Dear Diary Video escrita por Rapunzel Corona


Capítulo 6
🎶What The Fuck?🎶


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pelo século entre o último capítulo e esse, mas eu também não venho tendo muito incentivo para antecipar o prazo né...
Espero que gostem!



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POV RAPUNZEL

Hey! Hey! Eu não quero perder muito tempo, então vou direto ao assunto, quer dizer, não que você seja perda de tempo, é que... Espera, isso não machuca seus sentimentos, você é só um diário! Droga, isso machucou, né? Desculpa... O que eu estou fazendo?!?!?! Esquece isso, continuando...
Eu fiquei paralisada encarando o Eugene e ele fazia o mesmo. Minha mãe chegou do meu lado e ficou sorrindo parada, sem entender a situação.
— Aconteceu alguma coisa enquanto minha filha os atendia?-ela perguntou sorridente.
— Não, não aconteceu nada, é que eles estudam juntos na Dreamland High School.-disse a mãe de Eugene.
— Sério?-perguntou minha mãe para mim, que suava frio e sorria sem graça.
— É...-eu respondi.
— Outra ótima razão para se mudarem para esse prédio!-disse minha mãe sorrindo e eu corada de tanto constrangimento, eles riram.
— Pois então mostre-nos as outras ótimas razões!-disse o pai de Eugene.
— Claro!-disse minha mãe e fez um sinal para eu ir na frente, e o fiz.
Ela fechou a porta e tomou liderança, guiando todos para o fim do corredor, onde ficava a outra cobertura (a minha era bem maior de qualquer jeito... Me gabando demais, parei.), ela colocou a chave na fechadura e depois de destrancar abriu a porta.
Entramos e minha mãe parou do lado da porta. O apartamento estava vazio, exceto por um rádio no meio da sala.
— O que é isso?-perguntou Penny, a irmã mais nova de Eugene.
— Não sei...-falou minha mãe me encarando nervosa.
— É... Eu costumava dançar aqui...-eu assumi constrangida.
— Você faz dança?-perguntou a mãe de Eugene animada.
— Sim! Uma das melhores alunas, na verdade...-falei um tanto convencida, pegando o rádio e levando para o lado de fora do apartamento, do lado da porta.
— Impressionante.-disse Eugene.
— Obrigada.-eu disse.
Minha mãe apresentou os cômodos e eu esperei na sala. De repente Eugene apareceu tirando minha concentração à parede.
— Vendido.-ele disse se sentando do meu lado.
— Vendido? Mas já?-eu perguntei surpresa.
— Não, eu estava brincando com você-ele disse e eu o empurrei fraco com meu ombro.
— Que bobo...-eu falei e ele riu de lado.
— Eu sei que agora me consideram "popular", mas não precisa fingir que eu sou um desconhecido.-ele disse.
— Desculpa? Você é um estranho, mas você é o único que pode mudar isso.-eu estendi a mão para um aperto.
— Eugene Rider.-ele apertou minha mão.
— Rapunzel Corona.-eu disse.
— É magnífico.-chegou o pai do Eugene.
— Podemos discutir os preços?-perguntou minha mãe logo atrás.
— Por favor!-disse a mãe do Eugene acompanhada do pai.
— Olá vizinha!-disse Eugene e eu sorri.
O sorriso por dentro era uma angústia, por quê?!?!?!? Não é que eu não goste do Eugene, é que já vai ser uma merda me acostumar com pessoas aqui sem ser minha mãe, agora, alguém da escola?!?!?!? Só piora...
— Mal posso esperar...-eu forcei um riso.

Depois de eles irem embora com a chave do apartamento em mãos, coloquei uma roupa de parque e fui para o parque (#avá). ((http://www.polyvore.com/untitled/set?id=158225498))

