Perfect Harmony escrita por S2teli


Capítulo 16
Capitulo 15


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem bjs



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“A persistência é o menor caminho do êxito” – Charles Chaplin.

Nossa caminha estava sendo muito divertida, ambos curtindo a companhia um do outro, fazendo piadas e conversando sobre vários assuntos, muitas vezes parecia que era Spencer quem morava em Seattle e não eu, pois ele conhecia historia de vários locais da cidade, e muitas delas me deixavam de queixo caído, pois eu morava aqui há anos e não conhecia.

Chegamos em casa já por volta das sete, meu pai já havia chegado, e meu carro também, quer dizer, ele estava estacionado em frente de casa, aquilo era estranho quem havia levado ele lá, sendo que eu é que estava com as chaves? Não disse nada a Spencer, mas a cara que ele fez me dizia que ele estava pensando a mesma coisa.

Entramos em casa e levei um susto ao ver Rossi sentando na sala, conversando com meu pai, havia me esquecido que ele havia dito que iria visita-lo. Meu pai também me pareceu surpreso ao me ver na companhia de Spencer, mas ao mesmo tempo me pareceu feliz.

–Reid – comentou meu pai se levantando e vindo em nossa direção – Não sabia que iria jantar conosco, mais um motivo para a Med fazer seu famoso macarrão – olhei para Rossi que tentava me dizer que não sabia de nada.

–Ah não senhor – respondeu todo tímido Spencer – Não precisa, na verdade apenas vim fazer companhia a Med, quer dizer Medson – Spencer parecia nervoso perto do meu pai, ainda mais com Rossi aqui também – Só a acompanhei ate em casa.

–Eu insisto jante conosco, David também ficara para o jantar – Spencer me olha como se precisasse da minha permissão, então percebo que era minha vez de me pronunciar.

–Fica Spencer vai ser divertido, não sou a melhor cozinheira do mundo, mas prometo dar o meu melhor – digo um pouco envergonhada, dois olhares nos observando era até um pouco constrangedor.

–A ultima vez que provei da sua comida estava excelente – brincou Rossi.

–Aprendi com o melhor – devolvo também brincando, Rossi foi quem me ensinou a cozinhar, porque me pai não era, assim, a melhor pessoa na cozinha.

–Acho melhor deixar pra...

–Por favor – interrompo-o.

–Tudo bem – acabou aceitando.

–Otimo – respondo, transparecendo felicidade demais, todos me olham curiosos, dou um leve sorriso, um pouco sem graça – Bom eu vou tomar um banho rápido, e já desço para preparar o jantar, porque não colocam os assuntos em dia, ne, já venho – digo tentando fugir dali.

–Claro querida vai lá – diz meu pai enquanto eu subia as escada.

Sou uma idiota, sou uma idiota, sou uma idiota; repito em pensamento varias vezes para mim mesma; nem sei o que sinto pelo Spencer direito e agora acabo deixar transparecer para todos eles que... o que será que deu a entender aquela felicidade toda? Claro dois velhos amigos que tem muitos assuntos para por em dia... claro que não Medson sua idiota, isso foi a única coisa que não transpareceu.

Respiro fundo e entro no meu quarto, tranco a porta ao entrar, e abro meu closet e de repente me pareceu que não tenho absolutamente nada para vestir. Quer dizer, ter eu tenho, só não sei o que vestir que seja bonito, simples, mas não tão simples; algo casual, mas não tão casual; algo romântico, mas não tão... Porque eu quero algo romântico? Se o tempo todo eu fico dizendo ao Spencer que não pode acontecer nada entre nós? Ou será que pode? Ele diz que pode, mas no fundo tudo depende de mim, da minha decisão em aceitar ou não a proposta do Hotche.

Deixo as roupas jogas em cima da cama e vou para o banheiro, que ficava no meu quarto. Talvez eu tenha uma luz do que vestir quando estiver no banho... ou não...

POV Spencer

Medson me pareceu querer fugir dali, mas nessa historia toda, fiquei feliz por ela ter transparecido algo mais sobre minha companhia, por mais que ela possa negar até a morte, imagino que Med deva estar sentido o mesmo por mim, algo inexplicável e mágico.

–Onde estavam? – questionou-me Rossi, com um tom de autoridade, que parecia que ele é que era o pai da Med e não o Sr Tisdale.

–Estávamos caminhando pela cidade – respondo um pouco indiferente – Ela queria tentar esquecer o que houve hoje – caminhei até uma das poltronas e me sentei, sabia que a sessão interrogatório, só estava começando.

–O que aconteceu hoje? – questionou o Sr Tisdale, olhei para Rossi, como um pedido de ajuda, achei que ele tinha contado...

–A Medson nos ajudou em uma investigação de sequestro de crianças, no final ela foi obrigada a atirar na suspeita – comentou Rossi com toda a calma do mundo, e como o esperado, ele omitiu a parte em que a Med matou a suspeita.

