Perfect Harmony escrita por S2teli


Capítulo 9
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

sinto muito por demorar, estou com um grande problema, escrevi tres historias diferentes para esse capitulo, esse foi o meu favorito, espero que vocês gostem. Logo, logo, prometo que estarei postando o proximo.
Digam o que vocês acharam por favor... adoro ler os comentarios de vocês.
Obrigada aos que comentaram e a você que ainda não o fez, sinta-se intimado a faze-lo kkkkkk
bjs a todos e até a proxima



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Alguém me perguntou hoje: “se você pudesse estar em qualquer lugar do mundo, onde você gostaria de estar?” Eu disse a ele: “Provavelmente bem aqui”. – (filme: Feitiço do tempo).

Quando dei por mim já estávamos nos beijando, e em decorrência disso parecia que eu estava flutuando entre as nuvens, queria que esse momento jamais termina-se, pois há muito tempo não me sentia assim, não me sentia tão amada.

Mas como tudo na minha vida, eu sempre arrumo um “e se”, e essas duas palavras acabam me fazendo desistir de muitas coisas importantes, e como sempre aqui lavai mais alguns, e se não der certo? E se eu me machucar depois? Ou o pior, e se eu machucar ele depois? E se eu não for o que pensa? Acho que não estou preparada para correr esse risco.

Aos poucos fui me afastando de seus beijos, fugindo deles, na verdade.

–O que foi? – questionou-me quando havia me afastado completamente, eu não conseguia olha-lo nos olhos, sabia que depois disso, eu tinha estragado tudo entre nós.

–Desculpa... eu não posso fazer isso.

–Porque não? – ele parecia magoado, e eu entendia perfeitamente.

–Por causa da saudade Spencer – respondi, começando a chorar novamente – Durante dez eu te esperei, eu sonhava com esse momento, e agora você esta aqui, no momento errado onde tudo na minha vida... a minha vida esta de cabeça pra baixo – a cada palavra eu sentia uma mistura me medo, frustração, desespero, eu sabia que com todas aquelas palavras eu estava perdendo o amor da minha vida, mas eu não podia me machucar de novo, não podia espera-lo por mais dez anos – E depois você vai embora, de novo, e como sempre vai ficar a saudade, mas a saudade Spencer não é como os escritores descrevem, ela dói, ela machuca... ela... Durante dez anos, ela me fez perder a graça de viver, esperando por esse momento, esperando por você... Esperando pela pessoa que provocou isso, pensando em você todos os dias, eu não posso te esperar por mais dez anos Spencer, eu não sou um brinquedo que você brinca quando tem saudades...

–Sei que você não é um brinquedo – disse me interrompendo.

–Sabe mesmo? O que te impediu de me procurar durante esses dez anos?

–Eu não sabia onde você estava.

–Passaram-se dez anos e você ainda não sabe mentir – retruquei ainda chorando – Pelo o que eu percebi de sua amiga, a tal de Garcia, sei que ela pode achar qualquer coisa ou alguém, mas a verdade é que... nunca passou pela sua cabeça de me procurar não? – ele parecia frustrado – Desculpa Spencer, não quero ser a segunda opção de ninguém.

–Eu não estou dizendo que é.

–Ta mais em nenhum momento você me provou o contrario.

–O que quer dizer.

–Aquela hora que precisei de você... você nem se quer me ajudou, não me defendeu.

–Eu fiz isso... depois que você saiu, e também... eu estou aqui agora.

–O que me faz pensar que esta aqui pelo caso e não por mim.

–Medson não faz isso.

–Há muitos anos eu não te conheço, não posso ficar com uma pessoa que eu nem sei quem é.

–Você pode não me conhecer, mas eu sei praticamente tudo sobre você.

–Não... Você, não sabe nada– respondi me virando para entrar em casa, já estava cansada daquilo tudo.

–Sei que chorou quando ganhou feira de ciências na sétima serie, chorou porque as mães de suas amiguinhas estavam, mas sua mãe não estava lá; sei que escolheu medicina para tentar salvar o seu pai, mas ele não queria mais seguir o tratamento, o que a fez seguir sua verdadeira vocação, fazer o que sempre gostou; sei que não gosta de fazer amizades porque nunca esta pronta para dizer adeus a elas, e por esse motivo prefere ficar sozinha; sei que já recebeu ofertas para trabalhar em outras delegacias, até o FBI te chamou, mas você não aceitou por causa do seu pai, e também, porque não estava pronta para dizer adeus aos seus amigos, não esta pronta para se arriscar; sei que esta com medo de se machucar ou me machucar, mas eu te garanto que isso nunca vai acontecer – minhas lagrimas só rolavam a cada palavra que ele dizia – Sei que tem medo de se envolver, mas também sei que você sentiu o mesmo por mim quando nos reencontramos, tivemos o mesmo sentimento de anos atrás, mas diferente daquela época, não sou o mesmo cara, eu mudei, você mudou, nós mudamos, e é por isso que não vou desistir de você, se quer um tempo para pensar ótimo, só que não vou te deixar fugir de mim nunca mais Medson – percebi que pelo seu tom de voz, que ele também chorava, assim como eu, segurei a maçaneta da porta, como tudo na minha vida, eu precisava fugir, me esconder – Med não vai embora, sou eu que você quer – ele falou mais alto, quase que desesperado, tomei coragem e finalmente olhei para ele – Tem que ser eu, tem que ser eu... porque depois que nos reencontramos, percebi que pra mim... pra mim, tem que ser você – ficamos calados por um tempo, até que tomei coragem para falar.