No parque eu iria encontrar as meninas e para um piquenique. Era coisa rápida pois logo iria escurecer.
Cheguei e fui para o lugar que combinamos nos encontrar. Todas me esperavam lá quando cheguei.
— Meus Deuses! Por que a demora?!?!?-perguntou Anna impaciente.
— Hoje era dia de receber compradores.-eu disse.
— Deu uma de corretora?-perguntou Merida.
— Minha mãe deu.-eu disse é ela riu.
— Eu só trouxe quatro sucos.-falou Merida levantando as garrafinhas de suco de maçã.
— Trouxemos torta, sanduíche, biscoito com geleia, bolinhos, brownies, sorvete, pão com manteiga e torradas.-disse Elsa.
— Por Merlim! Só?-perguntou Merida irônica.
— Droga, esqueci o pão de batata...-lamentou Elsa.
— Estou me sentindo mal por não ter trazido nada...-eu disse.
— Vocês.... Ouviram isso?-perguntou Anna e ficamos em silêncio.
— Isso o quê?!?!?-perguntou Elsa.
— Shhhhh!!!-falou Anna brava e nos puxou para o outro lado da árvore.
Ela começou a puxar nossas coisas rapidamente e se agachou, nós a acompanhamos.
— Mas o que...-Elsa sussurrou e foi interrompida pela mão de Anna tapando sua boca.
De repente começamos a ouvir risos e sussurros vindos de trás de outra árvore. Eram Hans e... Astrid?
— Mas que porr...-Antes que Merida pudesse terminar a frase, eu tapei sua boca e todas nos agachamos.
Os sussurros foram ficando cada vez mais baixos, e cada vez mais baixos, até que... Eles foram embora.
— Por que o Hans estava com ela?!?!?!?-gritou Elsa com raiva.
— Não grita! Vai que eles ainda não foram embora...-disse Anna.
— Não, eu quero que ele me ouça! E que sinta meu punho em sua cara!-ela começou a ficar vermelha de ódio.
— Sabe Elsa, depois que ele me traiu com ela na sétima série eles terminaram e passaram a ser amigos, eles devem apenas estar passeando.-disse Merida tentando acalmá-la.
— Por que eu não te ouvi Merida? Você sempre esteve certa sobre ele, e eu escolhi um homem à minha própria família!-Elsa começou a chorar e abraçou Merida.
— Ummmm... Não foi isso que eu disse...-falou Merida enquanto Elsa a abraçava.
Eu e Anna nos entreolhávamos estranhando a situação.
Anna já teve uma grande queda pelo Hans no começo da oitava série. Ele fingia que ligava para ela, foi meio que horrível quando ela descobriu que ele não se importava com sua existência, depois disso ela nunca mais caiu nas garras do Hans, nem sei como ela se convenceu que ele tinha mudado...
— Amanhã eu vou terminar com ele.-soluçou Elsa já separada de Merida.
— Ainda pode ser um mal entendido.-disse Merida.
— Você sabe que não é! E tentou me dizer isso... Eu estava apaixonada por esse bosta!-ela gritou brava.
— Vocês namoraram por um dia e meio.-disse Anna frustrada.
— Namoramos escondido por uma semana...-Elsa falou cabisbaixa.
— ... Melhorou muito hein...-eu disse.
— Obrigada por só me atualizar agora!-Anna disse.
— Mas não era oficial, até você nos ver...-ela disse.
— ... Melhorou muito hein...-eu disse.
— Comam aí vocês, eu preciso pensar...-Elsa disse e pegou sua bolsa.
— Pensar em um jeito de matá-lo?-perguntou Merida e Elsa assentiu.
— Elsa!-Anna a fez parar antes de descer o morro e a encarar.- Só não vá presa, não quero ter que pagar a sua fiança.
— Está bem.-ela assentiu e continuou andando.
Enquanto comíamos começou a chuviscar, aceleramos e guardamos as coisas rapidamente.
— Alguém tem algo para me cobrir?-perguntou Merida.
— Eu tenho para cobrir a mim mesma.-peguei minha pasta e pus sobre a cabeça.
— Me dá.-ela ordenou estocando a mão.
— Por quê?-perguntei.
— Porque eu não tenho capuz e não quero molhar minha moto.-ela disse.
— Eu não tenho casaco! Além do que, sua moto já deve estar bem molhada agora...-eu disse e ela arregalou os olhos e saiu correndo em disparada.
— Tchau!-disse Anna e correu em uma direção oposta à de Merida com a cesta de piquenique na mão.
Não corri pois já estava molhada e não adiantaria de nada. Estava cobrindo minha cabeça mas percebi que já estava inteira encharcada, então parei de me cobrir e só andei de braços cruzados até o carro.
— Quer carona?-chegou do meu lado um homem, virei e vi Eugene com as chaves do carro em uma mão e o guarda-chuva na outra.
— Nossa! O que faz aqui?-eu me assustei.
— Eu moro ali.-ele apontou para o oitavo andar de um prédio branco que ficava ali perto.- Bom, por enquanto...-ele sorriu para mim.
— Pois é... Mas que coincidência... Tanta coincidência que eu diria que está me seguindo!-eu disse forçando um riso e ele riu.
— Não... Hoje não...-ele disse brincando e eu o olhei com o olho arregalado entrando na brincadeira, rimos.
— Mas é realmente uma coincidência bem previsível... ((autora: não olha para mim!))
— Vem!-ele disse colocando seu braço sobre meus ombros.
— É que...-olhei para o meu carro que estava na esquina esquerda do quarteirão paralelo ao que estávamos, suspirei.- Vamos.
Não queria perder a oportunidade de um garoto lindo e que sabe meu endereço me levar para a casa. Mal sabia eu que fui extremamente burra, precisava do meu carro para ir para a escola, mas enfim...
— Você tomou um banho de chuva hein...-ele disse dirigindo.
— Sério? Nem percebi.-falei abrindo os braços fazendo com que caísse mais água e ele risse.
— Lembra sobre aquele papo de nos conhecer?-ele perguntou dobrando a esquina.
— Se eu não lembrasse estaria com sérios problemas de amnésia.-disse o fazendo rir.
— Me fala de você.
— Bom... Eu e minha mãe viemos da Alemanha quando eu era apenas um bebê...
— Sério?-ele me interrompeu. Eu também! Mas não sei falar alemão, eu fui adotado pelos meus pais lá e eles vieram para cá.
— Que legal!-eu falei e fiquei parada e quieta, até ele me fazer um sinal para continuar.- Ah! É! Tinha esquecido... Bom, quando eu tinha uns 7 meses, minha mãe me trouxe para cá. Depois de achar aquele prédio abandonado, ficamos hospedadas nele para não ficarmos na rua até minha mãe conseguir emprego e dinheiro.
— Mas e suas tias?-ele perguntou.
— Na verdade eu só tenho uma tia, a mãe da Anna e da Elsa, a Merida é minha prima de consideração.
— Sim, sua tia.
— Eu sempre falo que somos primas quase-irmãs, e tudo o mais, mas na verdade somos apenas primas de terceiro grau, minha mãe e minha tia nunca tinham se conhecido pessoalmente.
— Então como...?
— Espera eu terminar!-eu o interrompi.- Elas só se falavam por cartas e nunca tinham visto nem foto uma da outra. Quando minha mãe veio para cá, ela esperou termos condições e tudo okay para poder conhecer minha tia.
Hoje em dia elas nem são muito amigas. Pelo que minha tia diz, minha mãe mudou muito de personalidade.-completei.
— Emocionante história, agora me conte de você.-ele disse e eu franzi a testa.
— Você é surdo?-perguntei e ele riu parando o carro em frente ao meu prédio.
— Você só contou sobre sua história, mas eu perguntei de você, quem é Rapunzel Corona.
— Ah... Isso você descobre sozinho.-eu sorri e saí do carro.
— Te vejo amanhã!-ele disse de dentro do carro e eu acenei indo em direção ao hall.
Fui para o meu apartamento e entrei no meu quarto. Depois de tomar um banho, coloquei meu pijama (blusa de manga comprida moletom rosa choque com um coração preto estampado; calça preta moletom; cabelo solto e pantufas: http://www.polyvore.com/untitled/set?id=161146584) e deitei na cama enquanto acariciava meu camaleão, Pascal, mexi um pouco no celular e dormi.

