Quando Se Ama... - Concluída escrita por EllaRuffo


Capítulo 88
Capitulo 88




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Heriberto fechou os olhos, respirou fundo. E por fim olhando Bernada em sua frente, ele diz.

—Heriberto : O que quer Bernada? Hum ? O que quer?

Bernada suspirou vendo Heriberto se levantar de onde estava sentado . E então disse.

— Bernada : Não pode me tirar assim da sua vida! Temos que conversar Heriberto.

Heriberto arrumou seu jaleco antes de responder Bernada. E então ele disse sério.

— Heriberto : Já conversamos, não temos mais nada pra falar. E com licença, tenho muito trabalho .

Heriberto saiu, deixando Bernada aonde estava .

Bernada tocou a testa, o desprezo de Heriberto doía demais nela. Ela já não sabia o que fazer, odiava tanto Victoria por isso, a odiava mais do que nunca. E assim, sem mais nada o que fazer Bernada foi embora do hospital.


15 : 00 da tarde

Victoria foi liberada para ir pra casa, ainda que não quisesse ir embora seu estado não era bom para passar o dia no hospital. Ela estava com o corpo todo dolorido, e com mal estar, necessitando assim realmente de um descanso. E fazendo uma troca, Mariana ficou o resto da tarde com avó e a noite Antonieta ficaria. Então Victoria se manteria longe do hospital pelo resto do dia .


Heriberto que a levou pra casa, a deitou na cama e ficou com ela abraçado .


Victoria dormiu no peito dele, e ele acabou dormindo também. E depois de algumas horas dormindo com ela, foi o celular dele que vibrou que o despertou .

E então, Heriberto viu que a noite tinha caído, e que ele havia dormido demais por ter estado tão cansado como Victoria, que ainda dormia ao seu lado.

Devagar Heriberto saiu, para que ela não acordasse. E ao lado de fora ele atendeu o celular.

— Heriberto : Pronto.

Era Osvaldo preocupado na linha.

— Osvaldo : Rosário está piorando, as horas estão passando Heriberto , e eu não sei se ela pode passar dessa noite.

Heriberto passou as mãos nos cabelos aflito, e então disse.

— Heriberto : Não diga isso por Deus, isso diminui o nosso tempo.

E Osvaldo pensando que se acontecesse algo com Rosário, Victoria gostaria de estar presente. Ele disse, o que achava.


— Osvaldo : Acho que devia trazer Victoria novamente para o hospital Heriberto, se a mãe dela morrer e ela não estiver presente ela nunca se perdoará.


Heriberto olhou para porta do quarto deles encostada depois de ouvi-lo, pensou no tanto que esgotada Victoria estava. E então ele disse certo de suas palavras.


— Heriberto : Não quero que Victoria volte ao hospital ainda hoje Osvaldo . Ela não vai.

Osvaldo, com insistência disse.
— Osvaldo : Mas, Heriberto pense, eu acho que...


Heriberto respirou fundo, ele já tinha decidido naquela noite Victória descansaria e ponto. E a insistência de Osvaldo estava começando lhe irritar. Então, ele o respondeu, direto.

— Heriberto : Já está dito, agradeço sua preocupação, mas se minha sogra morrer com Victoria no hospital ou não ela se sentirá culpada da mesma forma, então prefiro que ela pelo menos essa noite fique aonde está, que é em nossa casa guardando repouso. E se algo acontecer eu mesmo a levarei .


Osvaldo entendendo Heriberto perdia a paciência, que ele naturalmente o fazia perder disse.


— Osvaldo : Eu entendo Heriberto não queria me intrometer . Queria apenas lembra – lo que não sou uma ameaça entre vocês, e nunca fui.

Heriberto passou a mão nos cabelos. Havia percebido que tinha sido rude , sem motivo algum com Osvaldo, por isso ele falava aquilo. E assim ele disse.


— Heriberto : Sim, sim eu sei. Me desculpe, essa situação está me pondo nervoso assim Osvaldo. Mas Antonieta vai passar a noite ai hospital, e eu logo mais voltarei também, logo estaremos todos aí.

E assim, Heriberto preocupado entrou no quarto de novo depois de desligar a ligação. E então ele viu Victoria despertar, se sentando na cama.

— Heriberto : Oi meu amor.

Victoria o olhou triste, ela estava vestida com um robe rosinha de pano leve, os cabelos dela estava jogados sobre o ombro e seu rosto estava pálido sem maquiagem mostrando abatida. E assim ela disse .

— Victoria : Onde estava?

— Heriberto : Estava ao telefone, falando com Osvaldo .

Ela passou as mãos no cabelo para arruma -lo e perguntou.

— Victoria : E minha mãe?

Heriberto suspirou, e calmo ele disse a verdade.

— Heriberto : Está na mesma Victoria , ainda esperamos o coração dela.

Victoria piscou, tentando conter as lágrimas que molharam seus olhos, ela queria conte -las para deixar chorar. Heriberto então foi até ela e sentou na cama, pegou na mão dela e disse.

— Heriberto : Queria evitar que passasse por essa dor que esta passando, eu já passei por ela com meus pais e eu a entendo. Por isso, queria ter o poder de dar o coração que sua mãe precisa, mas não posso Victoria, mas posso estar do seu lado como estou agora e sempre estarei , você não está sozinha minha vida.

Heriberto beijou as mãos de Victoria, e ela não se conteve e frágil, chorou outra vez. Ele abraçou, e logo a deixou na cama e pediu para que Joana trouxesse algo para ela comer.

E sozinha na cama a espera de que Joana chegasse com seu alimento da noite, Victoria continuava chorando em silêncio .

Heriberto se arrumava depois de um banho para voltar para o hospital. E já quase pronto ele disse no meio do quarto.

— Heriberto : Vou pedir para que Mariana volte pra casa, e Antonieta fique com sua mãe. Para que você não fique só em casa Victoria.

Victoria sem olha – lo , deitada de costa disse.

— Victoria : Não quero que incomode Antonieta, Heriberto.

— Heriberto : Ela disse que não é incomodo algum Victoria, já está combinado, essa noite ela passa com sua mãe e Mariana aqui com você.

Victoria se virou para ele limpando o rosto e então disse, convicta do que queria.

— Victoria : Eu quero ficar com ela. Eu que tinha que ficar com minha mãe Heriberto.

Heriberto suspirou com pesar em vê o rosto dela molhado em lágrimas e então ele disse terno, pra que ela entendesse.

— Heriberto : Eu sei meu amor, mas por favor me entenda que o melhor é ficar aqui em casa . Não queremos vocês duas internadas como você estava, está grávida de 6 meses, sua pressão está alterando ainda mais. Está arriscando um parto com prematuro se continuar assim, e não é bom pra você e nem para nossos filhos nascerem assim. Eu só quero que descanse pelo menos essa noite.

E então, depois de suas palavras Heriberto beijou a testa de Victoria para se despedir. E logo Joana chegou com uma bandeja cheia de alimentos para ela.


E tempos depois, Mariana estava vendo TV com Victoria na cama dela. Victoria estava quieta demais, enquanto Mariana permanecia calada ao lado dela. A tv falava sozinha, porque ambas estavam preocupadas com a mente longe daquele lugar .

E no escuro do quarto, apenas com a luz da tv Victoria sentiu a mão de Mariana tocar a dela. As duas se olhou, e Mariana beijou a testa da mãe com carinho. E então ela disse para consolar a mãe .

— Mariana : Esta fazendo tudo que pode pela minha vó mamãe . Fez tudo que pode, eu quero que saiba disso que nunca esqueça que como filha, fez o que precisava pra ela.

Victoria chorosa olhou para Mariana e disse, o que sentia.

— Victoria : Filha, meu amor, eu sinto que não foi o suficiente e agora ela está morrendo .

Mariana se virou mais para olhar Victória nos olhos, as duas estavam deitadas de lado uma de frente para outra . E assim, Mariana disse sentida por ver a mãe da maneira que estava.


— Mariana : Mamãe eu não queria ter ver sofrendo como está, mas eu sei que aconteça o que acontecer a senhora vai superar. Só vamos ter fé.

Victoria fechou os olhos, cansada daquele papo de ter que estar dependente só da fé, de nada poder fazer a não ser ter fé. E então, ela respondeu Mariana.

— Victoria: Fé filha ? Eu queria fazer algo a mais para salvar minha mãe mas não posso , me sinto tão impotente.

