê? Eu gostei, e posso dizer que cabe bem pra você...

Fico de joelhos em cima da cama ficando do mesmo tamanho que ele, ou talvez alguns centímetros maior e o encaro soltando fogo pelas ventas

– Se você ousar me chamar assim de novo... Eu juro que não vou me controlar... Eu te mato – Cuspo as palavras

– Você assim toda bravinha e ameaçadora com essa camisola... Fica muito sexy sabia?

– Cala boca idiota... E eu não tô brincando entendeu? – Perco a paciência. Era impossível falar com ele. Afasto-me saindo da cama e pegando meu roupão que as meninas da produção já tinham deixado do lado da cama.

– Tudo bem ruivinha, eu entendi – Ouço a gargalhada dele, mas prefiro ignorar.

Entro no meu camarim como uma louca, sempre que eu fazia alguma cena com o Rogers era sim, ele adorava me tirar do serio.

– O que aconteceu? – Pepper esta terminando a maquiagem para gravar

– Meu lindo namorado que às vezes me tira do serio – Falo em um tom sarcástico, maquiadores estavam lá não podia xingar o Steve como eu queria na frente deles. Pepper gargalha

– Quer um conselho?

– Por favor – Murmuro

– Obrigada queridas – Pepper agradece as maquiadoras que saem logo em seguida, ela espera só nos duas estarmos no camarim e enfim toma sua atenção a mim – Se você continuar a se zangar por tudo o que Steve fala, ele vai continuar fazendo ele adora te provocar.

– Eu sei, mas não me controlo, ele é um... – Respiro não tinha uma palavra para descrever o loiro.

– Vocês são como álcool e fogo, inflamáveis... Os dois juntos causa explosão por isso que o Fury investe tanto nos dois, e por isso que todo mundo adora o casal.

– Isso deveria ser bom?

– Isso é ótimo Natasha... Se metade dos casais fossem assim, não existiriam tantos divórcios – Aquilo era um absurdo, Pepper deveria ter batido a cabeça em algum lugar.

– Você não tá nada bem... – Declaro – Eu e ele não temos nada – Ela gargalha e pega a revista em cima da bancada me mostrando a capa era eu e Steve nos beijando estampada com o titulo "O CASAL DO ANO" – Isso foi pra ajudar o ingrato do Tony

– Vocês não precisavam ter dado um beijão desses – Ela queria me irritar

– Ele me beijou eu não podia empurra-lo ou ter batido nele na frente de todo mundo – Explico.

– Tudo bem – Ela levanta os braços em sinal de rendição.

– Vamos mudar de assunto?

– Que tal Bucky?

– Que tal Tony? – Retruco

– Falei primeiro...

– Eu já disse a gente se encontrou agimos como se fossemos antigos vizinhos e ele foi embora

– E você como ficou?

– Incrivelmente bem, que o Steve nunca ouça isso, mas ele estava certo... Foi muito bom esfregar minha felicidade na cara dele, mesmo que seja uma felicidade falsa.

– Isso te fez bem?

– Muito, olhar a expressão do rosto dele... Eu o machuquei não tanto quanto ele, mas foi muito bom vê ele mal... Isso é tão horrível de se falar, mas é a verdade.

– Natasha... – Uma loira da produção entra no camarim – Desculpa interromper vocês, mas... Tá tendo uma confusão lá fora e parece que tem haver com você...

– Ah Meu Deus! O que foi dessa vez? – Olho para Pepper que também não esta entendendo

– Eu não sei é melhor você ir vê... – A loira sai e a seguimos só esperava não ser mais nenhuma loucura do Tony de novo.

– O que diabos está acontecendo? – Pepper questiona, nos duas paramos alguns centímetros da confusão, havia muitas pessoas na maioria seguranças, mas também havia um rosto... Um não dois rostos familiares no meio da confusão e um deles estava em cima das costas de um dos seguranças.

– Não pode ser... – Murmuro correndo para o meio do furdunço.

– Darcy... Jane – Grito e todo mundo para com o tom da minha voz – O que diabos? ... Pode soltar elas – Peço aos homens.