POV ELSA

Acordei no horário de sempre, um pouco abalada pelo negócio de ontem.
Conversei com Hans ontem, na expectativa de ele ser honesto comigo, mas não tive coragem de perguntar. Mesmo aquele negócio sendo um mal entendido, eu não acho que eu e o Hans vamos dar certo, vou terminar com ele depois da aula.
Minha primeira aula era química e as meninas não estavam na mesma aula que eu, fiquei procurando uma dupla com os olhos.
Belle! É claro! Nós fazíamos xadrez juntas na sexta série. Andei até ela é de repente um vulto levantou de trás da bancada.
— Achei!-disse Jane com a tampa de um pote de vidro na mão.
— Oi Elsa!-disse Belle.
— Oi...-eu falei desanimada e fui à busca de outra pessoa.
Podia ser o Tarzan, ele é bem meu amigo e da Anna, mas já estava fazendo dupla com o Milo. Vi Mulan e me aproximei.
— Oi Mulan!-eu disse e ela sorriu.
— Oi Elsa!-ela disse.
— Está sozinha?-eu perguntei.
— Na verdade, eu estou fazendo com a Poca, ela está no banheiro.
— Ah...-eu me afastei.
Continuei a procura e de repente Jack se aproximou.
— Sozinha também?-ele perguntou com a sobrancelha arqueada.
— Pois é...-eu suspirei e ele me puxou para uma bancada.
— Você ouviu o que era para fazer?-ele perguntou.
— Sim, e eu não estou muito afim...-engoli a seco e tirei uma gaiola com um sapo de dentro da bancada.
— Pobrezinho...-Jack lamentou com uma expressão de pena.- Agora pega a tesoura.-ele voltou ao normal.
— Não! Não vou matar o prover sapo, o nome dele pode ser Olaf.-eu passei o dedo na cabeça do sapo e ele fechou os olhos.
— Vocês também não aprovam a dissecação com animais vivos?-chegou Tiana com uma prancheta em uma mão e caneta na outra.
— Sim.-eu disse.
— Ótimo! Então luremos contra esse fenômeno repulsivo que mata uma espécie tão perfeita quanto os sapos.-ela entregou a prancheta e a caneta na minha mão e começou a acariciar um sapo em seu colo.
Assinei o baixo-assinado e entreguei a prancheta para ela, que colocou o sapo de volta na gaiola e pegou a prancheta.
— Obrigada, o Deus dos sapos agradece.-ela sorriu.
Tia se afastou e foi tentar convencer outra dupla à fazer o mesmo.
— Essa garota é louca, ela era tão descente ano passado...-disse Jack.
— Pois é...-eu suspirei.
— Quando que começou esse negócio com os sapos mesmo?
— Ah, eu acho que foi em abril, quando ela ganhou um sapo de estimação e virou a sapo-maníaca.-eu disse lavando as mãos na pia da bancada.
— Ela nem é tão louca, só esse negócio dela com os sapos que é loucura.-disse Jack.
— Verdade, a Tia é super legal.
— Como andam você e o Hans?-perguntou Jack me fazendo ficar imóvel e deixar a proveta de vidro cair dentro da pia e quebrar.
— Merda!-eu comecei a cantar os cacos de vidro e joguei no lixo, já estressada com toda a situação.
— Mas e então?-ele insistiu me fazendo ficar mais estressada ainda.
— Bem.-eu respondi um pouco grossa e vermelha de ódio por lembrar de Hans.
— Aconteceu alguma coisa?-ele perguntou preocupado.
— Não.-respondi mais calma.
— Não, é?-ele arqueou a sobrancelha.
— Não.-disse e logo depois o fitei aflita e comecei a choramingar o abraçando.
— Coloca para fora.-ele retribuiu o abraço.
— Eu acho que ele me traiu.-choraminguei.
— Com quem?
— Nada.-eu me separei dele rapidamente.
— Não desvia o assunto.-ele disse.
— Não, tipo, nada mesmo, só o vi beijando uma garota atrás de uma árvore no parque, não sei quem era...-menti.
— Ah...
— Mas chega de dar uma de Drama Queen, como vai entre você e Tooth?
— Uma merda...-ele disse e eu estranhei.
— Por quê?-perguntei curiosa.
— Ela é muito grudenta e muito ciumenta, se ela tivesse me visto te abraçando, com certeza iria brigar ou espernear.-ele disse e bufou.
— Brigar com você ou comigo?-eu perguntei sarcástica.
— Por que ela brigaria com você?
— Sério?-eu perguntei séria e ele continuou sem se manifestar, ri de lado e continuei.- Bom, primeiro, fui eu que te abracei, você só retribuiu; e segundo, eu odeio ela, e eu acho que ela me odeia também...
— Odeia ela por quê?-ele perguntou e eu corei.
— Faz tempo que brigamos...-eu falei como desculpa para ele desistir do assunto.
— Sobre...?
— Você pode segurar essas coisas para mim?-eu o dei dois frascos com um líquido roxo dentro.
Corri até a professora e antes que pudesse pedir, ela me deu o passe do banheiro. Mas que porra eu iria dizer?!?!?
Logo o sinal bateu e eu corri como o vento para o meu armário. Peguei o material para a aula de russo e fui para o armário da Anna esperá-la.
— Oi! Chegou cedo hoje...-disse Anna abrindo seu armário.
— Eu sei, fui dispensada antes...
— Pela professora Helga Sinclair? Há! Eu acho que não...-disse Anna enquanto eu fechava meu armário.
— Ela estava de bom humor hoje.-menti, aquela mulher nunca está de bom humor! Mesmo se está, continua sendo rígida...
— Vocês a drogaram?-perguntou Anna animada achando que eu ia confirmar.
— Não.-falei e me desencostei do meu armário, começando a andar acompanhada de Anna.
— Coisa estranha...-ela resmungou.
— Nossa aula agora é de russo com o Vinny, né?-ela perguntou para ter certeza.
— Vinny Santorini.-ela imitou um italiano com a mão fazendo formato de coxinha e eu ri.
— Verdade, ele devia ser professor de espanhol...
— Mas eu imitei um italiano.-ela falou estranhando.
— Eu já sabia...-falei sarcástica e nós rimos.
— "Mui biene"-Anna imitou italiano novamente, porém ficou com um sotaque super americano.
— Não se pronuncia assim.-eu falei e ela fez careta.
Chegamos dentro da sala e nos acomodamos em duas carteiras, uma do lado da outra.
O professor logo chegou na sala. Não sei falar nem "olá" em russo e eu já tenho esse curso à um ano.
Em um momento, o professor começou a brigar comigo, por eu estar conversando com a Anna. Quando ele se virou de costas eu e Anna mostramos o dedo do meio para ele, e este meio que virou na mesma hora, he he...
— ты издеваешься надо мной?!?!? задержание!!!!!!-ele gritou algo que não entendi e eu franzi a testa.- Detenção! No sábado!-ele falou com um tremendo sotaque.
— Mas...-eu tentei me manifestar.
— No mesmo horário escolar, vocês duas.-ele completou bravo.
Mas que droga! Por que eu tive que imitar a Anna?
– Você que começou!-grita Anna do corredor.
Que seja! Bom, agora eu vou ter que ir na escola, no sábado! Ó vida crueeeeeeeeel. Assim que fomos dispensados eu corri para o armário da Merida e a esperei.
— ... Oi...?-ela chegou estranhando.
— Você precisa ficar de detenção!-eu falei e ela estranhou mais ainda.
— Tá bebum?
— Eu estou de detenção! NO SÁBADO!-falei exagerada.
— Que merda hein.-ela abriu seu armário e começou a enfiar três livros dentro.
— Por isso você tem que ficar de detenção!-eu falei a fazendo parar de tentar arranjar um jeito de colocar os livros na bagunça e me encarar séria:
— Você está querendo que eu tipo... Me ferre contigo?
—... Não...-respondi com a voz fina ainda sem terminar a frase.- É só que...-continuei com a voz fina.- Na verdade, é isso mesmo.-voltei ao normal.
— Muito obrigada, mas não.-ela conseguiu encaixar os livros dentro do armário e começou a pegar outros dois livros para enfiar na bolsa.
— Por quê?-falei manhosa.
— Sabe Elsa, somos primas e tudo mais, mas você se drogou?! Eu não vou vir para a escola no sábado.
» Vi o coordenador North passando (o nome dele é North Claus Dinggorybell, sim, esse é o nome dele, North, que nome horrível! [sem ofensas Kim Kardashian]) e dei um tapa fraco na cara dela.
— Por que você fez isso vadia?!?!?!?-ela gritou brava e o coordenador se aproximou.
— O que é isso senhorita Dunbroch?!?!?!?-ele perguntou espantado e irritado e ela tentou se manifestar mas ele a interrompeu.- Está de detenção no sábado! «
Esse seria o plano perfeito, imaginei. Coloquei em pratica e dei um tapa na cara da Merida.
— O que é isso senhorita Arendelle?!?!?-se aproximou o coordenador frustrado. Merda.
— Ummm, nada... He he...-ri constrangida.
— Está de detenção! Compareça aqui no sábado.-ele arrancou um papel de um bloquinho com o horário e detalhes.
— Mas eu já estava de detenção!
— Então venha de novo no próximo sábado.-ele se afastou.
Merida começou a rir e eu amassei o papel dentro da minha bolsa.
— Que ótimo!-bufei.
— Vadia.-ela falou sorrindo e eu franzi a testa.
— O quê?
— Te chamei de vadia.-eu estranhei.- E então você me bateu.-ela sorriu.
— Não entendi.
— Argh! Vem!-ela falou e me puxou para a sala do North que era ali perto.
Já estávamos sentadas na sala dele com ele do outro lado da mesa.
— E então eu chamei ela de vadia e ela me deu um tapa fraquinho, estávamos brincando.-terminou Merida. Ele respirou fundo e entrelaçou os dedos apoiando o cotovelo na mesa.
— Sinto muito meninas, mas a única coisa que posso fazer com essa explicação é anular a detenção da Elsa no sábado que vem e deixar a Merida de detenção também.-ele falou.
— O quê?!?!?!? Era brincadeira!-se manifestou Merida.
— Houve agressão física e verbal, mesmo que tenha sido "fraquinho"-ele fez aspas com os dedos indicadores e os do meio.-, isso causa a detenção.
Saímos da sala e Merida parecia bem zangada, eu ri.
— Que ótimo!-falei rindo e ela me emburrou com o ombro de leve.
— E eu tentei te ajudar...-ela disse.
— Foi mal...- lamentei.-Agora tchau!
— Te vejo mais tarde!-ela acenou e saiu correndo.