Mariana tocou nos cabelos de Victoria os arrumando. E então, disse.


— Mariana : Não se sinta assim mamãe, tudo que pôde fazer a senhora fez, eu vi, todos viu. Vamos rezar para que ocorra um milagre .


— Victoria : Rezar Mariana ? Há tanto tempo que eu não rezo, lembro que quando sofreu aquele acidente, eu rezei na capela do hospital, rezei por você minha filha. Mas depois não mais, Deus não me ouviria dessa vez.

— Mariana : Claro que ouviria mamãe . Porque não vamos na igreja?

Victoria a olhou pensativa, e a respondeu.

— Victoria: Confesso que desde que teve sua primeira comunhão com 13 anos filha, que não piso em uma igreja . Não adianta, eu não sou digna da piedade de Deus. Depositei minha confiança, em títulos, em pessoas, no dinheiro mas de nada eles estão me servindo agora.


Mariana esperançosa disse ao ouvir Victoria.


— Mariana : Vai ver que Deus é bom, mamãe . E que se ele quiser ele irá nos ouvir. Vem, vamos na igreja eu e a senhora.

— Victoria: Seu pai disse, para que eu não saísse filha.

— Mariana : Vamos ser rápidas mamãe, eu irei dirigir também .

— Victoria : Tem mesmo fé que algo acontecerá se irmos na igreja filha? Você é muito sonhadora Mariana, a verdade é que as desgraças da vida sobrem caem ainda mais em cimas das pessoas boas! Elas tendo fé ou não.


Mariana olhou Victória, ela sabia que a mãe que tinha nunca tinha sido religiosa, e falar de fé para ela não era fácil. Victoria nunca tinha contado apenas com a fé, ela agia para conseguir o que queria, mas ainda assim sem saber ela era uma mulher que tinha fé, era forte e se tinha conseguido chegar aonde estava é por que teve fé que conseguiria. E conhecendo a história toda mãe que tinha Mariana então disse .

— Mariana : Mamãe, eu acho que já não podemos fazer nada eu sei que é difícil contar só com a fé. Mas só temos ela, por isso tenho fé que Deus pode fazer um milagre.

Victoria olhou calada pra Mariana, com toda certeza tinha deixado demais a filha com Bernada, pois a cunhada que tinha havia levado Mariana em tantas missas quando criança que Victoria em meio a adolescência dela, teve medo que se tornasse uma freira. Mas ainda assim era bonito, Victoria se orgulhava da filha que tinha, ver a esperança nos olhos dela brilhar junto com sorriso lhe dava força. Então ela uniria a pouca fé que ela achava que tinha, com a grande fé de sua filha. E iria sim na igreja com ela.

E assim, Mariana ajudou Victoria se arrumar e se arrumou também. E as duas saíram para ir na igreja que conheciam..


A noite estava fria, e ventava muito. Victoria desceu do carro na frente da igreja se encolhendo em seu sobretudo preto cheios de pelinhos macios que a agasalhava, Mariana cruzou os braços com frio também vestida com um moletom. E depois elas se dirigiram até a entrada da Igreja de braços, dados.

Mariana assim que esteve diante da porta, acostumada em ter estado na igreja que estavam, por muitas vezes ter ido com sua tia Bernada, fez logo o sinal da cruz e Victoria por vê -la a imitou sem jeito seu gesto. E assim, entre poucas pessoas entre os bancos, as duas caminharam até o altar.

E quando estiveram, em frente com a imagem de Jesus na parede e entre inúmeras velas acesas que estavam em uma mesa em torno da virgem, elas repetiram juntas o sinal da cruz de novo. E caladas, meditaram em suas preces .

Victoria de olhos fechados não viu Mariana se afastar e quando a jovem voltou ao lado dela, trazia na mão duas velas finas apagadas.

Mariana entregou uma pra Victoria, e com a dela ela acendeu na chamas de uma das velas que já estavam acesas. Victoria a imitou e assim, as duas colocaram suas duas velas acesas no meio das muitas outras. E logo voltaram se concentrar em suas meditações.

“Meu Deus, não deixe que minha mãe morra, não a leve, não agora que... Que a tenho de volta, por favor, por favor me conceda esse milagre que eu serei grata todos os dias da minha vida “


Victoria chorou, diante de seu pedido a Deus. Chorou aflita, chorou implorando um milagre, uma segunda chance pra começar de novo um relacionamento com sua mãe.

Mariana olhou de lado a mãe, ela já havia pedido a Deus, que o milagre de sua vó conseguir logo um coração novo fosse concebido por ele. Mas por ver que Victoria ainda permanecia em meio suas orações, ela fechou os olhos de novo e por minutos ela pensou em Maximiliano, na falta que ele fazia e assim ela rogou também.

“ Me ajuda a esquece -lo, me ajuda esquecer Maximiliano, por favor “

E assim ela sentiu Victoria tocar na mão dela, e depois foram embora.


No carro, Victoria pensativa disse, ao ver a direção que tomavam.

— Victoria : Filha, me leve até o hospital para vermos sua vó.

Mariana olhou rapidamente para ela e então disse voltando os olhos para o trânsito.


— Mariana : Mas mamãe não podemos, se meu pai te ver no hospital ele vai brigar comigo.

Victoria tocou no braço de Mariana. E então reforçou seu pedido.

— Victoria :Com sua ajuda seu pai não vai me ver filha, por favor só quero dar um beijo nela de boa noite. Faça esse favor por mim.

Mariana olhou o braço dela onde Victoria tocava, ver a mãe pedir um favor da maneira que pedia, era tão raro, então ela não conseguiu dizer não. E mudaram o caminho pra seguirem para o hospital.

E já no hospital, como todas as noites era, ele estava cheio, cheios de pacientes, parentes, médicos e enfermeiros para todo lado.

Mariana entrou desconfiada procurando o pai, era 20:30 da noite , e como ele confiou a ela era pra ela estar com Victoria em casa mas em troca estavam no hospital. Ela tinha certeza que levariam broncas dele.
E na recepção, Victoria perguntava se podia entrar e ver sua mãe . Então ela soube que tinha que esperar Antonieta sair para ela entrar no quarto. E assim, Victoria passou uma mensagem para a amiga encontra -lá aonde estava.

Mariana roías unhas nervosa, olhando dos lados desejando não ver o pai, enquanto no canto da parede da sala de espera, ela via na frente da recepção Antonieta conversar com Victória.

E logo depois Victoria entrou no elevador, e Antonieta pegou outra direção.

Mariana respirou fundo quando não viu mas a mãe, e sentou no sofá para esperar ela voltar .


No quarto de Rosário, 5 minutos depois, Victoria entrava vestida com uma roupa hospitalar por cima da dela, ao lado de uma enfermeira e logo depois ela ficou só .


Victoria caminhou até a cama da mãe a vendo como antes estava, dormindo .

E então ela sussurrou baixo.
— Victoria : Eu voltei mamãe, voltei apenas para te dar boa noite.

Victoria beijou a testa de Rosário. E alisando os cabelos dela, ela voltou a dizer.

— Victoria : Tenho medo que esse seja meu último boa noite, meu último beijo que tenha dado na senhora. Volta pra mim, fica forte outra vez mamãe por favor. Eu tenho que dizer que te amo .

Victoria acariciou o rosto da mãe, ainda que tivesse como esteve desde que foi internada, seu rosto parecia ter mais cor ou ela queria acreditar em ver alguma mudança no estado dela . E com mais um beijo, ela saiu do quarto pra ir embora.

Antonieta, estava tomando um café na lanchonete do hospital. Até que Osvaldo a viu, e foi até ela para se sentar .

E então ele foi logo dizendo direto como estava sendo com ela.

— Osvaldo : Quando vamos, almoçar de novo? Eu e você, você e eu?


Antonieta escondeu o sorriso que quase saiu espontaneamente. E o respondeu.

— Antonieta : Não sei.

— Osvaldo : Hum, que tal um jantar então? Daqui a pouco?

— Antonieta : Não posso, vou passar a noite com a mãe de Victoria.

E Osvaldo por saber disso por Heriberto disse.

— Osvaldo : Sim eu sei, por isso vamos jantar aqui mesmo .


— Antonieta : Osvaldo eu , olhe .


— Osvaldo : Combinado, vou só ver um paciente e volto te procuro e comemos algo aqui mesmo.


