Passado o baile tudo voltara ao normal. A escola já mudara a sua decoração. Haviam enfeites de natal por todo lado. Do lado de fora a neve já começara a cair, não passou muito tempo e a escola já estava coberta de neve, que ao longe, parecia um manto branco de tão bonita e perfeita. Já era quase natal e portanto, a final de quadribol estava por vir. Harry, como capitão do time da Grifinória, chamara seu time para um ultimo treino antes do final de semana, dia em que a Grifinória enfrentaria a Corvinal. Esse ano a Corvinal se tornara um time forte, desde que um novo capitão assumiu o time. Seu nome era Philip Beenks, um garoto moreno, alto e magrelo. Beenks era extremamente habilidoso para o quadribol e suas estratégias eram excelentes, por isso era impossível saber qual time ganharia, apesar de a preferência ser sempre a Grifinória. A Grifinória era uma casa que se dava muito bem com as outras, com exceção da Sonserina, mas isto não vem ao caso.

O time da Grifinória estava treinando de forma árdua para a final. Hermione e Luna estavam assistindo o ultimo treino, juntamente com Neville. Rony, Harry e Gina estavam treinando. Neville e Luna conversavam sobre as chances da Grifinória vencer e Hermione aproveitava para terminar o pergaminho de História da Magia. O professor Beans pedira um longo texto a respeito da História do Ministério da Magia e seus devidos Ministros desde o ano de 1550. O pergaminho deveria ter no mínimo 1,5m de comprimento e Hermione tratava de fazê-lo o mais rápido possível. Após o treino, Hermione deu um puxão de orelha em Rony, cobrando-lhe os deveres que ele já deveria ter começado a fazer e o levou direto a biblioteca, mesmo que ele não concordasse. Rony a seguira com a cara emburrada. Não estava disposto a fazer as lições naquele momento, mas mesmo a contragosto foi. Gina se despediu do time, pois precisava ir falar com a professora de Transfiguração. Desde que a senhora Weasley tomara o cargo, Gina não tinha outra escolha a não ser ir bem na matéria. Imagina só a vergonha em levar bronca na frente da classe. Era melhor se dedicar mesmo. Por fim, só sobraram Harry, Luna e Neville e os três decidiram se dirigir ao corujal. Luna estava com vontade de ir visitar as corujas e levar-lhes alimento. Todos sabemos que as corujas adoram comer ratos e Luna era a única que não tinha nojo de pegar ratos mortos diretamente com as mãos.

Chegando ao corujal, Harry sentiu saudade de Edwiges. Ali era um local onde ele sempre a encontrara e agora o seu poleiro estava vazio. Mas Harry logo avistou Amicus. A coruja deu-lhe umas três bicadas carinhosas em sua mão e Harry retribuiu acariciando suas penas.

Logo após irem ao corujal, os três se dirigiram ao salão principal. Era hora do almoço. Harry encontrou Hermione, Gina e Rony na mesa da Grifinória e junto com Neville, foi se juntar a eles. Luna fora se juntar aos alunos da Corvinal, ao lado de Cho Chang. Cho e Harry ainda eram amigos, mesmo depois de não ter dado certo o envolvimento amoroso deles. Cho permanecia solteira desde então. Ela ainda não superara a morte de Cedrico e havia decidido permanecer solteira, pelo menos por enquanto.

Depois do almoço os alunos tinham uma hora antes de retornarem as aulas e Hermione já se dirigia a biblioteca. Ela insistira para que Rony fosse com ela, mas no final acabara indo sozinha.

Chegando a biblioteca, Hermione se dirigira a seção de História, para terminar seu pergaminho, que aliás, já estava quase no fim. Faltavam somente 10cm. Enquanto procurava um livro alguém lhe chamou. Ao olhar para o lado, Hermione se deparou com Draco. Draco a cumprimentou e perguntou se ela tinha um momento. Hermione pensou e depois de um tempo concordou, estava curiosa para saber o porque dele pedir uma palavra com ela. Draco então começou, explicou-lhe toda a sua situação, detalhe por detalhe, para que Hermione compreendesse bem. Ele não esperava que ela o ajudasse, mas como alternativa, continuou mesmo assim. Hermione permaneceu séria, sem esboçar reação enquanto Draco continuava a falar, quando terminou, disse a ela que não precisaria ajuda-lo se não quisesse. Ele apelou para o lado justo dela e disse que aguardaria sua resposta. Hermione, disse que pensaria no assunto mais tarde, pois no momento estava ocupada e assim se despediram. Enquanto terminava os deveres, ela começou a pensar no assunto. Considerou os pós e contras e por fim chegou a uma conclusão. Mas ela não iria falar com Draco naquele momento, embora ele ainda estivesse la, pelo visto fazendo alguns deveres também. Hermione decidiu que antes de tomar qualquer atitude conversaria com Harry e Rony a respeito. Por fim ela saiu da biblioteca e se deparou com Pirraça. Pirraça ainda continuava o mesmo e estava jogando os quadros pelo corredor. Ao avistar a menina, correu até ela e começou a perturba-la, chegando a jogar seu material pelo corredor. Hermione tratou de recolher tudo e correu para não ser atingida por mais nada que o fantasma estivesse jogando. Quando finalmente parou, notou que estava no corredor proibido. Tudo estava exatamente como ela lembrava e só por curiosidade, ela abriu a porta na qual anos atrás, havia um alçapão que era guardado por um cachorro de três cabeças, ou como Hagrid costumava chama-lo, Fofo. Porém Hermione notou que o cachorro não estava mais la, e o alçapão estava aberto. Tomada pela curiosidade, Hermione entrou e não mais encontrou os encantamentos que protegiam a entrada. O caminho até o local onde ela sabia que Harry encontrara a pedra filosofal estava completamente livre, porém ao final, Hermione notara, bem no fundo da sala, que havia uma caixinha vermelha, do tamanho de dois livros empilhados. Estava empoeirada, mas não tinha sinal nenhum de qualquer cadeado. Hermione abriu a caixa e encontrou dentro dela um frasco bem pequenino. Ao ver, parecia um frasco da poção da sorte, ou como costuma-se dizer, Felix Felicis, porém ao ler o rótulo notou que não era. No rótulo estava escrito:

