Pov Victorie Weasley

Um barulho, um barulho alto o suficiente para me acordar, abri os olhos lentamente, vi uma silhueta embaçada, a de Ted, olhei para o relógio no criado mudo, era 00h20. 

—O que aconteceu?- perguntei, minha voz saiu fraca, como um sussurro. Ted me olhou e se aproximou.

—Desculpa, não queria te acordar.- falou se inclinando e me dando um rápido e leve beijo.

—Tenho sono leve, mas o que foi?

—Emergência no ministério. Parece que o John foi visto.

—John? O Assassino ou o Louco?

—O assassino.

—Matou mais alguém?

—Sim, um bruxo em Londres.- falou, agora terminando de colocar a gravata.

Ted pegou o Paletó dentro do guarda- roupa, se inclinou novamente e me beijou.

—Tenho que ir, volto rápido prometo, Eu te amo.

—Também te amo.

Ted levantou, colocou um paletó negro que tinha em mãos e se retirou. Ouvi o barulho da porta da sala sendo aberta, depois fechada e por fim trancada.

Depois de um tempo da saída de Ted, ouvi o barulho de algo sendo derrubado. Levantei o mais rápido que consegui (que não é muito), calcei o chinelo e andei até a sala. Cheguei lá e não tinha ninguém, só o controle remoto da televisão, caído no chão, ouvi outro barulho, agora de passos.

—Ted? _ chamei, mas nada de resposta[N/A:Meu Deus que clima vampiresco, tenho que desviciar em TVD].

Olhei pelo passa prato e nada, um temor subiu pelas minhas entranhas.

—Com medo Weasley?- Ouvi uma voz fria e não muito grossa, olhei para o sofá e lá estava ele, sentado com uma expressão calculista, Draco Malfoy.

—Malfoy.- falei e minhas pernas bambearam.

—Surpresa.

—O que você está fazendo aqui?- perguntei, indo para trás devagar.

—Nada demais, só estou passeando, esclarecendo as ideais e fazendo uns serviços.

—Malfoy porque você está aqui?

—Certo, vamos ser sinceros. Eu preciso do meu filho, não posso encontra-lo enquanto o jogo do Órion não começar, então decidi começa- lo.

—Scorpius? Você sabe onde Scorpius está?

—Sim, é claro, sei onde a sua priminha está também, devo ressaltar que estão muito bem.

—R-Rose? Você sabe onde ela está?

—Sim, ela está vivendo uma vida feliz e adorável com meu filho.

— Onde eles estão Draco?

—Em uma certa cidade francesa, muito agradável. Mas enfim, não vim aqui para falar de sua prima, vim para tratar de outros assuntos.- falou friamente, minhas pernas estavam fracas.

Ele sabia de ROSE, ele sabia onde ela estava, ela está na França, ela está feliz...

—O que você quer aqui?

—Você, querida Weasley, eu quero você.

—O que você quer comigo? Vai me sequestrar?

— AH não, sequestro não traria a comoção de que preciso, eu quero algo maior, eu quero matar você.

—Draco... Eu estou grávida! Por favor... tenha compaixão, eu vou ter uma filha Draco, você quer que ela cresça sem uma mãe?

—Ora, Harry cresceu sem mãe e cresceu muito bem, me desculpa Victoire, mas tenho que admitir, de todas os Weasleys, você é a que mais gosto.

—Mas Draco Você é auror! Deveria proteger, não matar!

—Eu protejo! E agora estou protegendo a minha família!

—Draco, por favor eu estou grávida!

—Desculpa Victorie, mas prometo que não doerá nada.

—Draco...- comecei a falar mas as palavras morriam em minha boca, minha pressão estava nas alturas, senti uma tontura, mas me mantive de pé e de cabeça alta.

Comecei a pensar em tudo, na minha família, na minha filha que está para nascer, eu não a veria crescer, eu não a veria entrar no trem para Hogwarts, eu não a veria viver... Pensei também em Ted, ele perdeu os pais e agora perderia a mim, ele teria que lidar com tudo sozinho, desculpa Ted, me desculpa. Draco levantou a varinha e por fim disse:

—Avada Kedavra!- vi uma luz verde e tudo escureceu.

Pov Autora

O corpo de Vick estava caído, sem vida e gélido, Draco se ajoelhou e passou as costas do dedo indicador na bochecha da ruiva.

—Desculpa Vick, mas era necessário.- falou, o loiro tirou um bilhete do bolso, colocou sobre o corpo dela e por fim aparatou.