Ele se levantou sem esperar a resposta de Antonieta e assim ela sorrindo se levantou também, achando que já estava na hora de Victoria trocar com ela de novo o lugar .


E no caminho, no corredor em frente ao elevador que ela teria que entrar para estar na ala que Rosário estava, Antonieta encontrou Heriberto todo de branco em seu trabalho.

E ele ao vê -la disse.
— Heriberto : Antonieta, já ia no quarto de minha sogra para ver como ela está.

Nervosa Antonieta respondeu.

— Antonieta: Ah oi, Heriberto.

De frente para Heriberto, Antonieta ouviu o elevador abrir, e então, Victoria, os viu parado ali, ainda dentro do elevador. Antonieta a viu também, e arregalou os olhos. E rápido sem sair do elevador Victoria apertou o botão para ele subir de novo , para que Heriberto não a visse ali.

Heriberto então sem perceber o que passava voltou a dizer.

— Heriberto : Vamos então?

Antonieta sem prestar atenção a ele perguntou.

— Antonieta : Vamos aonde ?

Heriberto e a respondeu rindo simpático .

— Heriberto : Ao quarto da mãe de Victoria, quando eu cheguei o quadro dela estava pior. Estou preocupado.

Logo Antonieta se pois triste. E então ela disse com pesar.

— Antonieta : Só estamos contando com a fé não é ?

— Heriberto : Com ela e com a sorte, porque com a medicina nada podemos fazer mais, sem um coração novo. Vamos subir?

Torcendo que Victoria já não estivesse no quarto, Antonieta entrou no elevador que antes ela tinha visto Victoria dentro dele com Heriberto.

E Logo depois Heriberto entrou no quarto de Rosário com ela, no quarto só tinha a bolsa de Antonieta que ela tinha deixado e também o cheiro do perfume de Victoria que tinha impregnado o ambiente. Heriberto sem dúvida alguma, sabia que aquele cheiro era dela.

E por isso ele disse.

— Heriberto : Engraçado, sente esse cheiro?

Antonieta sentido o mesmo cheiro do perfume de Victória, disse inquieta .


— Antonieta : Que cheiro? Não sinto nada.

— Heriberto : Não sente mesmo? Esse cheiro é o mesmo cheiro do perfume que Victória usa.

Antonieta sabia que o cheiro era de Victoria porque ela esteve ali, mas ainda fingindo demência ela disse.

— Antonieta : Sim é, mas quando eu saí entrou uma enfermeira então não sei.

Heriberto sorriu e então disse, olhando o soro que ia na veia de Rosário depois de examina -lá com atenção.

— Heriberto : Eu sei que Victoria está em casa com nossa filha, as vezes é de estar tão preocupado com a amiga que tem que ando sentindo até o cheiro dela nos cantos.

Ele riu outra vez , e saiu do quarto prometendo voltar . Antonieta por fim soltou o ar que respirava, e então disse sozinha no quarto procurando em sua bolsa seu celular.


— Antonieta : Aí Victoria , aí Victoria.

— Victoria : Heriberto Já foi ?

Antonieta se assustou ao ouvir Victoria que saia do banheiro do quarto.

Ela botou a mão no coração e então disse.

— Antonieta : Aí que susto Victoria .


Heriberto no meio do caminho voltou para trás, ao notar que estava sem seu estetoscópio enrolado no pescoço, certamente ele havia deixado na cama de Rosário enquanto conversava com Antonieta. E assim que ele novamente abriu a porta do quarto, ele disse surpreso.

— Heriberto : Victoria.

Victoria olhou para Heriberto sem cor por ter sido pega em flagrante . E assim ela disse.

— Victoria : Heriberto eu, eu só vim dar um beijo em minha mãe e ir embora.

Heriberto olhou para mãe de Victoria ali dormindo, depois voltou olhar para as duas mulheres olhando pra ele, Antonieta baixou a cabeça coçando o cabelo constrangida, e Victoria tinha os olhos cristalino que brilhavam de um jeito olhando para ele que ele nem conseguia ter raiva de vê – lá, ali apenas vontade de abraça – lá e protege – lá.


Antonieta então para deixar o quarto o quanto antes disse.

— Antonieta : Bom eu vou lá fora, depois eu volto .

E Victoria tirando os olhos de cima de Heriberto enquanto ele mantinha os olhos nela, disse para Antonieta antes que ela saísse.

— Victoria : Por favor Antonieta, avise para Mariana que demorarei mais um pouco.

Heriberto cruzou os braços e entãoele disse, depois de ter puxado o ar e soltado.

— Heriberto: Como eu fui tolo em acreditar que ficaria em casa, não é mesmo?

Victoria o olhou sem saber o que dizer, mas ainda assim tentou falar.

— Victoria : Heriberto eu.

Heriberto abriu os braços com um sorriso e então disse.

— Heriberto : Vem aqui vem, deixa eu te abraçar e te beijar .

Victoria foi até os braços dele rindo, e depois de alguns beijos recebido dele, ela disse.

— Victoria : Ela parece Melhor Heriberto , tem mais cor.

Heriberto com ela nos braços dele a beijou nos cabelos calado. Ele como médico não tinha visto melhora nenhuma em sua sogra, mas ele não quis dizer a ela.

Na sala de espera, Mariana batia os pés no chão sentada no sofá. Já tinha bastante tempo que Victoria tinha subido e não tinha voltado ainda. Mariana olhava tudo em sua volta, as pessoas, a correria, os casais. Todo lado que olhava, tinha eles, com semblantes tristes ou não, estavam juntos se apoiando. Ao olhar assim, ela não podia deixar de desejar aquilo pra ela, pois ela também sofria, tava mal, mas não tinha em quem se apoiar, uma mãe e um pai e até uma amiga que ela tinha era diferente o apoio vindo deles para ela que já amou alguém. Ela via que o remédio mesmo era esquecer , esquecer tudo que havia vivido com Maximiliano, esquecer que tinha amado alguém. Assim ela deixaria de sentir falta daquilo que não existia mais.
Ela então jogou os longos cabelos pro lado e se levantou do lugar. E assim ela viu os pais indo até ela abraçados.

Mariana passou a mão no cabelo, nervosa procurando uma desculpa de estar alí, já que por Antonieta não ter a encontrado pra dar o recado de Victoria ela achava, que talvez levaria uma bronca por não ter feio o que Heriberto havia pedido. E assim, ela disse.

— Mariana : Papai eu, tive a ideia de.

Heriberto sorriu parado no lugar abraçado em Victoria como namorados . E então ele disse, impedindo que a filha continuasse.

— Heriberto : Não precisa explicar filha, eu sei que teve a ideia de ir com sua mãe na igreja e ela que me contou que a fez trazer até aqui.


Mariana sorriu aliviada , e Victoria disse.

— Victoria : Eu vi sua vó e ela me parece melhor filha, bem melhor.

Heriberto ficou quieto outra vez . E Mariana pelo olhar dele percebeu que Rosário ainda não estava bem. E assim ela disse.

— Mariana : Então já podemos ir ?

Victoria cheirou o peito de Heriberto, ela queria estar ali com ele, nos braços dele . E então ela respondeu.

— Victoria : Eu não sei se quero ir filha .


— Heriberto : Como não quer ir Victoria ? Vai sim senhora.

Victoria se soltou descontente de Heriberto e sem dizer mais nada, deixou os dois aonde estava e saiu .

Mariana olhou o pai e então disse.

— Mariana : Eu já vou papai porque a Sandoval não gosta de esperar. E ela ficou brava com o senhor.

Heriberto ria olhando Victoria tomar distância deles, e achava graça a atitude dela, ele já tinha saudades de ver ela agindo como agiu. Mas logo ele olhou Mariana depois que ela lhe falou, e a vendo fazer menção de andar, ela a pegou pelo braço dela e então disse .


— Heriberto : Ei espere minha filha. Deixa eu te dar um abraço também. Ou não quer um abraço meu ?

Mariana sorriu e sem demora o abraçou forte. E no peito dele, ela disse.

— Mariana : Sempre vou querer um abraço seu papai, sempre.

Heriberto tomou nas mãos o rosto dela e então ele disse a analisando com cuidados de pai.

— Heriberto : Tem o rosto cansado, esta com olheiras filha, mas algo me diz que não é só por causa dessa noite que nenhum de nós dormimos.

Mariana fechou os olhos e então disse o que acabava de passar em sua mente.