– Viu grandão... Eu disse que ela era minha irmã – Darcy da língua para um dos homens

– Oi Nat – Jane é a primeira a se manifestar

– Como vocês?... O que vocês estão fazendo aqui? – Puxo as duas para longe dos seguranças.

– Minha irmãzinha linda e agora famosa – Darcy me abraça e depois Jane faz o mesmo

– Darcy não fuja da pergunta. Como vocês vieram parar aqui em Nova York? O papai sabe que você tá aqui?

– Ai credo Nat parece que nem está feliz de nos ver...

– É claro que eu tô feliz... Mas

– Aonde é o seu camarim... Espera aquela ali é a Sharon Carter que fez aquele filme da vingança? Qual era o nome mesmo? Eu posso pedir um autografo a ela... Ah e o Steve, meu Deus Steve Rogers é meu cunhado, ele tá ai quando vou conhecê-lo?- Darcy parecia ser ligada em algum tipo de bateria que nunca descarregava

– Darcy, o que foi que conversamos sobre surtar aqui? – Jane a repreende depois volta atenção pra mim – Eu juro que se fosse por mim teríamos te esperado no apartamento.

– Ok... Agora podem me falar porque vocês estão aqui em Nova York? Porque não me avisaram que vinham? O papai sabe que você tá aqui Darcy?

– É claro que o papai sabe... Não me trata como uma criança já sou maior de idade esqueceu, não sou a garotinha que você deixou quando veio pra cá.

– Eu sei Darcy... Mas você e suas maluquices não condizem com sua idade

– Eu e a Jane viemos pra ficar

– O quê?

– Nat a gente jura que não vai dar trabalho, eu já tenho trabalho garantido e vou procurar um apartamento logo, logo...

– Não claro que não vocês ficam comigo... Mas que maluquice é essa de ficar aqui, e a faculdade?

– Conseguir transferir o curso pra cá

– É claro que você conseguiu – Murmuro para mim mesma. A Darcy era impossível quando enfiava uma coisa na cabeça ninguém tirava, acho que era a única coisa que tínhamos em comum. A Jane nossa prima era muito mais parecida comigo, tinha foco, um ideal e a cabeça no lugar eu estou até surpresa de ela ter embarcado nessa com a louca da Darcy.

– Então quando é que você vai me apresentar seus amigos famosos? – Ela pergunta animada – Quero conhecer todos que eu poder

– Você não vai conhecer ninguém, pelo menos por ago...

– Nat? Quem são? – Pepper se aproxima com seu sorriso acolhedor. E minha ideia de deixar a Darcy presa no camarim até a hora de ir embora foi por água abaixo

– Ah Meu Deus é Pepper Potts... Eu vou te abraçar – Minha irmã pula em cima da loira que apenas sorrir da empolgação dela

– Pepper essa é minha irmã Darcy – Falo encarando Jane que dá de ombros – E essa é a Jane minha prima, as duas vieram passar uma temporada comigo.

Uma longa e com certeza animada temporada, penso.

***

– Eu não acredito que a Nat nos deixou presa aqui enquanto ela tá lá com um monte de gente famosa e bonita – Darcy reclama caminhando de um lado para o outro do camarim, Natasha resolveu contê-la lá para que ela não causasse outra confusão.

– Darcy ela tá trabalhando, e a gente nem devia está aqui... Então fica quieta e tenta esperar sem causar mais nem uma confusão por aqui... – Jane a repreende enquanto folheia a revista que a prima está estampada – Você viu? A Nat parece bem feliz com o Steve – Ela mostra para a irmã mais nova Romanoff

– E quem não estaria feliz com um Deus desses? Você entendi a situação – Ela para um segundo para pensar – Eu sou cunhada do cara mais lindo do planeta, eu sou cunhada de Steve Rogers

– Eu entendo você não para de falar nisso desde que você viu aquela foto e depois ligou às três da manhã para Nat pra confirmar...

– É claro eu deveria ter sido a primeira, a saber, mas eu soube por um site de fofoca e...