–Entendo, minha filha não gosta muito de armas, entendo porque ela teve que sair para esfriar a cabeça – diz ele agora me olhando – Obrigado por cuidar dela Reid, imagino que ela deva ter ficado chocada – o senhor não sabe como ela fiou chocada.

–Só fiz o que um bom amigo faria – respondo, um pouco sem graça – Ela é uma mulher forte.

–Sim muito forte, ela quem cuida de mim, em vez do contrario – diz ele um pouco decepcionado com si mesmo.

–Roger – diz Rossi ao pai da Med – A Medson amo você, e sabe o que ela faz não é um obrigação ou algo do tipo, ela so quer que você fique bem.

–Sei disso David, mas ainda sim queria fazer mais por minha filha, sinto que ela deixa de viver a própria vida por minha causa.

–Não é verdade – digo, confesso que havia pensado nisso hoje, mas olhando para ele agora, percebo o quão frágil e debilitado o Sr Tisdale esta, mesmo tentando demonstrar o contrario – O senhor não deveria pensar assim, para a Med tudo o que ela tem na vida é o senhor, tudo o que ela faz é porque te ama.

–Acho que vocês combinaram os discursos – brincou o Sr Roger, se levantando – Que tal jogarmos uma partida de Poker? Ainda se lembram como joga?

–Nós tentamos – respondeu por nos dois, Rossi.

Sr Tisdale pegou uma caixa que estava em cima de uma estante cheia de livros e colocou em cima da mesa de centro da sala, pegou as cartas e embaralho-as e distribuiu algumas para cada um de nos. Minhas cartas eram boas, era uma vantagem enorme em relação aos dois.

Ficamos em silencio por alguns minutos, ambos concentrados em suas cartas até que a Medson desceu as escadas, estava linda, mais que linda, maravilhosa, com vestido simples, mas que caia muito bem em seu corpo, e seu cabelo com uma trança de lado, simples e radiante.

–Ah que bom que estão jogando – brincou ela com um sorriso tímido no rosto, ao entrar na sala e ver que nos três a olhávamos maravilhados com sua beleza, Roger e Rossi como pais, e eu como uma pessoa que queria tê-la, mais que uma simples amiga – Vou preparar o jantar – comentou indo em direção da cozinha.

–Como sempre um excelente gosto para roupa – brincou Rossi sobre Med.

–Acho que nunca há vi mal vestida – brincou também Sr Tisdale.

Contive-me a dar qualquer comentário, para mim ela sempre foi uma mulher incrível, não só por fora, mas por dentro, uma mulher inteligente, amorosa, responsável, e muito tímida, mas que aos poucos ia se enturmando, e assim encantando a todos em sua volta. Como pude deixa-la escapar anos atrás?

Olhei para minhas cartas, sabia que acabando com o jogo era minha chance de sair daqui e ir falar com ela. Coloco minhas cartas na mesa, e os dois me olham surpresos.

–Royal Straight Flush? – questionou Sr Tisdale, referindo-se ao jogo que eu tinha na mão; cinco cartas em sequencia do mesmo naipe: ás, rei, dama, valete e dez.

–Sou de Vegas – respondi sorrindo e me levantando.

–Há onde vai Reid? – perguntou Rossi.

–Vou tomar um copo d’agua – os dois me olharam com um sorriso malicioso, o qual e ignorei e fui para a cozinha.

POV Medson

Escolher a roupa foi a decisão mais difícil da minha vida, provei quase o guarda roupa inteiro, mas nenhuma dava a impressão que eu queria, umas estavam simples de mas, outras elaboradas de mais, ou ainda românticas de mais, que droga Medson. Olhei para o guarda roupa e vi um vestido azul claro de alcinha, que há um bom tempo não usava, nem sabia se servia ainda, levantei e fui pega-lo, proveio e não havia ficado tão mal assim, mas ainda não era aquilo que eu queria, sentei-me na cama e comecei a pentear meu cabelo, até que tive uma ideia boba e fiz uma trança de lado, como precisava cozinhar, era melhor do que deixa-lo solto. Acabei e olhei-me no espelho, ate que o resultado final não havia ficado tão ruim assim, coloquei todas as minhas roupas de volta no meu closet, coloco uma sandália rasteira, e o look estava completo, simples e bonito, nada muito chamativo, pelo menos era essa a ideia que eu queria passar. Passo apenas um gloss e pronto.

Desço as escadas com medo de estar parecendo uma dona de casa, ou que seja obvio de mais que eu havia me preparado para Spencer; parei de descer as escadas, eu havia me preparado para ele mesmo? Respiro fundo tomo coragem e termino de descer as escadas, ao perceberem minha chegada, todos me olham surpresos, o que me deixam um pouco insegura sobre minha escolha.

–Ah que bom que estão jogando – digo tentando com um sorriso, tentando disfarçar minha insegurança que havia se instalado assim que havia entrado na sala – Vou preparar o jantar – Digo indo para a cozinha, mas não antes de dar uma rápida ultima olhada para Spencer que me olhava de uma maneira estranha, como se estivesse me analisando, não sei se isso era bom ou ruim.