POV RAPUNZEL

Estava brincando com meu lápis na aula de marcenaria, enquanto o professor Gepetto explicava as etapas da casa de pássaros que teríamos que fazer.
Comecei a desenhar como ficaria a minha casa de pássaros. Queria que ela ficasse como uma casa normal, porém pequena e sem porta.
— Então comecem a trabalhar!-disse o professor e cada um foi para uma mesa.
Comecei a cortar um pedaço de madeira com a serra para já começar com a base. Lixei a madeira e quando já estava com as medidas certas e o plano liso, eu a peguei e terminei de fazer o acabamento nas pontas com a lixa. Com isso já haviam se passado 35 minutos da aula.
— Comecem a se arrumar!-gritou o professor no meio da sala.
— Ei! Corona!-gritou um menino me da mesa à minha diagonal me fazendo o olhar, era Lewis.- Me passa sua serra?-ele pediu.
Olhei para o instrumento, o peguei e resolvi jogar para ele, sim, eu pensei em jogar uma serra para uma pessoa à dez metros de mim. Eu fiz como se fosse arremessar e então ele percebeu o que eu iria fazer.
— Não.-ele resmungou me fitando com os olhos arregalados. Prestes a jogar ele continuou.- Não, não, não-não!!! NÃO FAÇA...!!!!!-ele tentou me alertar e a serra escorregou da minha mão.
A ferramenta saiu da minha mão e foi direto para o teto, na direção do ventilador. Eu a joguei com muito força por ser pesada, talvez tenha exagerado na força... Mas eu acho que minha péssima mira também influenciou no choque na serra com o ventilador.
Na mesma hora que a serra tocou o ventilador, o mesmo desprendeu da parede e caiu junto com a serra, antes de ter um curto circuito no ar e pifar ambos os objetos, quase causando um incêndio. Todos conseguiram correr antes de ambos caírem no chão.
Só lembro que quando bateu no azulejo eu me estremeci e fechei os olhos.
— Eu disse para não jogar.-sussurrou Lewis pelo canto da boca sem tirar os olhos do estrago.
O professor veio vermelho de ódio para a minha direção. Eu já previa a grande bronca.
Ele olhava para o estrago e depois para a minha cara, revezando. Ele prendeu o ar na boca e eu preparada para a briga.
— ARGHHHHH!!!!-ele gritou.-AAAARGHHHHH!!!!!!!-ele repetiu com as mãos abertas na direção do estrago, como se tivesse apontando, mas sem tirar os olhos de mim.
Ele começou a fazer aquilo repetidamente. De repente ele parou e tirou os óculos cabisbaixo.
— Detenção.-ele falou deprimido com a destruição de sua sala.
Eu nem me manifestei, apenas recuei e sai da sala, dando um sinal para que todos saíssem também.
Vi que o professor ficou de joelhos diante do desastre e começou a choramingar.
— Por quê?!?!?!?!?!?!?!?!?!?-ele choramingou.