“Poção dos Desejos – Aquele que o tomar terá um desejo... somente um desejo realizado. O desejo pode ser qualquer um, pois para a poção dos desejos não existe nada impossível.”.

Hermione decidiu pegar o frasco, mas não iria toma-lo. Levaria-o até a diretora McGonagall, pois um frasco desses poderia cair em mãos erradas, ou até mesmo conter veneno. Ela guardou-o entre seus pertences e ao se virar, notou que o espelho de Ojesed ainda permanecia na câmara. Ela se lembrou do que Harry lhe contara e decidiu dar uma espiada no espelho. A primeiro momento viu ela e seus pais, porém após um momento, viu a ela e Rony, porém mais velhos, ambos adultos e formados (essa ultima parte ela deduzira). Ao reparar melhor na imagem do espelho, notou que eles estavam em uma casa, pareciam estar casados. Hermione se lembrou do que Harry contara da vez que Dumbledore o surpreendera na frente ao espelho, e que ele o disse que o espelho só refletia o desejo mais intimo de uma pessoa e que levara muitos magos a loucura. Com esse pensamento, ela decidiu que já era hora de abandonar aquela sala, mas ao tentar sair, notou que o alçapão estava fechado. Ela tentou diversas vezes abri-lo, mas sem sucesso. Já estava começando a ficar preocupada quando se lembrou de Winka, que era um elfo doméstico que trabalhava no castelo. Hermione a chamou durante um bom tempo e quando já estava quase desistindo, Winka apareceu. Hermione pediu a ela que a ajudasse a sair de la e com muita má vontade, Winka obedeceu. Ao sair da sala, Hermione encantou o alçapão para que ninguém entrasse la novamente, pois acreditava que o espelho era perigoso para algumas pessoas, além do mais, outra pessoa poderia ficar presa la e não saber como sair. Hermione se despediu de Winka e deu-lhe um beijo em sua testa. O rosto de Winka mudou de sério para um leve sorriso. Hermione a agradeceu e foi embora. Quando finalmente olhou para o relógio que ficava no corredor, notou que já se passara das dez da noite e que se fosse pega a essa hora fora da cama, estaria em apuros. Tratou de se dirigir a torre da Grifinória. Conseguiu despistar Filch e madame Norra, que não notaram sua presença, mas ao chegar na torre, notou que a Mulher Gorda não estava no quadro. Certamente teria ido dar uma volta ou visitar outros quadros. Hermione ficou sentada em frente ao quadro, esperando-a voltar. Passado-se quase uma hora, a Mulher Gorda retornou e logo deixou Hermione entrar após ela lhe dizer a senha.

Quando finalmente entrou no dormitório das meninas, Hermione tratou de não fazer barulho e guardou a poção que encontrara muito bem guardada. Ao se deitar, olhou para o criado mudo que estava ao lado de sua cama e ficou observando o retrato de seus pais e a rosa branca que Rony lhe dera a um tempo atrás. Ela era encantada, por isso nunca murcharia. Ela continuava com o mesmo perfume suave. Enquanto Hermione fitava a rosa, Bichento se aconchegou em seus pés e ela por fim adormecera, com a rosa em suas mãos. Na manhã seguinte, Hermione guardara a rosa novamente no vaso de cristal. A essa altura, ela já esquecera do episódio com Draco na biblioteca, sua mente agora estava na poção que ela encontrara na noite passada. Ainda estava em duvida se contaria ou não para seus amigos, porém por fim, decidiu compartilhar a informação com Harry e Rony, porém, deixaria bem claro que a entregaria a McGonagall.

Hermione ficara um bom tempo em seu dormitório naquela manhã e ao se dar conta, o café da manhã já havia terminado. Ela perdera a noção do tempo e só então percebeu que teria que esperar a hora do almoço para poder contar a seus amigos sobre os ocorridos da noite passada. Até la, ela guardaria a poção consigo. Não queria perde-la de vista.

Desceu correndo as escadas, conjurou uma torrada e foi em direção a sala de aula. No meio do caminho trombou com Pirraça novamente, mas ele estava tão ocupado discutindo com Filch e bagunçando tudo que ele havia arrumado que nem notou a aluna passar e assim ela chegou a sala de aula a tempo.