— Mariana : Aí papai, quando isso tudo acabar , eu quero fazer uma viajem. Por favor me dê uma viagem para bem longe.

Heriberto atento perguntou o porque da decisão que ela tomava.

— Heriberto : Porque hum ? Do que quer fugir Mariana Sandoval?

Mariana olhou o pai nos olhos e então disse, decidida.

— Mariana : Eu não quero fugir de nada papai, eu só quero ser feliz.

Heriberto a abraçou novamente e então ele disse .

— Heriberto : Faço o que você quiser minha filha, o que quiser para você ser feliz. Eu te amo tanto.

— Mariana : E eu a você papai. Eu tenho o melhor pai do mundo, o melhor.


Logo depois eles dois se despediram, e Mariana foi embora com Victoria pra casa.

E no meio da noite , ainda no hospital. Heriberto, voltou ao quarto de Rosário. E sobre o sofá, sentados ele surpreendeu Antonieta dormindo nos braços de Osvaldo. Osvaldo, tinha levado algo para ele e Antonieta comer no quarto mesmo, e depois por conversarem muito, ela dormiu com a cabeça no ombro dele, e como ele estava exausto adormeceu também com a cabeça encostada na parede. Heriberto olhava a cena dos dois em silêncio e depois saiu sem entender muito bem o que tinha visto, enquanto se perguntava se o que viu era namoro ou amizade.

Já era manhã, as 24 horas das 42 horas dadas por Heriberto e Osvaldo pra mãe de Victoria tinha passado. E algo tinha acontecido, que deixou Heriberto e Osvaldo sem saber o que dizer.

As 6:30 da manhã, Rosário havia aberto os olhos e pedido água a Antonieta que dormia no sofá. Ela havia acordado do estado que estava quase vegetativo, e agora que ela tinha tornado. Então Heriberto como clínico dela, havia diminuído as dosagens dos remédios que ela recebia na veia, e Osvaldo tinha aumentado a medicação para seu coração antes de deixar o hospital e ir pra casa depois de ter passado duas noites no hospital trabalhando.


Antonieta que tinha ficado ainda no hospital, tinha penteado os cabelos de Rosário a perfumado depois do banho com a ajuda de uma enfermeira ela tomado . Então, Rosário estava cheirosa de cabelos arrumados e batom vermelho na boca , a única coisa que não agradava muito a senhora, era ainda estar vestida com uma camisola branca de hospital . Mas ainda assim, ela estava ansiosa, mexia nas mãos nervosa e feliz. Porque sorrindo Heriberto havia lhe dito que Victória teria uma agradável surpresa pra ela, mas não disse o que era. Rosário chegou pensar que já era os netos que tinham nascidos, mas não, ela só tinha dormido por um dia não podiam ter nascido assim.

E assim como Heriberto não disse pra Rosário que sua surpresa na verdade, era o perdão da filha que ela tinha e veria isso ao vê -la, ele também não disse a Victória que a mãe tinha apresentado melhora . E então ele a esperava chegar no hospital pra ela ver com os próprios olhos a melhora que Rosário tinha apresentado de repente.


E então Victoria chegou ao hospital com Mariana.

Heriberto estava no corredor e as recebeu sorrindo, e assim ele deu passagem para Victoria entrar no quarto primeiro e Mariana ele segurou pelo braço e cochichou algo a ela .
E assim que Victoria viu a mãe sentada olhando para ela, seus olhos cristalizou em lágrimas . Ela se emocionou, seu coração batia tão forte no peito tão descontrolado. Victoria tremia, sem saber se ia logo até aonde a mãe dela estava, ou se ficava ali, parada. Ela estava nervosa, era diferente falar tudo que já tinha falado com Rosário dormindo e falar agora com ela acordada, Victoria não sabia o que fazer, por onde começar. Talvez, podia começar a conversa com um te amo, iria sair tão natural como saia antes ? Tinha que sair não era tão difícil, porque era verdade, Victoria amava a mãe que tinha com toda suas forças e já na importava mais o passado.

E Heriberto atrás dela com Mariana a via ali parada e visivelmente abalada, Antonieta estava do outro lado da cama de Rosário em pé, e então ela foi até Heriberto e Mariana. E assim Heriberto disse.


— Heriberto : Vamos deixar as duas a sós, mas por favor dona Rosário não se desgaste tanto, hum.. E Victoria fique bem..

Heriberto pegou a mão de Victoria antes de ir e deu um beijo, a mão dela estava tão gelada. Ele torcia que ela pudesse expressar tudo que sentia pela mãe, porque aquele era o momento e não se podia desperdiçar, era o momento delas.


E assim Heriberto saiu com Mariana e Antonieta encostando a porta. E Rosário disse , olhando Victoria parada no meio do quarto da mesma maneira que entrou nele.

E desejosa de um abraço forte da única filha que tinha, Rosário disse.

— Rosário : Eu sei que talvez nem era pra mim estar mas viva, minha filha. Mas estou aqui, não morri ainda, e não quero morrer sem um abraço seu... Então se aproxime, me deixe te abraçar sem ter pressa de ter soltar.

Rosário limpou as lágrimas que desceu enquanto ela falava. E Victoria abriu a boca como se fosse falar, mas no lugar de sair palavras, saiu um choro, e as lágrimas desceu em meio as soluços. E sem perder mais tempo ela foi até Rosário em passos largos e apressados, chorando, tremendo . E ao lado da cama ela abraçou a mãe, Rosário virou de lado e a abraçou também, forte emocionada, era aquele abraço que ela queria, que precisava, que desejou desde que havia pisado na casa da filha .

Victoria chorava sem parar , e Rosário também . Naquele abraço que davam acontecia um reencontro, de uma mãe e uma filha que ficaram tanto tempo separadas, tanto tempo sem aquele amor genuíno. Agarrada a sua filha, a filha que já não tinha com tanto amor e entrega como tinha agora nos seus braços por muitos anos, Rosário falou apertando Victoria nos seu braços .

— Rosário : Minha filha, minha Victoria. Meu amor, meu tesouro.

Victoria agarrada a mãe sem querer perder mais um segundo se quer com toda liberdade que o perdão trazia, ela disse, com o peito livre de toda dor e rancor e cheio de amor.

— Victoria : Mamãe, mamãe eu te amo, eu te amo tanto .

— Rosário : Minha Victoria, minha filha eu também te amo, te amo mais do que a mim, mais do que tudo.

Victoria soluçou mais , enquanto Rosário acariciava as costas dela, o cabelo , ela beijava o rosto dela com todo amor e liberdade que agora ela tinha de toca -la.

Victoria se afastou só pra olhar nos olhos da mãe, e repetir as três palavras linda, que tinha quebrado todo gelo e a maldade que a separaram.

— Victoria : Eu te amo.

Rosário pegou no rosto de Victoria, tão feliz tão radiante, e realizada. Estava ouvindo que ela amava, a amava mais de uma vez . Era as palavras que ela tanto queria ouvir que fazia se encher de vida outra vez.

E Assim Rosário disse, chorando mas limpando as lágrimas de Victoria com seus dedos.

— Rosário : Você me ama Victoria, me ama ainda que tenha te virado as costas , filha eu errei com você eu..Eu não mereço seu amor. Mas ainda eu tenho, eu te amo Victoria.


— Victoria : Eu te perdoei mamãe, não quero que sofremos mais por causa do passado.

— Rosário : Filha... Desejei tanto o seu perdão.

Victoria agora limpava as lágrimas dá mãe, sorrindo . E continuou a falar.

— Victoria : Tive tanto medo de não ter podido dizer essas palavras dizer que te amo, e que havia te perdoado mamãe. Tive tanto medo.

— Rosário : Eu ainda não posso acreditar que está me perdoando, Victoria. Esta perdoando mesmo minha filha, tem certeza ?

Victoria sorrindo feliz, beijou todo o rosto da mãe. E repetiu cheia de amor para responde -lá.


—Victoria : Sim, sim . Eu te amo, quero que comecemos de novo , vamos esquecer tudo .


— Rosário : Está me fazendo tão feliz Victoria, tão feliz minha nesse momento .

Victoria acariciou o rosto de Rosário, encostou a cabeça na dela sorrindo . E depois de passar a mão no seu próprio rosto pra limpar os vestígios de lágrimas ela disse.

— Victoria : Me perdoe também mamãe, por ter fugido de casa, talvez eu poderia ter feito algo, mas não fugido como fiz. Mas agora não quero fugir do que sinto, não quero mas ter nenhum rancor eu só quero minha mãe comigo, eu só quero seu amor.