Já no corredor eu vi Anna e Merida. As duas me esperavam do lado do meu armário. Me aproximei delas é abri o armário, as fazendo reparar em mim.
— Oi...-disse Anna desanimada.
— Oi.-disse Merida, quase tão desanimada quanto Anna.
— ... Oi.-disse eu deprimida.
— Estou ferrada.-disse Anna com um olhar vago para o chão.- Ferrada, ferrada, ferrada, ferrada...-ela repetia.
— Por quê?-eu a interrompi a fazendo olhar para mim.
— Estou de detenção no sábado.-ela disse.
— E eu também.-disse Merida.
— Vocês também?!?!?-eu perguntei surpresa tirando um livro do armário.
— Você ficou de detenção?!?!?-perguntaram elas chocadas.
— Tentei arremessar a serra na mão de um aluno.-falei fechando o armário, depois de ter colocado o livro na bolsa.
— Ui, ele está muito ferido?-pergunta Anna.
— Não. A serra não caiu na mão dele. Eu e minha ótima mira atiramos a serra no ventilador e quebramos a sala de marcenaria, golpe clássico.-falei sarcástica.
— Ai Merlim! Eu tinha marcenaria agora!-gritou Merida um pouco chateada e correu para a direção da marcenaria.
— Lá está parecendo o holocausto.-eu exagerei enquanto andava com Anna até seu armário.
— Eu fiquei de detenção por mostrar o dedo do meio para o professor...-bufou Anna e eu ri.
— Nossa, rebelião?
— Merdinha de Vinny Santorini...-resmungou Anna.
— Não perguntei sobre o porquê da Merida estar de detenção, você sabe?-perguntei enquanto ela guardava um livro no armário e pegava outros dois.
— Ela chamou a Elsa de vadia.-ela disse fechando o armário com os livros presos pelos seus braços contra sua caixa torácica. (Palmas para o meu dialeto.) ((Agora outras palmas por eu ter dito dialeto.))
— Sério?-perguntei surpresa.- Tipo, de brincadeira, né?
— Tipo isso, é uma longa história, ou curta, mas estou com preguiça de contar. Porém não, elas não brigaram...-terminou Anna enquanto entrávamos na sala de Inglês.
Entramos e nos sentamos no fundo, pois a sala ainda estava um pouco vazia.
— Agora essa detenção ficará para sempre no meu currículo.-eu choraminguei.
— Ficará para sempre no meu corredor da decepção.-falou Anna.
— Então tá...-estranhei.
— Pelo menos podemos trazer os próprios almoços!-ela comemorou.
— Você sabe que pode fazer isso em qualquer dia, né?
— Ah...-ela ficou séria.- Por isso eu sempre vejo a Cinderella comendo torta de abóbora...-resmungou.
— Você vai começar a trazer comida de casa agora?-eu ri.
— Eu não! Muito trabalho!-ela disse me fazendo rir de novo.
— Olá!-chegou a senhorita Tremaine antipática.
Todos já estavam dentro da sala. A professora começou a escrever umas coisas na lousa, para copiar, e depois vimos um vídeo de uma redação do Edgar Allan Poe.
A aula passou bem devagar, era extremamente entediante e eu quase dormi umas quatro vezes. Agora era o intervalo de dez minutos.
— Me dá um pedaço da sua barra de cereal?-eu pedi para Elsa e ela o fez.
— Agora temos aula de que mesmo Punzie?-perguntou Merida.
— Pré-calculo.-respondi e ela bufou.
— Que saco!-disse Elsa.
— Eu tenho Geografia! Há!-se gabou Anna.
— Como se fosse ótimo...-Elsa revirou os olhos.
— Mas é melhor que pré-calculo!-disse Anna.
— Verdade, mas pelo menos em pré-calculo, o professor passa um monte de exercício, então dá para fingir que está fazendo é desenhar.-eu disse.
— E quem não sabe desenhar? Pode fazer o quê?-pergunta Elsa.
— Cavalgar é que não pode...-resmungou Merida.
— Pode tentar mexer no celular escondido, mandar bilhete,....-fiquei falando.
— Você sabia que não pode trazer flechas para a escola?-falou Merida para Anna enquanto eu ainda falava.
— Dormir, apontar todos os seus lápis de cor, conversar escondido,...-continuei falando.
— Já vai dar o horário da minha aula, melhor eu ir, tchau!-disse Anna e eu parei de falar para acenar.
— Continuando, também pode fazer aviões de papel, mascar chiclete,...-elas me ignoravam.- Pensar no que fazer para o aniversário da Merida de 17 anos...-eu sorri e as duas passaram a prestar atenção em mim.
— Que ideia?!?!?!?-elas perguntaram desesperadas.
— Desculpe, terão que descobrir.-sorri e elas choramingaram.
— Contaaaaaa!!!!-as duas espernearam.
— Não!-falei andando com elas pelo corredor para a nossa sala.
— Você sabe que o aniversário é meu e eu posso não permitir sua ideia, né?-falou Merida séria.
— E você sabe que eu te conheço desde os cinco anos e sei que vai amar, né?-falei sorrindo e nós entramos na sala.
Eu fiquei com um olho aberto e o outro fechado, aquilo estava mais entediante do que a aula de literatura, não achei que aquilo era possível...
Depois de pré-cálculo, tivemos uma aula juntas de história. Foi chata, mas pelo menos estávamos juntas. Depois de história, eu e Merida tivemos aula de espanhol, Anna teve de Leis e Elsa de gramática.
Hora do almoço! Eu e as meninas nos encontramos no refeitório, na fila do caixa da cantina.
— O que vão comer?-perguntou Anna.
— Hoje o menu está horrível!-disse Merida.
— Nem me fale!-eu disse em seguida.
— Aquilo é gelatina ou carne nuclear?-disse a Elsa encarando a comida com nojo.
— Acho que era para ser bolo de carne.-falei olhando para a comida com a mesma expressão de Elsa, que fingiu um reflexo ao ouvir meu comentário.
— O que vai querer?-perguntou a moça do caixa preguiçosa.
— Um cheeseburguer.-respondeu Anna para a mulher.
— Só temos bolo de carne hoje, quer que coloque no pão?-perguntou a mulher mascando o seu chiclete com uma voz irritante e tédio.
— Um hambúrguer de frango então.-Anna forçou um sorriso e a atendente marcou umas coisas no computador de tela touch.
— Próximo!-falou a mulher com a voz ainda mais irritante.
— O seu cabelo está lindo hoje!-falou Merida chegando para a mulher do caixa após Anna se direcionar para a fila da comida.
— O que você quer?-perguntou a mulher mastigando o chiclete como uma vaca comendo pasto.
— O seu cabelo verde combina com o tom da sua pele.-Merida insistiu e a mulher a fitou mastigando o chiclete mais forte com expressão séria.
— Obrigada...-ela sorriu jogando o cabelo para o lado.
— Você pode me fazer um cheeseburguer com carne de hambúrguer?-perguntou Merida simpática.
— Ummmm, vou pensar no seu caso ruivinha...-respondeu a mulher e Merida sorriu.- Próximo!-ela gritou.
— Oi encantadora irmã da coordenadora mais legal desse colégio.-falou Elsa.- Pode tentar fazer carne normal no meu hambúrguer?
— Não.-ela falou antipática.- PRÓXIMO!!!-a mesma gritou.
— Eu odeio a Úrsula, você é mil vezes melhor que ela Morgana.-falei e ela sorriu.- Além do que, você é mil vezes mais bonita e magra.-falei pelo canto da boca.
— Espera ali com a ruivinha.-ela apontou para onde Merida estava e eu sorri vitoriosa.
Depois de pegarmos nossos cheeseburgers, nós fomos para uma mesa qualquer.
— Boa sorte comendo essa carne de cavalo!-falou Merida rindo e eu ri também.
— Há, há.-Elsa deu uma risada sarcástica.- Além do quê, isso é frango.
— Não tenha tanta certeza disso...-falei a fazendo cuspir a última mordida e fazendo Anna largar o sanduíche.
— Oi! Posso sentar aqui?-chegou Honey Lemon.
— Claro!-eu disse.