– Natasha você esqueceu-se de pegar o rotei... – A porta é aberta e o homem para de falar quando as mulheres fixam seus olhos arregalados nele – Desculpa, eu achei que a Natasha... Quem é vocês?

– E-eu não sei – Darcy parece um zumbi – Quer dizer... Eu sei quem eu sou, mas você... Você é o Thor

– É eu sou Thor – Ele sorrir das reações da garota, mas volta toda a sua atenção para Jane que está sentada com os olhos fixos nele e a boca um pouco aberta – E vocês?

– Ok eu vou respirar lá fora... Eu não tô – Ela estica o braço quase encostando a mão em Thor que se diverte com a garota, ela não o toca apenas corre para fora, ouvisse um grito da garota quando ela está porta a fora.

– Ela é assim o tempo todo? – O ator questiona a Jane que ainda está em estado de transe

– Desculpa, - ela se levanta rapidamente esticando a mão para cumprimenta-lo, como uma pessoa normal – Eu sou a Jane, e ela é a Darcy irmã da Nat... A gente não está muito acostumada com gente famosa, cidade pequena... – Ele pega a mão da garota e deposita um beijo a fazendo estremecer com a ação. – E você é o Thor, adoramos filme de faroeste.

– Meu Deus você é o Thor – Darcy volta a entrar quebrando o momento olhares constrangedores dos dois – Eu assistir todos os seus filmes, você pode tirar uma selfie comigo? O Ian vai morrer quando eu mostrar isso pra ele

– Darcy o que foi que a Natasha falou? – Jane repreende

– Ok para não surtar – Ela fala para ela mesma, como se fosse um lembrete – Eu não tô surtando.

– Você tá. – Jane é convicta – Desculpa, ela é meio imperativa demais – A garota tenta se explicar enquanto a estrela só a olha sem falar nada com um lindo sorriso no rosto.

– A Romanoff não comentou que tinha irmãs tão lindas – Ele é galante

– Ele disse que eu sou linda – Darcy pula fazendo uma dancinha esquisita

– AH não! – Jane sorrir sem graça – Eu não sou irmã da Nat, sou prima.

– Então... Uma prima tão linda – Ele corrige

– OK estou me sentindo uma vela agora – Darcy cantarola

– Darcy – Jane a repreende sem graça

– Que foi? – Ela dá uma de desentendida

– Eu tenho que ir procurar a Natasha e entregar o Script... Foi prazer te conhecer – Ele pega novamente a mão de Jane depositando um beijo, o loiro se vira para olhar a morena doidinha o fitando com um sorriso malicioso – E você também, vejo que carisma é de família mesmo – Ele brinca também beijando a mão da Romanoff mais nova.

– Nunca mais vou lavar minha mão – Ela suspira

– Depois tiramos aquela Selfie... Já que espero vê vocês mais vezes... – Ele volta o olhar para Jane que apenas dá um leve sorriso

– Eu vou cobrar – Darcy responde animada

– Pode fazer isso – Ele retruca antes de sair.

– Meu Deus! O Thor ficou caidinho por você – Ela dá um leve gritinho para a prima

– Para com isso Darcy – Jane se senta novamente

– Quando eu vou achar o galã do cinema que vai se apaixonar por mim? – A morena se joga no sofá ao lado da prima que rir.

Um mês depois...

– Você sabe que é imperdoável eu ainda não ter conhecido o meu cunhado, não é? – Darcy está jogada na minha cama, enquanto termino de empacotar as ultimas coisas no meu quarto.

– E você podia me ajudar a terminar isso, a Maria teve que sair para resolver alguma coisa do trabalho, a Jane ainda não chegou também... – Tento despistar da conversa, ela está me enchendo desde que chegou querendo conhecer o Steve, eu não sei se seria uma boa colocar minha irmã espontânea demais e o meu namorado de mentira engraçadinho demais no mesmo ambiente.

– Você está me enrolando...

– Não eu só quero que você me ajude – Estou terminando de empacotar as ultimas coisas para mudarmos de apartamento, não que essa ideia me agradasse muito, eu amava meu apartamento, meus vizinhos, o porteiro, mas aquele apertamento não dava para nós quatro e o Nick já vinha me infernizando a um bom tempo pra ir para um “lugar menos publico”, então depois de muito pensar e de muito convencer a Maria comprei um novo apartamento.