— Rosário : E eu o seu filha, pensei que ia morrer sem seu perdão sem seu amor. Tive tanto medo.

— Victoria : Não, não Vamos falar mais de morte, vamos conseguir seu coração e vamos permanecer juntas sempre.

Victoria e Rosário se manterão sozinha no quarto por várias horas, conversaram bastante, choraram . Até que Heriberto entrou no quarto e retirou Victoria para que Rosário descansasse . E assim, ele foi com ela conversar.

Victoria estava tão feliz, tão feliz. Heriberto via ela sorrir como menina. Mas ainda que a mãe dela tivesse apresentado melhora, ela ainda não tinha um coração novo e por isso Rosário se manteria no hospital internada. Ela não sairia do hospital sem o transplante .

E assim os dias foram passando .

Rosário se mantinha internada, Victoria passava bastante tempo no hospital com ela, sempre querendo estar próxima da mãe. E Heriberto tinha mudado Rosário para um quarto maior, já que ela não estava mais dependente de aparelhos. No quarto tinha TV, um sofá e a cama do leito dela ao meio no quarto. E Victoria havia levado objetos pessoais de Rosário maquiagem roupas, tudo que ela precisaria para permanecer internada.

E na noite passada que Victoria permaneceu no hospital dormindo nele, Heriberto com uma coberta que ele havia pego na casa deles a cobriu ainda que ele estivesse descontente de não conseguir tirar ela daquele quarto e leva -la pelo menos uma só noite para dormir na casa deles que seria mais confortável do que dormir em um sofá . Ele havia se rendido, Victoria era teimosa e ele sabia que nada que ele fizesse faria ela dormir em casa, e por isso já tinha mais de uma semana que Victória passava no hospital. E no meio desses dias ela não ligava pra casa de moda nem para nada que fosse sua mãe e Heriberto apenas se preocupava mas respeitando o que ela queria.

E pela manhã Victoria tinha passado por uma ultrassom para ver os bebês, e Rosário conseguiu estar presente . Ela viu os netos pela tela de um computador e se emocionou . Eles estavam, perfeitos e cheio de saúde, estavam ao ponto de entrarem para o sétimo mês.

E assim em mais um dia de internação de Rosário, ela estava com a neta no quarto. Victoria tinha ido pra casa naquela manhã, por ter dormido no hospital novamente, ela foi apenas tomar um banho e comer algo que não fosse comida de paciente.

Mariana estava sentada aos pés dá larga cama que era o leito de sua vó.

Ela via uma revista, de noivas e Rosário via outra de moda, e enquanto viam elas conversavam . Tinha bastante homens em uma parte da revista que Rosário olhava, era a linha masculina. E ela então brincou.

—Rosário : Aí meus 20 anos de novo.

Mariana sorriu largando a revista dela na mão e olhou os modelos que avó mostrava a ela.

— Mariana : São lindos.

— Rosário : Mais do que lindo minha neta, eles são maravilhosos e cheirosos.

Rosário riu e Mariana também. E assim ela disse .

— Mariana : Homens bonitos como esses só dão trabalho vovó, por isso não me interesso mais.

— Rosário : Que isso minha neta vai trocar de lado? Se vai, me avise com calma porque ainda não ganhei meu coração novo.

— Mariana : Não vovó claro que não, só não estou pensando mais em namorar . Tenho outras coisas em mente, outros planos. E como minha mãe não está indo trabalhar como antes, algumas coisas ela mesma me delegou a fazer . E estou gostando está ocupando minha mente e não estou pensando em ninguém.

— Rosário: E está feliz assim?

— Mariana : Sim Vovó muito. Muitas coisas aconteceram, e seguem acontecendo que mostram que há mil e uma maneiras para ser feliz.

— Rosário : Hum sei... Nesse tempo todo eu venho te observado, e vejo que é uma menina forte como sua mãe Mariana, mas tem muito medo de realmente fazer o que quer. Promete pra sua vó, que será feliz minha filha ? Promete pra mim, que correrá atrás da sua felicidade, que não irá se conformar com o pouco que te faça sentir meia realizada , porque você tem que estar completamente realizada e feliz.


Mariana sorriu de lado, pegou a mão de Rosário e disse.

— Mariana : Eu prometo vovó, prometo que farei de tudo pra ser feliz , que tentarei não ter medo. E sabe, é bom que conversamos sobre isso , porque quero viajar.

— Rosário : É? E para onde ? Viaje minha filha, viva, arrisque seja feliz .


— Mariana : Eu não sei para onde mas eu vou, assim que tudo estiver bem, vou viajar. E vou viver, arriscar e acho que vou estudar fora .

— Rosário : Isso mesmo minha neta, aproveita que você é linda como sua mãe e quem tudo para ser feliz. Lute pelo o que quer sim.

Mariana sorriu pelos conselhos que recebia da vó . Então alegre ela disse.
— Mariana : Eu sou muito sortuda, porque tenho o melhor pai, a melhor mãe e a melhor vó do mundo.


Mariana se aproximou mais de Rosário e se abraçaram. Assim permaneceram conversando de tudo um pouco, até que Mariana deitou de lado na cama de Rosário, e Rosário trançou os cabelos dela.

E assim as horas passavam, e em casa sozinha . Victoria recebeu uma ligação da cadeia na casa dela. Era Guilhermo na linha, ele tinha conseguido com a direção do presídio que estava ligar para ela. E Victoria se surpreendeu mais com o pedido dele, do que pela ligação .
Ele havia pedido ajuda para ela, implorava por perdão, com medo aonde o colocaram e necessitado de dinheiro. Os bens que Guilhermo tinha todos, foram passado para o único herdeiro pela lei que ele tinha, que era Maximiliano e o mesmo só uma vez esteve na cadeia para vê – lo se acabar por trás de uma cela e cuspir todo seu desprezo, e então não voltou mais .

Victoria apenas se enfureceu de raiva, mas sorriu ao desligar o telefone mas antes ter dito as palavras que o fizeram entender que estava pagando tudo que tinha feito a ela naquele lugar. Victoria meditou, surpresa ainda que tinha desejado esse momento por muitas vezes, nunca tinha imaginado que seria como foi, ouvir Guilhermo implorar ajuda e perdão como tinha feito. E sem mais , ela pegou a bolsa e com o motorista seguiu para o hospital pensativa em tudo que havia passado com ele, todo inferno que ele tinha feito desde que haviam se reencontrado.

Já no hospital.
Heriberto a recebeu no estacionamento, ele a encheu de beijo com saudades dela, com saudades de chegar perto de sua mulher como estava, de cuidar -lá, beija – lá e até de dormir de conchinha. Por que ambos estavam passando mais tempo no hospital do que na casa deles.

E assim com Victoria encostada no carro Heriberto tocava nos cabelos dela , e a beijava no rosto depois de ter lhe dado vários beijos na boca.

— Heriberto : Estou com tanta saudades de você Victoria , tanta meu amor .

Victoria sorriu . E então disse sentindo os beijos dele no seu pescoço.


— Victoria : Está com saudade de mim, ou com saudades de fazer amor?

Heriberto olhou nos dela e então disse, querendo ela .

— Heriberto : Os dois Victoria , os dois .

Victoria beijou os lábios dele e então disse o querendo igual.

— Victoria : Vamos fazer hoje, hoje a noite mas vamos fazer amor. Mas aqui mesmo no hospital.

Heriberto a abraçou pela cintura, a beijou outra vez e olhando nos olhos dela ele pediu.

— Heriberto : Porque não vamos pra nossa casa hum ? Vamos dormir em nossa cama hoje e fazer amor nela.

Victoria abraçou ele pelo pescoço, e negando com a cabeça ela disse.

— Victoria : Não, aqui. Naquele quarto que me levou uma vez, lá tem camas.

Heriberto cheirou a pele do pescoço dela, e pondo a boca bem perto de uma orelha dela, ele disse tentando convence -lá.

— Heriberto : Pensa em nossa cama, lá é maior Victoria.

Victoria sorriu com as mãos nos ombros dele, e olhando nos olhos ela disse convicta do que queria.

— Victoria : Aqui ou nada feito. Não quero me afastar da minha mãe.

Heriberto então para não ficar sem nenhuma das opções ele disse se rendendo .