POV MERIDA (http://www.polyvore.com/untitled/set?id=161134909)

Era estranho ela estar sozinha, sempre andava com o grupo dos 6 nerds. Exceto pelo Fred, ele não é nerd, não mesmo...
— Por que você não está com Tadashi e companhia?-perguntou Anna.
— É que eles foram chamados pelo professor Callaghan para fazer um grande projeto na a feira de ciências, e a Gogo e o Fred faltaram.-ela disse se sentando.
— Ah... O que eles farão?-perguntou Elsa.
— Eles vão mostrar seu cachorro robô, Baymax.-ela contou começando a comer.
— Você canta Lemon?-perguntou Anna.
— Sei lá! Por quê?-ela perguntou e Anna sorriu de lado. Merda, ela vai dar uma de High School Musical, por favor não!!!!!

(Anna colocou uma batida no celular e subiu em cima da mesa, eu coloquei meu gorro na cabeça e me encolhi.)

Yeah, you may think that I'm a zero
But, hey, everyone you wanna be
Probably started off like me
((Ela dançava e as meninas subiram na mesa junto, exceto por Honey Lemon, que estava ainda mais encolhida que eu))
You may say that I'm a freakshow
((Me soltei e cantei no fundo da voz de Anna enquanto subia na mesa))
(I don't care)
But, hey, give me just a little time
I bet you're gonna change your mind

All of the dirt you've been throwin' my way
(Anna cantava enquanto dava a volta em uma lata de lixo caída)
It ain't so hard to take, that's right
'Cause I know one day you'll be screamin' my name
And I'll just look away, that's right

Just go ahead and hate on me and run your mouth
(Várias pessoas começaram a cantar junto, devo admitir que os únicos que cantavam eram os perdedores... Como nós!)
So everyone can hear
Hit me with the worst you got and knock me down
Baby, I don't care
Keep it up and soon enough you'll figure out
You wanna be
You wanna be
A loser like me
A loser like me

Push me up against the locker
(Começou a cantar um cara, eu olhei e era o Aladdin, estranhei pois nunca tinha ouvido sua voz talentosa antes)
And hey, all I do is shake it off
I'll get you back when I'm your boss
I'm not thinkin' 'bout you haters
'Cause hey, I could be a superstar
I'll see you when you wash my car

All of the dirt you've been throwin' my way
It ain't so hard to take, that's right
'Cause I know one day you'll be screamin' my name
And I'll just look away, that's right

Just go ahead and hate on me and run your mouth
(Agora quase todo mundo do refeitório estava cantando, até Honey Lemon se soltou! E a Rapunzel começou a fazer uma coreografia acompanhada de outras meninas que faziam street dance com ela)
So everyone can hear
Hit me with the worst you got and knock me down
Baby, I don't care
Keep it up and soon enough you'll figure out
You wanna be
You wanna be
A loser like me
A loser like me

Just go ahead and hate on me and run your mouth
So everyone can hear
Hit me with the worst you got and knock me down
Baby, I don't care
Keep it up and soon enough you'll figure out
You wanna be
You wanna be
A loser like me (A loser like me)
A loser like me (A loser like me)
A loser like me
((A música acabou junto com dança das meninas e todos pareciam mais alegres, até os populares, acho que não entenderam que a indireta era para eles...))

(https://m.youtube.com/watch?v=gIvleB5fF78)

De repente a coordenadora Úrsula (http://www.polyvore.com/ursula/set?id=161139743) se aproxima batendo palmas lentamente e sarcasticamente.
— Continuem,-ela falou sarcasticamente.- High School Musical, let's set fire in the school and lose control.-ela continuou falando em ritmo musical.
— A letra não é bem assim...-sussurrou Anna.
— Como é?!?!-perguntou Úrsula brava com o comentário de Anna.
— Nada.-falou Anna simultaneamente.
— Para as suas salas!-a coordenadora falou aborrecida.
Todos ficaram em silêncio, imóveis, ainda faltava uns 15 minutos para acabar a hora do almoço. Ela fez uma expressão irritada.
— JÁ!!!!!!!!-ela gritou brava e todos o fizeram.
— Tinha que cantar né Anna!-disse Esmeralda saindo brava atrás de várias pessoas.
— Você participou da coreografia!-disse Anna aborrecida, não à tempo de Esmeralda dar as costas e ser levada pela multidão.