–Desculpa, eu preciso de um tempo – respondi chorando, e entrando em casa, me encostei na parede mais próxima, e não pude conter as lagrimas que insistiam em cair, aproximadamente um minuto depois, escutei o barulho do carro do Spencer dar partida, era oficial, tinha perdido-o para sempre.

–Somos da família não é? – questionou meu pai entrando na sala, nem sabia que ele estava aqui, achei que estava jogando baralho com seus amigos.

–O que faz aqui? – questionei de volta.

–Já que somos da família – continuou ele ignorando minha pergunta – Posso te dizer que você esta agindo como uma idiota.

–Nossa pai, também amo você – retruquei enxugando minha lagrimas.

–Quantos Spencer você acha que existem no mundo Medson? – não respondi – Durante anos, suas amigas tentaram arrumar namorados para você, mas mesmo eu não sendo perfilador, posso te dizer que você sempre estava procurando outro Spencer, mas nunca encontrou, e agora ele está aqui, e você acabou de deixa-lo escapar.

–Pai não é tão simples.

–Não, claro que não é – replicou sarcástico, caminhando em minha direção – Alguns minutos atrás era, mas por causa do seu medo de mudança, você deixo-o escapar, de novo, durante anos você o esperou, sonhou exatamente com isso, sonhou com seu reencontro, mas eu te pergunto, se ele tivesse te procurado anos atrás você não teria feito a mesma coisa? Teria fugido como sempre faz? Não espere mais dez anos para correr atrás do que você quer, aprenda a correr risco, e pare de pensar no que pode dar errado, viva, apenas viva, tudo na nossa vida pode dar errado, mas eu te garanto que a vida é muito melhor quando você se arrisca.

–Eu to com medo – respondi abraçando-o, começando a chorar novamente.

–Filha isso é normal, todos temos medos – me distancie de seu abraço.

–Sabe no mágico de oz? Aquele que você lia para mim, quando eu era pequena? – ele afirmou com a cabeça – Tem a Dorothy, o espantalho, o leão, e todos eles faziam uma certa imagem do mágico, sábio, que conhece tudo e resolve todos os problemas, aquele que não faz nada errado, mas depois que o conheceram eles nunca foram os mesmos, porque se deram conta que ele era um cara normal, como todo mundo, que não havia nada de especial nele.

–A onde quer chegar?

–E se ele for meu mágico, ou pior eu for o mágico dele?

–Não me pareceu isso ali fora.

–Pai, se voltarmos a nos conhecer como antes, é bem provável que isso aconteça.

–Sei que esta com medo, filha eu sei que tudo que é novo nos assusta, mas a questão é que, você ergue uma grande parede de vidro em volta de você, faz isso para não se machucar, mas isso também te protege de ser tocada, de ser amada – comentou me olhou nos olhos – É um risco não é? Não deixa de ser um risco, mas será que você quer correr esse tipo de risco pra sempre? Permita-se correr atrás do que você quer, cadê aquela minha filha que faz de tudo para ajudar os outros? Aprenda a ajudar a si mesmo, só para variar um pouquinho – me deu um beijo na testa – Vou jogar baralho com os rapazes, pensa no que eu te falei, até mais - terminou saindo de casa, me deixando sozinha novamente.

–O que eu vou fazer? – questionei para mim mesma ainda aos prantos, minha cabeça estava discutindo com meu coração, eu não sei bem o que fazer, mas sei que preciso fazer alguma coisa. Pode ser que eu me arrependa depois, mas acho que vou seguir o conselho de meu pai, pode ser que eu tenha-o perdido, mas tenho uma chance de tentar mudar isso. Sei que talvez seja tarde de mais, mas... eu não sei o que fazer. Mesmo não tendo certeza de nada, talvez seja o momento de me jogar de cabeça em alguma coisa. Sai de casa correndo entrei no carro, mas antes que eu pudesse liga-lo, meu cérebro dizia que era bobagem. Fechei meus olhos por um momento – Chaga de “e se”, chega de “e se” – repeti para mim mesmo, enquanto tomava coragem e dava partida no carro – Seja o que Deus quiser – sugeri para mim mesma.

“Não deixe que o orgulho seja maior que o amor, que a duvida o faça perder, que os sentimentos permaneçam em silencio. Ouse arriscar!” – Willian Ribeiro.


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Notas finais do capítulo

Adoro um drama kkkk



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