— Heriberto : Está bem, não vou competir com minha sogra porque sei que vou perder. Vai ser como quer.

Victoria deu um selinho nele sorrindo. E então disse.


— Victoria : Eu vou por cima .


Heriberto riu e então a respondeu.

— Heriberto : Só podemos assim, agora por causa deles.

Ele sorriu passando as mãos na barriga dela.

Victoria pegou na mão dele e disse.

— Victoria: Assim eu te domino e você não me vira de costa.

Heriberto ela rindo do que disse, e rindo também, ele a perguntou arqueando uma sobrancelha curioso.

— Heriberto : Está se queixando? Porque em nenhum momento durantes esses anos de casados, me recordo de você ter dito algo que me fizesse entender que não gosta do jeito que fazemos amor, pelo contrário.

Victoria mordeu os lábios, e com o dedo contornou o lábio inferior de Heriberto. E então ela o respondeu.

— Victoria : Nunca me queixaria meu amor, nunca você é tão bom no que faz. E sabe o que mais ? Tenho saudades das posições que já não fazemos por causa da minha barriga. Eu gosto de tudo que faz comigo na cama Heriberto.


Heriberto sorriu com as palavras de Victoria , e depois de mordiscar o dedo dela ele perguntou.


— Heriberto : E que posição tem mais saudades? Me diga qual, para mim fazer com você hum. Diga.

Victoria ergueu os pés e cochichou no ouvido dele a posição, enquanto uma mão dela desceu e apertou o membro dele discretamente, por dentro da calça que ele vestia.

Heriberto afastou ela pelos ombros rapidamente olhando dos lados, alguém podia ter visto o que ela tinha feito e o pior era que com só aquele toque ele sentiu que podia ficar duro se ela permanecesse com a mão aonde tava.
E assim ele disse.

— Heriberto : Você é uma tentadora Victoria, acho melhor mudarmos de assunto se não você vai me fazer entrar no hospital com uma ereção .

Victoria gargalhou e então disse concordando com ele.

— Victoria : Sim é melhor mesmo , não quero que entre nesse estado e notem o que só é meu.


E logo depois, os dois seguiram para dentro do hospital.

E Victoria feliz entrou no quarto de Rosário dizendo.

— Victoria : Mamãe cheguei.

Rosário sorriu alegre .

— Rosário : Filha.

Mariana se levantou da cama e então disse contente.

— Mariana : Bom dia mamãe.

Ela deu um beijinho em Victoria, e Victoria pediu.

— Victoria :Agora que estou aqui, por favor minha filha vai até a casa de moda, preciso tanto você lá minha filha, de todos .

— Mariana : Claro que vou mamãe .

Rosário olhou as duas conversarem e disse, preocupada por ver a filha afastada dos seus negócios por causa dela.

—Rosário : Victória porque não vai filha ver como está tudo na sua empresa meu amor, prometo que quando você voltar ainda estarei aqui.

Victoria foi até Rosário, beijou a testa dela e disse.

— Victoria : Não, de jeito nenhum mamãe, eu vou ficar aqui não insista que eu vá . Mariana sabe resolver junto com Antonieta tudo que preciso . Não é mesmo filha?

— Mariana : Claro mamãe.

Rosário cruzou os braços, e por ouvir o nome de Antonieta ela disse.
— Rosário : E por falar em Antonieta, Osvaldo e ela estão tendo alguma coisa eu sei que estão, pela maneira que se olham . Sua amiga sempre quando está aqui e Osvaldo entra fica toda nervosa Victoria..

Victoria curiosa com que ouvia mas feliz disse.

— Victoria : Eu não sei mamãe se eles tão tendo algo, mas vou descobrir , ela não pode me esconder isso. Se eles estão juntos eu que os juntei, ninguém esconde nada de mim.

E conversando sobre a vida de Osvaldo e Antonieta, Victoria começou seu dia com sua mãe.


Longe dali.

O sol iluminava forte no pátio de uma prisão.Presos cumprindo suas penas, estavam espalhados por ele. Cada canto tinha um grupinho de uniformes beges de detentos, uns fumavam, outros jogavam baralho, conversavam e outros como Guilhermo Quintana ficavam pelos cantos, sozinhos e solitários.

Guilhermo não confiava em ninguém lá dentro, tinha medo, era só, o excluído dos demais . E naquele momento, ele estava como um cachorrinho acuado na parede.


E assim como estava, ele viu que em direção dele chegava um grupinho de detentos.

Guilhermo não sabia o que queriam, ele tinha medo deles, pois estava sozinho naquele lugar jogado como um animal. E por esse motivo ele tinha implorado ajuda, a Victória por querer sair do inferno que estava, por temer por sua vida.

E então ele ouviu um dizer em uma roda de seis cara que se formou em sua frente.

— X: Tem um amigo nosso que quer ter uma conversa contigo, parece que vocês têm tipo uma pendência.

O cara riu com maldade, e os demais riram também . E outro cara disse com gírias.

— X : É cara esse amigo nosso disse que tem contas do passado a certar contigo, meu irmão.

Guilhermo com temor disse para eles .


— Guilhermo : Não sei de que amigo estão falando, eu não tenho amigos aqui. Não sou como vocês!!

Todos riram outra vez. E assim mais um disse.


— X : Não é isso que nosso amigo disse, ele disse que você é como nós, e talvez pior .


— Guilhermo : Já disse que não conheço ninguém aqui.

E assim, uma voz que vinha de trás da rodinha que amedrontava Guilhermo disse.

— x : Deixa que meu amigo me veja, deixem eu vê – lo.

Então, àquela roda se abriu, e Guilhermo viu quem falava . Um senhor, de cabelos grisalhos um pouco abaixo de suas orelhas, forte, e carrancudo o fez lembrar de cara alguém.

E assim, o homem sorriu mostrando um sorriso sinistro, e depois ele cuspiu no chão. E então disse.

— X : Guilhermo Quintana, quanto tempo.

Guilhermo o encarou, o reconheceu, era ele, era o padrasto de Victoria.

E assim ele sussurrou .

— Guilhermo : Silvério Padilha.

— Silvério: O próprio, em carne e osso, mais carne do que osso.


Rindo alto depois de suas palavras, Silvério olhou dos lados , dois do que estavam na roda deles, pegou Guilhermo um de cada lado pelos braços dele , mantendo assim ele preso na parede. Guilhermo se desesperou, ele não era valente nunca foi, só tinha forças com as mulheres porque na verdade ele não passava de um covarde medroso.

E assim Guilhermo gritou, para seus opressores.

—Guilhermo : Me soltem, me soltem! Me deixem em paz.

Uns dos colegas passou um canivete discretamente para as mãos de Silvério. Ele riu se aproximando de Guilhermo , e quando ele estava cara a cara com ele, ele disse.

— Silvério :Me tirou o que eu mais queria, teve o que eu mais queria e agora vai pagar por isso.

Guilhermo assustado preso pelos braços disse.

— Guilhermo : Eu não sei, do que está falando, não sei do que fala!

—Silvério : Falo de Victoria Sandoval, minha doce e ingênua Victoria . Tirou ela de mim. E agora vai pagar por isso.

Sem mais dizer, com a faca que tinha nas mãos, Silvério, esfaqueou repetidas vezes a barriga de Guilhermo, e quando viu que o corpo dele ao ser soltado por seus colegas caiu ao chão, ele escondeu o canivete em um bueiro no chão e todos saíram, de perto deixando ele morrer ali, perdendo sangue. Quem estava próximo fingiram que não viram , não o socorreram, como um indigente deixaram ele perder a vida. E só minutos depois, os guardas que rodavam do outro viu de longe ele caído ao chão.

No hospital.


Victoria estava sozinha no quarto de sua mãe com ela.


Em pé ao lado dela, Victoria tinha uma escova na mão penteava os cabelos dela. E Rosário, tirava o esmalte das unhas .


— Rosário : Esse cheiro de acetona está me dando ânsia..

Victoria deixou a escova no colo de Rosário e pegou o algodão da mão dela.

— Victoria : Deixa que eu continuo mamãe.

Rosário olhou por um tempo Victoria cuidar dela . E então disse.

— Rosário : Porque não vai pra casa ? Está passando mais tempo aqui do que nela filha, estou preocupada .

Victoria sorriu pra mãe , ainda tirando de um dedo o esmalte que ela usava . E a respondeu.

— Victoria : Não se preocupe comigo mamãe, estou bem.