Fomos para nossas salas e ficamos esperando por muito tempo (no total uns 17 minutos, sim, eu contei). Depois das aulas que literalmente passaram como um vulto em minha cabeça, fui correndo para o estacionamento. Nem esperei pelas meninas, se eu encontrasse com o Smith ele ia querer falar do projeto de geografia e eu não estava nem um pouco afim.
Cheguei na minha moto e coloquei o capacete logo depois de montá-la. Chego em casa em alguns minutos e ao entrar no condomínio eu levo um susto gigante ao encontrar aquele dragão do Hiccup desacompanhado.
— Você não consegue ficar um segundo sem dar susto nas pessoas?!?!?-pergunto brava depois de me recompor e ele põe a língua para fora.- Isso foi para mim?!?-pergunto irritada e ele repete o movimento.
Bufo e saio andando, até sentir uma coceira na perna, quando desço minha mão para coçá-la, me deparo com um beija-flor. No primeiro momento eu grito, mas mesmo depois de me mexer percebo que ele não quer largar. Só conheço uma pessoa que atraí beija-flores, e essa não sou eu.
Olho para trás e vejo o que imaginava, lá estão Hiccup; Astrid; Jack; Tooth (a encanta beija-flores); Charming e Charming (por alguma razão o Charming tem um irmão mais velho também chamado de Charming) ((irmão do Charming: http://dreamworks.wikia.com/wiki/Prince_Charming)); Cabeça-Dura e Cabeça-Burra, quer dizer, Quente; Melequento (apelidaram ele assim quando éramos pequenos, ainda não descobri o por que.); Eric; Snow White (a chamam assim pela pele super branca que ela tem, seu verdadeiro nome é Mary) e sua irmã Apple White (a chamam assim pelas maçãs do rosto destacadas e a pele branca, verdadeiro nome: Margaret) ((Apple White: http://shrek.wikia.com/wiki/Snow_White) ; Hans e Navin.
Na hora que os vi eu estremeci só de pensar à respeito deles perto da minha casa, e logo depois eu corri para casa, mas com o meu Viado é amado cabelo vermelho fluorescente, é claro que eles me viram.
— Olha! Vejam o poodle afugentado! Correndo para casinha!-diz a Astrid rindo e se achando um máximo pela piadinha tosca.
— Não estou afugentada, só não quero ter que olhar para a sua cara de dragão, ela dá ânsia.-eu respondo rapidamente e dou as costas. A cara de desgosto e derrota de Astrid me deixa tão satisfeita que quero gritar de felicidade.
— O dragão aqui é você! Engraçado, se o dragão fosse eu, por que será que tem um monte de garotos babando no meu caminho e EU namoro o cara mais gato é popular da escola?-mas é claro que vossa alteza iria falar de meninos, isso é uma das muitas coisas que aumentam sua autoestima. Ainda de costas para ela eu abaixo a cabeça e rio do que acabo de ouvir.
— Olha aqui Astrid,-eu me viro e começo a me aproximar enquanto falo.-eu não sei qual é o seu lance de achar que todos se contorcem de inveja por você, mas saiba que eu não sou que nem os seus "discípulos", de te achar a deusa da samambaia. Quer saber? Na verdade eu sei exatamente qual é o seu lance.-agora já estou à uns dois metros de distância dela, e ela me encara séria e angustiada.- Você não passa de uma garota insegura e mimada que precisa da atenção dos outros para se sentir com a autoestima alta. Eu não sou que nem você, não preciso ser "Astrid e companheiros", eu sou meu próprio exército. E agora o exército diz tchau-tchau para a rainha do nada.
Quando termino de falar estou com um olhar ameaçador e ela parece um ser indefeso tentando se cobrir para que ninguém veja sua vulnerabilidade. O silêncio invade o local como nunca vi, dei as costas e andei ainda no completo silêncio para a porta da minha casa. Quando abro a porta eu me viro para completar uma coisa.
— Ah, pode parar de fingir que está morta por ter ouvido algumas verdades, já pode enfatizar a personagem da princesinha mais feliz e com mais amigos no mundo.-eu entro e fecho a porta.
Subo para o meu quarto com vontade de arranhar os céus, parece que esse sentimento de felicidade quer pular para fora do meu peito. Eu devo admitir que fiquei até que com dó da Astrid na hora, mas ela realmente deveria crescer e parar de fazer papéis de personagens na vida que ela não é.
O que eu mais achei gratificante foi que no começo os amigos faziam um tipo de escudo para ela, exceto por Hiccup que a puxava parecendo querer "paz". Depois que eu terminei de falar todos pareciam ter se distanciado dela, até mesmo Hiccup se afastou para trás, como se dissessem "você está sozinha".
Vou admitir que fiquei olhando pela cortina do meu quarto até eles irem para a rua de trás, e sabe o que eu vi? Nada. Continuaram no silêncio total, até Hiccup dizer algo como: "Vamos". E todos começarem a andar, ainda no silêncio.
Só depois percebo que, o Hans estava lá. Por que ele estava lá? Eu sei que a Elsa acha que ele a traiu com a Astrid, mas eu acho que ela foi dramática. Hans e Astrid sempre foram "amigos" depois de terem ficado juntos, mas nunca que Hans seria "convertido" para entrar no grupo dos populares. Alguma coisa realmente aconteceu para ele começar a andar com eles, e eu sei que tem a ver com a Astrid.