Uns minutos depois Ted chegou, assim que trancou a porta, se virou e se viu em frente ao corpo da amada, ele estava pálido.

—Vick!- exclamou Ted e se agachou ao lado do corpo dela.- Vick, Vick acorda.- chamava ele, dando leves tapas em seu rosto, mas ele não respondia, ela estava gelada.

Ele pegou o bilhete que estava sobre o corpo de sua esposa e leu as breves palavras, que estavam escritas com letras desenhadas:

O jogo começou.

Ele guardou o bilhete no bolso, ele conferiu a respiração dela, nada. Já tremendo e com lágrimas caindo em seu rosto, conferiu o pulso dela, ela não tinha mais pulsação. 

—VICK!- chamou ele, as lágrimas inundaram seus olhos.- Não por favor, não. Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem.

Ted pegou Vick no colo suas mãos estavam tremendo, alcançou sua varinha com dificuldade e aparatou. Eles apareceram na entrada do Sant Mungus, o mais rápido possível, ele entrou segurando a ruiva nos braços.

—Shirley! Shirley.- chamou ele assim que a avistou.

—Ted? O que aconteceu? 

—É a Vick! Ela está sem pulso e não acorda.

—Coloca ela aqui.- disse a morena, puxando a maca que estava perto.

Ted a colocou rápido, quando a médica saiu correndo em direção ma grande porta no fim do corredor.

—Emergência rápido! EMERGÊNCIA!- gritava ela empurrando a maca, vários médicos começaram a segui-la.

Shirley passou a maca para um homem ao seu lado, que adentrou com a maca pelas portas, a morena retornou para perto de Ted.

—Ted, assim que a analisarmos, traremos informações.- disse ela e entrou pela mesma porta que a Ruiva.

Ted começou a andar de um lado para o outro nervoso e impaciente.  Lágrimas não paravam de escorrer pelos seus olhos, ele olhava para o teto em preces, clamava a seus pais por proteção. Ele pegou o celular em meios aos soluços e com dificuldade encontrou o numero que procurava na lista.

—Alô? - atendeu ela sonolenta.

—Desculpa Fleur, me desculpa, mas é urgente.- começou, tentando conter os soluços.

—O que aconteceu Ted??

—A V-V-Vick...

—O QUE ACONTECEU COM ELA?

—Houve um imprevisto no ministério, tive que ir até lá e quando eu voltei, ela estava caída no chão, sem pulso ou respiração.

—AH NÃO, ONDE VOCÊ ESTÁ? NO SANT MUNGUS?- exclamava ela, agora chorando desesperadamente.

—S-Sim.

—Estou indo.- finalizou e por fim desligou.

Pov Ted Lupin

Em exatos 10 minutos eles chegaram, todos chegaram, Fleur, Gui, Louis, os Potter, Molly e Arthur, Hermione, Rony e Hugo.

—Já tem notícias?- perguntou Gui, com os olhos vermelhos.

—Não. Nada ainda _ falei.

Cumprimentei todo mundo, todos exalavam preocupação, me afastei para pensar.  Isso não pode estar acontecendo comigo,  eu não perder todos, meu pai, minha mãe e agora minha esposa! Eu não posso perder a Vick, eu não posso perde-la, ela é a minha vida inteira, isso não pode acontecer. Depois de um tempo Shirley saiu da sala e se aproximou.

— E a VIck? - questionei, tentando conter os soluços.

—Ted... - começou ela, vi tristeza em seu olhar, minhas pernas vacilaram.

—O QUE HOUVE COM A VICK? - Perguntei elevando o tom de voz.

—Ela... Não sobreviveu foi acertada com uma maldição da morte.- assim que ela disse, minhas lágrimas começaram a cair descontroladamente, não via mais ninguém a minha volta, não conseguia distinguir mais rostos.- Mas o bebê sobreviveu e está com saúde.- minha filha, ela sobreviveu... Uma dor inexplicável atingiu meu peito, ela vai crescer igual a mim, sem uma mãe...

— Ela... A Vick... Eu tenho que vê-la.

—Ok, a cirurgia já terminou.

Sem olhar para mais nada e ninguém, andei até onde em que Vick estava, assim que passei pela porta, vi médicos deixando a sala pela outra porta, me deixando sozinho com ela.

Olhei seu corpo, estático, sem vida e pálido. Toquei sua mão, estava gelada, seus olhos fechados davam impressão de repouso. Meu mundo desmoronou, estava sem chão, comecei a chorar mais ainda, sobre o frio corpo dela.