Fique calma, fique calma... repito mentalmente para mim mesma, assim que chego a cozinha, respiro fundo e tento me recompor, minha vontade era de sair correndo daqui. Começo então a separar os ingrediente para preparar o jantar, meu pai havia mencionado minha macarronada com almôndegas então era isso que eu iria fazer, só precisava descobrir algum outro acompanhamento, mas para isso preciso me acalmar.

Continuo com preparo do jantar, até que depois de uns minutos em silencio, escuto passos, ao me virar vejo Spencer me analisando com um sorriso, também dou um sorriso, mas tímido, e continuo a mexer meu molho.

–Se não dizer nada vou achar que estou parecendo um palhaço – digo brincando, mas evitando olha-lo.

–Pelo contrario – respondeu ele – Esta maravilhosa – senti meu corpo tremer, ao perceber que além de dizer isso, ele vinha em minha direção.

–Obrigada – digo somente, ainda prestando atenção no molho.

–Porque tenho a impressão que acha que estou mentindo – disse, estando agora ao meu lado.

–Não tenho impressão nenhuma Spencer – digo desligando o molho que já estava pronto, pego um pouquinho com a colher e viro-me para ele – Experimenta e me diz como ficou.

–Porque? – respondeu brincando

–Porque sou eu que estou fazendo e não confio no meu paladar – respondo sorrindo – Vamos experimenta.

–Tudo bem – coloco a pontinha da colher, com o molho na boca dele, ele prova e faz uma careta, por um momento sinto meu corpo todo gelar, não sei a expressão que fiz, mas ele da um sorriso divertido – Foi uma brincadeira, esta muito bom – jogo a colher na pia e dou um tapa de leve no peito dele.

–Não faz mas isso – digo brincando também – Tem certeza que esta bom?

–Esta Medson, esta ótimo.

–Ok – digo indo pegar outra colher no balcão – Vou preparar o restante do jan...

–Há onde pensa que vai? – disse ele segurando o meu braço e me levando de volta até ele.

–Vou preparar o jan... – colocou um dedo nos meus lábios me obrigando a parar de falar.

–Só escuta, se eu fosse um cara comum, imaginaria que escolheu sua roupa normal sem segundas intenções, mas eu não sou – observo-o assustada – Porque perfilo também não só pelo comportamento, mas pelo jeito que se veste, e você está além de muito bem vestida, o que é normal quando se trata de você, mas, além disso, esta muito bem produzida, então me diz, porque?

–Acho que você esta ficando louco – digo indiferente.

–Resposta errada – respondeu sorrindo e me puxando mais para perto.

–Spencer...

–Vamos fazer diferente então – continuou ele, me interrompendo.

–O que? – perguntei sem entender, não me respondeu, apenas encostou-se ao armário e me puxou para frente dele – O que esta fazendo?

–Hoje de manha sua amiga fez exatamente isso comigo, me encostou no armário e não me impediu de sair, eu não queria nada com ela e tentei a todo custo afasta lá, mas você chegou antes que eu pudesse fazer isso...

–O que quer dizer esta ficando louco? –comentei assustada, sem entender a onde ele queria chegar com aquilo, ele pareceu não se importar e continuou.

–Agora estou do mesmo jeito...

–Você mesmo quem se encos... – interrompi-o, mas ele fez o mesmo comigo.

–Mas antes eu não queria nada com ela, já com você a historia muda – a cada palavra que ele dizia ia me deixando mais em choque, ainda sem entender a onde isso ia dar – Então esta em suas mãos, o que vai fazer? – Continuei olhando-o e tentando colocar todas as informações em ordem, mas era muita coisa para pensar. Ele queria que eu fizesse o que?

Acho que ele percebeu minhas duvidas e me puxou para mais perto, mas parou e me soltou, olhei em seus olhos, logo desviei para sua boca; se fosse para pensar bem, hoje, tirando os contratempos, os momentos que eu estive com ele, foram maravilhosos, e a anos não me divertia tanto, a anos não me sentia assim, tão atraída por uma pessoa, e se ele tivesse razão, e se ele fosse o cara perfeito para mim já que me entendia e sabia que o trabalho era importante... se eu aceitar a proposta do Hotche posso não vai haver nenhum problema em trabalhar muito, pois ele estaria comigo... mas ainda assim tem meu pai, não posso obriga-lo a ir comigo, mas também não posso ficar aqui o resto da minha vida, não posso me esconder do mundo para sempre, ou será que posso?... Não, não posso.

Descido então, que mesmo com todas minhas duvidas e incertezas, não posso abandonar esse homem que o dia todo me fez sentir coisas que a tempos não sentia, o único cara que me conhecia de verdade. Prometi a mim mesma que dessa vez não teria despedidas, não teria adeus, e era isso mesmo que iria fazer, sem adeus, não para ele.

Então faço o que já devia ter feito deis que o reencontrei, beijo-o.

“Eu agradeço todo esse jogo de sedução que você esta fazendo, mas deixa eu te dar uma dica: eu já estou garantida.” – (filme: uma linda mulher).


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