Pov Rose Weasley

Assim que abri a porta, vi todos sentados, quando me viram, ficaram espantados, surpresos e confusos, "entrada impactante" pensei.

George e Angelina, estavam em um sofá, junto de Fleur e Gui. Na mesa estavam meus pais, Hugo, Alvo e Karolyn, sentados no chão estavam brincando Fred e Molly, Thiago e Liz estavam em pé na cozinha junto de Lilian e Finnigan, Harry e Gina estavam em outro sofá junto com Arthur, não avistei Percy e Audrey.

Dominique apareceu do meu lado, estava sem a bebê.

—Um...- sussurrou ela.

—Dois...- sussurrei de volta.

—três!- sussurramos juntas.

Naquele exato momento começou, todos se levantaram.

—Rose! -disse minha mãe e veio me abraçar, lágrimas escorriam de seus olhos.

Nique se afastou e subiu as escadas, vi meu pai se aproximar, seu rosto tinha uma expressão indecifrável.

—Rosie... Minha Rosie...- falou e me abraçou, me abraçou como não me abraçava a sete anos, lágrimas começaram a cair de meus olhos.

—Pai... Estava com saudades...- falei, olhei seus olhos e vi que ele entendeu, que eu não sentia uma saudade de dois anos, eu sentia uma saudade de sete anos.

Ted entrou com Vick no colo, acompanhado de Molly.

—Antes de fazerem qualquer pergunta, cade o Percy e a Audrey?- perguntei largando meu pai, Nique apareceu.

—Não estão aqui.- disse ela.

—Ok, Nique liga pra eles, pede para voltarem urgente. Tio a Roxy ainda está em Nova Iorque? - perguntei agora a George.

—Sim.

—Liga pra ela também por favor e pede para ela voltar o mais rápido possível.

—Rose o que aconteceu?- perguntou Harry.

—Ele voltou. 

—Como?- perguntou ele de novo, mas vi que já havia entendido.

—Exatamente. Ele voltou.

—Mas ele não sumiu do mapa?

—Não mais.

—Desculpa mas, de quem vocês estão falando?- perguntou Gui.

—Do Órion.- falei.

—Mas como você sabe que ele voltou?- indagou Thiago, assim que ouvi sua voz olhei para ele, estava mais alto, com mais músculos, mas seguro e bem diferente do Thiago que eu me lembrava.

—Ele matou a Vick, não necessariamente ele...

—Mas meu pai.- disse Scorpius assim que entrou, todos ficaram ainda mais espantados.

Entrada impactante número dois.

—O que ele está fazendo aqui?- perguntou meu pai indignado.

— O fato dele estar aqui é o menos importante no momento.-falei.

—Mas ele é um Malfoy!-indagou ele.

—E eu também serei. _ falei mostrando a Aliança, meu pai cambaleou para trás, a expressão de todo mundo foi a de surpresa e espanto, como se tivesse falado que virei uma serial killer.- Voltando ao assunto que realmente importa, Tio ao que parece ele voltou.

—Então Ele... matou a Vick?- perguntou Harry.

—Não ele.

—O Draco?

—Sim

—Ted.- chamei e Ted entregou o bilhete para Harry.

—Onde você achou esse bilhete?- Harry olhava pensativo.

—Na Vick, quando a encontrei.

—Porque só me mostrou agora?

—Havia esquecido, tinha muita coisa na minha cabeça.

—Reconheceram essa letra?

—Do meu pai.- disse Scorpius.

—Mas eu já vi a letra do Malfoy e não é essa.- indagou Harry.

—Como já disse para o Ted, já vi meu pai fazendo essa letra.- O celular de Scorpius tocou, um toque padrão e ele atendeu.- alô...Ah... ok, obrigado.- ele desligou preocupado- Bem, ele sumiu.

—Oi? -falei.

—Liguei para casa, ele não estava, ministério nada e liguei até para o Gregory e nada também.

A porta se abriu e era Percy com Audrey, ele me viu, ficou em choque, viu Scorpius, ficou espantado, tive a leve impressão de que ele iria fazer perguntas, como "O que um Malfoy está fazendo aqui? " mas se conteve e entrou em silêncio, junto com Audrey.

—O que houve?- perguntou ele finalmente.

—Descobrimos o assassino da Vick.- falei, quando senti um enjoo, dei uma cambaleada.

—Rose?- disse Scorpius.

—Estou bem. - respondi- Lily. - falei e ela entendeu,  segundos depois me trouxe um copo de água.

—Tem certeza Rosie?- perguntou -me ela.

—Sim, estou bem.- falei, senti minha pressão baixar, senti minhas pernas vacilarem e de repente tudo escureceu.