—Vick, me desculpa amor, me desculpa, me desculpa por ter te deixado sozinha, eu não devia ter ido até o ministério, e não devia... Me desculpa meu amor...- dizia e chorava segurando sua mão.- Eu te amo, sempre vou te amar, eu prometo, eu vou cuidar da nossa filha, falarei de você pra ela todos os dias, falarei pra ela da mãe maravilhosa ela teve, eu te amo- finalizei e com dor no coração, soltei sua mão e me afastei.

Pov Órion Lestrange.

Estava sentado, esperando ela, atrasada... Excelente, ninguém mais respeita pontualidade, pensava quando a campainha tocou. Fui até a porta e assim que abri lá estava ela, linda como sempre.

—Se atrasou amor.- falei e a beijei segurando sua nuca.

—Perdão, o Voo atrasou. - respondeu e ela e retribuiu o beijo.

—Porque só não aparatou?

—Estava exausta Órion, e faz tempo que eu não viajo de avião.

—Estava morrendo de saudades. 

—Também.- falou e entrou, colocando a mala do lado do sofá.

—Novidades?

—Até o momento não.

A campainha tocou novamente.

—Está esperando alguém?

—Que eu saiba, não.- respondi e fui em direção a porta, assim que abri dei de cara com Draco.

—O que está fazendo aqui?- perguntei.

—Notícias! E ela já chegou?

—Sim.

—Ótimo!- disse ele e entrou.

—Draco? - falou confusa.

—Olá, faz tempo que não nos vemos.

—É, sou uma mulher muito atarefada.

—Conte-nos as notícias Malfoy.

—Bom, dei uma adiantada nas coisas.

—COMO ASSIM?- perguntei nervoso.

—Sabe a Victorie Weasley?

—Sei.

—A metida e fresca.-concluiu a mulher.

—Coloquei ela pra dormir.

—COMO?

Um telefone começou a tocar, uma música padrão de chamada, ela pegou o celular e assim que identificou quem ligou, atendeu e colocou no viva voz.

—Alô?_ atendeu ela, com uma falsa voz doce, quando uma mulher soluçando e chorando começou a falar.

—Aconteceu algo horrível.

—O QUE?!

—A Vick...

—O que houve com a vick?

—Gabi, a Vick... Ela morreu!

—COMO?!

—Com uma maldição...- começou a mulher soluçando mais ainda- da morte...

Gabrielle olhou mortalmente para Draco.

—E o bebê?

—O bebê está bem...

—Fleur... vou tentar chegar o mais rápido possível.

—Venha logo. _ terminou Fleur e desligou.

—VOCÊ MATOU A VICK!

—Você não gostava dela.

—MAS NÃO ERA PARA TANTO MALFOY!

—Desculpa mas era necessário, eu fui piedoso, o bebê sobreviveu.

—NOSSA QUANTA PIEDADE. ÓTIMO! AGORA VOU TER QUE IR EM UM ENTERRO E FINGIR CHORO.

—Malfoy só não te mato, por que ela chegou e isso não estragou o plano. Porque se ela não tivesse chego, juro que eu te matava.- falei fingindo calma.

—Eu calculei isso.

—Grande calculo.

—Olha já fiz meu trabalho, agora se me permite vou pra casa. Minha mulher provavelmente está louca de preocupação comigo.- disse Draco e saiu.

Olhei para Gabrielle, que andava de um lado para o outro impaciente, ela massageava as têmporas e olhava para o chão.

—Quando você vai?- perguntei sério, coçando o queixo.

—Depois, tenho que incorporar o personagem de tia triste e preocupada.

—Virou atriz?

—Sempre fui.- ela disse com um lindo sorriso no rosto e veio até mim, enlaçou seus braços em meu pescoço e me beijou.

—Não está preocupada?

—Com o que?

—Sua família.

—Órion, você é a minha família. Mas acho um tanto peculiar sua preocupação, você quer morte e destruição, mas ainda assim se preocupa comigo. Você é diferente dos outros caras malvados.

—Eu ajo pela razão não pela emoção. E a razão para mim, tem em si a preocupação.

—Decorou essa frase?

—Treino todo dia antes de dormir. [N/A: By Tony Stark] .

—Dedicação.

—Muita.- falei e a empurrei para o sofá, deitei a e me deitei sobre ela.

Comecei a beija-la, ela passava sua mão pelas minhas costas, eu com a mão esquerda segurava sua coxa e com a direita segura sua nuca.

Bem, parece que o jogo finalmente começou.

Meu amante tem humor

Ela é a risada em um funeral

Sabe que todos desaprovam

Eu deveria tê-la venerado mais cedo