Meu apartamento lindo e espaçoso confesso que nisso estava animada um coisa minha comprada com meu dinheiro, Maria ainda estava com um pé atras por ir morar comigo, com palavras dela “como uma encostada” é claro que ela não era isso ela podia morar comigo para o resto da vida eu iria enlouquecer se morasse naquele apartamento grande demais sozinha, mas minha amiga era uma teimosa orgulhosa e só aceitou depois que entramos em um consenso das despesas da casa.

– Sabe o que podíamos fazer? – Darcy volta a devagar olhando o teto enquanto eu fico com o trabalho pesado

– Não – Respondo sem interesse, com certeza não seria uma boa ideia.

– Podíamos dar uma festa de “Novo apartamento” inaugurar sabe? Todo mundo faz isso

– Não, ninguém faz isso... E nós também não vamos fazer

– Ai você chamaria todos os seus amigos famosos, o Thor que ficou caidinho pela Jane – Ela falava como se não tivesse me ouvido – O Steve claro, seu namorado, o Tony... Meu Deus o Tony – Ela suspira – A Pepper, Sharon – Faço uma careta com o nome – Bruce...

– Não Darcy... – Aumento o Tom de Voz para que ela me ouça. Vou começar a explicar os mil motivos daquela ideia não ser boa, mas sou interrompida pela campainha. – Deixa que eu atendo – Saiu correndo pelo corredor, explicar seria uma perda de tempo para minha irmã teimosa. Com certeza era o senhora Dolores mais uma vez caçando o gato dela, e nesse momento era muito melhor gritar no pé do ouvido dela que o gato não estava aqui do que argumentar o que não entraria na cabeça da Darcy – Sr.ª Dolores, eu já disse não vi... – Abro a porta e minha voz se cala com a figura a minha frente, com certeza ele não era o Sr.ª Dolores.

– Oi Nat – Seu sorriso era lindo.

– O que você tá fazendo aqui? – Minha voz é fria. O incomodo no meu estomago voltara como no dia da festa de Tony, vê-lo me fazia mal.

– A gente precisa conversar

– Não. A gente não precisa – Bato a porta na sua cara, mas não consigo me mover.

– Por favor, Natasha – Sua voz está rouca, meus olhos se fecham eu queria correr e não ouvir mais nada, mas eu não conseguia nem me mover – Eu tenho tanta coisa pra te falar... Esperei tanto por esse momento, pra te vê de novo... Eu só eu queria me explicar, sobre o livro, por favor, Nat... Speedy – A ultima palavra foi à gota d’água pra mim. Abro a porta abruptamente.

– Nunca mais me chama assim – Cuspo as palavras com ódio

– Desculpa... – Ele sussurra enquanto nos encaramos – Por favor, Nat, só essa vez, eu juro que nunca mais te procuro... Eu só preciso me explicar sobre o livro eu te devo isso

– Você não me deve nada, e eu não tô nem ai pra esse livro ridículo, contando que ninguém saiba que ele é sobre mim.

– Eu devo a mim essa conversa, por favor... Eu juro que eu não te incomodo mais

Eu não queria ir, não queria ter essa conversa, não queria ouvir nem uma explicação seja lá do que fosse, nem ao menos queria olhar na cara dele ou ter que ouvir sua voz, mas infelizmente eu conhecia o Bucky se eu não fosse agora ele não desistiria e não desistir significa eu ter que aguentar a insistência dele, então o melhor mesmo que não fosse o que eu queria era ter logo essa maldita conversa e colocar um ponto final nisso.

– Posso entrar? – Ele quebra o silencio depois de alguns minutos me tirando dos devaneios

– Não – respondo fria

– Nat... – Ele começa de novo, mas o interrompo.

– Vamos a um café, na esquina minha irmã tá aqui, eu não quero que ela ouça essa conversa – Ele sorrir com a minha resposta eu apenas saiu fechando a porta atras de mim o acompanhando sem falar mais nada.