— Rosário : Me preocupo filha, você está grávida podia estar em casa descansando mas está aqui cuidando dessa velha que é sua mãe.

Victoria olhou para Rosário e seria ela disse.

— Victoria : Escute mamãe, não adianta ficar falando essas coisas. Não vou embora, vou ficar ter fazendo companhia até que possa voltar pra casa com um coração novo.

Rosário querendo tirar as vendas dos olhos de Victoria disse.

— Rosário : Filha, já tem 10 dias que sigo internada e nada aconteceu.

— Victoria : Aconteceu, aconteceu porque eu há 8 dias ouvi meu marido dizer que a senhora só teria 42 horas de vida, dois dias, e já estamos aqui no décimo dia mamãe . Não vamos perder as esperanças.

— Rosário : Filha olhe pra mim, se eu não conseguir se não conseguirmos o transplante tem que deixar eu ir, porque eu vou ir feliz por ter conseguido seu perdão.

Victoria piscou querendo chorar, estavam conversando de algo que ela sabia que podia acontecer. Mas ela não queria pensar, não queria tocar no assunto que a deixava desesperada como estava antes. E então Victoria pegou os algodão se afastando da mãe pra joga – lo no lixo. E fazendo isso, ela disse.

— Victoria : Eu queria falar de outras coisas , por exemplo que cor de esmalte quer ?


Ela foi até a bolsa dela, abriu pegou 5 esmalte .E Rosário disse.

— Rosário : Não vamos pintar minhas unhas Agora, vem aqui Victoria Sandoval.

Victoria guardou os esmaltes na bolsa dela de volta e deixou a cima do sofá, e sem vontade ela foi até a mãe pra ouvi – la.

Rosário pegou nas mãos dela, juntou as duas mão com as delas. E a olhou nos olho.

— Rosário : Eu queria que soubesse que morro de orgulho de ver a mulher que se tornou Victoria. A rainha da moda, mas mais do que isso. Você minha filha tem um grande coração, apesar de tudo que passou continua tendo compaixão pelas pessoas, sim você tem, a prova disso é que está aqui comigo.

Victoria baixo disse.

— Victória : Estou aqui porque te amo.

— Rosário : Sim eu sei, mas deixe eu falar Victoria , tem que aprender a ouvir as pessoas para descobrir o que elas sentem .

— Victoria : Eu estou te ouvindo mamãe.


Victoria se calou, e então Rosário continuou a falar o que achava que precisava dizer.

— Rosário : Seja gentil Victória, a gentileza leva ao respeito, ao amor. Sei que tenho uma filha que ama demais, mas que as vezes parece que esquece essa tal gentileza .

Victoria passou as mãos no cabelo, pensando que realmente ela não era um poço de gentileza. E então ela disse pra se defender .

— Victória : Tem gente que tira minha paciência , que não me deixa ser gentil mamãe.

— Rosário : Se você for gentil, vem o respeito, e chega a paciência meu amor , tudo trabalha em um conjunto. Eu tive que me encontrar sozinha e doente, para saber usar todos esses conjuntos Victoria. E não quero que você se encontre só nunca como eu.

Victoria acariciou as mãos de Rosário, e disse sincera.

— Victória : Eu confesso que estou mudando, mamãe . Tudo que está acontecendo está me mostrando que nem tudo pode ser do meu jeito como eu pensava, como eu queria.

— Rosário : Isso mesmo minha filha, o mundo não gira em torno de nós. Quando eu cheguei a sua casa, eu percebi que você tentava fazer isso. E não negue.

— Victoria : Mas se eu não lutar por o que eu quero nunca terei. Gosto das coisas do meu jeito mamãe, é bom me faz me sentir no controle.

— Rosário : Não da pra controlar tudo Victoria, e não estou dizendo que não lute por que quer , essa é sua melhor qualidade filha, foi lutar pelo que quer que te trouxe até aqui. Só quero que respeite os limites das pessoas, os seus também, porque não controlamos tudo, nosso mundo não gira só em nosso redor. Está me entendendo Victoria, entende aonde quero chegar?

Victoria coçou a cabeça com as verdades que ouvia, e então respondeu .

— Victoria : Claro que estou, estou levando sermões da minha mãe nessa altura do campeonato que estou na vida.

Rosário sorriu, e então disse.

— Rosário : É para isso que serve as mães não? Para ensinar, das sermões, elogiar quando merecem. Você é mãe Victoria e sabe como é , um filho pra nós nunca cresce sempre vai ter algo que eles vão precisar de nós, vão precisar que nós os ensine sempre.


Victoria beijou a testa de Rosário em agradecimento e então ela disse verdadeira .

— Victoria : Acredite mamãe, estou aprendendo, com a senhora e achei que já não podia aprender nada mais , até te – lá aonde está. Eu sempre irei precisar de uma mãe, porque eu sempre precisei da senhora.

Rosário olhou triste Victoria com as palavras que ela disse.

— Rosário : Filha eu daria tudo para ter certeza que ficaria mais uns anos com você, mas não tenho essa certeza, por isso se eu partir ...


— Victoria : Mamãe de novo não...

— Rosário : Deixa eu falar Victoria, se eu partir, quero que siga sua vida como está , que não esqueça de minhas palavras, que vai ser mais gentil com as pessoas, que vai respeitar os limites delas e do seu, para não sofrer mais. Vai também, deixar de ser caprichosa não tinha te educado assim, você era uma menina simples que se alegrava com qualquer coisa, com as coisas simples. Me orgulho de você minha filha, mas não se esqueça que você mesma tem que se orgulhar de você.

Victoria ouviu tudo atenta, e então disse o que desejava.
.- Victoria : Eu não vou esquecer, eu estou tentando mudar, para ser uma esposa melhor, um mãe melhor e uma filha eu desejo isso..

Rosário sorriu pensando no genro que tinha . E então ela disse o que achava dele.

— Rosário : Eu nunca vi um homem que ame tanto uma mulher como meu genro te ama filha. Eu sei que é uma boa esposa, mas seja melhor, seja melhor sempre para todos que ame. Não seja igual eu fui com você, não tem que perder pra dar valor.

Victoria apaixonada confessou feliz .
— Victoria : Heriberto me ama como nunca fui amada ou poderia ser mamãe. Eu o amo, e amo minha filha ainda que já errei com os dois, eu erro muito mas foi por amor. E sim eu quero se melhor para eles.

— Rosário : E você está sendo Victoria, só não esqueça de continuar sendo . Hoje eu sou a mãe mais feliz do mundo, porque agora eu tenho você comigo.

— Victoria : E eu sou a filha mais feliz do mundo por ter minha mãe de volta. Só dei conta do quanto te queria quando te vi quase partindo . E não quero passar por isso de novo, então por favor mamãe, não me fale de partir e me deixar vai dar tudo certo.

Rosário, tocou no rosto de Victoria então ela disse , o que sentia e temia.

— Rosário : Você vai sofrer Victoria se eu morrer , e esse agora é meu maior medo minha filha.

Victoria ficou olhando para Rosário, as duas meditavam tudo que estava passando . Nenhuma queria pensar na ideia de tudo depois de estar novamente começando, acabasse assim, tão rápido, tão precocemente.

Era 17: 30 da tarde.


Mariana, Antonieta, Oscar e Osvaldo estavam todos no quarto de Rosário.

Eles esperavam Pepino entrar, naquele dia era o aniversário dele. E com algumas Bixiga ao chão, e um bolinho de chocolate nas mãos Antonieta junto com os demais o esperava para surpreender – lo com essa pequena comemoração.


E assim, Heriberto que faltava no quarto entrou dizendo.

— Heriberto : Ele está vindo se preparem.

Sorrindo Heriberto, foi até Victoria que estava ao lado de Rosário que estava sentada na cama enquanto os demais estavam em pé no meio do quarto esperando a porta se abrir.


E quando se abriu, eles gritaram surpresa, estourando balões. Pepino pois a mão na hora no coração fingindo que ia desmaiar fazendo todos rir. E logo depois , com uma mesinha no quarto serviram o bolo e guaraná.

Assim conversavam, Osvaldo e Antonieta conversavam com Rosário, Mariana estava na rodinha com Oscar e Pepino. E Victoria e Heriberto estavam observando tudo abraçados, na frente da porta.

Heriberto estava por trás de Victoria, ele a abraçava assim, as mãos dele estava no ventre dela bem avantajado e redondo. Eles cochichavam vendo todos sorrir alegres.