Pov Scorpius Malfoy

* * *

—Scorpio...- disse Rose assim que recobrou a consciência, ela abriu os olhos devagar.

—Rosie.- falei, me aproximei e comecei a mexer em seu cabelo.

—Onde estamos? - perguntou ela analisando o lugar.

— No Sant Mungus.- respondi. - Você desmaiou e demorou para acordar, decidi te trazer aqui. Mas a Shirley disse que é só muita adrenalina e ansiedade.- Rose levou a mão até a boca e foi correndo até o banheiro, que tinha no quarto.

Fui até ela, passei pela porta de madeira branca e entrei no banheiro totalmente branco. Ela estava ajoelhada vomitando, me cutucou e entendi o recado, peguei seu cabelo de sua mão e enrolei ele na minha, depois de dar uma pausa e voltar a vomitar, três vezes, Rose finalmente parou.

Se levantou, deu descarga e foi lavar a boca, assim que lavou, começou a mexer nas gavetas da bancada de mármore e achou um enxaguante bucal, enxaguou a boca e depois veio até mim.

—Familiarizada com o hospital?

—Já vim muito aqui. - ela disse e saiu do banheiro- Vamos voltar?

—Sim, mas a Shirley disse que queria falar com você, assim que acordasse.

—ok, mas como foi seu reencontro com a Shirley?

—Normal, por quê?

—Scorpius, eu sei que ela é uma das vadias que você pegava.

—Só uma noite amor e já faz 4 anos. E você é uma ingrata, ela cuida de você e você ainda chama ela de vadia?

—Força de expressão, vou me controlar, porque se eu chamar todas que você já pegou de vadia, vou chamar quase toda a população Inglesa.

—Eu não pegava todo mundo.

—Uma em cada dois dias Scorpio, pegava sim.

—Tá, mas vamos deixar no passado? Vai falar com ela vai.

—ok. - disse ela e saiu pela porta que dava para o corredor.

Fiquei esperando a Rose, naquele quarto todo branco e azul, com móveis de madeira. O quarto era claro, muito claro, uma cama no meio de metal não muito confortável, que tinha lençóis azuis e finos, do lado esquerdo da cama tinha um criado mudo com uma rosa amarela, que tinha uns brilhos flutuando em volta (ok, era uma rosa mágica), do outro lado tinha um armário simples de madeira azul, com um puxador simples também, uns cinco metros á frente da cama, tinha a porta do banheiro e do lado dela uma bancada branca.

Rose entrou pela porta, estava um pouco tensa, estalava os dedos das mãos.

—O que ela disse?- perguntei.

—Nada demais, só que era para parar com fortes emoções hoje.

—Rose.- encarei ela.

—É verdade, agora vem, Temos que ir.- disse ela me puxando.

—Ir para?

—A Toca claro.- disse Hermione, entrando no quarto.

—Mãe.

—Filha.

As duas se abraçaram por um bom tempo, assim que se separam, se encararam.

—Você cresceu muito.- Rose deu um sorriso fraco.

—Mãe...

—Seu pai teve que sair, uma emergência, mas estava louco de preocupação.

—Para onde ele foi?

—Alguma loja no exterior talvez, não tenho certeza.

—Ele não tem raiva mais de mim?

—Nenhuma filha, seu pai te ama muito e sentia muito a sua falta.

—Também senti muita saudade dele.

—Então, Toca?- disse ela e me olhou, assenti.

Sem falar mais nada, aparatamos.

Autora

* * *

A tarde foi movimentada na casa dos Weasleys, todos queriam explicações da Rose, mas ela obviamente não dava nenhuma e voltava para o assunto principal, Órion.

Scorpius ficou conversando às vezes com Karolyn e às vezes com Harry, sobre possíveis esconderijos do Malfoy.

A noite, Molly insistiu que Rose e Scorpius dormissem lá, caso não dormisse ela jogava um Imperius em cada um. Então eles aceitaram, Scorpius ria da situação "Um Malfoy dormindo na casa dos Weasleys?", se lhe fizessem essa pergunta a um tempo atrás ele diria que é impossível, uma piada.

Eles jantaram e subiram para o antigo quarto de Rose n'A Toca. Estava do mesmo jeito que ela lembrava, móveis simples, duas camas de casal e uma janela, com uma cortina azul acetinada. Dominique que dividia o quarto com ela, iria dormir no quarto com Lily e Roxanne, que havia chegado de Nova York.

Scorpius dormiu rapidamente, já Rose relutava em pregar os olhos, mas o sono finalmente a venceu.

Com cada pequeno desastre

Deixarei as águas se acalmarem

Leve-me a algum lugar real

Porque dizem que lar é onde o coração se grava em pedra