POV ELSA

Já está um pouco tarde e resolvo ir encontrar Hans em sua casa. Combinamos em um horário pelas 7 PM, mas como ele disse que estaria em casa o tempo todo, eu resolvo ir acabar logo com isso e vou meia hora antes.
Saio de casa com um monte de balas na mão e vou comendo três no caminho para o carro. Chego no carro e enfio os papéis das balas comidas no bolso para poder abrir a porta do passageiro com a chave.
O caminho é um pouco longo, pois é no sentido Sul, mas consigo chegar sem preocupações e sem me perder. Estaciono o carro na primeira vaga que encontro e corro para a porta principal atravessando o gramado. Toco a campainha e ouço um som de um "ding dong" grave ecoar dentro da residência.
Depois de ouvir alguns passos pesados descendo a escada a porta se abre e eu tiro o meu foco da caixa de correio para olhar a pessoa que acabara de me atender. Era Hans, e ele parecia surpreso e constrangido pelos seus "trajes", apesar de eu achar bem comum (uma camiseta, uma bermuda e no pé uma meia com chinelo).
— Ah! Você... Chegou cedo... He he...-ele parece ainda mais constrangido.
— Pois é...-eu falo séria e ficamos nos encarando em silêncio por um tempo.- Posso entrar?-aponto para dentro da casa e ele pula na frente fechando a porta.
— Então,...-ele se vira depois de fechar a porta e percebe que meia olhos estão arregalados com a atitude que o mesmo acaba de ter.- É que esta uma bagunça! Você chegou bem antes e não deu para arrumar.-ele inventou uma desculpa e eu nem insisti, se ele não me queria lá então está bem.
— Bom, posso pelo menos sentar no balanço?-aponto para o balanço com lugar para duas pessoas que estava na sacada do lado de um tronco que imagino que era para servir como um banco.
— Pode!-ele fala apressadamente e me segue até o balanço. Eu me sento e ele pára em pé na minha frente, como se quisesse que eu alasse rápido e fosse embora.
— Eu sei que tem sido legal sair com você e tudo o mais, mas eu realmente não quero mais isso.-falo me levantando do balanço, se ele queria que eu fosse breve, que seja então.
— Eu fiz algo de errado?-agora ele parece tentar forçar uma preocupação falsa.
— Só não quero mais um relacionamento com você.-eu passo por ele e desço os três degraus da sacada.
— Como assim?!?-agora ele parece aborrecido.
— É isso.-eu viro para ele e depois de falar começo a andar pela trilha de pedras do jardim que leva à calçada.
— Não! Sou eu quem termino com você!-ele fala convencido me fazendo ficar irritada.
— Com licença?-eu me viro para ele frustrada.
Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, a porta se abre e eu vejo Astrid usando apenas uma blusa branca masculina que vai até o joelho, provavelmente uma blusa do Hans. Ao me ver ela parece bem grata pela minha expressão de choque e frustração.
— Então você estava mesmo me traindo?!-falo a primeira coisa que vem na minha cabeça.
— Você acha que eu vou querer ficar perdendo tempo com uma virgem como você?-ele pergunta convencido.
— Eu não entendo, se você não queria que eu terminasse com você, por que está dizendo essas coisas?
— Eu não queria que você terminasse comigo porque eu não sou dispensado, eu dispenso as pessoas.-ele fala convencido de novo.
Eu o encaro ainda mais frustrada e dou as costas.
— E eu não sou virgem!-grito enquanto atravesso a rua.
— Não? E você nunca dormiu comigo por quê?
— Não sou uma das suas putas!-grito com raiva enquanto abro a porta do carro e entro nele.
Saio de lá rapidamente e fervendo de raiva. Eu já iria terminar com ele de qualquer jeito, mas o jeito como ele falava me deixava ainda mais brava. Nem me importava que ele tinha dormido com a Astrid, essa puta já deu para todo mundo mesmo.
Cheguei em casa e me acalmei depois de ter uma conversa com a Anna e meu chocolate quente.
— Eu ainda não consigo acreditar! Sério.-diz Anna depois de eu ter terminado a história.
— Pois é.-reviro os olhos e suspiro.
— Mas enfim, eu não estou a mínima para isso, quero que ele queime no submundo!-falo e dou um gole no chocolate quente.
— Certo.-ela fica parada. Mas se você não se importa não estaria nem com raiva.-ela completa.
— Tanto faz.-bufo.
— Será que o Hiccups sabe?-ela fala e uma luz acende em minha cabeça.
— Ai meus Deuses! Você tem razão! Ele não sabe!-ela me encara sem saber a razão da minha reação exagerada.
Pego o telefone e ligo para a Merida. O Hiccup tinha que saber! Astrid e Hiccup terminando seria um passo mais perto do fim do namoro do Jack. Sim, devo parecer uma vadia por querer isso, mas a culpa não é minha se a Tooth é uma puta que nem a Astrid, e o Jack ainda cai no papo dela... Ai, eu sou mesmo uma vadia, não posso fazer isso...

«Ligação on»

— Alô?-Merida atende antes que eu pudesse voltar atrás.
— Ah, oi.
— Aconteceu alguma coisa?-ela pergunta e eu mordo o lábio inferior.
— Eu terminei com o Hans.
— Sério? E como ele reagiu?
— Ele está dormindo com a Astrid.-um silêncio ecoa pelo telefone.- Ah... Merida?
— Estou aqui.-ela responde.
— Então...-tento fazê-la quebrar o silêncio.
— Você não pode deixar o Hiccup descobrir isso!-ela fala me deixando surpresa.
— O quê? Por quê?
— Porque não!-ela fala e eu não me manifesto.- Só... Não fala nada.
— Então... Tá...
— Tchau.
— Tchau.

»Ligação off«


— O que ela falou?-perguntou Anna quando eu terminei a ligação e coloquei o celular na mesinha de centro.
— Nada.-respondi.
— Como assim?
— Não, nada.-respondi pegando o celular e indo em direção à escada.
— Você já vai subir?-pergunta Anna indignada.
— Sim, tenho que resolver umas coisas...-minto.
— Nossa. Então eu vou ver Once Upon A Time sem você.-ela se levanta do sofá e fica do meu lado na ponta da escada.
— Eu já terminei de ver.-falo e começo a subir a escada, Anna sobe do meu lado.
— Mas que chata.-ela pula na minha frente.
— Não sou chata, você que vê muito devagar.-ando pelo corredor ao lado dela.
— Então está bem, verei tudo e também terminarei de ver Pretty Little Liars.-ela falou entrando no quarto na minha frente.
— Isso é chantagem.-falo e ela ri fechando a porta na minha cara.
Entro no meu quarto e fico no facebook. Será que a Merida não quer que eu conte porque ela vai contar? Ou então ela quer falar na frente de todo mundo para tipo "humilhar" a Astrid de vez? Ou então ela quer chantagear a Astrid.
Isso é tão estranho....

«Chat on»
— Oi.-recebo uma mensagem de Jack.
— Oi...?
— Nunca terminamos aquela conversa.
— Pois é né...
— Nem lembro mais sobre o que era.
— Nem eu.-eu respondi mentindo.
— A Tooth está aqui, e está um saco...
— Sério?-pergunto surpresa.
— Sim.
— Um saco tipo... Porque está chata ou porque não quer fazer "nada"?
— Os dois.
— Que merda. Por isso eu prefiro ter relacionamentos apenas de amizade ou com os meus doces.-falei brincando sobre a parte final.
— "Kkkkk", mas e o Hans?
— Terminei com ele.
— Ah é! Disse que ele tinha te traído, né?
— Isso.
— Se isso melhorar a autoestima, eu nunca te trairia.-ele brinca.
— "Rs", obrigada.
— Ouviu falar da festa da Charlotte?
— Não.
— Fala com a Tia amanhã para nos vermos lá.
— Mas é quando?
— Provavelmente sexta ou sábado.
— Vou ver.
— Tchau, te vejo amanhã.
— Tchau, até.

»Chat off«

Desliguei o celular e deitei na cama, que loucura, por que o Jack quer me ver? Enfim, estou mais do que morrendo de sono. Tchau diário!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Desculpem qualquer erro de ortografia s eu queria avisar que os pais adotivos do Eugene são os pais adotivos da Penny, não a garota de Bolt, a Penny que estou falando é uma garotinhas órfã do filme do Bernardo e Bianca

Dando uma de vloger agora: NÃO SE ESQUEÇAM DE COMENTAR



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