— Victória : Obrigada por permitir essa festinha aqui para Pepino Heriberto.

Heriberto beijou um lado do rosto dela e disse com a boca no ouvido dela.

— Heriberto : Faço tudo que você pede meu amor.

Ele beijou o pescoço dela , e ela alisou os braços dele em torno do seu ventre. E assim, ela disse sentido os beijinhos dele.

— Victoria : Assim me arrepia, minha vida.

Ele sorriu e então depois de ter dado outro beijinho no pescoço dela. Ele disse.


— Heriberto : Vamos fugir, hum que tal? Estão todos ocupados para perceber nossa ausência. Te de volvo em meia hora pra sua mãe prometo.

— Victoria : Só meia hora Heriberto? Meia hora é muito pouco.


— Heriberto : Seria mais tempo se quisesse ir pra nossa casa.

Ela o olhou virando a cabeça e o beijou nos lábios. E então sorrindo disse.


— Victória : Aceito meia hora .

— Heriberto : Então vamos ?

Victoria ia responder Heriberto mas por perceberem a conversa parar, e os riso também, eles olharam para o leito de Rosário onde Osvaldo socorria ela.


Ela tinha dado muita risada e em meio aos risos se engasgou com a saliva e com a tosse lhe causou falta de ar.

Heriberto foi logo ajudar Osvaldo, os dois viram que a situação estava ficando crítica, e Victoria ficou perto demais deles perguntando desesperada o que estava acontecendo . Heriberto teve medo, que a sogra sofresse uma parada ali na frente de todos e com Victoria olhando.

Ele então olhou Victoria, e deixando Rosário nas mãos de Osvaldo. Ele pegou ela pelo braço, e disse pra todos.


— Heriberto : Vocês todos tem que sair do quarto, vem Victoria.

Enquanto Heriberto arrastava Victoria pra fora do quarto, ela olhava para trás desesperada .

— Victoria : O que está havendo Heriberto ? O que minha tem?

Já com todos fora do quarto , Heriberto olhou para Antonieta deixando Victoria com eles e disse.

— Heriberto : Fique com ela, não deixe que ela entre de novo no quarto Antonieta!

E assim Heriberto entrou de novo no quarto trancando a porta .


E passou longos e incontáveis minutos, Victoria viu aflita enfermeiros, e médicos entrar no quarto de sua mãe, e nenhum dar notícias pra ela que esperava sem querer sair encostada na parede com Antonieta , Pepino e Oscar levaram Mariana pra fora por ela ter entrado em uma crise de choro.


E momentos depois, Victoria estava com Heriberto , no meio do corredor. Ele estava abraçando ela, enquanto ela chorava. Rosário estava na estaca zero de novo, seu quadro que tinha se estabelecido estava crítico outra vez. Não tinha jeito, a única solução era um transplante.


Mariana estava na rua, na calçada do hospital. Ela tinha pedido para que Oscar e Pepino a deixassem sozinha.

Já era noite, e ela olhava o movimento enquanto tinha os olhos banhados de lágrimas por saber que o estado de sua avó se agravou outra vez.


Ela tinha os braços cruzados no peito como se tivesse se abraçando, e assim ela se sentou em um banco que tinha. Do outro lado da rua, Maximiliano a viu, ele não sabia o que passava com ela, tinha chegado a uns dias no México outra vez, tinha estado cara a cara com Guilhermo mas ainda não tinha tido coragem, de procura -la. E por ter tido naquela noite a coragem de ter ido até sua casa levado também, pela a notícia da morte de Guilhermo . Ele ao chegar na mansão foi avisado que a família não estava, que todos estavam no hospital. E agora e estava lá disposto a vê – lá contar o que sabia afinal era o pai dela que estava morto, mesmo ele sabia que assim como ele não derramou uma lágrima pela morte de Guilhermo , ela também não derramaria. Mas agora vendo ela ali, ele queria buscar saber o que acontecia, Max já não sabia nada de Mariana. Mas, quando ele quis atravessar a rua para ir até ela, ele viu outro chegar perto dela, e depois de algumas palavras ele abraça -la, com afeto .

Maximiliano sentiu todo seu corpo retesar , e concluiu que a havia perdido.

Da calçada , Mariana era abraçada por Alonso que saia do hospital e a viu ali sentada e chorando.

Dentro do hospital, Heriberto deixou Victoria entrar no quarto de Rosário outra vez.

E Victoria a viu dormir com uma máscara de oxigênio .

E assim ela sussurrou .

— Victória : Ela vai seguir assim como estava outra vez Heriberto?

— Heriberto: Não Victoria, agora ela só está dormindo pela medicação que aplicamos, mas ela terá que ficar com a máscara de oxigênio.

Victoria botou a mão na boca aflita, e se virando pra Heriberto. Ela disse o abraçando.

— Victoria : Ela vai morrer Heriberto, vai morrer.

Ele só a abraçou calado.

Mais tarde.


Victoria pintava a unha de Rosário de vermelho, enquanto conversavam felizes.


Victoria estava sentada em uma cadeira ao lado da cama enquanto, Rosário tinha uns dos braços, dado pra ela pintar suas unhas. Uma mão Victoria tinha pintado impecavelmente, e a outra ela terminava de pintar.

Rosário afastando a máscara de oxigênio que ela usava na boca disse.

— Rosário : Como é ruim, falar com esse negócio Victoria, me ajuda tirar.

— Victoria : Não mamãe, Heriberto disse que é pra ficar com ela.

Rosário respirou cansada da luta que estava tendo .

E então disse.


— Rosário : Eu estou morrendo Victoria, eu estou morrendo justo agora que tenho você.


Ela tossiu, e se calou para respirar de novo .


Victoria se levantou trêmula, segurando o choro. E como ela viu, que sua mãe ainda pigarreava da tosse serviu um copo d' água com um canudo no copo para ela.

— Victoria : Tome um pouco mamãe.

Victória segurava o copo pra ela, e quando Rosário já não quis mais ela se virou de costa para mãe.

E botou o copo na mesinha ao lado. E assim, Victoria disse.

— Victoria : Hoje o dia foi longo , é melhor que descanse e eu...

Victoria se calou, ao ter virado e visto Rosário de olhos fechados, deitada de lado como antes estava, mas com um braço caído pra fora da cama.

Com uma angustia, já gritando por dentro. Victoria disse tocando nos ombros de sua mãe.

— Rosário : Mãe, mamãe, mãe! Acorda! Mãe !


Victoria chorou vendo que Rosário não respondia seu chamado.

E tocando o rosto dela ela disse em meio ao choro de muita dor.


— Victoria : Não, não mamãe , não . Não morra, não morra.


Chorando alto, Victoria despertou do pesadelo que estava tendo.

Ela havia adormecido no sofá , tinha uma manta em cima dela, Heriberto mesmo tinha colocado quando viu que ela dormia de lado, por cima do braço. E já tinha passado muito tempo que ele tinha estado no quarto . As 21 : 00 da noite ela havia caído no sono no silêncio do quarto, e já era 1 :00 da manhã e muitas coisas havia acontecido.

Mariana estava com ela um pouco antes dela acordar, ela a contrário de Victoria tinha visto quando haviam retirado Rosário do quarto. Victoria só notava a ausência da mãe na cama naquele momento. E então ela se levantou preocupada, e correndo até a porta . E então ao abrir, Mariana estava ao ponto de entrar e com as mãos no cabelo, Victoria disse.

— Victoria : Onde está sua vó Mariana? Onde a levaram?

Mariana arregalou os olhos assustada, Victoria estava visivelmente abalada e com lágrimas nos olhos. E ela não sabia, se a socorria antes de contar o que estava acontecendo ou depois. Mas ela tinha quase certeza que em ambas opções a mãe que tinha precisaria de socorro.


E no teto do hospital, Heriberto junto com alguns residentes, saiam de um helicóptero. Ele acabava de fazer a retirada de órgãos de um doador de 28 anos, por tanto com ele estava o coração novo de Rosário,que com muita ética profissional, e respeito pela dor dos familiares ele tinha conseguido o sim deles para retirada de 4 órgãos que salvaria 4 vidas em algumas horas no hospital no qual ele trabalha .

E por isso Rosário tinha sido retirada do quarto que estava, para ser preparada para cirurgia, que seria feita por Osvaldo e os demais médicos que esperavam por Heriberto o coração dela.

 


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